Capítulo #18

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BIANCA

Quando ela saiu da minha casa, consegui respirar mas calmante, ela estava me sufocando de um jeito que eu quase vomitei. Eu precisava ser forte mas um vez e não deixar o medo me dominar como fez nas últimas horas.

Passei a mão no meu rosto limpando as lágrimas e peguei uma toalha indo até o banheiro, coloquei a água do chuveiro no gelado e me enfiei de baixo, fiquei por lá alguns minutos e depois sair. Peguei meu celular olhando as mensagens que a Letícia tinha me mandado, acabei chamando ela para vim se arrumar comigo aqui em casa.

Eu não ficaria em casa chorando por traumas que não podem me afetar mas, eu decidi quando sai da casa do Daniel que chorar por terem gritado comigo ou ameaças não me afastaria, eu não iria chorar mas, infelizmente esqueci disso algumas horas atrás, mais já estou bem.

Eu convivi muito com a personalidade da Naty desdo meus dezoito anos eu fiquei com um cara que infelizmente ela me lembra, ele também me fez se sentir diferente, me deu atenção e depois simplesmente me deu um tapa na cara. Chega de ficar lembrando dessas merda, eu não vou mas deixar isso acontecer.

Letícia chegou toda animada, e pela companhia animada eu me forcei a animar também, coloquei um sorriso no rosto e comecei a conversar com ela.

— Ei amiga, vou pegar uma água aqui - concordei enquanto colocava uma música no rádio que eu tinha - eu juro um dia eu vou pegar o mega daquela vadia e cortar ele todinho, ela tá me irritando tanto.

— Oque a jade fez agora? - olhei para a Letícia com um sorriso no rosto, era engraçado ver ela irritada e falando das pessoas que ela não gosta, a Letícia fica se imaginando batendo naquelas pessoas, mas só imaginando porque ela já me disse que não era boa em brigas, que ela não sabia bater.

— Algumas menina vão ficar na casa pra trabalhar, e ela meio que estava forçando a Jô a me deixar lá, tipo insistindo sabe? Eu só peguei minhas coisas e sair de lá nem esperando a resposta da Jô, se me ligar também eu vou fingir que nem vi nada.

— Garota chata né, porque ela não cuida da vida dela? - a Letícia deu de ombro - Só tenta ignorar amiga, deixa ela falando sozinha e tentando ter a atenção de quem ela quer, eu pelo menos vou fazer isso, não quero papo com ela não.

— Vou tentar, posso não saber bater mais deixo ela sem graça rapidinho - dei risada - mas vem cá, vai usar oque hoje?

— Vem ver, tô afim de esconder essas marca aqui - ela concordou quando eu mostrei minha perna, tinha alguns roxos recente e algumas marcas vermelhas de tapas  - comprei essa calça legging, e esse cropped, aí vou colocar um tênis.

— Vai ficar linda amiga, acho que tudo que você coloca nesse corpo fica bonito - neguei com a cabeça. Ela me mostrou o que iria usar, era um vestido marron clarinho com um salto branco lindo.

Antes de começarmos a se arrumar fui fazer alguma coisa simples para comermos, fiz uma pipoca e joguei leite condensado e leite em pó por cima, comemos enquanto conversamos. Depois ela foi tomar um banho e eu fui arrumar meu cabelo, fiz uma chapinha e depois uns cachinhos nas pontas soltando eles com os dedos.

Tomei um gole da cerveja e cantei a música junto com as outras pessoas, a Letícia estava do meu lado sambando e cantando também. O pagodinho estava uma delícia, era com um grupo ao vivo que cantava bem para caralho, desde que cheguei aqui não sentei nem uma vez, eu só queria aproveitar o máximo.

— Esse sentimento no meu coração - olhei para Letícia e ela olhou para mim - Veio pra acabar de vez com a solidão Outra vez sentindo essa alegria Meu amor.

Alguém que chegasse pra me libertar Me entreguei de novo, ah, mas quem diria?Meu amor - cantei dando risada quando ela fez biquinho para me beijar.

De repente, eu me entreguei Não lutei, não resisti Quando menos esperava O teu perfume estava aqui - cantamos juntos e eu no final dei um selinho nela que ficou toda vermelha - amigaaaa!

— Você que pediu - ela riu e me abraçou - me deu fome agora, vamo comer alguma coisa?

— Bora, eu vou ir no banheiro rapidinho - concordei, voltei para mesa onde a gente estava e sentei olhando o cardápio do barzinho. Era um lugarzinho bem legal, era uma cancha onde eles jogavam bola uma parte era a quadra e o resto era bar, tinha uma laje em cima também com algumas mesas.

Meu celular vibrou e eu peguei ele ligando, vi uma mensagem de um número desconhecido e estranhei, desbloqueia e abri a mensagem

"Tá lindona em branquela"

Olhei em volta e parei o olhar perto do bar a Naty estava me encarando com aquela cara fechada de sempre, desviei o olhar e desliguei o celular novamente. A Letícia chegou do banheiro e olhou o cardápio, decidimos pedir uma porção de camarão, enquanto esperávamos tomei minha cerveja cantando os pagodinhos.

— Licença aí moça - um garoto chamou a atenção da Letícia e estendeu um litrão para ela - a chefe mandou entregar pra tu, ela disse que queria te ver depois - olhei pra Letícia que parecia confusa, eles se conhecem é?

— Tá... briganda - o menino deu um sorriso para ela e saiu, continuei olhando para a Letícia, que me olhou rindo - amiga será que nois toma isso é da patroa eu não quero ela no meu pé não, misericórdia.

— Toma ué, é só uma cerveja - olhei para Naty e vi que ela estava batendo na nuca do menino e ela pedia desculpas várias vezes, cruzei minha perna e esperei ela abri o litrão e me dar um copo mas senti um cheiro bem familiar.

— Ei, beleza - escutei a voz dela e olhei para cima, a Letícia engoliu a seco, a Naty só me olhava - o moleque se enganou de pessoa, era pra tu branquela - engoli a seco tentando não demostrar que meu coração batia muito rápido.

— Brigada Naty, não precisava - ela mordeu a boca continuando a me encarar.

— Tá puta comigo ainda porra - neguei, como eu continuei olhando para todos os cantos menos para ela, ela saiu. A Letícia não perdeu tempo e veio para mas perto de mim.

— Amiga, você tá se envolvendo com ela? Não acredito Bia - ela deu um sorriso e eu neguei com a cabeça.

— Não estou me envolvendo com ela, a gente só transou algumas vezes, coisa que eu faço com qualquer pessoa - ela fez uma careta - bebe isso aí, eu não quero mas.

— Para com isso amiga, vai beber comigo. A cerveja é de graça tá doida de negar, toma seu copo - ela me entendeu e eu peguei tomando um gole, olhei para Naty mas uma vez e ela estava me encarando toda séria, ela consegue arrepiar todo meu corpo que bosta!

Nossa História [ Pique Bandida ] Where stories live. Discover now