Capítulo #43

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NATY

A Bianca estava do meu lado sentado na calçada em frente ao bloco do QG, deitada com a cabeça no meu ombro enquanto olhava algumas fotos no celular e eu fumava minha maconha aproveitando o silêncio. Só tinha nois duas ali, os moleque estavam lá dentro bebendo e conversando, eu estava junto até ver essa branquela aparecer no portão me chamando.

Ela veio me ver assim que mandei mensagem perguntando se estava tudo bem, me ligou como sempre fazia e fico me contando alguma coisa enquanto fazia um brigadeiro que ela gosta, chegou até brigar comigo porque eu falei que não gostava de doce.

Eu disse que de madrugada eu aparecia por lá, e ela disse que estava com muita saudade para esperar, entendo já que fazia uns dois dias que a gente não se via. Ela falou que iria vir aqui e eu não acreditei não.

Mais veio, de vestidinho e me deu mó beijão quando eu abracei ela, não vou mentir também estava morrendo de saudades dessa porrinha.

— Eu tatuo seu nome no pescoço e o meu tu tatua na bunda - ela deu risada alta e eu acompanhei negando com a cabeça. Bianca deu que queria fazer uma tatuagem comigo, eu topo pô, já tenho tanta merda desenhanda no corpo, uma com ela vai se a única com significado importante, e sem contar que eu já até estava pensando em fazer uma para ela.

— Não, isso é muita coisa - continuou dando risada - vamo fazer assim, tu faz alguma parte do meu corpo que você gosta e eu faço uma sua - olhei para ela, ela me olhou como se já soube oque eu ia escolher e riu de novo.

Era a bunda com certeza.

— Vou manda o cara tatuar tua bunda bem aqui - ela riu já esperando essa resposta minha, mostrei uma parte da minha costela e olhei para ela.

— E ele vai ver minha bunda? - me provocou e ué neguei - Ué? Como ele vai fazer?

— Vou tira uma foto e aí ele faz igual, tu não vai ficar pelada na frente dele não, mas o filho da puta vai ter que ver no celular - traguei a maconha e soprei longe dela.

— É sua cara tatuar minha bunda - ela deitou a cabeça no meu ombro de novo e continuou mexendo no celular, eu continuei fumando meu baseado de boa.

— Tu vai fazer oque de mim? Eu sei que é meu pau que tu mais gosta - ela me olhou com uma careta e eu dei risada - vai dizer que não é? Tu não gosta não.

— Claro que eu gosto, adoro seu pau - ela riu mordendo a língua - mais, eu vou tatuar seus olhos, é oque eu mais gosto em você amor.

Papo reto? Ela é muito para mim. Dei um selinho nela e ela deitou onde estava de novo.

— Não tá com sono não trem? já falei que não precisa ficar aqui. Eu vou pra tua casa daqui a pouco - ela nego.

— Eu quero ficar com você, quero ficar aqui mais um pouco, matando a saudade  - concordei - para de fumar isso amor, tá muito ruim o cheiro! - ela não gosta de jeito nenhum, mas isso é uma parada que eu não consigo parar, já era.

— Tu é chata em - joguei a maconha na rua e soltei a última fumaça.

Ela continuou mexendo no celular enquanto eu olhava pro nada. Até que vi um carro branco dobrando a esquina e acompanhei ela até parar do outro lado da rua e logo saiu o pavê de dentro, faz mó tempão que esse porra não aparece, e era bom porque eu falei para ele não vim mas aqui.

A Bianca levantou a cabeça e agarrou meu braço ficando mas perto de mim, olhei para ela que estava com um olhar surpreso, assustada. O pavê encarava ele e depois eu, como se estivesse puto.

— Naty, tranquilo? Como que estão as coisas aí? - ele me olhou e depois olhou para a Bianca, reparou mais nale e isso me incomodou mais que o normal - Bianca, tá diferente pô.

Nossa História [ Pique Bandida ] Where stories live. Discover now