Capítulo #17

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NATY

Sentei na cama passando a mão pela cabeça, olhei para trás de mim e vi uma loira dormindo toda pelada, eu não lembrava de comer essa mina só sei que eu tô com batom por todo o corpo e meu pau tá todo mole pô, gozei para caralho, disso eu tenho certeza.

Levantei da cama indo pro banheiro, mijei e fui até o chuveiro pra tomar um banho gelado, a cabeça estourando. Saindo banho e fui atrás da minha roupa, coloquei uma bermuda preta, regata do Flamengo e minhas correntes, olhei para mulher e fui acordar ela, a loira saiu da minha casa sem reclamar muito, de certo sabe que eu sou de pouco papo, de manhã aínda? Não existo.

Coloquei um tênis e sai de casa, a cada esquina um pagode tocando, geral já se preparando pro churrasco e quem não estava era porque estava indo pro pagode mas tarde. Parei minha moto na frente dos barraco e fui até a casinha, subindo para a laje, pipoca estava lá.

— Eai peixe - bati minha mão na dele e sentei do lado dele - ei, tenho uma parada pra te falar mas não sei cê tu vai gostar pô.

— Fala aí Ramón, para com essa porra - já estava ficando estressada, logo de manhã eu toda fudida da vida que estava, quase pegando aquele pescocinho cheiroso e torcendo pô, tá ligado? Se a Ingrid fez a merda para mim que nem a Bianca tá falando, eu vou atrás dessa filha da puta até no inferno e depois vou deixar ela por lá mesmo.

— A mina morena lá falou a verdade, não vejo a Ingrid desda parada que aconteceu contigo peixe, vi ela saindo um dia depois que tu não voltou. Mas aí nois só vai saber a verdade se os cara falar a verdade saco?

— Tu quer fazer o que porra? Namoral Ramón, só não paguei pelas merda que fiz porque nunca deixei que tivessem prova disso tá ligado? Não vou me envolver com esses porra correndo o risco deles me passar a perna, não fico nesses verme caralho.

— Então relaxa, deixa comigo que eu descobro, só vai levar um tempinho pô - passei a mão no cabelo mexendo o pé sem parar, ainda não fumei um cigarro porra, só isso para me deixar calma.

— Tu acha que a filha da puta varia uma porra dessa pra mim? - ele fico quieto e depois me olhou.

— Eu acho que tu deveria acreditar na branquela - ele se levantou - a Ingrid sumiu Naty, ela tá aí botando a cara jurando que não foi ela - ele deu de ombro - tu que sabe peixe.

Olhei pro meu pé com a tornozeleira que não parava de mexer, pipoca passou por mim e eu lembrei de uma coisa que ele falou, meio que me deixou incomodando, mesmo sendo do meu irmão.

- Aí pipoca - ele parou - Só eu que chamo ela assim. - ele concordou com a cabeça deu um sorriso e saiu da laje me deixando ali.

Eu fiquei esses dias todos pensando do porque a Bianca ia fazer isso comigo, na minha mente só veio ela com um outro filho da puta tentando me derrubar, isso só me deixa com mais ódio porra, aí quando eu sai daquela merda só queria vir atrás dela e ver se ela ainda estava aqui, só queria ver como ela ia reagir quando eu falasse tudinho que iria fazer com ela se aquilo fosse verdade. Mas porra quando eu vi ela eu só queria amassar aquela boca com a minha, lambe aquele pescoço, bater naquela bunda.

Mas eu só falei merda.

Levantei da cadeira e desci encontrando um moleque bolando o baseado, peguei da mão dele que não foi nem louco de falar nada, enquanto andava até a minha moto eu coloquei o baseado na boca e acendi, tragando e assobrando a fumaça, subi na moto e acelerei ela.

Parei na frente da casa da branquela, tirei o baseado da boca e respeito fundo, não sei com ela vai estar, mas porra foda-se.

Desci da moto e bati na porta, bati umas cinco vezes fiquei nervosa e dei uma forçada na tranca, abriu depois de um forcinha, vi que a porta dela estava quebrada e cocei a cabeça, olhei em volta e não vi ela, namoral se ela saiu dessa porra é outra que eu vou até o inferno caçar saco?

Caminhei pela casa toda e vi uma porta aberta em um corredor, bati na porta e bati com mais força de novo, até que ela abriu. A branquela estava toda para baixo, o olho dela todo vermelho, de cabelo preso e cara triste.

— Vim falar contigo - ela concordou e o corpo dela tremeu, bufei vendo que ela estava com medo de mim, sem pensar eu coloquei mão na nuca dela e puxei pro meu peito, envolvi a cintura dela com meu braço e apertei - eu vacilei ontem branquela, desculpa aí.

— Você acredita em mim ou teve a certeza que não fui eu quem fiz isso com você - ela falou baixinho com uma voz de choro.

— Eu acredito, não tenho certeza se foi a Ingrid ainda mas eu sei que tu não tem nada a ver. Não fica com medo de mim não, não vou fazer nada contigo - coloquei o rosto no pescoço dela sentido aquele cheirinho e apertei mas a cintura dela, senti os braços dela envolta do meu pescoço me abraçando de volta.

Aquela mulher era diferente, não sei de nada sobre ela só que ela é uma mulher muito dahora, de todas as vezes que eu olhei para ela nos últimos dias, ela só tá com sorriso no rosto, mesmo fazendo oque não gosta, tem papo bom e me faz ficar calma pô, ela me tranquiliza de alguma forma, e ontem eu pensei que não ia ter a chance de tentar levar essa mulher  adiante, comigo.

— Eu preciso que você vá embora por favor - ela não me largou e eu também não, dei um beijo no ombro dela cheirei aquela parte de novo, ela se arrepiou.

— Quer mesmo pô? - apertei mas a cintura dela e acariciei a nuca dela com a minha mão, ela afastou o rosto de mim e eu olhei o rosto dela todo vermelho e com algumas lágrimas, o cabelo que estava no rosto eu tirei colocando atrás da orelha dela.

— Sim - ela engoliu a seco erguendo a cabeça e me olhando - Eu vou sair com uma amiga minha, preciso me arrumar.

Vou fingir que ela não inventou essa merda só para me mandar embora, fiz merda ontem e ela tá chateada, depois eu do um jeito. Concordei passando o dedão pela bochecha dela limpando as lágrimas, me afastei e sai da casa dela.

Essa porrinha branquela tá mexendo comigo porra.

Nossa História [ Pique Bandida ] Where stories live. Discover now