Provas

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- Não, porra! De jeito nenhum! – Gina gritou e jogou um peso de papel contra a janela de Madame Bones. Harry não poderia culpa-la. Ele basicamente estava pedindo que o culpado por todos os abusos que ela é seus irmãos sofreram, fosse livre.
- Gina...
- Nada de Gina, Harry! Você não pode me pedir isso!
- Dumbledore...
- Pode ter deixado outras pistas. – Disse William – Você não precisa dele para isso.
- Precisamos que alguém fale.
- Ela tinha um diário. – Disse Percy. – Eu me lembro dela escrevendo nele. Quem sabe podemos recupera-lo.
- É nossa melhor alternativa. – Disse o promotor. – Melhor do que oferecer qualquer condição a ele.
- E se não tiverem nada? – Harry disse inquieto.
- Não é como se fosse nossa única prova. – Disse Ron. – Estamos juntando pistas há meses. E mesmo que não possamos culpa-lo por tudo, pelo menos poderemos acusa-lo de uma parte. – Harry suspirou vencido. Não poderia pedir a eles que deixassem seu torturador ser livre em prol do torturador de Harry.
- Temos meia hora para achar isso. – Disse o promotor. – Vocês tem meia hora para achar algo depois disso, mesmo que queiram, nenhum acordo poderá ser feito.
Os irmãos e saíram da sala de Amélia Bones. Todos tinham o mesmo destino em mente, exceto um deles. Blaise ainda estava muito abalado com tudo, e por isso Ron pediu a Hermione que ficasse com seu marido enquanto ia a lanchonete.
Ron já tinha uma enorme fome, gastando então, esfregou sua barriga levemente proeminente de 5 meses. Sua distração o levou a bater em algo, ou melhor, em alguém.
- Oi, Ronron. – Rony fez uma careta para Lilá que o olhava sorrindo.
- O que quer? – O sorriso de Lilá foi lentamente abandonando seu rosto.
- Não posso dizer “oi" para uma amigo? – Rony suspirou.
- Desculpa, é só...
- Muita coisa acontecendo. – Lilá completou. – Eu sei. E o veredito?
- Nada ainda.
- Quer tomar um chá? – Ron hesitou. – Vamos, eu desesperadamente preciso de um e acho que você também. – Por fim assentiu e foi meio arrastado pela jovem mulher até a cafeteira do próprio ministério.
- Por que está aqui?
- Vim ver minha irmã antes que meu pai a deserde totalmente. – Disse olhando para as mãos.
- Desculpa, mas não tenho pena dela. – Lilá estremeceu com o tom de voz cortante de Ron.
- Ela fez coisas ruins...
- Ela fez um inferno na vida de duas crianças.
- Eu sei que isso não é desculpa mas a culpa é do nosso pai. Ele é um bastardo, Ron! Ele ferrou com ela e vai ferrar com a minha também. – Ao final de seu discurso, Lilá estava vermelha e ofegante.
- Eu não tenho pena dela. – Disse rudemente. – Você tem ideia do por que estou aqui? – Lilá acenou duramente. – Então não dê desculpas por sua irmã.
Lilá apenas assentiu e eles ficaram em silêncio apreciando suas xícaras.
- Vai ser a minha vez... – Disse quebrando o silêncio.
- Sua vez?
- Dele ferrar com a vida. – Disse seria. – Ele armou outro contrato.
- Você é maior de idade, ele não pode te obrigar a casar.
- Ele vai me deserdar.
- Você tem um emprego, e maior de idade e tem a herança da sua mãe...
- Não é tão fácil quanto você faz parecer.
- Então não reclame do seu destino.
- Existe uma outra opção... – Ron ergueu uma sobrancelha quando Lila permaneceu em silêncio.
- E então...?
- Você.
- Eu?
- Você se casou com outro homem. Eu posso ser ter seus filhos e ... – Lilá parou de falar quando Ron começou a rir.
- Eu não sei se você reparou, querida, mas estou com cinco meses de gestação. – Lilá o olhou, ela não havia reparado. Apenas achou que havia engordado, considerando o quão famoso por comer Rony era.
- Pode ser um contrato de fachada! – Disse desesperada. – Apenas uma união que me permita me afastar do meu pai e eu podia tomar conta da sua filha e...
-  Entenda de uma vez, Lilá. Eu não vou permitir que ninguém fique entre mim e meu marido. – Se levantou. – Se era só isso... – Não se despediu, apenas jogou um galeão na mesa e deu as costas para Lilá sentindo suas costas queimar com o olhar da sua ex namorada.
Voltou para onde seu marido  levando consigo uma garrafa de água. – Sua mãe não foi citada. – Sussurrou para Blaise.
- Eu sei. – Isso se devia mas ao fato de não ter um julgamento para Molly. Contudo, isso ainda não significava nada. Arthur ainda teria direito de fala. Isso iria acabar com a imagem de sua família e com isso, levaria Ron e sua bambina.
Ron puxou seu rosto e o beijou lentamente. – Não pense muito. – Disse quando se afastou.
- Eu é quem deveria estar te consolando.
- Da próxima você faz, sim?
- Espero que não haja uma próxima. – Ron sorriu e puxou Blaise para seus braços esperando que tudo ficasse bem.
---oOo----
A casa, anteriormente conhecida como toca, estava de cabeça para baixo. Os cinco irmãos restantes reviravam cada canto da casa, em especial o escritório e quarto do casal.
A cozinha também foi revirada, bem como a oficina. O que eles descobriram foi algo que não era novidade, havia um casal em guerra de controle. Arthur escondeu dinheiro, mas precisamente 2mil galeões. Molly foi mais eficaz, cerca de 3 mil.
- Charlie vai fazer um bom uso desse dinheiro. – Disse Gina olhando a pilha de galões que eles acharam debaixo de uma tábua solta. Bill ergueu a sobrancelha.
- Charlie?
Gina deu de ombros. – Ele vai precisar com o novo bebê e tudo mais. – Gina continuou a soltas as tábuas adjacentes até ver a ponta de algo... puxou com sua unha a ponta até conseguir retirar o pequeno caderno. – Achei algo! – Gritou para seu irmão. Abriu o pequeno caderno e sorriu. – Um diário.
- Tem magia nele. – Bill apontou sua varinha e cantou em alguma língua desconhecida para Gina. As páginas do diário brilharam antes do mesmo tornar-se bem mais grosso que o original. – Veja agora.
Gina abriu as páginas e começou a ler sobre a vida da mulher desconhecida. – Olha isso! – “Arthur está começando a olhar para mim, o feitiço que joguei em seus colegas de quarto e nele, estão começando a dar resultados. Diretor Dumbledore disse que em breve ele irá deixar aquela anomalia de lado e olhar para mim.” Isso e datado em 1963
- Bem típico de Molly. – Revirou os olhos. Gina assentiu e passou as folhas observando as datas. Parou no ano anterior ao nascimento de seu irmãos mais velho, enquanto o mesmo continuava a arrancar as folhas.
- Acho que temos a confirmação de Arthur sobre você. – Disse lentamente ao seu irmão. Willian olhou para Gina confuso. – Molly descobriu que estava grávida de você e se desesperou. Então ela pediu a Dumbledore para encantar Arthur, pois não queria se casar com alguém de uma família escura.
- Tem um nome? – Perguntou hesitante.
- Você realmente quer saber?
Bill fechou os olhos e assentiu. – Eddard Nott Junior. Pelo o que entendi, você é irmão de Theo. – Willian olhou para sua irmã um pouco sem reação. – Você sabe que isso não muda em nada, não sabe? Você ainda é nosso irmão e sempre será.
- Eu sei.
- O lado bom é que você ganhou outro irmão. Hermione me disse que ele é legal. – Will apenas balançou cabeça. – E sobre os outros?
- Eu não vi. – Gina se voltou para o diário, indo algum tempo antes do nascimento de Percy,  já que a filiação de Charlie, naquele momento, era de conhecimento comum. – “Finalmente Arthur conseguiu me dar um legitimo herdeiro.” – Leu. – Percy é o primeiro Weasley dentro do casamento.
- Fico me perguntando se seríamos aceitos se tentássemos assumir o manto Weasley.
- Acho que não. – Disse enquanto pulava para a data dos gêmeos. – “Mesmo com compulsão, Arthur está se afastando. Estou a meses tentando outra criança, mas ele não é muito fértil.” – Gina passou novamente a carta. – Por Merlin! – Gina ficou pálida. – Os gêmeos também não são filhos de Arthur.
- Quem?
- Walden Macnairs. Pra quem estava do lado oposto da guerra, ela se envolveu com dois comensais da morte. – Leu mais uma parte. – E foi por vontade própria.
- Isso só pode ser uma brincadeira de mal gosto.
- Vamos precisar ir a Gringotts, mas isso é horrível. – Passou para de data de Ron. Ron também é um legitimo Weasley. – Gina fechou o caderno.
- Não quer ver o seu?
- Não sei se tenho coragem. – Mordeu o lábio. – Se eu não for a filha dele, não sei se quero saber quem é meu pai, mas se eu for... – Gina começou a soluçar enquanto tentava controlar, em vão, as lágrimas. – Eu odeio ele. – Bill sentou-se ao lado de sua irmãzinha a abraçando.
- Quer que eu veja? – Gina apenas assentiu e entregou o caderno. Willian pegou as folhas e parou perto de quando Gina foi gerada, passou folha por folha e seu nome bateu em um nome. – Gina, eu acho que você vai querer saber disso.
- Ele não é meu pai, não é?
- Não.
Gina parecia mais aliviada. – Eu vou realmente querer saber quem é?
- Essa talvez seja a prova que estávamos procurando. – Virou o caderno para Gina que ficou extremamente pálida ao ver o nome de seu verdadeiro pai.
Albus Dumbledore.

O contratoحيث تعيش القصص. اكتشف الآن