Capítulo #61

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BIANCA

Acordei com a Naty encima de mim, morrendo de calor. Eu estava completamente pelada e ainda assim suando horrores. Ela resmungo quando eu tirei ela de cima de mim e sai da cama.

Fui direto para o banheiro, tomei um banho e sequei meu cabelo ali mesmo para a chatinha não me perturbar. Coloquei uma calcinha e um vestido de pano leve, desci até a cozinha e fiz algo para comer.

Enquanto eu estava comendo, peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Jean, ele deve tá na escola agora mas assim que ver me responde.

Bateram palma na frente de casa e eu levantei, abri a porta e estranhei uma loira com as pontas dos cabelos azuis, ela estava encostada no meu portão, usando biquíni na parte de cima e uma shorts de malha, com uma barriga já aparecendo.

— Oi ? Preciso de alguma coisa? - ela me olhou, dos pés a cabeça, nunca tinha visto ela aqui.

— A Ingrid não mora mais aí? - neguei - e a Naty?

— Ela mora, tá dormindo agora - a menina estranhou e cruzo os braços, escutei passos atrás de mim e olhei, era a Naty acordando e me procurando.

— Que foi? - a Naty perguntou e eu dei de ombro.

— Posso entrar garota? - falou em um tom alto, eu iria responder que não, mas a Naty fico do meu lado e olhou a mulher - você não presta mesmo né, cadê a Ingrid?

— Tá morta pô, quer oque em ? - a mulher arregalou os olhos e eu fiquei olhando dela para Naty - tu não tinha sumido, voltou porque.

— Porque eu tô grávida, e é seu - eu abri a boca chocada, a Naty estava lá plena - e eu quero meus direitos, benção, e eu tô sem casa quero morar aqui, pode tirando esse mona daí.

— Tirar eu? - perguntei.

— Tu acha que eu sou maluca de engravidar tu, tá doida - Naty disse cruzando os braços - e ela é minha mulher, não sai daqui não.

—Voce tá com outra? Porque não me ligou? - a Naty respirou fundo, eu não estava entendendo nada, só acompanhava quando cada uma falava - e eu estou grávida sim, é seu.

— Não me faz perder a paciência não, tu sabe que para mim pegar teu cabelo e corta tudinho é dois segundos, para de história e some de novo, diaba! - ela me puxou para dentro de casa e fechou a porta, a mulher gritou um pouco lá ainda mais depois foi embora.

— Quem é essa? - perguntei quando nos sentamos no sofá.

— Era amiga da Ingrid, morou com nós um tempinho que ela terminou com o marido, mó cachorra - ela ligou a TV.

— E porque ela disse que tem um filho seu na barriga? - ela me olhou.

— Amor eu não gostava da Ingrid pô, comia a mina sempre que tinha oportunidade, até com ela dormindo em casa a garota se jogava para mim toda noite. Mais pô, eu não fodia sem camisinha não, e nunca usei oque elas me davam.

— E porque ela está dizendo isso, alguma vez teve ter esquecido?

— Não, pode confiar, ela só quer dinheiro. Esse filho aí teve ser do Kaká - estranhei - era o marido que ela terminou. Ou ela nem sabe de quem é, não é problema nosso não.

— Tá mais você tem certeza que não é seu? - ela concordou - Tudo bem, só espero não ficar com dor de cabeça.

— Se ela te encher, é só me falar - dei um selinho nela e me levantei do sofá, peguei meu celular e liguei para Rebeca, fui contar tudo para ela.

— Poisé minha vida cada dia mais maluca, todo dia é uma coisa nova - peguei uma colher cheia de açaí e coloquei na boca, encarando as duas. Estava com a Letícia e a Rebeca no açaí.

— Que doideira, e a mulher quem é? Apareceu do nada? - Letícia perguntou.

— O nome dela é augusta, mas gosta de ser chamada de Guta - concordei - ela era casada com o Kaká pô, amigona da Ingrid mas é aquelas, não resistia a Naty. Sentava para ela sempre e depois brigava com as amantes da tua mulher - apontou para mim - acho que o Kaká tem ódio da Naty por isso, até a mulher dele preferiu ela - deu de ombro.

— Acham que ela tá grávida da Naty mesmo?

— Eu acho que não, a Naty tem uma condição que não permite que ela fiquei jorrando filho, você sabe Bianca - concordei - e ela sempre usava camisinha, eu sempre perguntava, ela pode fazer muitos de bobo por aí, mais ninguém faz ela de boba.

— É aquela ali é? - a Letícia apontou e nois duas olhamos, ela era mesmo, estava descendo da moto do Kaká, ele pegou ela pela cintura e ela se afastou. Entrando em uma casa logo depois, olhei para meninas.

— Não é da Naty não, o único filho que ela vai ter é o seu, escreve - dei um sorriso. Senti um embrulho no estômago mas não vomitei, tomei uma água e voltei a tomar meu açaí.

— Que soco viu, não sabia que ficar com ela seria assim, a cada canto tem uma mulher que já estave com ela e agora essa doida.

— Quem mandou namorar gostosa? Mas é assim daqui a pouco para, eu com meu pretinho era assim, agora e pouco as galinha que ficam bicando perto dele.

— Espero que não seja assim com o meu - olhei para Letícia - não contei para vocês?

— Não sua vaca - a Rebeca disse.

— Tá namorando let? - perguntei

— Tô ficando com um cara aí - ela disse - ele infelizmente é envolvido também, o vulgo é Fk - concordamos - mas é um cara legal, tem um papo bom, não foi preconceituoso em relação ao meu passado, tô gostando dele, a gente já tá ficando a um tempo já - deu de ombro.

— Que legal let, a gente quer conhecer ele quando ter tudo certo para você viu - falei e ela concordou com um sorriso, eu estava muito feliz em ver ela feliz. A Letícia esteve comigo em um momento difícil, nada mais justo do que ela estar agora, e eu torço sempre por ela.

Nossa História [ Pique Bandida ] Where stories live. Discover now