Movimentando as Peças

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Gina olhou para o papel em branco e para a pena em sua mesa. Mandar carta cancelando sua matrícula foi fácil, mandar uma carta para seus pais? Impossível. Principalmente depois que uma carta da sua mãe chegou, na qual ela culpava Harry pelo seu cancelamento de matrícula.
- Gina? – Analice, sua colega de quarto a chamou. – Está tarde, não vai dormir?
- Estou tentando escrever uma carta para meus pais.
- Vai falar sobre o cancelamento do contrato?
- Sim. – Analice se levantou e foi até ela.
- Levanta. – Disse a puxando da cadeira e depois pegando a pena e o papel e começou a escrever. – Pronto. – Disse e voltou para cama fazendo Gina bufar divertida.
“ Queridos papai e mamãe.
Percebi que fui uma idiota em tentar me casar com Harry, então fiz o certo e cancelei o contrato.
Eu também não vou voltar para casa ou para a escola.
Atenciosamente,
GW”
Gina reescreveu a carta com sua letra e utilizou a coruja de Analice. Seus pais iriam pirar, com toda a certeza.
---oOo---
Horas mais tarde, em algum lugar de Ottery st catchpole, em uma casa torta, uma mulher gritou assustando seu marido que lia o jornal. – Arthur, o que foi que ela fez? – Molly disse entre surpresa e raiva. O que diabos ela fez?
Arthur pegou a carta e amaldiçoou baixinho. Pelo menos eles não tinham gastado muito. Molly estava fazendo todos os preparativos, mas ele iria fazer essa garota paga-lo.
- Pelo menos apenas parte do dinheiro foi perdido. – Disse e voltou para sei jornal.
- PARTE DO DINHEIRO? – Gritou. – Nossa filha seria Lady Potter! Nós teríamos uma casa melhor. Coisas melhores. NÓS NÃO PERDEMOS PARTE DO DINHEIRO, PERDEMOS TUDO!
Arthur olhou para a esposa. – Você é mais idiota do que que pensei, se acha que teríamos algo assim de Harry. – Molly ficou calada pela primeira vez, abrindo e fechando a boca sem parar. – Entenda minha querida, nós fizemos esse acordo apenas para tirar o status de traidores do sangue dos Weasley. Dumbledore seria o único realmente com benefício, já que ele deveria ficar perto da nossa família, mas desde que Harry declarou guerra a Dumbledore, isso nunca iria acontecer.
- Eu vou falar com Albus, ele deve ser capaz de reverter isso. – Molly deu as costas e Arthur bateu a mão na mesa a dando um susto.
- Eu te proíbo.
- Como?
- Eu te proíbo. – disse lentamente. – Isso não é problema dele, e sinceramente, o que ele fará? Nós devolveremos o dinheiro a ele e só.
- Mas Arthur, ele precisa saber!
- Por que? Ele não é um Weasley e fora o dinheiro dado, não devemos nenhuma satisfação a ele. – Disse seriamente. – Ele começou essa história com uma mentira, então não pode nos acusar de nada. – Arthur se levantou. Agora ele só tem que desmarcar os convites e talvez socar um certo Potter.
---oOo---
Arthur tomou um monte de decisões burras quando jovem, ao ver de Molly. Ele poderia ganhar 26 mil anuais como lorde Weasley, mas preferiu seguir Dumbledore com um voto.
Ele poderia ter parado em Charlie, mas quis ter mais filhos na esperança de que seu pai o tornasse lorde Weasley sem precisar negar a um antepassado morto qualquer. Arthur era confuso e sem uma linha de raciocínio fixa e isso deixava Molly nervosa, mas também a ajudava.
Como lorde Weasley, Arthur poderia tê-la forçado a se submeter aos seus caprichos, mas como apenas um membro da família, ele não poderia impedi-la de nada. Por isso ela aguardou que ele saísse antes de correr para Dumbledore.
Assim que estava em frente a ele, entregou a carta. Dumbledore apenar respirou fundo massageou a cabeça. – Isso não é bom.
- Eu sei. Você prometeu que realizaríamos aquele ritual. O que faremos se aquele garoto permanecer vivo? E pior, se ele e Gina não se casarem.
- Eu vou resolver, minha querida. Apenas aguarde. – Molly assentiu e outra pessoa apareceu de um canto sombrio. O jovem magro, de cabelos pretos e olhos verdes que lembra em muito, um certo salvador do mundo mágico.
- Você é bastante tolo avô. – Disse o homem sentando-se. – Ritual para  mudar sua alma de corpo está além do limite do patético. – A mão do diretor ardeu depois que um tapa acertou o rosto do mais jovem. – Me bater não modificará essa realidade.
- Eu sou grande e por conta de um Peverel estou preso em um corpo mortal e velho. Me apossar de Potter apenas será uma vingança poética.
- Você não é grande! É apenas um bruxo com problemas de grandeza. Sinceramente? Eu não quero saber ou me importo. – Se levantou. – Eu duvido muito também que você consiga separar aqueles dois, de qualquer forma.
- Por que diz isso?
- Aquele garoto enfrentou um lorde das trevas, mas age como uma donzela virgem e delicada perto de Snape. Eles se amam, e agem bem diferente do que disse. Você não vai conseguir separa-los com outra pessoa. Dito isto, não me procure mais, eu não farei parte dessa história. – Dumbledore observou seu bisneto sair. – Gellert, eu farei isso por nós dois, poderemos continuar de onde paramos e ninguém irá desconfiar até ser tarde demais.
---oOo---
Percy passou pela lareira de Prince manor e foi recebido por um elfo que pegou sua capa e o acompanhou até a sala de estar, onde Harry Potter parecia está ainda de pijamas deitado em um sofá lendo algo, um relatório talvez?
- Lorde Potter-Black! – cumprimentou
- Tira essa pau da bunda, Percy! Te chamei aqui para te contar colocar a parte de certas informações sobre Gina. – Apontou o sofá. - Senta aí!
Percy relaxou sua postura, principalmente por que Harry sentou-se e chamou um elfo para pedir lanches.
- O que ela aprontou dessa vez?
Harry ergueu a sobrancelha. – acredito que lhe enviei uma carta dizendo que ela assinou o cancelamento do contrato.
- Isso não a impede se ter feito alguma bobagem.
Harry riu. – Você tem um ponto. Contudo, não, ela não aprontou nada. Gina surpreendentemente cresceu, contudo, suspeito que alguém possa estar a manipulando. Magicamente, eu digo.
Percy ficou tenso. – Quem?
- Não sei. Contudo, eu tenho apenas três pessoas na lista de quem poderiam ter feito isso. - Percy assentiu imaginando quem eram essas três pessoas.
- Entendo. Então, o que queria falar comigo?
- Bem, estou tentando convence-la a morar com um de seus irmãos. Bill vai se casar em breve, Charlie está na Romênia, os gêmeos ocupados com a loja e Ron recém casado.
- O que sobra eu.
- Exatamente. Além do mais, eu tenho recebido relatórios da terapeuta dela. – Estendeu os papéis que estava lendo para Percy. Ela altamente recomendou que Gina não ficasse sozinha. Basicamente, ela não e madura o suficiente para se manter sozinha, e com o histórico de manipulação, sua mente ainda está um tanto fraturada. A médica disse que Gina ainda pode ter a mentalidade de uma menina de 12 anos em certas atitudes
Percy suspirou. – Eu não sei se tenho preparação para isso.
- Imaginei que falaria algo do tipo. Por isso estou mantendo o pagamento da terapeuta. Gina também concordou em ir para uma casa de repouso onde pode trabalhar todos seus assuntos. A terapeuta indicou pelo menos três meses, depois disso, ela precisará de alguém presente.
Percy assentiu. – Posso perguntar algo?
- Claro.
- O que você ganhar com isso? Quer dizer, Gina pode ter se tocado antes de realmente fazer algo irreversível, mas ainda assim...
- Se fosse a algum tempo atrás, eu diria que faria isso apenas pela bondade do meu coração.
- O que não é o caso.
- Não exatamente. Entenda, eu no momento estou em alta, síndrome de herói da Inglaterra. – rolou os olhos. – Contudo, Dumbledore também tem grande influência.
- Você quer que te o apoie publicamente.
- Um pouco mais do que isso, eu quero que você rejeite Dumbledore publicamente.
- Isso...
- Sua família é a maior apoiadora da luz que existe, um apoio público a Dumbledore e ele é visto como tal.
- E uma rejeição
- Vai fazer os tolos se questionarem. Olha, você não precisa me dar uma resposta agora...
- Eu aceito.

O contratoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora