Fatos

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Quando Harry chegou em casa, a Professora Lamark já estava lá. Ele pediu licença a mesma e correu ate Lúcius deixando sua suspeita, junto com suas cartas antigas e a carta de Hermione.
- Vou estudar isso. - Disse o loiro. – Você quer fazer os NoN nessas eletivas?
- Quero. Pode agendar para mim?
- Posso. Vou achar alguns professores para elas. Acha que dá conta em 15 dias?
- É o que vamos ver.
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Quando Harry disse que estava estudando, ele realmente estava fazendo isso. A professora o elogiou por sair do currículo de Hogwarts e deu alguns textos para melhorar sua visão sobre o assunto. Mas o melhor, era que segundo ela, o pequeno exercício que ele fez, continha perguntas dos Nons passados e ele passaria com louvor e por isso Harry pode ir comemorar com mais tranquilidade as notas boas.
Entre estudo de politica, economia, historia, ter que estudar direito e mover as contas Black e Potter, e ainda ficar a par das obras nas mansões, Harry estava dormindo cerca de cinco horas por dia. Seu esforço, no entanto, foi compensado quando no dia 31 de agosto, soube responder todas as questões de história, e embora política e economia tenham lhe dado trabalho, ele achava que tinha tido uma boa nota. E assim, no dia seguinte ele entrou na plataforma 9 ¾.
Os Malfoy, ao contrário dos Weasley, chegavam cedo. Por isso Harry e Draco resolveram se sentar juntos em um compartimento no meio do Trem. Theo, Blaise, Hermione, Neville e Luna se juntaram a eles logo depois.
- Hey! Me pergunto o que a Doninha vai fazer ao me ver aqui. – Questionou Draco com um meio sorriso.
- Se comporta Malfoy. – Hermione disse. – Como foi a prova Harry?
- Boa. Embora não sei se alcancei uma nota boa o suficiente em economia. – Deu de ombros. – Senhor Malfoy me ofereceu para continuar as aulas particulares caso eu não passe.
- Eu gostaria que você passasse pelo menos em política Harry. – Disse Luna. – Já fiz os exames nelas e estaríamos juntos.
- Não sabia que podíamos fazer a prova antes do tempo. – Disse Hermione. – Eu vou fazer de política no meio do ano. – Contou.
- Decidiu finalmente no que gostaria de trabalhar?
- Relações internacionais. – Disse a menina. – Descobri que precisa saber três línguas. Quando conversei com meus pais, eles contrataram um professor particular de espanhol. Fiz os NOMs de inglês e francês. - Sorriu empolgada. E pensar que foi graças a você.
- A mim?
- Sim. – Hermione suspirou. – Hogwarts não da muitas informações para nascidos trouxas. Então quando você disse da possibilidade de fazer prova no ministério, eu pesquisei quais tinham e descobri sem querer um catálogo de profissões e o que precisaria.
- Incrível. – Disse Harry.
- Você precisa que alguém te indique. – Disse Théo, que até então estava muito quieto.
- Como? – Questionou Hermione.
- Precisa de indicação para o setor. – repetiu lentamente. – Você estará lidando com pessoas de grande importância política. Além disso, precisa de NOMs em tradição bruxa e economia. – Hermione imediatamente se encolheu.
- Se acalma Mione. Estude todas as matérias necessárias, ainda tem dois anos pela frente, até lá descobrimos como você pode ser apresentada a alguém. – A menina parecia que iria chorar, mas concordou.
Faltando 5 minutos para o trem partir, Harry viu a senhora Weasley gritando com Ron e Gina por estarem atrasados. Harry observou os mesmos se despedirem e entraram no trem. – Eles chegaram. – Disse e bem cinco minutos depois Ron abria a porta do vagão.
- O que eles estão fazendo aqui? – Questionou.
- Estamos conversando. – Disse Hermione. – Então, conhecem alguém dentro desse departamento? – Questionou a Theo ignorando Ron que continuava parado na porta.
- Qual é Ron? Vai ficar parado na porta? – A voz de Gina soou atrás do irmão. Ela empurrou o mesmo e olhou ao redor. – Estamos conversando com sonserinos agora?
- Estamos! – Respondeu Luna.
- Ok. – Gina sentou-se ao lado de Luna e ambas começaram a conversar junto com Neville e Zambine. Draco, Nott e Hermione conversavam, e Ron continuava na porta.
- Entra logo Ron. E feche a porta. – Harry não tirou os olhos do livro que lia. Ron ficou emburrado a viagem inteira, ou pelo menos até a parte em que ele, Hermione e Draco precisaram sair para irem ao compartimento de monitores.
- É ai Harry? Ansioso para o quadribol novamente? Mal posso esperar. – Disse Gina e, com exceção a Nott, caíram em uma enorme conversa sobre o jogos da temporada e sobre as partidas de Hogwarts.
O trem chegou e em Hogsmead e todos rapidamente saíram do Trem. Harry deu o braço para Luna de caminharam em direção às carroças.
- Ansioso Harry? – A pergunta de Luna ia muito além. Harry sabia que ela queria dizer sobre tudo o que aconteceu nas férias
- Muito. – Respondeu. Não é como se pudesse falar mais. – Hermione e Ron os alcançaram e eles partiram em direção ao Castelo.
O resto da noite foi normal. Sem a pressão de saber se Voldemort estava realmente de volta ou não, todos pareciam mais alegres. Harry observou tudo a sua volta, mas não havia nada estranho ou fora de lugar, mas sabia que seria confrontado em breve. Por isso enrolou o máximo possível par a subir. No final, já não era mais possível enrolar.
- Por que você está conversando com Malfoy? – Questionou Ron antes mesmo que Harry botasse os pés no quarto.
- Boa noite Weasley. – Disse Harry em zombaria. – Vou tomar banho e depois conversamos. – Harry estava cansado, e considerando que ele iria conversar com Ron, decidiu tomar um banho rápido. Deixou o cabelo solto e foi para a cama onde encontrou Dean e Seamus, dormindo.
Harry chamou Neville para sua cama, junto com Ron. Fechou as cortinas e pois feitiços de privacidade. Harry então contou, para Ron, a mesma história que Neville sabia. Contou também sobre as cartas da escola e um pouco de seu plano, exceto o seu noivado com Snape. Ron, surpreendentemente não o interrompeu, mas Harry viu uma pontada de ciúmes no menino, coisa pouca, mas ainda estava lá.
- Por que os Malfoy? Quer dizer, a avó de Neville não poderia te ajudar?
- Por mais que odeie admitir, Lorde Malfoy é o líder de uma sociedade para Herdeiros. Ele é muito bom no que ensina. – Disse Neville.
- Ele está certo. – Confirmou Harry. – embora ele de mais palestras do que aula em si. Neville e eu estivemos em duas durante o verão. Ele sabe o que faz, e não é à toa que os Malfoy tem o poder que tem.
- Eu não gosto disso. – Disse Ron. – Ele nos intimidou durante todos esses anos Harry. – Harry respirou fundo.
- Sabe a batalha no ministério? – Ron assentiu. – Você teve medo?
- Sim claro.
- Eu também tive. Estive frente a frente com o cara que matou meus pais, achava que Dumbledore estava morto aos meus pés e a única coisa que pensava era que iria morrer. Tudo iria acabar ali. – Harry fechou os olhos. – As vezes, quando eu durmo, eu lembro daquele sentimento, é sufocante. E penso que se tivesse morrido, todos estariam mortos. – Abriu os olhos. – Então estamos vivos, descubro que o mundo não é preto e branco, que Dumbledore não é exatamente o mocinho da história, e que um comensal da morte era um espião para o ministério desde seus 15 anos. As coisas mudaram Ron. Draco é irritante? Sim. Mas todo vez que penso que eu poderia estar morto, isso se torna tão insignificante.
- Às vezes eu tenho pesadelo também. – Ron deu de ombros. – Mas ainda não gosto dele.
- Não vou pedir pra gostar... apenas não implique com ele. Juro que vou azara-lo se ele te irritar. – Ron assentiu e os meninos foram dormir.
Harry deitou em sua cama e antes que fechasse os olhos, Dobby apareceu. – Cartas. – Disse. – Seus resultados.
- Será que fui bem? – Harry disse se sentindo inseguro de repente.
- Harry Potter Sir é muito inteligente.
- Obrigada Dobby, fica, vamos ver o resultado juntos. – Harry olhou as notas. O em história da magia, A em política e um EE em economia. – Não fui bem em Política. – Disse desanimado - Hey Dobby, poderia entregar meus resultados ao senhor Malfoy. Deixar no escritório dele talvez.
- Dobby pode sim sir. – Dobby desapareceu e Harry pode finalmente dormir.
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Harry estava na mesa do café da manhã quando a professora McGonagol passou entregando os horários. – Professora? – Chamou quando viu que seu horário estava errado.
- Sim, senhor Potter?
- Meus horários estão errado. – Disse. – Eu peguei Defesa, Transfiguração, feitiços, história e economia. Eu também tirei um A em política, tenho que ver se a professora Guelbert me aceitaria. – Minerva franziu o cenho.
- Do que está falando? Você reprovou em história e nunca pegou essas optativas.
- A senhora não recebi minha carta e a carta do ministério falando que eu fiz os exames no ministério e que era para aguardar meus resultados?
- Não, não recebi. Vou terminar aqui e vamos para a minha sala. – Harry assentiu e continuou a comer. Quando a professora colocou a mão em seu ombro acompanhou a mesma até seu escritório, a tal carta citada estava em cima de um monte de outras.
- Acho que fui culpa minha mesmo. – Disse sem graça. Ela anotou seus horários, incluindo política. – A professora Guelbert aceita um A. – Disse quando perguntada. – Desistiu de ser auror?
- Sim.
- O que fará agora?
- Direito. – Harry sorriu. – Quero ser Advogado. – Minerva sorriu para ele e o parabenizou.
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A primeira aula do dia, que por acaso começava depois do intervalo do almoço, foi de defesa. Harry entrou adiantado com Ron, Hermione e Neville ao seu lado.
- Quem será o azarado dessa vez? – Questionou Ron.
- Eu espero que não seja nenhum. É pedir demais um professor que sabe o que faz por mais de um ano? – Questionou Harry. A sala foi enchendo e quando tocou o sinal, o novo professor entrou e Harry quis se socar por aquilo.
Snape iria dar aula a eles de defesa. Ron o havia informado que teriam outro professor de poções. Harry quase gemeu, ele achou que tinha se livrado do homem pelo menos durante as aulas.
Tudo ocorreu tão tranquilamente quanto se é possível ocorrer na sala de aula de Severus Snape. Harry saiu com uma dor de cabeça e com vontade de socar Draco e Ron. Nas segundas, apenas dois tempos de defesa preenchiam suas obrigações. Por isso, Harry se viu debaixo da capa indo para o escritório particular do seu até então “noivo”.
Como todo bom paranoico. Harry sabia que Severus iria aparecer em breve, então pediu chá a um elfo Malfoy e aguardou.
Snape apareceu com cara de irritado. Ele não falou nada ao ver quem era, apenas foi até a cadeira em frente Harry e se sentou.
- 36. – Harry disse.
- Como?
- 36 livros e relatos de noivado entre Potter e Prince. – Explicou. – Ironclaw disse 7, mas foram 36 noivados. Apenas 7 se concretizaram. Os outros, os noivos morreram quando eram jovens e aparentemente tem uma cláusula do contrato que diz, que, se depois de iniciar o cortejo um dos noivos venha a falecer, o outro perderá sua magia, consequentemente a vida. Isso aconteceu quando o primeiro casal tentou se matar. – Harry sorriu. – Quem fez o contrato garantiu que quem fosse se casar, teria uma vida infernal. – deu um gole no seu chá. – Agora, você poderia me explicar por que está dando aula de Defesa, sabendo muito bem que é uma posição amaldiçoada?
- Que eu saiba Potter, eu ainda não devo satisfação da minha vida a você. – Disse mordaz e Harry suspirou.
- Vai ser sempre assim? – A voz de Harry soou cansada. – Eu estou gostando dessa situação tanto quanto você. Fiquei mais de seis horas olhando contratos atrás de contratos para garantir que não existia nenhum, mas infelizmente não foi o caso. Eu estou tentando Snape. Estou mesmo. Eu vou perder mais nessa situação que você, mas ainda não consegue nem me ver como uma pessoa além do meu pai. – Harry se levantou. – Estou cansado dessa situação. Faz o que você quiser, se no final do ano morrer. – Harry deu de ombros. – Não é como se eu não estivesse acostumado ao risco mesmo.

O contratoWhere stories live. Discover now