Controle

529 74 0
                                    

AVISO DE TENTATIVA DE SUICÍDIO
Severus odiava deixar Harry sozinho. Seu marido estava enjoado muito e não havia meios de chegar ao local do casamento sem uma chave de portal.  Contudo, ele precisava fazer algo antes da cerimônia e sabia que teria apenas aquele momento.
Deixou Harry com Nimphadora que zombava de seu marido, e foi até o quarto que a noiva havia separado para sua arrumação. Bateu na porta e uma mulher que parecia ter 40 anos, atendeu.
- Oui?
- Sou Severus Snape, posso conversar com a senhorita Delacour por um momento. Diga que é sobre o assunto que conversamos anteriormente. – A mulher assentiu e começou a falar em um francês rápido. Houve uma resposta e então Severus foi autorizado a entrar e a se sentar em uma cadeira.
- Senhorita Delacour. – Cumprimentou.
- Ele te procurou? – Fleur perguntou.
- Sim, eu trouxe os resultados caso queira dar uma olhada. – Fleur estendeu a mão e se virou para a mulher que o atendeu falando em francês novamente. – Minha avó é uma curandeiro Veela, ela pode ajudar um pouco melhor que eu. – Explicou. A mulher pegou os resultados e começou a ler.
- Eu odeio essa poção. – Disse em um inglês perfeito que surpreendeu Severus. – Ela necrosa parte do útero. Vejo que não está necrosado, apenas ressecador em partes.
- Estou dando hormônios para ovulação a ele.
- Isso é bom para os ovários, não o útero.
- Estou pensando em algo para sua recuperação então me deparei com a descrição de uma magia especial de veelas...
- O que você exatamente quer?
- Veelas completas quando se transformam seu útero endurece.
- Não é magia. É puramente hormônio. Os livros que assim descrevem foram feitos por homens que nos caçavam e quando abriam nossos corpos uma camada mágica realmente endurecida qualquer útero que estava gerando.
- Hormônio? – Severus franziu a testa pensando. – Alguém tentou replica-lo?
Dessa vez quem enrugou a testa foi a veela a sua frente. – Eu não acho que alguém tentou.
- Será que alguém, alguma veela gestando, me daria permissão para coletar um pouco? – Fleur e sua avó se olharam.
- Não. – Disse avó. – Nenhuma veela fará isso. Nunca! Fomos caçados mais do que o suficiente para aprendermos a não entregamos nada aos homens. – Severus suspirou então pensou novamente.
- É possível conseguir uma descrição do hormônio?
- Não. – respondeu novamente. – Isso é quase como entregar nossos segredos. – Severus se recostou na poltrona.
- Há algo que vocês possam me ajudar?
- Sinto, mas somente posso verificar algumas poções de fertilidade para veelas.
- Acho que é melhor do que nada. Algo sobre magia de concepção... – a porta foi aberta e Percy Weasley pálido e parecendo um tanto atordoado entrou.
- Fleur, sinto interromper. – Disse com uma voz mecânica, quase como se qualquer pingo de emoção tivesse sido retirado de seu corpo. – Poderia inventar algo para adiar o casamento por uma hora? Will precisa de um tempo. – Ele não esperou resposta, apenas deu as costas e saiu.
- Aconteceu algo. – Fleur se levantou e foi em direção a porta, mas foi impedida pela mãe.
- Fique aqui, vou verificar o que está acontecendo. – disse a mulher que também foi impedida por Severus.
- Vocês são a família dos noivos. Inventem uma desculpa, eu vou descobrir e aviso o que aconteceu. – Severus saiu da sala e procurou os irmãos Weasley os achando pouco tempo depois. Todos os seis irmãos pareciam em uma mistura de choque e atordoamento.  – O que está acontecendo?
William e os gêmeos foram os únicos que saíram de seu transe e o olharam. – O pai esteve aqui. – sussurrou um dos gêmeos.
Severus suspirou. – Querem uma poção calmante? – Ele não obteve resposta imediata, mas Ronald respondeu. – Acho que todos precisamos.
- Professor? – Chamou Charlie. Este o surpreende por estar agarrado a Victor Krum. – O senhor é um legimens experiente, não é? – Severus confirmou curioso sobre onde aquela conversa estaria indo. – Ele nos disse que apagou nossas memórias de ter passado tempo com Dionísio Zabini. O senhor poderia dar uma olhada? Descobrir se consegue desfazer?
- Posso tentar, mas tem certeza que essa é a hora certa?
Charlie assentiu. – Eu não posso falar por William, mas eu preciso disso.
- Não é parte da minha história. Não tenho pressa. – Confirmou William.
- Isso pode doer um pouco. – Apontou a varinha para Charlie e Krum só abraçou por trás. – Legimens! – Severus passou pelas memórias recentes as ignorante e tentou algo mais longe, primeiro, para sua própria curiosidade, parou quando Charlie tinha 16 anos, Molly entregou uma poção a ele é pela cor e consistência, aquilo era um abortivo mal feito. Isso explicava a segunda gravidez. Contudo, pelos seus cálculos, apenas uma pessoa magicamente forte ou com sangue de criatura conseguiria um novo feto com Charlie. Interessante.  Avançou mais na memória dispensou as memórias de Hogwarts e andou entre os nove e dez anos.
As memórias confusas indicavam as alterações. Foram frágeis as ligações, parte delas tinham se rompido naturalmente, talvez o choque de descobrir sobre seu verdadeiro pai o tenha feito ignorar? Severus continuou e bateu em uma parede... era aquilo! Contornou as proteções que eram bastante ridículas, quem fez aquilo não estava esperando quem alguém efetivamente procurasse por aquelas memórias. As destruiu como se fosse massa de modelar e liberou as memórias.
Viu Dionísio Zabini com Charlie no colo lhe dando uma mamadeira. Viu ele brigando com Arthur por ignorar Charlie assim com Arthur dizendo que não se importava e que poderia levar Charlie se quisesse.
Viu Charlie ajudando Serena enquanto a mesma sangrava após ter levado uma surra de Dionísio. Viu Charlie segurando Blaise, ajudando Serena a cuida-lo. Depois se viu expulso da mente de Charlie e o mesmo caído no chão vomitando.
Um rápido feitiço de limpeza ajudou a melhorar a situação da roupa e chão, mas não do emocional do homem a sua frente. Quando Charlie conseguiu se levantar, olhou ao redor e seus olhos prenderam-se em Blaise. – Tia Serena? Como ela está?
Blaise ergueu uma sobrancelha. – Perturbada.
- Eu preciso vê-la.
- A mansão está aberta para você, mas acho que temos um casamento para participar.
Todos se olharam parecendo culpados por esquecer o motivo de estarem naquele lugar. – Acho melhor se refrescarem e se acalmarem um pouco. – disse Severus. – Vou trazer um calmante leve e vocês enquanto isso.
Severus saiu da sala e foi até a cozinha ordenando sucos misturando com calmante fraco e entregou a todos. Percy entrou cerca de dez minutos depois, com os olhos vermelhos e acompanhado do ministro.
- Ele denunciou os pais. – Disse Fudge como em um anúncio. Os irmãos se abraçaram deixando Percy no meio.
Quando se soltaram Gina segurou o braço do irmão. – Você me segurou, eu te seguro. – Percy baixou o topo da cabeça da irmã e girou a varinha em si mesmo deixando um glamour em seus olhos tirando qualquer parte de seu choro.
- Acho que está na hora. – Disse William se levantando.
- Vou avisar a todos. – Severus saiu da sala.
- Acho que eu vou entrar sozinho.
- Não! Eu vou! – Disse Gina. Ela caminhou até o espelho e com ajuda de sua varinha limpou e restaurou sua maquiagem e cabelo. – Vamos.
---oOo—
Amélia Bones olhou cada prova entregue antes de redigir os mandados de prisão. Abuso vem em vários níveis e de várias formas e no caso dos irmãos Weasley, pode se ver varias das representações. Do piores então Charlie e Ginevra Weasley cujo o abuso psicológico de ambos fora levado a níveis... sinceramente, não surpreendia todos os filhos se afastarem se casa assim que atingiram a maior idade.
Cinco aurores com ela é então aparatou em frente à toca. – Lancem proteções anti-fulga! – Ordenou.
- Isso é mesmo necessário? – Questionou um dos aurores. –Afinal, são os Weasley! O que eles fizeram afinal?
- Você está aqui para fazer seu trabalho, autor, não para me questionar. – Todos lançaram os feitiços antes que Amélia batesse na porta. De dentro era possível ouvir a os berros de Molly lhe dando a certeza de que pelo menos uma das duas pessoas que procurava. Bateu novamente e aguardou... nada. – Podem abrir. – Indicou e um dos aurores foi para a frente abrindo a porta. O primeiros andares estavam livres, mas logo Arthur desce as escadas com Molly atrás e ficaram surpresos ao verem Amélia e os aurores em sua casa.
- Madame Bones? O que faz aqui? – Perguntou Arthur.
- Arthur Weasley, Molly Weasley. – acenou para os aurores. – Ambos estão presos sob a acusação de abuso infantil.
- Como? – Perguntou Molly ficando vermelho.
- Vocês têm o direito de permanecer calado ou tudo que disserem pode e será usado contra vocês. – Continuou.
- VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO!
- Vocês tem direitos a um advogado.
- ME SOLTA!
- Caso não tenham um, o tribunal indicará um. – Molly começou ao se debater enquanto Arthur parecia aceitar seu destino calmamente.
- Entenderam seus direitos.
- EU NÃO FIZ NADA! – Continuou a gritar.
- Levem eles para a cela e indiquem um advogado. – A voz de Molly sumiu quando dois dos aurores os levaram. – Vocês três. – Apontou para os três aurores restantes. – Busquem por qualquer prova que possa ser usado no tribunal. – Os aurores assentiram e começaram a procurar. Amélia olhou ao redor e suspirou. Aquela família era o epítome  da luz, de tudo o que era certo e da bondade.... Tudo da porta para fora é claro. Subiu as escadas e parou em um dos quartos. Aquele era da menina, parecia o quarto que uma criança estava e era amada, até você perceber as coisas que os pai a forçaram e moldaram levando a todos os traumas descritos pelo psicóloga.
Com tristeza desceu as escadas e foi para a cozinha pegar um pouco de água. Era a primeira denúncia, aquela que com toda a certeza iria abrir a porta do caos. Era pelo menos o que ela esperava.
----oOo---- PARTE SENSÍVEL COMEÇA AQUI
Gina sorriu e dançou ao lado de seus irmãos e noivo. Conheceu Krum e foi muito divertido falar sobre sua futura carreira, mas quando o casamento acabou e ela voltou para casa com Percy, sentiu toda a angústia do dia a sufocando.
Percy tinha ido dormir, mas ela não. Por isso, foi para sala com um livro de romance trouxa que estava apaixonada. Deitou no sofá e continuou a ler, o dia estava amanhecendo quando conseguiu fechar os olhos.
Os raios do sol passaram pela cortina e Gina abriu os olhos e se esticou. A porta fez um barulho e se abriu. Antonin estava entrando e Gina estranhou e sentou -se.
- Tony? O que está fazendo aqui? – Ele não falou, apenas sorriu. Sorriu de um jeito que lhe dava calafrios e então caminhou até ela se ajoelhando em sua frente.
- Olá amor. – Gina olhou em seus olhos e ficou paralisada ao vê-los vermelhos.
Tom, não mais Antonin, subiu em seu peito e a beijou. Depois se afastou e sussurrou em seu ouvido. - Você precisa pegar o que é seu, Gina. Aquele homem está controlando seu Harry. Aqueles são seus filhos. Não pode deixá-lo machuca-los.
- Não, não são... – Tom pôs um dedo em sua boca. – Ele encantou a todos para esquecerem. Ele é mal e está machucando seu Harry. Você não pode deixá-lo.
- VOCÊ MENTE! – Gritou.
- Eu nunca menti para você doce Gina. Nem seus pais. Severus Snape é um comensal da morte. Você vai deixá-lo matar seu amor? E seus filhos? - Ele deslizou a mão por seu corpo e parou na sua barriga que estava inchada, indicando uma gravidez bem avançada. – Você devia se lembrar de seus filhos. Agora acorda e vá buscá-los. ACORDA!
Gina abriu os olhos. Estava caída no chão. Um vidro enfiado em sua costela. Precisa de ajuda. Precisa de seu marido! Seus filhos! Precisava chegar até eles. – Se levantou, sangue saía da sua ferida quase a fazendo desmaiar de dor. Precisava chegar até eles.
Devagar foi até a lareira. – Prince manor. – Sussurrou e entrou nas chamas verdes. A casa a qual entrou era imensa, mas tudo o que Gina conseguia ver era seu marido beijando outro enquanto seus filhos estavam rodeados por uma imensa cobra.
- Gina! – Harry pulou do sofá. - Você está sangrando.
- Ela parece estar com império. - O comensal da morte disse.
 - Me dê meus filhos. Eu não vou deixar você machuca-los. - Arrancou o vidro da costela e apontou para Severus.
- Gina, olha para mim. - Chamou Harry. - Amor? Você está machucada. Abaixa o vidro.
- Harry! Ele vai machucar nossos bebês.
- Ninguém vai machucar eles. Severus não vai machuca-los.
- Professor Snape? - Professor Snape a observava com cuidado. Ela estava sendo controlada de novo? -  Não, não ele! Tom! Tom vai machuca-los!
- Gina, Tom está morto!
- NÃO ESTÁ! - Gritou. - Ele está na minha cabeça. – bateu com a mão na cabeça e olhou para as crianças. - Harry ele quer me controlar. Ele quer que eu os mate. Ele quer que eu te mate! - Chorou. - Só tem um jeito de isso acabar. - Levantou o vidro e cortou o próprio pescoço.

O contratoWhere stories live. Discover now