Mas inimigos que se pode sustentar

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Gina abraçou suas amigas feitas no acampamento, prometendo escrever para elas. Antonin piscou para ela ao longe e Gina acenou discretamente. Era bem irritante não poder se despedir de seu namorado descentemente, mas isso que ganhava por ficar com um dos responsáveis do acampamento.
Sua chave de portal iria leva-la direto ao seu novo apartamento, onde iria ficar até que Percy fosse busca-la no final de seu expediente.
Nesse meio tempo, começou a dar uma olhada no programa de N.I.E.M.s. Com cadernos separados para cada matéria, escreveu o programa, deu uma olhada em seus livros (Doados gentilmente por Harry e Hermione, já que os seus ficaram em casa e de jeito algum pediria a seus pais.) Durante o almoço, pediu comida em um restaurante trouxa e levou para casa. Seu dia estava bem produtivo quando a campainha tocou. Pensando ser alguns dos seus vizinhos, abriu a porta só para ser atingida por uma mão em seu rosto a derrubando no chão.
- Qual a droga do seu problema, GINA!?- Sua mãe gritou e Gina limpou o sangue de seu lábio partido.
- Meu problema? Meu problema é que não quero ser como você!  - Disse e sua mãe parecia que havia levado um tapa. - Eu não quero ser uma dona de casa, dependente de um marido, com uma penca de filhos e perdendo dia a dia um pouco mais da minha vida e morrer sem conquistar absolutamente nada. Eu odeio a sua vida e não vou deixar você me dar o mesmo destino!
- Garota burra! Você não teria esse destino se tivesse se casado com Harry! - Gina olhou para sua mãe e então começou a gargalhar.
- Eu sou burra? Eu? Sou burra por desistir de um contrato de casamento que me deixaria sem uma educação e mal falada quando Harry conseguisse se desfazer de mim? Você em algum momento leu a porcaria daquele contrato?
Sua mãe parecia relutante. - Não, mas Dumbledore...
- Dumbledore, Dumbledore, Dumbledore! Ele está armando algo para fazer mal a Harry, só porque está perdendo o controle. Para o diretor, é tudo sobre controle, e ele não se importa em estragar a vida de todos ao seu redor para conseguir!
- Dumbledore sabe o que está fazendo!
- NÃO! ELE NÃO SABE! - gritou e o silêncio se fez. - Dumbledore manipula a todos com suas palavras. Eu não vou deixa- fazer isso comigo também. - Gina respirou fundo. - Vai embora!
- Você terá que pagar pelo prejuízo que deu ao terminar o casamento.
- Eu mando um cheque. Agora vai embora.
Molly ficou parada. - Porque não vai voltar a Hogwarts? O que vai fazer sem estudos?
- Isso não é mais problema seu. Sou maior de idade e moro sozinha, não te devo mais satisfação. - Molly bufou e saiu batendo os pés infantilmente. 
Gina respirou fundo uma, duas, três vezes, quando ainda sentiu a necessidade de chorar, resolveu meditar da forma que Antonin a ensinou. Ela seria grande! E não dependeria de um homem para isso. De forma alguma ela seria outra Molly Weasley!
---oOo---
O primeiro de setembro chegou finalmente. Devido a ida das crianças para Hogwarts, a seção começaria as duas da tarde. Não querendo deixar seus filhos apenas com Wink, já que Severus estaria trabalhando até uma da tarde, e devendo uma visita a Remus, Harry passou pela lareira com os gêmeos, só para os jogar em cima do lobisomem antes de correr para o banheiro.
Poucos segundos depois, sentiu seu cabelo ser segurado por Remus enquanto parte do seu estômago saia da sua boca.
- Você está gestando. – Remus afirmou quando ele parou de vomitar.
- Sim. – Foi em direção a pia, lavou o rosto e escovou os dentes com uma escova de dentes nova oferecida por Remus.
- Harry...
- Não foi planejado, ok!
- As outras duas vezes também. – Remus o puxou para seus braços. – Você não sabe o quanto fiquei preocupado da última vez. – Harry o olhou sentindo seus olhos encherem de água.
- Eu não estou criando expectativas dessa vez. Pelo menos se eu perder, será algo esperado.
- Harry você não pode viver com esse pensamento. – Remus o arrastou de volta a sala onde seus filhos e afilhado estavam.
- É a única coisa que posso pensar no momento. – Remus não falou nada, apenas o aconchegou em seu colo. Harry sentiu os olhos pesado e a mão em seu cabelo não ajudou muito, o fazendo rapidamente se entregar ao escuro.
- Você devia ter se protegido melhor, Severus! – A voz sussurrada porém irritada, de Remus o alcançou em sua consciência.
- Não acho que isso seja da sua conta. – Disse seu marido de forma mordaz.
- É da minha conta quando eu vejo o quanto ele está abalado com tudo. Você é o mais velho, Severus! Você deveria se lembrar disso, principalmente sabendo o quanto Grifinórios costumam ser cabeças ocas!
Harry abriu os olhos pronto para ver seu marido dando um sorriso irônico. – Cabeça oca ou não, ainda não é da sua conta. – Olhou para Harry. – E nós vamos ter um bebê. – Sorriu para Harry e estendeu os braços o chamando para seu colo como fazia a maior parte das vezes. – Não há nada o que fazer sobre isso nesse momento.
Harry caminhou lentamente até Severus e deitou em seu peito. – Está melhor? – Harry apenas gemeu uma confirmação.
- Filhote, você tem certeza? Dormiu por quase três horas.
- Ele sempre fica assim. – Respondeu Severus. – Quer ir jantar fora depois de voltarmos do ministério?
- Sim. – Resmungou tentando despertar, e falhando miseravelmente.
- O que é isso? – A voz de Remus o alcançou e Harry abriu os olhos olhando para seu cordão que brilhava. Franziu a testa e abriu sua camisa percebendo que sua barriga tinha um brilho muito leve.
- Ele não deveria fazer isso. Está muito cedo.
- O que é isso?
- Meu cordão. – Mostrou a Remus. – Ele armazena magia e ajuda a sustentar uma gravidez. Mas deveria funcionar somente depois de 30 dias. É muito cedo. – Disse confuso.
- Eu tenho alimentado ele com magia. – Disse Severus. – Será que é por isso? - Harry franziu a testa pensando e depois deu de ombros. – Linfred falou para deixar o colar no seu sangue.
- Isso não é considerado magia de sangue? – Remus perguntou curioso.
- O que o ministério não vê, o ministério não sente. – Ambos disseram juntos.
- Se Sirius estivesse aqui agora, estaria reclamando que você é má influência para o filhote. – Riu. – De qualquer forma,  o almoço está pronto, e como vocês têm que sair daqui a pouco, melhor comerem logo.
Harry assentiu ainda sonolento. O almoço foi leve e rápido. Depois de endireitar sua roupa amassada, entrou no ministério.
O lado bom de se ter um marido mestre de poções, é que Harry conseguiu um remédio para evitar que vomitasse assim que saiu da lareira, isso é claro não o tornou menos enjoado.
- Tem certeza que não posso ficar aqui por você?
- E perder o rosto de Dumbledore? Não obrigado. – Disse e segurou o braço de Severus. – Vamos, ainda preciso falar com Madame Longbottom, Neville vai voltar e assumir os assentos.
- Achei que ele estava em um mestrado.
- Ele está, vai deixar um proxy para a avó.
- Não é mais fácil deixar tudo como está?
- Não. – Harry negou. – Existe um limite de quando é aceito um substituto usar os assentos depois que um herdeiro se tornou maior de idade. Ainda que ele use proxy, deve aceitar seu lugar. Ninguém o respeitará se não for assim.
- Política é muito complicado.
- Diz o Sonserino. – Severus deu um meio sorriso irônico, mas seu semblante se fechou assim que ele e Harry se viram de frente a Dumbledore.
- Devo parabeniza-los. – Disse o velho com cara de avô. – Conseguiram se livrar do contrato. 
Harry chiou. – O que você quer, Dumbledore?
- Fazer as pazes. – Disse parecendo triste. – Eu nunca deveria ter feito algo sem sua cooperação. Na época senti que você já tinha muito em sua mente.
- Acabou? – Harry perguntou e Albus assentiu. – Eu não sou mais aquele garoto que você manipulou, Albus Dumbledore. Acredite em mim quando eu digo que você vai pagar por ter mexido comigo e com a minha família.
Dumbledore parecia devidamente envergonhado. – Eu sinto muito. – Disse. – Sinto tanto.
- O que você quer? – O ódio em sua voz era tanto, que Severus apertou seu ombro em uma tentativa de acalma-lo.
- Preciso de apoio contra uma lei. – Disse. – essa lei que Nott está tentando passar é perigosa, Harry! Ela pode trazer a tona leis perigosas.
Harry rolou os olhos. – É lorde Nott. E quanto as leis, elas que foram aceitas de forma ilegal a fim de favorecer certas pessoas. É eu sei, essa é a ideia. Por isso ajudei Theo a transcreve-la.
- Você... Você não entende o quão perigoso é essa lei! - Dumbledore parecia pálido.
- Entendo, por isso a apoio. – Harry sorriu malicioso e puxou Severus para dentro da Câmara dos lordes.
Ao entrarem, Harry e Severus se separaram. Severus foi para o assento Prince, na área cinza e Harry para apresentação e anúncio, sentando-se poucos segundos de ser atacado por uma coisa ruiva.
- Olá Ron! Como foi a Austrália?
- Quente e com muitas aranhas, mas a praia foi incrível!
- E minha futura afilhada?
- Crescendo. Pelo menos a fase do enjoo passou. Eu recebi a sua carta sobre Gina. Ela está bem?
- Um pouco traumatizada. Eu estava recebendo relatórios da psicóloga dela, vou continuar a pagar o tratamento. Falei com Percy, ele vai assumir assim que... – olhou ao redor. – que estiver tudo certo. – Ron assentiu.
- E Hermione? Ainda não pude vê-la.
 -Longe em uma missão. - Franziu a testa. - O que vai anunciar?
Ron deu um sorriso. - Apenas confie em mim. Essa vai ser minha pequena vingança por Dumbledore mexer com a minha irmã.
Harry deu de ombros. Desde que ferre um pouco mais com Dumbledore, ele iria acatar.
Harry olhou para a porta e viu Neville entrando apressado pouco antes da porta fechar. Seu amigo estava muito diferente. Além de sua pele está claramente queimada de sol, parecia que parte de sua gordura tinha dado lugar a alguns músculos. O Brasil lhe fez muito bem.
Sorriu para ele quando o mesmo sentou à sua frente, e se virou para Dumbledore que começava o anúncio de abertura. Harry aguardou ansioso sua vez.
Anúncio de gravidez, de casamente, de aliança antes de Neville se levantar. - Lorde Neville Longbottom, retomando o que é meu por direito e aceitando meu lugar como lorde Longbottom. - Respirou fundo. - Nomeado para o partido neutro de acordo com a minha vontade. - Harry primeiro pensou ter ouvido mal, mas devido ao silencio que se fez na câmara, confirmou o que pensava. Depois precisou se controlar para não gargalhar.
Parecendo extremamente contrariada, a avó de Neville se levantou. - Eu, Anges Longbottom, nee Fawley, devolvo para Lorde Longbottom seu direito de herança.
O silêncio permaneceu e Neville continuou em pé. - Algum outro anúncio, Lorde Longbottom? - Questionou Dumbledore, que como todos, parecia sem reação e incrédulo.
- Sim. Meus pais, Frank e Alice Longbottom apresentaram melhoras recentemente, e em breve serão apresentados novamente ao mundo bruxo, ainda que não a esta câmara. - Harry observou o olhar de raiva de Neville ao falar com o diretor. Antes de se dirigir ao assentou que se abriu para ele na seção neutra.
- Muito bem, Neville. - Ron sorriu maldosamente e Harry ergueu a sobrancelha.
- Você sabia! - Afirmou.
Outro anúncio de casamento e então Harry foi chamado. Bem, ele tinha um plano, até é claro Neville fazer seu anuncio e Ron estar claramente ciente dele. Contando os assentos luz, neutro e escuro, sempre havia um equilíbrio.
Havia dois assentos de vantagem para a luz e igualdade entre neutros e escuros. Com o anúncio de Neville, Luz perdeu sua vantagem, empatando com Neutros. Para que houvesse uma mudança na liderança da suprema corte sem precisar de votação, um bloco deveria ter três assentos de vantagem no mínimo.
- Lorde Potter? Seu anúncio. - Dumbledore chamou novamente e Harry percebeu que ficou muito tempo em silêncio.
- Lorde Harrison Potter-Gaunt-Black, - Disse olhando fixamente para Dumbledore. - Através do direito de conquista e tomo o que, agora, é meu por direito e aceitando meu lugar como lorde Gaunt. - Diferente de Neville, não houve o silêncio, apenas o falatório sem fim e apontamento para as cadeiras que não se iluminava há mais de 600 anos, pelo que ele sabia, e que, na época, tinha o nome Sonserina.
- Ordem! - Dumbledore gritou e bateu seu martelo até que todos se acalmassem. - Nomeie seu partido. - Disse parecendo ter chupado um limão.
- Nomeio para o partido neutro de acordo com a minha vontade. - Nova rajada de falas, contudo, dessa vez as pessoas apontavam para a taça de contagem de votos. Havia um empate em todos os partidos, exceto no apartidários, que em geral, não chegavam a dez votantes. Harry saiu e foi em direção ao seu marido que apertou sua mão discretamente.
- Lorde Prewett? - Dumbledore chamou. - Seu anúncio.
- Herdeiro Prewett, me atualizo como lorde Prewett, retomando o que é meu por direito e aceitando meu lugar como lorde Prewett. - Ron deu uma pausa e sorriu. - Nomeado para o partido neutro de acordo com a minha vontade.
Harry gargalhou. Dumbledore estava fora da liderança da suprema corte, e ele nem precisou fazer absolutamente nada... quase nada.

O contratoWhere stories live. Discover now