》Capítulo 11《

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- Tá...você quer que eu faça...- Falei.

Terminamos de comer juntos, havíamos colocado nossos pratos na cozinha e estávamos caminhado lado a lado pelos corredores da escola, enquanto Carol me explicava o que eu precisava fazer. A cadela nos acompanhava e prestava atenção na conversa como se fosse um ser humano.

-  Sério menino? Você é surdo ou o que? - Ela falou toda grosseira.

- Aff menina mimada, só tô pedindo pra tu repetir garota! Deixa de ser chata!

- Hunf! - Ela cruzou os braços e empinou o nariz. - Tá, tá! Mas vou falar só essa vez. - Revirei o olhar.

- Pois fale princesinha do nordeste! Precisamos nos programar antes que tu se vá! - Ela bufou, parando em minha frente no corredor, ela se encostou na parede com seus braços cruzados. Eu fiquei parado em sua frente com as mãos nos bolsos, a cadela se sentou e nos observou.

- Eu preciso que você observe eles e me diga tudo! Aí eu vou lhe informando o que é necessário ser feito, de acordo com o que você me diz sobre eles!

- Tá...e como é que vou te informar? - Perguntei.

- Tá com seu celular aí?

- Tô. - Franzi o cenho. Ela estendeu a mão para mim. Meio receoso, tirei o celular do bolso e fui a entregando. Ela pegou meu celular e depois que ligou a tela me estendeu de volta.

- Desbloqueado abestado!

- Oh,oh,oh! Pra que tu quer?

- Ahg! - Ela revirou o olhar-  Não se preocupe, não olharei suas fotos explícitas para enviar pra aquela garota que você está afim quando vocês namorarem! - Senti minhas bochechas esquentarem.

- Diacho! Isso eu tenho não! Sou homem de respeito viu! -Peguei meu celular e desbloqueei, enquanto falava sério. Ela soltou um risinho baixo.

- Tá "Homem de respeito". - Ela pegou meu celular e começou a mexer nele. Eu mordi meu lábio inferior, ainda angustiado por ela tá mexendo no meu celular. - aí! - Ela estendeu meu celular aberto nos contatos com um número de telefone. - Meu número, não fique felizinho, tá? Isso não quer dizer que tenha chances comigo!

- Ihhh! Já mandei foi sair dessa ilusão menina! Eu e você, nada haver. - Falei e ela sorriu.

"Princesinha do nordeste", é o nome do contato dela. Mandei um emoji para ela no mesmo momento, escutei o telefone dela tocar. A mesma pegou seu telefone e foi ver o que enviei.

*Menssagens on*

Princesinha do Nordeste
Online

- 🥱

- 🙄😒

*Menssagem off*

Soltei um risinho e a encarei de canto de olho.

- Ae! Esqueci de ti falar. - Fui falando, chamando a atenção da mesma. - Parece que ele tá ficando com outra menina ao mesmo tempo.

- Como eu disse, um cafajeste!

- Mas é só ficando...

- Hum! Ninguém sabe, temos que investigar, ou melhor...você tem que investigar!

- Pra que mesmo isso? O que você ganha? - Perguntei.

- Eu só...quero me vingar! Já fui uma menina inocente enganada por ele! Só quero que ele receba na mesma moeda.

- Separando ele de uma menina que todo mundo praticamente é afim?

- Ah bebê, você não é todo mundo sabia? - Franzi o cenho.

- Será que tem como você me chamar pelo meu nome?

- Você me chama pelo meu? - Debochou ela, eu fiquei sem saber o que responder. - Então não. Afinal, nem sei seu nome direito.

- Felipe, esse é meu nome.

- Num vai adiantar de nada! Eu num vou te chamar assim. - Ela foi saindo andando na frente e eu apenas acompanhei a mesma com o olhar. Dei alguns passos, alcançando ela, andando então ao seu lado.

- Então quer dizer que você e Gabriel...

- Passado! Tudo passado! - Ela respondeu bem rápido, antes que eu completasse a frase.

- Hurum...tão passado que veio na escola que ele estuda pra separar ele da atual? - Brinquei, ela deu um tapa em minha nuca como resposta. - Ai!

- Só faça sua parte, tá?

*

Estávamos na biblioteca, que era abafada e não tinha nenhum ventilador, só janelas abertas para circular o ar!

Como era a hora do almoço tínhamos um tempinho antes de voltar para aula. A cadela infelizmente não pôde entrar, então ficou nos esperando do lado de fora.

Eu usava meus fones de ouvidos, escutando a música " Ria - Kell Smith", enquanto a Carol estava dando uma olhada em alguns livros de romances que haviam na patreleira do alto. Ver ela se esticar e ficar na ponta dos pés fez eu soltar um riso baixo.

Ela notou, pois me encarou.

- O que você tá escutando?- Ela falou sussurrando, vindo na minha direção. Pegando o lado que me fone era ruim e colocando no ouvido.


- Esse lado não funciona, é este lado aqui. - Respondi com sussurro. Tirei o fone do meu ouvido, peguei uma mecha solta do cabelo de Carol e coloquei para trás da orelha da mesma. Carol apenas me encarou por poucos segundos enquanto eu colocava o fone em seu ouvido, quando encarei a mesma desviou o olhar para outros lugares.

- Hum...prefiro minhas músicas internacionais.

- Arriégua! Admira a perfeição das músicas nacionais garota.

Susurrávamos...estando bem perto um do outro. Carol conseguiu me encarar por mais ou menos por alguns segundos. Eu não desviei o olhar de seus olhos, escutávamos a música enquanto nos observávamos.

- Legalzinho. - Ela falou e eu dei um sorriso de canto.

- Legalzinho? - Retruquei. Ela engoliu em seco, percebi a nossa distância que era de centímetros e arregalei meus olhos, dando dois passos para trás, esbarrando na estante ao meu lado.

- Cuidado garoto! -Ela falou.

- Ai,ai! Essa estante tava aqui??-  Falei e ela tampou a boca rindo. Eu a encarei sem entender, porém começamos a rir juntos.

- Shhhiuuuu!!!! - O pessoal da biblioteca pediu silêncio, nos encaramos e começamos a rir baixo. Carol pegou um livro de romance, fazendo um sinal com a cabeça para sairmos. Eu apenas acompanhei ela, botando meu fone em meu ouvido para voltar a escutar a música.

Quando nos aproximamos do balcão para a mesma alugar o livro para ler, o celular de Carol começou a tocar. Todo mundo olhou para ela, Carol parece nem se importar...

Até que ela olha quem está lhe ligando...ela faz um olhar de surpresa. Espiei de canto e...estava escrito "Alberto".

BORBOLETAS DO MEU ESTÔMAGO (+18)Where stories live. Discover now