Você Sabe o Motivo

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O melhor divisor de águas sem sombras de dúvida é o tempo, nos dias que se seguiram cada uma, até suas suspeitas mais infundadas, se provaram verdadeiras.
O duque a estava dando mais atenção do que de costume e isso serviu para distrair as atenções da Condessa assim como para se manter em segurança, obviamente havia dificuldade, como não rir ao encarar o homem depois de dar a Condessa uma resposta estúpida, o mesmo valia para ele que mesmo sempre com a feição seria e profissional, levava uma xícara de chá frente a boca para disfarçar a risada.

— Eu soube que recebeu um convite para o chá da princesa Suzana.— comentou a mulher mais velha, Naiáde sorriu o mais infantil que pôde.

— Sim, uma carta chegou para mim, nem posso acreditar. Eu já vi a princesa uma vez mas nunca consegui falar com ela.— mentiu, nos seus primeiros dias no palácio real, Suzana havia se aproximado dela o suficiente para que agora a chamasse pelo nome.— Tenho tanto para perguntar.

— Não seja indecorosa, estará na presença da realeza. Precisa se comportar adequadamente.— repreendeu.— Mandarei um relatório ao palácio depois disso para informar seu progresso nas aulas já que o imperador certamente não deve aparecer nessa festa do chá.— explicou, uma ideia acendeu em sua mente de súbito mas para executa-la precisaria de ajuda.

— Sim, Condessa Tamayev.— disse com alguma frieza como a mulher havia ensinado.

De onde estava sentada, na grande varanda do castelo de Sintra observou os soldados no campo de treinamento, eram chamados de " Os cavaleiros de Wharton " e estavam sob o comando direto do duque, não eram sujeitos nem mesmo as ordens do imperador,...

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De onde estava sentada, na grande varanda do castelo de Sintra observou os soldados no campo de treinamento, eram chamados de " Os cavaleiros de Wharton " e estavam sob o comando direto do duque, não eram sujeitos nem mesmo as ordens do imperador, porém obviamente, eram súditos do mesmo.
Encarou com atenção os movimentos de um soldado, estavam numa luta de treino mas ao seu ver o homem estava se mexendo devagar demais, não eram bons reflexos.

— Este morrerá se for para a batalha.— murmurou para si mesma, levando a mão ao ventre sem que percebesse e acariciou com delicadeza. Os últimos dias tinham sido muito preocupantes, mesmo agora onde não deveria ter dificuldades, não conseguiu ficar tranquila. No entanto, já tinha uma saída de emergência, um plano traçado e com mínimas chances de falhas, que a permitiria desaparecer se sua situação se complicasse.

— Comentário interessante, por quê pensaria em uma coisa assim, Lady Naiáde?— ouviu a voz poderosa dizer e olhou para o lado imediatamente.

— Sua Alteza, bom dia.— cumprimentou tirando as mãos de onde estavam com naturalidade.— Bom, me pareceu possível.

— E por quê acha isso?

— Olhe para ele, a guarda está aberta demais, ele está se movendo mais do que o necessário, por isso seus ataques não são eficientes. Creio que tudo bem se ele estiver lutando com outro cavaleiro, por que estes não dariam golpes sujos mas não se pode contar com isso sempre. Se ele não aprender a jogar sujo, não vai durar.— explicou, temendo estar falando demais, o duque era o comandante daqueles cavaleiros, certamente deveria entender mais do que uma mulher que só ia para o exército para roubar, mas já havia decidido confiar naquele homem, não voltaria atrás sem um bom motivo.

A FILHA DO GENERAL Where stories live. Discover now