Capítulo #27

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BIANCA

Meu pesadelo dos últimos dias tinha voltado, eu não sei o nome dele apenas o vulgo, um tal de pavê. Ele é simplesmente o cara mais nojento que eu já vi, ele pode ser bonito mas é um homem muito escroto, ruim tá me entendendo?

Eu simplesmente vejo o Daniel nele, e cara isso só me deixa mal porque por mais que eu queira esquecer todo meu passado, ele vem átona quando esse homem aparece falando como se eu fosse a coisa mais valiosa no mundo e me usando como um objeto sem valor nenhum, são duas maneiras de lidar que eu conheço muito bem.

Antes da Naty, meu primeiro cliente aqui foi o paçoca, ela ainda é um cara novo tem vinte e nove anos se eu não me engano. Ele apareceu aqui e me viu, não quis mais ninguém, eu até achei que podia ser como um cliente normal iria pagar por uma ou duas horas e ir embora, mas não, ele simplesmente me queria a noite toda, e ele era tão violento era uma merda, sempre foi uma merda.

Nós primeiros dias eu sempre tremia quando via ele, tentava me esconder até ele achar outra garota, mas tinha a Jô ela sempre fazia as vontades dos seus clientes, principalmente aqueles que pagavam bem e ela sempre dava um jeito de me encontrar e me entregar para ele, foram uma semana inteira só com ele, me machucando cada vez mas.

Até que ele começou a vir duas ou três noites por semana, e eu fui ficando mas fria, aguentava calada para ele terminar mas rápido e depois ficava horar no banheiro tirando o cheiro dele de droga de mim, eu ficava muito cansada, não só fisicamente.

E de um tempinho para cá, ou melhor desde que eu conheci a Naty ele não tem vindo, simplesmente sumiu, ontem foi um dia que ele veio e simplesmente me puxou para um quarto, com mais uma menina.

Foi uma merda como sempre. Mais era diferente, antes quando ele ia embora eu só chorava, agora eu fico ansiosa por outra coisa, sempre que acordou nem me lembro mas da noite anterior vou direto pegar meu celular e ver se ela me mandou uma mensagem, fico completamente boba porque sempre tem um bom dia estilo Naty para mim.

Eu tô tranquila hoje, e você? - Respondi com um áudio o áudio dela, continuei passando um creme nas minhas coxas para evitar de ficar muita marca roxa, escutei o celular vibrando e já peguei.

"Delícia, eu tô melhor agora papo reto. Tu quer me deixar mais feliz? Me manda uma fotinha 😉😏"

Olha o tipo dessa garota, é claro que eu não iria mandar uma foto pelada para ela, mas eu mandei uma fotinha de rosto, e não demorou muito para ela responder.

Olha o tipo dessa garota, é claro que eu não iria mandar uma foto pelada para ela, mas eu mandei uma fotinha de rosto, e não demorou muito para ela responder

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" Não é do tipo que eu queria mas pô, tu é lindona em branquela, da um tempo vou tá andando contigo do meu lado e se vagabunda olhar vish... "

" Vou nem falar nada"

Coração pulou uma batida mas eu vou me manter.

" Nem fale mesmo, se for besteira "

" Te vejo mas tarde branquinha, beijão na boca "

Dei risada guardando o Celular, eu nem me lembrava como era estar assim bobinha só por mensagem de celular, ou sei llá tá com ela. A Naty é uma pessoa fechada, e bem séria mais mesmo assim, ela consegue me deixar a vontade e dar risada, eu tô muito boba que isso?

Chegou a hora que eu tinha que colocar uma lingerie que não esconde nada e ir trabalhar. Assim que cheguei na casa da Jô subi até um quarto qualquer e deixei minhas coisas lá, desci novamente onde estavam a maioria das meninas.

Sentei no quanto do sofá olhando em volta, tinhas várias homens e mulheres ali, algumas já acompanhados outros só bebendo enquanto olhavam as meninas dançando.

Quando eu menos esperava senti uma mão grossa pegando meu pescoço e apertando, jogando meu pescoço para trás.

— Aí vagaba te achei - a voz nojenta falou perto do meu ouvido e chupou minha bochecha - Tá toda gostosa hoje, só pra mim né?

— Solta meu pescoço - falei com um pouco de dificuldade e ele soltou, deu a volta no sofá e sentou do meu lado me puxando para o colo dele - vamo pro quarto.

— Cala a boca porra, quem manda sou eu tu sabe como funciona - eu já não gostava dessa merda de trabalho, e não gostava quando esse merda vinha porque ele sempre tinha uma ideia nova, ela já me fudeu aqui no sofá na frente das outras pessoas, e tudo bem se tem mais meninas que fazem isso, eu não gosto da sensação de ter mas gente me olhando - vou te comer aqui mesmo.

— Eu já te falei que não gosto di... - ele tapou minha boca e com a outra mão puxou meu cabelo para trás começou a passar a boca pelo meu pescoço e descer até meu peito, eu não disse mais nada, tirei a mão dele da minha boca e deixei ele fazer o que queria.

Ele tirou meu sutiã, bateu na minha bunda, puxou minha calcinha e antes de meter o pau nojento em mim eu fiz ele colocar uma camisinha. Eu tinha conseguido colocar na cabeça dele que a Jô obriga a gente a usar, e eu sempre uso a feminina mas também faço eles cubrirem os paus. Então ele meteu em mim sem pensar, o filho da puta tem pau pequeno mas pela agressividade dói.

Foram uns quarenta minutos daquele jeito, eu simplesmente fiquei em outro mundo até ele me jogar para o lado e jogar uma mixaria de dinheiro para encima de mim. Fui ao banheiro e vomitei toda a merda que tinha na minha garganta, depois me lavei e coloquei novamente a roupa, ele não me procurou mas naquela noite, tive dois programas um foi só um boquete e o outro foi com a Patrícia.

Quando cheguei em casa tomei quase meia hora de banho, vomitei duas vezes e cai na cama sem força nenhuma, demorei para dormir, só peguei no sono quando o dia amanhecia, dormi até tarde.

Nossa História [ Pique Bandida ] Where stories live. Discover now