Pequenos Detalhes

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Harry empunhou sua varinha rapidamente quando Rockwood levantou sua varinha para ele. – Se acalme, jovem! Ele apenas o examinará. – disse o homem velho. – Harry baixou lentamente a varinha e Rovkwood acenou uma confirmação.
Nagine olhou com interesse para Rockwood. – Ele cheira a Tom.
- Ele?
- Sim. O loiro também. – Nagine deslizou e foi até Lucius que ficou tenso e tão parado quanto podia. – A marca de Tom não saiu.
- Como? Ela não está visível!
- Tom deve ter escondido com Persel. Aponte a varinha e diga o feitiço revelium.
- Lucius, me dá sua mão!
- Por que? – Perguntou sem retirar o olho de Nagine.
- Só me mostre seu pulso onde a marca negra ficava. – Lucius ainda olhando Nagine, levantou sua mão com movimentos bem lentos. – Harry encostou sua varinha no pulso pálido. – Me diga se eu não falar em persel. – Lucius assentiu. – Reveliun.
- Latim. – Harry olhou para Nagine e tentou novamente. – Reveliun. – Harry não precisou de confirmação. A marca negra se revelou de forma brilhante e escura. – Essa é a confirmação que precisávamos.
- A marca só brilhou assim quando ele retornou. – A porta abriu e um auror entrou esbaforido.
- Arrombaram Azkaban! Bellatrix, os irmãos Lestrange fugiram.
- Merda! – disse Fudge. – Chame a imprensa e alerte imediatamente a fuga.
Lucius se levantou. – Vou alertar Narcisa. Bellatrix pode procura-la. – Saiu sem se despedir.
Amélia também se levantou. – Vou coordenar qualquer equipe de busca. – Disse saindo.
- Temos que correr com essa destruição de Horcrux. – Disse Harry. – Vocês conseguem fazer a mesma coisa que fizeram com Nagine? Retirar a Horcrux. – Rockwood e o velho se entre olharam.
- Vamos precisar de pesquisas. – Disse Rockwood. – Assumimos o risco de matar Nagine, não sabemos se conseguiríamos repetir o sucesso.
- Muito bem. – Harry se levantou. – Se eu estou certo, Bellatrix escondeu em seu cofre ou na mansão Lestrange.
- Por que acha isso? – Perguntou Fudge.
- Aquela mulher é uma Black. Isso significa que ela é paranóica e louca, mas não burra. Quem são os melhores em guardar tesouros e não se meterem com a vida de seus clientes?
- Os goblins. – Confirmou o ministro.
- Rockwood? – Chamou e o inominável o olhou. – Me acompanha até o banco? Se estiver lá lhe entrego imediatamente.
Rockwood assentiu e o velho também se levantou. – Vou com vocês. Preciso de sol.
- Nagine? Acho melhor ficar.
- Use um feitiço de encolhimento eu vou. Eles me irritam.
Harry suspirou. – Tom pode voltar. Por que quer estar comigo?
- Não quero passar os anos que me restam sendo torturada por ele. Sou uma maledictus. Já fui torturada o suficiente por humanos estou velha preciso de paz, não guerra.
Harry franziu a testa encolheu a cobra a colocando em seu pulso e juntos saíram da sala. Usaram as lareiras do saguão para sair no Caldeirão furado e de lá para beco. O velho andava muito rápido para alguém daquela idade.
Rapidamente chegaram ao banco e Harry solicitou IronClaw que rapidamente o atendeu e ouviu sua história. – Interessante. – O goblim coçou o queixo. – Recuperar um cofre de solteiro é possível, porém existe outra pessoa que pode exigir esse cofre.
- Lorde Lestrange. – Disse o velho. – Qual o acordo de núpcias de Bellatrix?
- Essa é uma pergunta inteligente. – disse e estalou o dedos fazendo uma pasta aparecer. – Pasta de todos os contratos de casamentos Balck.
Harry pegou a pasta e olhou um por um até chegar em “L” e perceber que muitos Black se casaram com Lestrange antes e que Bellatrix e Rodolphus eram primos de primeiro grau. Fazendo cara de nojo, leu as cláusulas por cima até chegar na parte monetária.
- É nosso. – Mostrou ao Goblim. – A paranoia Black nos ajudou nesse caso. O que é Black continua Black.
- Muito bem. – Vou lhes acompanhar até o cofre.
A viagem de carrinho foi longa. Quanto mais antiga a família, mas longe era o cofre, e todos seus títulos eram bem antigos. Por fim, chegaram ao cofre de Bellatrix.
Ironclaw abriu com sua unha e Harry olhou para dentro. Só havia moedas de ouro, nada mais. – Ela tem outro cofre?
- Se tiver, está sobre o nome Leatrange. – Harry suspirou. – Vou conversar com Lorde Lestrange.
- Ele pode não ter sido um comensal ativo, ainda assim não sabemos sua posição.
- Ele anunciou seus novos bebês hoje. – Disse Harry. – Eu não acredito que ele queria um lorde das trevas louco de volta.
- Vou até ele. – Disse Rockwood. – Seus filhos podem procura-lo também. Pode ser perigoso para você.
- Vamos agora. – Disse o velho.
Harry olhou entre os dois. – Tenho uma leve impressão que você não o quer sozinho.
- Ele não confia em mim. – disse Rockwood tranquilamente.
- Tenho meus motivos. - disse o velho fazendo Rockwood revirar os olhos.
- Seja o que for, resolvam isso rápido. Estamos correndo contra o tempo. – Ambos assentiram. Harry estando liberado para o dia, resolveu ir até a loja de Severus.
Caminhar sobre o beco diagonal lotado era horrível. As pessoas queriam sempre falar com ele e lhe agradecer. Isso significa demorar cerca de meia hora para fazer um trajeto demora cinco minutos.
Ao entrar na loja percebeu que a mesma estava com movimento. Severus lhe disse que tinha colocado um parte em cosméticos, já que duas de suas alunas tinham interesse na área.
Não sabendo onde exatamente seu marido estava, foi até ao balcão com o atendente lerdo da ultima vez, mas que parecia mais atento agora. – Mestre Snape está no apartamento em cima.
- Obrigado. – Harry subiu as escadas lentamente e viu uma manta jogada. Ergueu a sobrancelha. Mais e mais roupas, algumas de Severus, estavam espalhadas. Quando entrou na sala, percebeu Atwood sentada nua no sofá enquanto o barulho do chuveiro indicava a posição de seu marido.
- Senhorita Atwood. – A mulher pulou ao vê-lo. - Creio que não está adequada para o trabalho. Vista-se por favor.
- Senhor Potter. – Ela pegou uma camisa de Saverus e se vestiu. – Isso é tão constrangedor. Mas acho que estava na hora de saber a verdade.
- A verdade?
Ela confirmou com a cabeça. – Bem sim. Severus e eu estamos juntos há algum tempo. E bem... – Coçou a cabeça. – Eu disse a ele para lhe contar. Ele disse que o casamento de vocês não era de verdade de qualquer forma.
- É mesmo? O que mais ele disse? – Harry perguntou calmamente, morrendo de vontade de rir do quanto essa menina estava enterrando a própria carreira.
- Ele disse que vão se divorciar em breve de qualquer forma, e que você vai se casar com a menina Weasley.
- Vamos recapitular. Você e Severus estão tendo um caso, porque – Harry fez aspas com a mão. – Vamos nos divorciar e eu vou me casar com outra pessoa.
A porta do banheiro foi aberta e Severus saiu com uma toalha enrolada na cintura. – O que está acontecendo aqui?
- Amor, acho que ele não quer acreditar que estamos juntos. – Disse a mulher e Severus a olhou como se ela fosse doida.
- Se lembra que te falei para tomar cuidado com ela, Sev? Foi por isso! – Disse Harry. – Senhorita Atwood, eu não sei quem te contou sobre o contrato de casamento com Ginevra Weasley, mas deixa eu te explicar uma coisa. No meu contrato de casamento com Sev, há cláusulas de fidelidade, ou seja, se ele fizesse o que quer que você planejou, eu não o encontraria no chuveiro e sim morto.
Atwood ficou pálida. – Mas ele deu em cima de mim.
- Eu sou gay. Não tenho interesse absolutamente nenhum por mulheres. Nunca daria em cima de você, mesmo que não fosse casado. – Agora eu agradeceria se me devolvesse minha camisa e roupas e fosse embora e não precisa mais voltar.
- O que?
- Está dispensada.
- Você sabe quem é meu pai?
- Você sabe quem é meu marido? – Severus a olhou em desafio e a mulher rapidamente se vestiu e foi embora deixando a camisa para trás. – Mulher louca. – disse indo ao armário e pegando uma muda de roupas extras e voltando para a sala. Harry o empurrou no sofá e subiu em seu colo. – Preciso me vestir.
- Eu estou aqui! – Nagine chiou e saiu da sua camisa assustando a ambos.
- Isso é uma cobra! – Severus apontou o óbvio.
- Sim, mas exatamente, Nagine.
- Por favor, me diga que isso é uma piada e que ela não é a cobra do lorde das trevas.
- Eu estaria mentindo se dissesse isso. – Harry saiu do colo de Severus e sentou-se no sofá. – Preciso te contar algo. – Harry então falou sobre tudo o que foi confirmado, incluindo sobre a marca invisível.
Severus ficou quieto por um longo minuto antes de respirar fundo e massagear a têmpora. Você tem certeza? Você é um?
- Sim. – Severus o abraçou o puxando para seu corpo. – Envolva o lobo nas pesquisas. Ele deve querer ajudar.
- Eu vou. Vou consultar também todos os cofres que tenho acesso, algum deve ter algo escrito. – Eles ficaram novamente em silêncio. – Sev?
- Sim.
- Você acha que foi por isso?
- O que?
- Você acha que foi por isso que eu pedir me bebê?
- Eu queria poder te dar a certeza que sim. Com tantos outros fatores, não podemos afirmar.
- Eu sei. – Harry piscou para não chorar. Seus filhos perdidos ainda era um tema muito sensível. - "Você sabe quem é meu marido? " - Bufou e Severus riu.
---oOo---
- Rockwood, velho. – Cumprimentou Radamanthus Lestrange. – O que posso fazer por vocês?
- Eu tenho um nome. – reclamou o homem mais velho.
- Você mesmo se apresenta como velho. – Apontou Rockwood. - Você está sabendo que seus filhos e Bellattix fugiram?
Radamanthus empalideceu. – Como?
- Não sabemos ao certo, mas achamos que eles querer reviver o lorde das trevas.
- Não! Isso é impossível!
- Por isso estamos aqui, Bellatrix tem uma forma de traze-lo, contudo achamos que está em um cofre Lestrange.
- E vocês querem que eu o entregue...
- Sim.
- Nymi! – Chamou e uma elfo domestica apareceu rapidamente. – Nymi fique com as crianças e se alguém diferente de mim entrar, leve-as para longe imediatamente. – Radamanthus pensou um pouco. – Melhor leve-os ao ministério e diga para os entregar a lorde Potter. E repasse a ordem a todos os elfos.
- Sim senhor. – disse e estalou.
- Vamos agora. – Disse e se levantou. A viagem até o banco foi rápida e eles encontraram o que precisavam. Radamanthus, contudo, ficou para trás.
Seu gerente de contas redigia seu testamento e enquanto ele nomeava os beneficiários, retirava Rodolphus e Rasbatam da lista de pessoas autorizadas a qualquer cofre e o mais importante, a guarda de seus filhos recém nascidos. Esperava que Agnes o perdoasse por escolhe-la – Está tudo certo. – Disse o goblim. – Apenas assine. – Radamanthus releu o texto, assinou e voltou para casa.
Assim que pisou em sua mansão percebeu que tinha algo errado. Caminhou com varinha em mãos. Ao entrar no quartos dos bebês seu coração quase parou. Rodolphus arrulhava para um dos bebês enquanto Bellatrix segurava o outro em um balançar um tanto perigoso.
- Como fugiram da prisão? – Perguntou chamando atenção para si.
- É um segredo. – Disse Rasbatam. – Assim como você que nem nos contou que tínhamos irmãos. - Apontou para os bebês.
- O que pretendem fazer? – Radamanthus baixou sua varinha e caminhou até Bellatrix retirando sua menina dela e a depositando no berço. Só então ele viu o corpo de Nymi sem cabeça.
- Ressuscitar o lorde das trevas é Claro. – Respondeu Bellatrix.
- Por que diabos querem trazer aquele louco de volta? – Retirou seu bebê do colo de Rodolphus. – Ele estava pior do que antes, e olha onde foram parar! – Colocou o bebê no berço junto com a irmã e os enrolou em embrulhos apertados.
- O lorde das trevas sabe o que fazer! – Disse Bellatrix irritada. – Ele vai expurgar o mundo dos sangues ruins.
- E vai nos levar junto! Nêmesis! – Chamou outro elfo que apareceu e ficou chocado ao ver Nymi. – Leve as crianças para a segurança estabelecida.
- Que foi papai? Não confia em nós? – Perguntou Rasbatam zombeteiro.
- Nem um pouco. O que querem aqui?
- Uma pequena pausa antes de procurar por nosso lorde. – Disse Bellatrix.
Radamanthus olhou para seus filhos. – Os Goblins fabricam novas identidades e passado facilmente. Vou depositar uma mesada de 500 galeões e vocês saem do país. Vocês estariam livres e poderiam começar sua própria família.
- Acho que não entendeu papai. – disse Rodolphus sorrindo. – Nós não vamos a lugar algum. – Radamanthus não teve tempo de responder ou ter qualquer reação quando o feitiço verde da morte veio em sua direção. Naquele milésimo de segundo, tudo o que ele pensou foi que seu testamento garantiria seus filhos bebês uma vida saudável.
- Vamos começar. – Bellatrix foi até o cofre da casa onde tinha escondido a Horcrux dada por seu mestre.
- Não está aqui.
- Como não está ai? – Perguntou Rasbatam irritado.
- Eu te disse que minha memória estava nebulosa. Deve estar no nosso cofre de casados em Gringottes.
- E como vamos entrar lá?
- Eu dou um jeito. – Bellatrix pegou a varinha de Radamanthus, não era uma combinação boa, mas iria servir. Ela modificou seu cabelo para um loiro pálido e transfigurou suas roupas ficando assim parecida com sua irmã.
- Vou resolver isso agora. – Pegou sua chave no cofre e aparatou.

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