Temos um Acordo

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Naiáde se assustou e o corpo teve um pequeno solavanco ao ouvir o som dos joelhos do homem se chocando contra o chão, a imagem era estranha e inesperada, parecia errada de muitas formas mas as palavras que vieram carregadas de dor a surpreenderam ainda mais. Ele era um príncipe, um general, um guerreiro orgulhoso, mas agora só parecia um homem completamente vulnerável.

— Eu não tenho o direito.— disse se ajoelhando a frente e alcançou uma de suas mãos. — Não me fez mal nenhum, nem antes e nem agora. Eu é que tenho dificultado as coisas para você, Alteza.— disse docemente e sorriu se sentindo culpada.

— Não, você é um desafio digno.— murmurou o homem, não culpava e nem poderia, sair de Cargia nunca foi o problema, o que não gostava era ter sido obrigada a fazê-lo mas quando pensava a respeito, sair daquele país odioso foi a melhor coisa que já fez na vida.

— Há um problema, no entanto.— disse ela, o homem a olhou apreensivo, Naiáde sorriu.— Como devo chamá-lo de agora em diante?— questionou levando a mão ao rosto do príncipe.

— Faça como tem feito até agora e me chame pelo nome, e eu farei o mesmo.— disse James, por um breve momento fechou os olhos e se inclinou na direção da carícia, buscando mais do toque gentil.

— Mas seria um desrespeito, você é da realeza e eu sou plebeia.— argumentou um pouco amarga, a realidade era mais cruel do que poderia pensar. Desde o início sabia que o homem que a perseguiu desde o primeiro dia não era um simples soldado, muito menos um guarda real, estava apostando que fosse só um general inferior ou algo parecido pelo jeito hábil que manejava a espada mas nunca imaginaria isso, não um príncipe.

— Posso ser mas isso não muda nada entre nós dois, continuarei tratando a senhorita como sempre e peço-lhe o mesmo.— disse ele se levantando e estendeu a mão para que Naiáde a segurasse, ajudando-a e guiou para que se sentasse na cama novamente.

— Está bem.—concordou pensativa, isso era o menor dos seus problemas, havia algo mais urgente.— Reed lamento não poder seguir sua ordem, mas não vou sair do país agora, não poderia e mesmo que tentasse não teria tempo.— argumentou calma, sua voz não se elevou ou mudou de tom. Olhou para o homem e se surpreendeu com a feição que sustentava, um olhar magoado e os lábios torcidos num bico, ele estava fazendo birra?— Mas o que houve?

— Meu nome.— disse seco, quase ofendido.

— O que tem?— questionou completamente confusa.

— Me chame pelo meu nome, nem Alteza, nem Reed, esse não é mais o meu nome.— disse apressado, segurou o rosto da mulher e aproximou o rosto, numa carícia roçou as bochechas juntas e acariciou o pescoço.— Diga o meu nome.— sussurrou contra a orelha, a reação foi instantânea, seu corpo se converteu numa poça d'água e sua razão foi pelos ares.

— James.— murmurou contida, se tivesse essa audácia em público sem dúvidas seria punida.

— Isso.— respondeu com a voz sorridente, o polegar permaneceu repetindo a carícia mas afastou o rosto satisfeito.— Espero ouvi-la me chamar assim pelo resto da minha vida.— comentou descarado, Naiáde desviou o olhar tentando sem sucesso fugir daquela declaração, mas não era convincente, nem poderia quando o restante do seu corpo teimava em se render ao príncipe.

— comentou descarado, Naiáde desviou o olhar tentando sem sucesso fugir daquela declaração, mas não era convincente, nem poderia quando o restante do seu corpo teimava em se render ao príncipe

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A FILHA DO GENERAL Where stories live. Discover now