Capítulo Oitenta e Dois

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Deus e suas maravilhas. Eu fiquei pensando nisso, um pouco zonza pelo cochilo recente, mas ainda sim, recebendo a língua quente de Micael na minha vagina, extremamente úmida pelos dois fatores:

1º: Meu tesão descomunal junto os hormônios da gravidez.

2º: Estávamos tomando banho. Ou tentando!

Escorei minha cabeça no azulejo molhado do banheiro, deixando a água cair sob meu corpo, ainda tendo Micael somente para mim. Como ele era capaz de fazer aquilo apenas com a língua? Eu não queria respostas concretas, eu queria senti-lo.

Fiquei triste quando recebi um beijo dele em meus lábios, contornando minha boca antes de apertar um seio meu, em cheio. Achei gostoso mas logo reclamei, meu corpo estava bem sensível ultimamente.

— Hmm. Não. — Eu não queria que ele saísse de perto de mim. Eu estava carente dele!

— Não o que, querida? — Achou graça do meu desespero.

— Eu quero você. — Mordisquei o seu pescoço, descendo minha mão até o seu pau, ainda duro. Conseguia sentir a glande encostando na minha barriga.

— Então você me quer? — Micael olhou de canto, fazendo charme.

Fechou as torneiras que pararam de fazer um barulho pouco alto. Micael me pegou no colo, me fazendo soltar um riso alto.

— Me diga, querida. — Beijou o meu pescoço, descendo suas mãos em meus quadris. — Me diga o que você quer! O que você está imaginando agora?

Fechei os meus olhos enquanto umedecia os lábios, mas não imaginava encontrar Alexander em minha frente. Os músculos úmidos assim como os cabelos, o resto do corpo também.

— Então é isso o que você quer, Sophia? — Alisou o meu rosto, dedilhando cada parte dele.

— Isso é errado! — Falei baixo, negando meramente com a cabeça, vendo Alexander descer seus beijos até o meio das minhas pernas. — Eu sou casada, não pode ser assim. — Lutei com as minhas palavras, cerrando os olhos.

— Eu não vou ligar, querida. Eu só quero ver você gozar! — Micael apareceu do meu lado, enquanto Alexander mordiscava o meu clítoris.

Recebi Micael em cheio, apertando um seio meu antes de mordiscar, com força. Alonguei os meus braços e apertei os travesseiros, soltando um gemido alto. Alexander me detonava lá em baixo, entrando com três dedos de uma vez, brutalmente, sem delongas. Micael desceu os beijos até a minha barriga, parando o que Alexander estava fazendo, o pedindo para me encarar, junto com ele.

Estava com os dois em cima do meu corpo, tendo total liberdade para pedir o que eu quisesse. Inclinei meu corpo para frente, me sentando na cama e abraçando os dois, observando suas faces antes de juntar Micael e Alexander, os beijando, até eu entrar no meio. Nunca havia dado um beijo triplo mas foi a melhor experiência da vida.

Me sentei no pau com veias de Alexander, bombado e rosado em sua glande, enquanto Micael ficava atrás de mim, encostando sua glande grossa em meu ânus, me fazendo soltar um grito rápido de dor. Nunca havia transado por trás, uma nova experiência. E ali, tudo se fez, foi como se eu realizasse diversas fantasias em uma só.

Durante os movimentos, eu não conseguia manter os meus olhos abertos para viver aquela experiência incrível. Alexander segurava minha cintura enquanto eu quicava sob seu pau, Micael metia em meu ânus com toda veracidade que conseguia. Eu iria morrer transando, literalmente.

Estava bem perto do inesperado quando senti o cheiro másculo do meu marido, me acordando para a realidade de que Alexander e ele não se passava de uma ilustre ilusão.

Os dedos de Micael faziam pressão na minha vagina, ainda me masturbando para que eu pudesse gozar com vontade, porém, meu sonho? Destruído!

Prendi a mão de Micael com as minhas pernas, o fazendo parar automaticamente o que estava fazendo. Seu outro dedo encontrou os meus mamilos túmidos, beliscando o mais sensível com vontade.

— Tudo bem? — Ele me perguntou, cauteloso. Assenti, recebendo um abraço de Micael. Fiz carinho em seus cabelos, ainda pensando.

— Tudo. — Sussurrei, pensando no que havia acontecido há minutos atrás.

Micael ficou em silêncio, ainda com os dedos fincados na minha vagina. Os tirei de lá, já que o mesmo havia caído no sono em segundos.

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— Tinha bastante gente na vernissage? — Micael perguntou pela décima vez aquela noite.

Estávamos sentados no sofá da sala, juntos. A lareira acesa me lembrou os velhos tempos, quando eu morava com a mamãe.

— Bastante. — Ainda estava pensativa com o que havia acontecido hoje à tarde.

— Bastante... Oitocentas pessoas? — Micael levantou uma sobrancelha.

— Bem mais. — Estava em transe, vendo o fogo da lareira ficar mais intenso.

— Você está sentindo algo, querida? Ficou estranha do nada. — Percebeu o meu gelo.

— Ãn, acho que estou... Cansada. — Sai do transe, segurando as mãos de Micael enquanto esboçava um sorriso.

— Suas costas doem?

— Eu não sei dizer isso ainda, não consegui sentir, é muita coisa ao mesmo tempo. — Me embolei na resposta, rolando os olhos. — Quero te perguntar uma coisa! — Sai do seu abraço, me sentando em sua frente.

Micael ficou sério, sua expressão mudou em cinco segundos quando me preparei para perguntar.

— Alexander estava lá. Você o conhece?

— Alexander? — Ficou surpreso, mas ainda sim sorriu. — Alexander é um incrível cineasta! Ele gosta dos meus quadros. Você falou com ele? — Se interessou em saber.

— Ele elogiou você e... — Pausei.

— E?

— E ficamos conversando sobre os filmes dele. — Menti. — Tina e Francis adoraram a companhia.

— Fico feliz que você tenha conhecido Alexander. Ele é uma pessoa incrível! — Micael estava bem contente em saber. — Futuramente, quem sabe ele não possa produzir um filme sobre os meus quadros? — Soltou um risinho.

Ele até podia mas não podia saber que eu havia jantado com ele. Contar à Micael seria uma tarefa difícil, ainda mais agora que ele estava em processo de adaptação, de novo. Tive medo dele perder a linha e acabar acontecendo tudo de novo.

Micael saiu do sofá, caminhou até à cozinha.

Você está com fome? Já passou da hora de você comer.

Eu não estava com fome, eu estava com a cabeça em Alexander e o por quê do sonho.

— Vou aceitar alguma coisa. — Desviei os pensamentos, me encontrando com Micael.

O abracei por trás, beijando o seu rosto enquanto ele fazia um lanche de peito de peru.

— Você está bem mesmo? Sentindo alguma coisa diferente? — Se preocupou.

— Só estava com saudade de você. — Beijei sua bochecha, ele se virou, me beijando. — Eu ainda estou com muita saudade de você! — O beijei novamente, um pouco mais feroz.

— Eu deveria ter te engravidado antes, sabia? — Riu cúmplice, mordiscando os meus lábios.

— Sim. — Não sabia o que estava respondendo, mas não queria mais pensar naquilo.

E aquilo tinha nome: Alexander Paccino.

MARATONA DE CAPÍTULOS NO FIM DE SEMANA.

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