Capítulo #7

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BIANCA

Coloquei a roupa que iria usar hoje dentro de uma bolsa, minhas maquiagens e uma roupa para voltar para casa amanhã. Coloquei alguns colares e brincos também, Jô pediu para todos estarem na casa as oito, e eu tenho certeza que aquela casa vai lotar hoje já que ela mandou toda as meninas irem até lá.

Assim como eu, algumas meninas não moram na casa da Jô, e ela aceita isso porque não tem lugar para todo mundo no seu sobrado. Peguei minha bolsa colocando no ombro e sai de casa, fechei a porta jogando a chave dentro da bolsa.

Assim que eu cheguei no sobrado, algumas meninas estavam na sala e outras estavam andando de um lado para o outro, era a primeira vez que eu iria participar de uma festa privada assim, imagino o que pode acontecer ali, sexo para todos os lados.

Vi Letícia, uma das poucas meninas com quem eu converso, ela é muito simpática e toda animada sempre, ela consegue arrancar vários sorrisos meus no dia com sua simpatia, adoro ela.

— Bia, vamo comigo a Jô disse que a gente tem vinte minutos só - ela puxou meu braço até o quarto dela, let como outras poucas meninas moram aqui desde que começo a trabalhar com a Jô, ela me disse que faz programa mais de um ano - você trouxe maquiagem amiga, tô em falta.

Haram, pode pegar - coloquei minha bolsa na cama dela e comecei a tirar tudo de lá, o body que eu ia usar hoje e as máquinas, o resto da coisas eu deixei guardado e coloquei em um canto do quarto dela.

— Vai usar essa hoje? - concordei e ela levantou a peça na mão - E linda amiga, vai ficar um arraso com isso - dei um meio sorriso, eu gostava de usar coisas assim, que deixavam meu corpo valorizado, e só não gostava da ocasião na qual eu estou usando isso, mais enfim, é por um curto período de tempo.

-— Vem cá, como funciona hoje em relação ao nosso pagamento - me sentei na cama escolhendo a maquiagem que eu iria fazer, eu já tinha tomado banho em casa então era só me trocar.

— Nessas festas privadas a gente recebe o dinheiro todo, é uma noite de fazer dinheiro mesmo amiga, dar nosso máximo porque vem 100% pra gente - concordei - eu mesmo em uma noite como essa fiz sete mil, espero fazer mais hoje.

— Isso significa dar até a buceta ficar roxa - ela riu e eu me joguei na cama. Ela começou a fazer a maquiagem dela e eu fui fazer a minha também. Hoje eu estava meio desanimada e sem saco para suportar velhos bandidos que só sabem transar para eles próprios gozaram, os filhos da puta não conhecem nem um clitóris direito, podia ter cada um uma boneca inflável, daria na mesma.

Então não estava nem me importando com o dinheiro, só iria fazer um programa para a Jô não me encher a paciência depois, só quero dormir uma noite inteira e acordar tarde, eu mereço.

Tomei coragem e depois de fazer a maquiagem, tirei toda a minha roupa, passei o body pela cabeça e prendi ele entre as penas, coloquei as alcinhas no ombro e arrumei entre minhas bunda. Caminhei até o espelho e olhei meu corpo.

— Uau, tu ficou uma gostosa - dei uma risadinha para ela e voltei a me olhar. A parte da barriga era toda renda e sem fundo, os seios eram com um tecido transparente, na boca não aparecia nada já que era um fio dental também, a peça era completamente vermelha - Eu tenho um negócio que vai combinar muito, pera um pouquinho.

A doida largou a maquiagem dela e correu até uma gaveta, logo ela me trouxe um persex e eu joguei a cabeça para trás rindo.

— Sério, isso é nescessário? - ela concordou, coloquei o persex na minha coxa esquerda, arrumei o body no corpo e me olhei mais uma vez. Meus cabelos estavam em um coque bagunçado no alto da minha cabeça então puxei um fil de cabelo e soltei ele arrumando em cima, eu estava até que bonita.

— Porra você é muito gostosa, a sua bunda é de dar inveja em qualquer mulher, mais é uma inveja boa viu amiga - concordei rindo, passei um olho no corpo e fiz alguma ondulação no cabelo.

Eu estava pronta e a Letícia também, então fechamos a porta do quarto dela e saímos de lá. Na sala a luz estava em azul escuro, algumas pessoas já estavam fudendo ao redor da casa, se pegando pelos cantos, e logo a Letícia se afastou falando que ia pegar algum chefão cheio de ouro, eu só desejei boa sorte a ela.

Olhei em volta procurando pela Jô e não encontrei ela em lugar nenhum, então aproveitei e fui correndo até o barzinho que tinha ali, peguei dois copos de vodka, e conseguir mandar só um inteiro para dentro de mim, quando eu fui tentar o segundo já estava quase vomitando.

Tentei um uísque, mais só o cheiro me deixou enjoada, então fui para tequila, o gosto era bom, consegui beber três copinhos e quando estava enchendo mais um fui interrompida pelo cheiro de cigarro forte, olhei para trás e vi a Jô me encarando.

— Isso não é pra você - tomei mais um gole da tequila, ela puxou o copo da minha mão me fazendo reclamar - Vai trabalhar Bianca, tem um cara ali que estava procurando mais duas meninas para fuder, vai lá, vamo!

Quando ela saiu eu neguei com a cabeça, não, transar assim eu não vou, nada contra quem  gosta mais isso não é para mim, eu nunca nem sequer gostei de ver pornografia imagina ver ao vivo a foda de outras pessoas, não!

Deixei meu copo de tequila ali mesmo e fui atrás de outra pessoa. Parei no meio da sala quando vi ela de costas para mim sentada em uma banqueta bebendo alguma coisa, a postura não me deixa enganar, era a Naty e eu não perdi tempo.

— Oi - chamei atenção dela que me olhou enquanto bebida do seu copo, reparei que com o copo de uísque ela também segurava uma maconha, aquilo era a perfeita visão do errado. Tudo bem que o Daniel não era bandido, mais todo mundo sabe como eles são, e eu não tenho na cabeça a fantasia de que não existe mulheres assim.

Mais, o errado é o mais bonito é o mais atraente. E a Naty tinha de tudo e mais um pouco, tudo que eu achava bonito em uma pessoa, a pele bronzeada, os olhos claros, as tatuagens o estilo, os piercings, o jeito de falar a carinha fechada, e porra, ela era foda na hora do sexo.

— Oi branquela - abri um sorriso pelo apelido, ela deixou o copo dela na mesa e viro o corpo para mim, sem disfarçar secou meu corpo inteiro, eu não sentia nojo quando ela fazia isso comigo, pelo contrário eu queria mostrar tudo para ela.

— Gosto? - dei uma voltinha e ela me acompanhou com os olhos - acha que vermelho fica bem comigo? - é sério que eu estava fazendo o que eu estava fazendo?

— Depois que eu te vi sem nada gata, acho que nada fica bom em você - dei risada deitando um pouco a cabeça, ela pegou o copo mais uma vez e deu um último golpe, colocou a maconha na boca deixando sua imagem ainda mais provocadora, levantou e se aproximou de mim - Tu tá gostosa pra caralho branquela.

— Você já escolheu alguém essa noite? - ela colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Eu tava te esperando - mordi os lábios e ela tiro a maconha da boca sobrando devagar, não no meu rosto o que eu agradeci. Nem uma de nois duas desviou o olhar.

— Vem então, eu tenho um quarto pra gente - estiquei minha mão para ela que pegou e entrelaçou nosso dedos, comecei a caminhar até o segundo andar da casa e fui até o último quarto do corredor, ela passou pela porta e eu tranquei a porta.

Nossa História [ Pique Bandida ] Where stories live. Discover now