Cinco últimos tiros

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Hans ignorou completamente seu atendimento médico daquele dia e foi até o estacionamento do hospital, aguardar o retorno dos agentes que ele tinha certeza que não demorariam, já que Beatrice os impediria de entrar no quarto a todo custo.

Foi exatamente o que aconteceu! Em cerca de meia hora, os agentes saiam pela porta lateral do hospital e entravam em um carro cinza que estava estacionado ali.

Hans decorou a placa para caso os perdesse de vista, entrou em seu carro e os seguiu. Os quatro pararam em uma casa muito distante dali. Muito provável era a casa de um dos quatro. Olhando de longe para que não fosse notado, Hans percebeu que os quatro estavam agitados e nervosos. Passadas algumas horas, os quatro saíram da casa e continuaram sendo seguidos pelo ex soldado, que os viu entrar em um bar, localizado próximo a casa que estavam.

Ao invés de descer do carro e entrar no bar, Hans foi até sua casa e buscou alguns itens. Entre eles estavam alguns microfones que serviriam de grampo. O ex soldado, além de ser um dos melhores atiradores de elite do exército, também era um espião excepcional.

A casa branca com detalhes pretos que era ocupada pelos quatro mais cedo, não tinha sistemas de segurança difíceis de serem burlados, o que Hans achou patético por se tratarem de agentes da CIA. Com toda certeza, se Beatrice não tivesse saindo convencida por Suzanne a não ir atrás dos agentes, ela teria os matado há muito tempo, antes de prometer a Ava que não faria nada.

Hans entrou na casa sem deixar nenhuma pista de que esteve ali, colocou suas escutas e saiu em questão de pouquíssimos minutos. Continuou por ali para observar os homens caso voltassem, porém, apenas um retornou.

Enquanto estava a postos ouvindo o que se passava na casa, Hans ouviu quando o celular do homem tocou. Ele não sabia com quem o agente falava, mas tinha certeza que se tratava de um dos outros agentes.

O agente da CIA dizia que não concordava com a ideia de voltarem  ao hospital. A mãe de Beatrice era alguma influente demais nos Estados Unidos e a denuncia que ela afirmou que iria protocolar, com certeza abalaria a vida deles na agência por um bom tempo.

Apesar da insistência para que não voltassem ao hospital, o agente foi convencido por quem estava do outro lado da linha, que no dia seguinte iriam lá pra conversar com a Ava e garantir que ela de fato não sabia de nada.

Hans saiu do ponto de observação que estava e foi diretamente ao hospital. Ele daria um jeito de entrar para falar com Ava e de ficar sozinho no quarto para escutar a conversa entre Ava e os agentes, caso eles conseguissem entrar.

Já no hospital, Hans subiu até o andar de Ava e bateu a porta, entrando em seguida.

-Hans! - Ava disse animada, fazendo com que Beatrice virasse para a porta e visse seu amigo.

-Oi, Hans! Ainda está aqui no hospital? - Beatrice abraçou o amigo.

-Pois é. Vim fazer uma visita a você e a essa moça. Como vocês estão?

-Estamos bem. Bom, a Ava ainda não sabe, do que aconteceu mais cedo, mas eu...

-Como assim? O que foi que aconteceu? - Ava interrompeu Beatrice.

-Os agentes da CIA vieram aqui mais cedo. Eles queriam falar com você, mas sua mãe e eu os impedimos.

-Que horas? Quando a sua mãe veio aqui? Eu notei que ela estava descompensada por algo.

-Os cretinos agrediram a Beatrice. - Hans também tinha ouvido essa informação enquanto ouvia a conversa dos agentes da CIA.

-E você não me disse nada, Bea? - Ava perguntou chateada.

Avatrice - Um romance policialOn viuen les histories. Descobreix ara