23- A reunião no expresso de Hogwarts

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“PORRA DO INFERNO!” Sirius gritou. A raiva veio correndo, e antes que ele pudesse registrar completamente o que tinha acabado de acontecer, ele já havia se levantado do chão e pegado sua varinha.

“Agora escute, Sniv,” ele rosnou, apontando sua varinha para o sonserino,   “só porque sou gentil o suficiente para ser civilizado com você não significa que você pode me chutar. Muito pelo contrário, na verdade. Você me escuta?!"

Ele bufou. Seu quadril estava doendo – devia ter atingido o chão em um ângulo estranho.

Sirius olhou feio para o Sonserino. Ele estava, em troca, lançando um olhar frio para Sirius.

E Sirius conhecia exatamente aquele olhar, aquele brilho arrogante e raivoso nos olhos do sonserino; ele já tinha visto isso inúmeras vezes, afinal. Foi o mesmo olhar que Snape lançou quando foi jogado no Lago Negro . Era o mesmo olhar que ele lançava para Sirius sempre que tropeçava em um dos feitiços do Maroto. Era o mesmo olhar maldito que o Sonserino lançava em sua direção toda vez que Sirius tentava falar com o outro.

Isso enfureceu Sirius. Sempre tive.

“O gato comeu sua língua, hein,” ele cuspiu, erguendo a varinha mais alto. Ele esperou a resposta de Sniv, mas é claro que isso não aconteceu. Isso nunca aconteceu hoje em dia, embora Snape costumava fazer comentários mordazes contra ele sempre que podia. Era como se o outro garoto estivesse quebrado, de alguma forma.

Isso irritou Sirius ainda mais. Ele estava prestes a provocar o outro um pouco mais, talvez até mesmo lançar um feitiço em sua direção, quando percebeu algo... estranho.

À primeira vista, Snape estava sentado de maneira casual, sem se incomodar com o Grifinório. Olhando mais de perto, entretanto, pode-se dizer que a pose do Sonserino era estranhamente rígida. Seus olhos tinham um brilho duro e determinado, e sua boca era uma linha fina que se curvava em uma carranca.

Contudo, não foi isso que chamou a atenção de Sirius. Não. Sua atenção estava voltada para as mãos de Sniv. Eles ainda seguravam a xícara de café, embora seu conteúdo tivesse se espalhado pela roupa de cama de cetim. Um pouco do café ainda estava na xícara, fumegante, e de vez em quando, o sonserino tomava um gole da xícara, como se nada estivesse errado.

Mas suas mãos tremiam.

Tão rapidamente quanto a raiva de Sirius aumentou, ela agora diminuiu. Não porque ele fosse um tolo emocional; ele não estava. Acontece que as mãos de Severus Snape nunca tremeram. Ele era um prodígio em poções, mais preciso e controlado com as mãos do que qualquer um que Sirius já tinha visto – incluindo o pai de Jamie.

Mas agora as mãos do outro garoto tremiam, e isso era novo e, ao mesmo tempo, muito perturbador.

Sirius baixou a varinha, intrigado. Ele capturou os olhos do Snivy mais uma vez e os inspecionou, realmente inspecionou. Por trás de toda a raiva e desafio, bem, mas não completamente escondido, estava um terceiro movimento.

Cautela.

Sirius engoliu em seco. De todas as coisas que ele esperava, não era isso. Em sua mente, Snivy era tudo menos tímido, cauteloso ou ansioso; ele era ousado, sarcástico e confiante. É por isso que ele não cedeu à vontade do Maroto, não importa o quão duro ele tenha sido forçado.

Sirius guardou sua varinha lentamente, sem deixar seu olhar desviar do sonserino.

“Monstro,” ele chamou, a voz suave.

Um pop distinto soou quase imediatamente.

“Sim, Jovem Mestre Sirius?”

"Encontre algumas roupas de cama limpas para ele, sim?"

o longo caminho para lugar nenhum ( TRADUÇÃO)Where stories live. Discover now