7- A casa dos Black

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Severus tossiu ao sair do flu. De alguma forma, ele inalou fuligem no meio da viagem, embora isso não fosse possível, e a rotação o deixou enjoado. Ele tentou conter a náusea e se apoiou na moldura da lareira, ainda tossindo, enquanto os Black esperavam. Foi no mínimo constrangedor.

"Você disse que poderia usar o flu", zombou Walburga, quando sua tosse finalmente cessou. Severus sentiu suas bochechas corarem.

"Sinto muito, senhora. Geralmente consigo.

"Hmpf."

Severus estava prestes a se desculpar novamente, quando Orion colocou a mão em cima do ombro de sua esposa.

"Agora, agora, Burga. Ele aprenderá." E então: "Severus, fique quieto. Você precisa se limpar antes que a fuligem fique no carpete."

Severus engoliu em seco e obedeceu, com as bochechas vermelhas da Grifinória, e deixou o feitiço limpá-lo. Ele se sentiu como um mendigo que foi pedir esmola em uma casa muito chique para ele, mesmo que este lugar não fosse tão chique quanto a Mansão Malfoy. A principal diferença era que na Mansão Malfoy ele se sentia bem-vindo. Aqui nem tanto.

"Tudo melhor", murmurou Orion enquanto as últimas partículas de fuligem chiavam e desapareciam. "Agora você vai se juntar a mim na sala? Preciso inserir você nas enfermarias.

"Sim, senhor," Severus respondeu, incapaz de olhar para seus novos guardiões. Em vez disso, ele continuou olhando para o corredor em que estavam.

Era um espaço sem janelas, bastante espaçoso, mas decorado de forma modesta. Era claramente uma sala que deveria ser atravessada, em vez de onde as pessoas passariam algum tempo; quase não havia móveis, exceto uma estreita mesa lateral perto da lareira, mas em vez disso havia portas. Quatro deles, para ser exato. Algumas eram mais elegantes e largas que outras, mas todas eram feitas de carvalho escuro e polido. Em frente à lareira havia também uma escada - em carvalho escuro, combinando com as portas. Tinha degraus que levavam para cima e para baixo. As paredes estavam cobertas de pinturas elaboradas, sendo a maior um retrato detalhado de Walburga Black. Não era de forma alguma uma peça grosseira, mas de alguma forma fez com que todo o salão se sentisse desconfortável.

Não melhorou nada que o retrato de Walburga o olhasse com desprezo.

Severus ignorou a pintura e seguiu Orion por uma das portas mais sofisticadas. Chegaram a uma sala aconchegante com algumas poltronas e um grosso tapete persa. Aqui, as paredes também estavam repletas de pinturas, desta vez a maior parte delas paisagens. Todos os retratos eram mágicos, o que significa que as árvores se moviam ligeiramente com um vento imaginário e as nuvens viajavam lentamente através dos céus incrivelmente azuis. Isso fez Severus se sentir como se estivesse em uma sala cheia de janelas, cada uma mostrando um vislumbre de um reino diferente dos outros.

"Eles podem ser bastante hipnóticos", ele ouviu Orion dizer. "A maioria os acha calmantes."

"De fato."

"Presumo que você não tinha nenhuma pintura mágica na casa de sua infância?"

"Nenhum, senhor."

"Entendo... Isso soa como Eileen, certo. Sente-se, por favor."

Severus sentou-se em uma das poltronas e cruzou as mãos no colo. Como no corredor, ele achou difícil olhar seu novo guardião - o pai de Sirius Black, pelo amor de Merlin - nos olhos, então ele se concentrou na pintura atrás de Orion. Representava um mar tempestuoso e um pequeno barco. O barco tentou se manter flutuando apesar das ondas altas.

"Você quer chá, Severus? Eu sei que acabamos de tomar alguns, mas..."

"Não há necessidade, senhor. Está perfeitamente bem.

o longo caminho para lugar nenhum ( TRADUÇÃO)Where stories live. Discover now