Capítulo #26

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BIANCA

Acordei sentindo um cheiro forte de maconha, abri os olhos e olhei para trás a Naty estava com uma maconha na mão, eu estava deitada no braço dela praticamente colado nela.

— Meu Deus que cheiro horrível Naty - virei a cara ficando como eu estava.

— Pô até abri a janela aqui - olhei um pouco para cima e vi quase a matade da janela aberta, olhei para meu corpo e vi que estava com a camisa dela.

— E se alguém ver a gente aqui - falei preocupada mais não tive a coragem de mexer um músculo para fechar aquela janela, eu estava acabada, a Naty se mexeu do meu lado e parece que jogou a maconha fora depois fechou a janela, senti o braço dela encima de mim me puxando para mas perto e o rosto dela no meu pescoço beijando ali.

— Ninguém é doido pô, tão ciente que é eu que tô aqui - concordei quase dormindo de novo. A gente dormiu no carro dela, eu não estava nem um pouco afim de sair daqui - tá mortinha aí pô, bora reagir.

— Não quero - mexi minha bunda e sem querer acabei esfregando no pau dela, virei meu corpo e peguei ela me encarando - foi sem querer para de me olhar assim.

— Mó vagabunda porra - ela bateu na minha bunda e eu dei risada sentando no banco.

— Não me chama assim. Vamo embora quero tomar um banho - ela concordou, a Naty já estava de bermuda e top enquanto ela saiu pela porta mesmo e sentou no banco da frente, eu fiquei ali atrás colocando minha roupa.

Ela ligou o carro e saiu dali, só agora eu consegui ver onde era, um beco atrás da quadra onde acontecia os bailes. Terminei de me arrumar e dei um jeito de ir para o banco da frente.

— Tá com fome? - neguei fazendo uma careta, passamos por um casal e a Naty buzinou chamando atenção dela, eu ia olhar para ver quem era só que ela estava muito rápido nem deu.

— Não, só quero tomar banho e dormir - fiz uma careta de preguiça e ela deu um sorrisinho de lado. Não demorou muito para ela parar na frente da minha casa, desci dando um beijo na bochecha dela e corri para dentro.

Fiz exatamente oque disse para ela, tomei um belo banho fui só de calcinha para cama e capotei.

Sai de casa eram exatamente oito e meia, estava com uma saia jeans curtíssima e um cropped preto de bojo, um salto alto e uma maquiagem forte. Caminhei lentamente até uma rua antes da casa da Jô onde costumavamos a ficar e "atrair" os clientes.

Letícia já estava lá, vestido um vestido vermelho curto e sem manga e um saltinho preto agulha, o cabelo dela estava todo marcado por cachos e a maquiagem era bem forte.

— Eu nem te contei, mas a jade levou uma sura hoje - olhei para ela cruzando os braços - você conhece o amigo da Naty, aquele pipoca? - concordei, acho que vi ele umas duas vezes só - então, ele tem uma mulher chamada Rebeca, ela pegou a jade dando encima dela no meio da praça hoje de manhã, aí essa Rebeca deu uma surra nela que a bichinho fico todo tonta - dei risada negando com a cabeça.

— E o marido dela?

— Aquele cara é totalmente fiel amiga, eu nunca vi ele em um baile sem ela, os dois são tipo casal desde sempre - ela deu de ombro - E a Rebeca sabe disso, mas ela é bem ciumenta. É difícil achar caras assim ainda mas envolvido, você sabe como é.

— Eu sei, eu não conheço ele então não posso julgar - ela assoprou a fumaça do cigarro concordando.

— E você é a Naty - encarei ela que me olhava com um sorrisinho no rosto - eu vi vocês saindo do baile ontem, bem cedo até. A Letícia era a única amiga que eu tinha a anos, e por ela estava vivendo a mesma vida que eu e ainda estar ao meu lado, eu passei a confiar muito nela, acho que me abrir seria normal e ...melhor.

Nossa História [ Pique Bandida ] Where stories live. Discover now