BORBOLETAS DO MEU ESTÔMAGO (+18)

》Capítulo 27《

Como assim? Ela está grávida?

Se ela está...quem poderia ser o pai é...quem eu finjo ser atualmente.

Gabriel...Gabriel é o pai?

Deixei o teste de gravidez cair no chão e pego os exames.

Então é por isso que ela quer separar a Ester dele. Somente por vingança...

Carol...só quer vingança.

Qual a necessidade de continuarmos com esse teatro de que sou o Gabriel? Ela poderia muito bem inventar uma desculpa, mas eu...eu estou aqui, neste lugar!

Não faz sentido dela ter tantos exames! Sei que é para ter o acompanhamento do bebê, mas menores de idade jamais, JAMAIS, podem ir ao hospital se não for com um responsável...

Aperto com um pouco mais de força os papéis dos exames.

Existe mais alguém que sabe sobre ela estar grávida, alguém além de mim, que descobri apenas pelo descuidado da Carol de deixar esses exames amostra. Era como se ela quisesse que eu visse. Como assim?

Ah Felipe! Você está enlouquecendo! Está enlouquecendo.

- O que está fazendo garoto? - Arregalo meus olhos, colocando aqueles papéis contra o peito e apertando bem. Quando levanto meu olhar, estou de joelhos no chão, e em minha frente está aquele olhar atormentador, aquele olhar de dar medo, o olhar do pai de Carol...

- N-nada senhor! - Gaguejei, engolindo em seco. Apenas senti que a mão do senhor Alberto agarrou meus cabelos, os puxando. Senti a dor terrível de ser agarrado pelos cabelos, mas mesmo assim não soltei aqueles exames. Não iria deixar com que uma pessoa que nem ele visse algo do tipo! - S-senhor! - Falei com uma voz de choro. Segurei minhas lágrimas.

CADÊ VOCÊ CAROL????

O senhor Alberto fez com que eu me levantasse, me puxando ainda pelos cabelos. Tornando seus olhos uma linha, se aproximando bem perto de meu rosto como se estivesse me analisando.

- Você é a cara daquele desgraçado...

- S-se-senhor por-por favor! - Ainda engolia o choro. Memórias invadem minha mente, onde eu novamente sou uma criança. NÃO FELIPE! VOCÊ PRECISA SE MANTER ACORDADO! Meu coração estava acelerado, trinquei meu maxilar e com tudo usei de minhas pernas que estavam livres para dar uma joelhada na costela do senhor Alberto! Eu não sei se fiz o certo, mas mesmo ele sendo esse cara de personalidade esnobe, ele estava fora de controle!!

Consegui me distanciar um pouco, ainda mantendo o olhar fixo no senhor Alberto, eu estava com minha respiração ofegante, ainda segurando aqueles exames.

- Você...- o senhor Alberto abriu um pequeno sorriso de canto. - Qual é seu nome de verdade? - Arregalei meus olhos quando escutei aquilo. Fazendo com que eu desse uns dois passos para trás, com medo, sim novamente...medo... - Você parece muito com o Fernando Monteiro...

Como...como ele sabe...o nome do meu pai??

Minha respiração estava desregulada. A tanto tempo que não escuto esse nome...

Fernando...Frenando Monteiro...

Eu estava ficando fraco...de novo...de novo não...agora não...minha visão foi escurecendo e....