Pedido Repentino

30 4 0
                                    

Nem mesmo todo o vinho do restaurante poderia dar um sentido diferente aquela frase, Naiáde sentiu-se sóbria outra vez no instante em que ouviu e parou o andar abruptamente ficando completamente imóvel por vários segundos. Não poderia dizer que aquela possibilidade não povoou seus pensamentos pelos últimos dias, mas ouvir da boca dele era outra história.

- Isso é um tanto repentino. O que... O que te fez pensar nisso ?- questionou sem olhar na direção do guarda, sem conseguir manter o tom de voz constante e calmo. Ele poderia estar brincando, não seria surpresa se estivesse mas se fosse o caso ficaria magoada. Mas que direito tinha de ficar magoada? Mesmo se ele a usasse não mudaria muita coisa.

- Isso não é um sim e nem um não.- respondeu com uma ponta de humor na voz.- Não entendo o motivo da sua dúvida. Me parece perfeitamente certo querer me casar, eu já até passei da idade apropriada e a senhorita também.- continuou sem cerimônia, Naiáde agradeceu em silêncio pela noite escura ou Reed teria visto seu rosto ganhando tons diferentes de vermelho.- Além disso, não há nenhum motivo para não me casar com alguém com quem me sinto ligado até a alma, as vezes assusta um pouco o quão envolvido fui pela senhorita mas tenho certeza que vou gostar de me envolver ainda mais profundamente.- completou, Naiáde não soube como interpretar as palavras, pareciam uma confissão e ao mesmo tempo uma insinuação imoral.

- Eu...- tentou dizer mas estava chocada demais para ser emotiva.- Estamos no meio de uma crise entre nações, como pode estar cogitando um casamento nessas circunstâncias?- perguntou de súbito, falando rápido e atropelando as palavras pelo nervosismo.

- Está tudo bem. Eu entendo que é repentino e que sua situação agora não é certa. Não há necessidade de se sentir pressionada, mas se eu tiver a aprovação de Sua Majestade, consideraria me dar uma resposta favorável?- perguntou caminhando até parar a poucos centímetros e segurou o queixo fino entre os dedos fazendo com que Naiáde não tivesse escolha a não ser olhá-lo. Aquele olhar profundo parecia prestes a devorar tudo que ela tinha ou era e não podia garantir que hesitaria em entregar tudo a ele mas sua determinação oscilou ao se dar conta do que ouviu pouco antes, no restaurante. Reed a tinha acompanhado e guardado desde o castelo, não descuidou de sua segurança deliberadamente e parecia até um pouco exagerado nisso, mas o pior era que ele não deixaria que ela terminasse o que foi fazer naquele país podre e isso sem dúvida faria com que o rei também pudesse voltar atrás com sua palavra.

- Antes de responder isso, antes de qualquer decisão, vamos conversar com franqueza.- respondeu afastando da mente seu verdadeiro desejo, de pular naqueles braços e esquecer tudo que já viveu antes, suas promessas e dificuldades, tudo.- Vamos voltar para a hospedaria.- completou olhando-o fixamente e desfez a feição fria para um sorriso neutro quando ele acenou com a cabeça e continuaram o caminho em silêncio.

Naquela noite, pouca conversa houve e nada foi realmente acertado, no instante em que Naiáde colocou o pé para dentro da soleira da porta teve seu corpo agarrado e se não fosse pela mão que abafou seu grito de surpresa, todos os hóspedes, incluind...

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Naquela noite, pouca conversa houve e nada foi realmente acertado, no instante em que Naiáde colocou o pé para dentro da soleira da porta teve seu corpo agarrado e se não fosse pela mão que abafou seu grito de surpresa, todos os hóspedes, incluindo os soldados do seu pai, teriam ouvido.

- O que está fazendo?- perguntou sentindo o corpo do soldado se pôr contra suas costas, era diferente dessa vez, Reed já havia feito aquilo antes mas sempre podia ver seu rosto e isso a tranquilizava. Não que estivesse com medo agora, as sensações que a tomavam eram um emaranhado de luxúria, antecipação, ansiedade e até um pouco de ganância mas medo não.

- Sabe, não tenho nada contra seu desejo de usar calças, mas eu realmente tenho sentido falta daquele vestido verde que usava no bosque perto do palácio. Fantasiei com ele algumas vezes, era exatamente assim.- disse o homem ignorando a indagação e enfiando as mãos pela barra da blusa, tateando habilmente até desfazer o laço da faixa que prendia seus seios e os libertou rapidamente. Naiáde não teve tempo para protestar, seu corpo foi erguido e carregado até a mesa e o soldado a sentou sobre ela.- Se bem que desfazer todos os botões traz uma satisfação estranha, como quando você caça sua própria comida.- completou baixo, as mãos continuavam trabalhando mas a voz rouca contra o pescoço fez Naiáde morder o lábio de ansiedade.

- Não sabia que minhas roupas o preocupavam tanto.- brincou sentindo o corpo tremer, todos os lugares em que a pele encostava com a dele se aqueciam, queria puxá-lo e reivindicar sua boca mas estava sóbria demais para isso mesmo tendo enchido a cara.

- Confesso que passo algum tempo pensando nisso, seria tão fácil.- disse ele chegando ao último botão e depois de soltá-lo, acariciou o rosto de Naiáde com uma das mãos e posicionou a outra na nuca, tomando-a num beijo urgente, sedento e animalesco. Era isso, a sensação que nem mesmo sabia que desejava mas agora que estava experimentando sentiu que precisava para viver, precisava ter Reed a desejando com aquele fervor, ansioso e apaixonado. Seu pensamento foi interrompido novamente quando o soldado a segurou pelos quadris e a fez descer da mesa, virou seu corpo e forçou-a a se debruçar.- Pensando em tê-la entregue, completamente á mercê.- continuou ele colocando os dedos por dentro da calça e a puxou rapidamente, Naiáde arfou em surpresa, poucas ocasiões a deixaram sem palavras mas desde que conheceu Reed, estava constantemente surpresa.

- Nesse caso, usarei um vestido na próxima vez, e poderá fazer o que deseja.- provocou com alguma dificuldade, mas se arrependeu no mesmo instante, as mãos grossas a apertaram depois de uma palmada e o corpo deu um solavanco, a posição era vergonhosa mas sentiu o rosto queimar violentamente ao se dar conta.- Como ousa me bater?- disse um pouco mais alto e tentou se desvencilhar mas a pressão sobre seu corpo se intensificou.

- Não senhorita Duzzani, precisa ficar parada. Sua bravura chega a ser divertida mas as vezes acredito que precisa de disciplina..- disse baixo e correu os dedos pelas coxas enquanto depositava beijos no caminho do pescoço até o traseiro arredondado e macio.- As vezes sinto que poderia devorá-la por inteiro, as vezes quero tanto faze-lo que meus pensamentos me traem e se enchem com as suas lembranças.- murmurou baixo, como se falasse para si mesmo e Naiáde sentiu a pontada de dor dos dentes do soldado mordendo seu traseiro.- Parece estranho?

- Recomendo fortemente que procure um médico.- disse entre um gemido e outro. Não parecia o mesmo homem, embora sempre houvesse uma aura de autoridade nele, Reed agora não era diferente de um predador, mesmo quando soltou um riso rouco pela resposta. Os dedos não pararam sua exploração e mordeu o lábio quando percebeu qual seria o destino.

- Não faça barulho.- disse ele antes de Naiáde descobrir a resposta para sua dúvida, os dedos ágeis pararam sua exploração entre as pernas da moça e aproveitando a umidade que se acumulou alí, fizeram seu caminho tão fundo quanto podiam. Naiáde cuspiu um palavrão abafado pela mão na sua boca e arqueou as costas pela surpresa.- Tão linda quanto uma sereia e tão audaciosa quanto um guerreiro.- continuou com uma ponta de humor na voz que fez Naiáde se sentir ansiosa.

- Não estamos aqui para... - tentou dizer, colocar algum juízo na mente do homem que a castigava com tantas sensações prazerosas, quentes e intensas, mas o continuo movimento dos dedos do soldado, explorando seu interior não a deixaram formar uma frase que fizesse sentido.

- Nós temos o hoje. Esqueça o que estiver te perturbando e foque no agora, em mim e nas sensações que eu estou fazendo-a sentir.- disse debruçando sobre ela e afastou os cabelos bagunçados para deixar uma orelha livre, mordeu levemente aumentando a pressão em seguida enquanto continuou cravando os dedos continuamente. Naiáde não conseguia pensar com clareza, em certo momento percebeu que não importava, ele a estava tomando para si e se fosse durar ou não, seria um problema para outro dia.

A FILHA DO GENERAL Where stories live. Discover now