Mas do que uma simples mudança de poder

715 92 2
                                    

Percy entrou no apartamento da irmã e a viu chorando. A marca de mão em seu rosto indicava que a mãe estivera mais cedo, e Percy amaldiçoou a mulher. Foi até Gina e a abraçou enquanto a deixava chorar.
- Eu não vou ser igual a ela. Eu não vou. - Chorou ainda mais.
- Você não vai. Você terá um futuro brilhante a sua frente.
Gina o encarou parecendo totalmente perdida. - Promete?
- Claro que sim.
- Mas, e se ela estivesse certa? - Gina se levantou e começou a andar de um lado para outro. - E se eu me casasse com Harry? Eu fiz uma burrice, Percy! Eu tenho que casar com Harry!
- Gina...
- Não. Olha, Percy! - Gina ajoelhou-se a sua frente parecendo uma maníaca. - Harry me ama. Eu vou dar quantos filhos ele precisa e vou ser Lady Potter. - Se levantou. - Nós iremos ser felizes. E nossa família. Não seremos mais pobres. Poderemos morar em uma mansão...
Percy parou de prestar atenção ao devaneio de Gina e sim na forma como ela se comportava. - E Antonin? - Perguntou e Gina o olhou confusa.
- Quem?
- Antonin Dolohov, seu namorado. - Disse devagar e sua irmã começou a sorrir.
- Você vai ama-lo, Percy. Ele é gentil e paciente. Ele adora crianças e quer ser professor. Está estudando para isso. Hey! Harry disse que queria montar uma escola para crianças pequenas, você acha que ele consideraria Antonin? Ele é realmente muito bom. - A que ponto seus pais chegaram com ela? Gina parecia migrar entre a realidade e sua fantasia. Por Merlin, o que ele faria?
- Você não pode se casar com Antonin e Harry ao mesmo tempo. – Disse lentamente. Gina franziu a testa e sua expressão pareceu clarear e parecer... normal?
- Do que está falando, Percy? Eu não vou me casar com Harry. Cancelei o contrato. - Percy a olhou e suspirou. Sua irmã realmente precisava de ajuda.
- O que a mãe veio fazer aqui? - Gina ficou séria.
- Eu não vou ser ela, Percy! Eu não vou ser uma dona de casa!
- O que ela disse?
- Basicamente, dizer o quão maravilhoso Dumbledore, além de apontar a burrice que fiz em cancelar o contrato.
Percy assentiu. - Você fez bem em cancelar o contrato, Gina. Dumbledore está caindo e vai levar todos os que o apoiaram com ele.
- Por que diz isso?
- Por conta do que aconteceu hoje.
2 horas mais cedo...
- ORDEM! - Fudge gritou enquanto batia o martelo em seu balcão. - Vocês podem gritar o quanto quiser. As leis são claras. O bloco que tiver três pontos à frente terá direito a indicar um líder para o supremo.
- Dumbledore está no trabalho a muito tempo! - Alguém da partição da Luz gritou.
- Como se eu me importasse! Devo lembrar que o Líder do supremo antes dele também estava a bastante tempo no cargo? O que? O grande Dumbledore tem que ter as leis dobradas para atendê-lo? - Disse a última parte com mais sarcasmos que o necessário. - Seja o que for, Lorde Odgen, você é o líder da bancada neutra, quem vocês indicam?
Lorde Odgen se levantou. - O bloco neutro indica Marisa McMillian, para ser líder do supremo.
A mulher, que deveria ter por volta dos 50, se levantou rigidamente. -Eu agradeço a indicação e aceito o cargo. Ela desceu calmamente da área neutra e caminhou até o antigo local do diretor que parecia ainda não entender o que aconteceu. - Lorde Dumbledore. - Ela chamou a atenção do velho diretor que finalmente parou de observar Harry Potter e finalmente voltou ao local do assento Dumbledore.
- Muito bem, com isso resolvido. Vamos continuar. - Disse Marisa. - Antes da pausa de verão tivemos a apresentação de 19 leis, e 37 adendos dos quais foram votados para serem pensados. - Marisa abriu a pasta e repassou as anotações de Dumbledore franzindo a testa. - Nada aqui está na ordem de importância. - Resmungou no microfone deixando todos perceberem sua irritação. Depois convocou sua própria pasta descartando as anotações de Dumbledore.  - Essa seção está programada até as cinco da tarde, e considerando a quantidade de leis e adendos a serem feitas, não terminaremos todas. - Deu uma pausa olhando as anotações de Dumbledore e as suas. - Muito bem, eu vou propor algo que sei que muitos de vocês serão contra, mas espero que levem em consideração.... - Colocou a lei de Nott no holograma. - Gostaria de chamar uma votação de afirmação imediata para a Lei de Lord Nott, que padroniza a forma com que uma lei pode ser aprovada. Vou dar a palavra a quem quiser falar sobre. - Disse e suspirou. - Lorde Dumbledore.
- Essa lei é perigosa. Muitas das leis que garantiram os direitos de nascidos trouxas, foram feitas sem a participação da bancada escura. Só assim eles puderam ter direitos.
- Lorde Potter.
- Muitas dessas leis, das quais Lorde Dumbledore fala, não ajudam de forma alguma os nascidos trouxas. Pelo contrário, só causa muito mais despeito dos sangues puro.
- Lorde Rowle.
- Concordo com Lorde Potter. Os nascidos trouxas estão sendo jogados em nosso mundo sem preparo algum e nós estamos perdendo nosso espaço para eles.
- Lorde Dumbledore.
- Eles estavam sendo arrancados de seu mundo, precisavam e memórias.
- Lorde Potter.
- Se querem memórias, que carreguem fotos. - Disse e ouviu sussurros. - Quando saímos da Inglaterra, precisamos nos adaptar as leis do local em que estamos. Não podemos esperar que o país se adapte a nós. Dito isso, temos muitas outras leis que deveriam ser abolidas de tão grotescas que são. A lei de Lorde é Nott é algo que nos pouparia tempo, além de diminuir os preconceitos próprios nas leis.
- Lorde Shacklebolt.
- Preconceito? Nossas leis são baseadas nas necessidades de nossa sociedade.
- Lorde Zabine.
- Me desculpe, mas, em que universo paralelo o senhor esteve, Lorde Shacklebolt? Nem adianta me olhar com essa cara. - Disse interrompendo o homem. - O senhor leu as últimas leis criadas pela antiga subsecretária?
- Senhores, peço que mantenham o decoro. - Marisa trouxe atenção para si mesma. - Creio que opiniões, contra e a favor, já foram ouvidas. Agora é a hora de votação. Aqueles a favor, da lei de 29.3797-3 de 1ª setembro de 1998, e da sua aplicação imediata, das quais não afetarão as leis em vigor, até que as mesmas sejam trazidas em pautas com as devidas pesquisas apontadas pela lei.
Um a um, lordes e ladys se levantaram em ordem e adicionaram seus votos, nem 50% dos votos haviam sidos contados, e já estava claro o que a leis passaria sem problemas. Com 100% dos votos contabilizados, apenas os votos da bancada da luz, ainda assim, nem todos, votaram contra.
- Muito bem. A lei 29.3797-3 de 1ª setembro de 1998, está em vigor, e essa seção a utilizará de imediato. - E antes que alguém protestasse, disse: - Que assim seja. - Fazendo a magia circundar por toda a câmara, garantindo a aprovação da lei e de suas palavras. – Lady McMillian se demorou escrevendo as anotações necessárias para a implementação da lei. – Com essa lei em vigor, ocorrerão as seguintes mudanças nessa seção. Das dezenove leis propostas, apenas quatro tem pesquisas e pareceres técnicos com laudos de especialistas. Dos adendos a serem considerados, absolutamente nenhum, tem um motivo lógico para tal. Com isso, passo a palavra para Lord Slughorn.
- Deixei claro em minhas pesquisas a necessidade do uso de sangue para poção médicas. Proibir totalmente magia de sangue, deixa nossa população vulnerável a doenças que foram erradicadas em outros paises.
- Lord Dumbledore.
- Podemos achar cura para essas doenças de outra forma. Magia do sangue é viciante e perigosa. Todos nós sabemos o quanto Voldemort as usou para prejudicar nossa população. Se abrirmos exceção para uma, devemos abrir para todas.
- Lorde Potter
- A hipocrisia de lorde Dumbledore é sem limites eu vejo.
- Decoro, lorde Potter. – Admoestou Marisa.
- Perdão, vou trocar minhas palavras. – Harry Potter sorriu. – Lorde Dumbledore não tem família, filhos ou netos a quem possa perder. Então para ele é bem fácil falar de um possível cura, quando não tem ninguém a quem se preocupar.
- Lorde Dumbledore.
- Posso não ter família de sangue além do meu irmão, mas tenho amigos a quem me preocupo.
- Como meus pais? Quer dizer, foi por isso que você ensinou a ela a fazer um ritual de sangue, que precisaria do sacrifício dela para me manter vivo. – Dumbledore ficou pálido enquanto todos o encaravam.
- Eu... era necessário. Sua mãe... ela... ele me pediu. Qualquer coisa.
- Não, ela não pediu. Ela escreveu em seu diário especificamente que você a convenceu disso. É incrível como temos dois pesos e duas medidas. Desde que o grande Albus Dumbledore, permita, então está tudo certo.
- Senhores, estamos fugindo do assunto. – Marisa chamou atenção de todos que pareciam estar assistindo uma partida de vôlei. – Votação para a permissão para uso de sangue em poções medicinais.
Um a um, foram votando e a lei foi passada.
Marisa McMillian tomou notas, iguais as leis anteriores. – Essa sessão está suspensa até amanhã, as 10horas. Continuaremos amanhã, com as três leis restantes, e todas as outras que foram desconsideradas, lorde e Ladys terão a oportunidade de apresentar laudo de técnicos e especialistas para fomentar a necessidade da lei.
Agora...
- Uau, Harry acabou com Dumbledore. – Gina disse. – E Neville, e Ron...
- Você não entende, Gina. – Disse Percy. – Com essa lei aprovada, Ron irá conseguir que a lei que ele propôs seja considerada agora, e não daqui a cerca de seis ou sete meses. Haviam várias leis na frente da dele a serem analisadas, e agora, tem apenas uma. 
- O que há de tão importante na lei que Ron propôs?
- A lei de Ron é sobre abuso infantil, e considera quem sabia, e não denunciou as autoridades.
- Dumbledore sabia sobre os tios de Harry.
- Sim. – Confirmou simplesmente.
- Nossos pais... eles fizeram mal a Ron e Charlie.
- E a nós.
- Nós? – Gina franziu a testa. – Por que diz isso? Eles não nos machucaram. – Percy suspirou e não discutiu. Toda manipulação que Gina sofreu a deixou mentalmente estável e não era seu lugar para discutir.
- Junte suas coisas, vamos para minha casa. Harry já lhe disse quando você vai para a casa de repouso?
- Em duas semanas. – Sorriu levemente e companhia tocou. Percy foi até a porta e verificou pelo olho mágico vende seu pai.
- É o nosso pai. – Disse.
- O que ele quer?
- Eu vou esperar lá dentro. – Disse. – Não conte a ele que eu estou aqui. – Gina assentiu confusa e foi abrir a porta.
- Se veio me bater, saiba que a mamãe já fez isso.
Arthur levantou a mão segurando o rosto de Gina e vendo a marca de mão na pele pálida. – Sua mãe tem uma grande tendência a exagerar quando está com raiva. – Soltou o rosto da filha e entrou na casa.
- Só a mamãe? Devo lembrar o que fez com Ron?
- Aquilo era necessário. – Disse dando de ombros. – Ron é uma abominação.
- Por que está aqui?
- Vim falar sobre o título Weasley.
- O que tem ele?
- Eu quero tonar você minha herdeira, e em quatorze dias, você será Lady Weasley.
Gina olhou para o pai. – E Will?
- Eu posso determinar quem será o próximo Lorde, ou lady, Weasley. E seus irmãos não sabem das condições para isso.
- O que você ganha com isso?
- Poder é claro. Só que através de você. Você assinará um documento que a obrigará a seguir minhas ordens dentro do ministério. – Gina se lembrou das palavras de Percy. Seu pai não iria estar por perto durante tempo o suficiente, uma vez que a lei de Ron passasse e então ele não poderia fazer nada. – Eu aceito. – seu pai sorriu. – Muito bem. Me encontre em Gringgottes em 14 de setembro.
- Tá bom. – Seu pai foi embora do apartamento e Percy retornou a sala. – Ele mentiu para você.
- Como?
- Ele mentiu. Papais assinou um documento que o obriga a seguir suas ordens.
- Mas eu não assinei nada.
- Mas vai precisar assinar uma nota de repudio a Dumbledore quando for pegar o assento.
- Não entendo.
- Gina, se você assinar algo assim, perdera sua magia.
- O pai não faria isso.
- Não faria? Tem certeza. – Uma lágrima solitária  no rosto de Gina confirmava a Percy que ela sabia o que Arthur Weasley estava disposto a fazer tal coisa por simples e pura vingança.

O contratoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora