Naturalmente

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Severus viu o menino partir e ficou puto. Primeiro por que o garoto tinha razão e ele não queria admitir e segundo por que não existia opção.
Severus achou que com a morte de Voldemort, se livraria para sempre de Dumbledore, mas não foi o que aconteceu. Dumbledore tinha muito sobre ele e a única semana que passou em Azkaban foi o suficiente para deixa-lo em pânico de voltar.
Outra coisa que Potter tinha razão era quanto a posição. Ele achava que Dumbledore o queria morto mas de maneira sutil de forma a não implicá-lo. Coçando a cabeça irritado lembrou-se de algo mais.
Definitivamente Potter não iria perdoa-lo, mas o menino também, irritantemente, tinha razão, ao falar que eles estavam presos e não teria forma de sair. E quando saísse, Dumbledore teria algo mais para chantageá-lo e faze-lo se de voltar contra Harry o que significava contar a verdade sobre seu passado.
Escreveu um bilhete e chamou o elfo estranhamente colorido e pediu que entregasse. Ele esperou uma hora antes de ouvir a batida na porta. Era agora, pensou nervoso.
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Harry saiu do escritório e foi para a biblioteca. Ele ficou lá apenas alguns minutos quando percebeu que leu a mesma linha mais de dez vezes. Voltou a torre da Grifinoria e chamou Ron para treinar quadribol. Eles ficaram por cerca de uma hora antes de descerem e irem tomar banho. Quando saiu de pijamas, Harry encontrou Dobby o esperando.
- Recado sir. – Disse seu amiguinho que pulava em sua cama. Harry leu e viu que era de Snape. O mesmo o mandava ir até seu escritório. – Ele é um pé no saco. – Disse a Dobby.
Como era depois do horário, Harry pegou sua capa e desceu a Torre da Grifinoria. Ele ser arrastou totalmente pelo caminho até as masmorras. Não estava afim de outra discussão. Bateu na porta e rapidamente Snape abriu. Harry apenas mostrou seu rosto e foi puxado pelo braço através do escritório e indo ao que parecia, para a sala particular de Snape.
- Desde quando tem uma capa?
- Era do meu pai.
- Sente-se. – Snape apontou para o sofá e saiu para a cozinha estilo americana voltando minutos depois com chá e biscoitos de chocolate. – Eu te chamei a mais de uma hora.
- Estava voando. Não tem como Dobby me entregar bilhetes no ar. – Snape não falou nada, apenas sentou-se na poltrona que tinha ali.
- Dumbledore me chantageia. – Disse de repente depois de um longo tempo.
- Por que?
- Ele sabe que eu não era um espião no inicio e ... – Severus hesitou e Harry o olhou, pela primeira e única vez, viu insegurança no homem. – Eu estava no Pub em que ele entrevistou Trelawney. Eu ouvi a profecia e contei ao lorde das trevas.
Dessa vez foi Harry quem não falou nada, mas não significava que ele não estava sentindo nada. Sua magia começou a reagir enquanto ele respirava pesado.
- Eu juro... – Disse depois de algum tempo. – Eu juro que estou tentando pensar racionalmente. – Suas mãos tremiam em raiva. – Você foi o responsável por ele ter ido atrás dos meus pais?
- Eu não sabia. Eu amava sua mãe. Ela era minha melhor amiga e eu nunca a machucaria. – O tom do professor se tornou apelativo.
- Se você soubesse, faria diferença?
- Sim
- Se fosse outra pessoa, você entregaria a profecia?
- Sim
- Você se importa com alguém?
- Não desde que sua mãe morreu. – Severus convocou alguns frascos e colocou a varinha em sua própria têmpora. Harry viu fios prateados serem retirados da cabeça do homem e serem postos nos vidros. Quando acabou, ele se levantou e foi até o bar que tinha no canto da sala. Abriu a porta frontal e puxou uma enorme bacia que Harry reconheceu como uma penseira.
- Veja isso, você irá entender. – Disse e se afastou.
A princípio, Harry não queria. Do que importava essas memórias? Não mudaria o fato de que seus pais estavam mortos por culpa do cara em que ele seria obrigado a se casar. Depois ele decidiu que já haviam escondido coisas de mais dele. Então ele precisava dessa memória.
Harry se levantou e mergulhou na primeira memória. Sua mãe deveria ter uns nove anos. Snape a observava brincar com sua tia e exibir sua magia. Petúnia a chamava de aberração, e foi Snape que a apresentou o mundo mágico, Hogwarts e todas as outras coisas.
A memória mudou e ele se viu em Hogwarts no sorteio de sua mãe e Snape. Ele se viu em várias aulas, em brincadeiras entre os dois e viu seu pai ser um tremendo babaca a maior parte das vezes. Ele viu o fatídico dia em que sua mãe foi chamada de Sangue Ruim e nunca perdoou Snape, apesar dele ter implorado.
Harry viu um ângulo de sua mãe que não conhecia, ela não perdoava, e isso foi o que fez Severus entrar cada vez mais nas artes das trevas e se tornar um comensal.
Ele viu a entrevista, viu o homem correr para Voldemort e se arrepender profundamente quando soube quem era o alvo do maníaco. Ele viu o homem de joelhos implorar pela vida da amiga, e se viu de joelhos novamente fazendo um juramento magico para lhe proteger. Depois disso Harry saiu da penseira e se jogou novamente no sofá. Eles ficaram em silêncio. Era muita informação para absorver. Depois do que parecia uma eternidade, Harry resolveu falar.
- Você poderia ter escondido a parte da profecia.
Severus negou. – Se eu tivesse escondido, em algum momento, nosso casamento sairá e ele teria mas material de chantagem. – Harry assentiu.
- Por que está me contando isso agora?
- Você sabe quais as fases do cortejo?
- Não.
- Eu também não sabia, Narcisa não me contou quando perguntei. - Se levantou e foi até uma porta que tinha ali voltando com um livro relativamente fino. – São dez joias no início. Uma por semana. Faltam apenas cinco. – Ele jogou o livro para Harry. – E depois começa a segunda que envolve atos sexuais. – Harry ficou pálido e abriu o livro que era bastante gráfico quando ao que era considerado aceito como ato sexual.
- Em cinco semanas? – Severus assentiu e Harry se encolheu ainda mais no sofá. – Eu não sei se consigo te perdoar. – Sussurrou.
- Não precisa, não agora. Você ainda tem tempo.
- E se eu nunca conseguir?
- Você perdoou Weasley por te abandonar no seu quarto ano.
- Ele não foi o motivo dos meus pais estarem mortos.
- Sua mãe jamais o perdoaria. Ela não tinha essa capacidade. – Disse Severus. – Eu amava aquela cabeça dura, mas já a vi parar de falar com várias pessoas por motivos muitas vezes bobos. Mas você? Eu vi pessoas te traindo e ainda assim você perdoar e seguir em frente. – Severus se levantou. – Está tarde. Dorme aqui e pede um elfo para trazer sua roupa de manhã.
Harry assentiu, mas não se moveu, apenas continuou olhando para a lareira a sua frente. Ele não viu quando dormiu, mas acordou com Snape o sacudindo.
- Quer um passe para o resto do dia? – Desde o dia que Harry começou a se dedicar aos estudos, ele raramente dava uma pausa, mas estava cansado mentalmente e por isso aceitou. Se encaminhou para enfermaria com o bilhete e de lá dormiu o dia inteiro.
Quando acordou, já era noite e ainda não tinha respostas, mas sabia qual era a única solução possível. Se encaminhou para as masmorras sendo o mais silencioso o possível e entrou na sala privada de Snape, que entrou poucos minutos depois.
- Nós vamos nos casar, isso não tem jeito. – Disse. – Eu não consigo te perdoar, não agora. – Ecoou as palavras do homem. - Então o mínimo que podemos fazer é nos conhecer.
- Tudo bem.
- Entre em contato com o senhor Malfoy, peça a ele um advogado pra te orientar. A avó de Neville está no conselho, vou entrar em contato com ela e solicitar uma varredura de maldições no Castelo. – Harry disse sério. - Como era sua infância?
Snape ergue a sobrancelha com a mudança brusca de assunto, mas respondeu. Eles conversaram, realmente fizeram isso. E no final da noite Harry voltou para a torre um pouquinho melhor.
---☆☆☆---
Em Hogwarts a primeira reunião de professores sempre ocorria após três dias de aula letivo. Isso dava tempo para os chefes de casa observarem seus alunos e os ajudarem a se instalar. Principalmente os primeiros anos.
Aquele ano, não foi diferente. Dumbledore ouviu os chefes de casa falarem sobre os primeiros anos se instalando e se algum sofreu alguma dificuldade. Depois vieram os alunos do segundo, terceiro e quarto ano.
Os alunos do quinto, sempre eram os mais complicados. Além de ser o ano dos NOMs, muitos deles teriam que pensar em suas carreiras. Eram muito jovens para decidir o que queria ao mesmo tempo, muitos não podiam se dar ao luxo de esperar para realmente saberem o que queriam.
Os corvinais eram os piores em razão das crises de pânico. Em apenas um dia, dois alunos foram a enfermaria precisando de calmantes.
Os lufanos em geral eram calmos até o meio do ano e os sonserinos já sabiam o que queria desde o primeiro ano. Esses sempre foram os mais calmos.
Os Grifinorios sempre foram a dor de cabeça real. Em geral, sempre aparecia algum traficante vendendo poções para ficarem acordados por mais tempo simplesmente por que a casa dos leões deixavam tudo para cima da hora e começavam a entrar em pânico dois meses antes da prova.
- Preciso dar atenção especial a Gina Weasley. – Minerva contraiu o lábio. – Apenas um dia e ela conseguiu detenção por faltar todas as aulas além de ser pega por Flint no armário com um garoto do sétimo ano da Corvinal.
- Ele não foi o único que a pegou no armário com alguém. – Disse Pamona Sprout. – Ducan Geller do sexto ano da Lufa Lufa.
- Vou chamar Molly. – Disse o diretor. – Esse não é um comportamento adequado. – Albus anotou algo. – Sexto ano.
Diferente do quinto, o sexto é uma choradeira sem fim sobre as matérias que não tiveram notas atingidas.
- O mesmo de sempre. – Disse Filius entediado.
- Alguns dos meus vão tentar estudar por conta própria para os NIENs. – Disse Pamona.
- Apenas um dos meus sonserinos não atingiu uma nota recomendada. O pai vai mandar um tutor extra.
- Os meus estão procurando outras opções. No entanto precisei fazer mudanças no horário de dois alunos. – Minerva olhou seu papel. – Hermione Granger decidiu por uma carreira então vai abandonar a maior parte das matéria e vai fazer os NOMs extras final do ano.
- Fico feliz. – Disse Dumbledore. – Qual emprego?
- Relações internacionais.
- Muito bem. Acho que posso conseguir uma recomendação para ela. Quem é o próximo?
- Harry Potter.
- Harry?
- Sim, ele decidiu por direito. Refez o NOM em história e tirou O. Economia e ele tirou um EE e política A. No entanto teve recomendações da banca, então o escrevi nessa eletiva.
- Por que ele desistiu? Ele não queria ser um auror?
- Além dele não ter alcançado a nota em poções para isso. – Disse Severus. – Lucius disse que o menino tem jeito para política. – A fala do homem surpreendeu a todos pois foi um quase elogio. – O pouco que estive em Malfoy Manor, o vi pendurado em livros atrás de livros para o estudo. Ele realmente decidiu fazer o NOM em 15 dias.
- Ele estava em Malfoy Manor? – Questionou severamente Albus. – O que ele estava fazendo lá?
- Não sei! Lucius apenas me disse que estava o treinando para assumir seu papel. – Severus disse e Albus sentiu uma dor de cabeça vindo. Aquilo não era bom. Não era bom mesmo.
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Todos os dias, depois do toque de recolher, Harry saía, debaixo de sua capa de invisibilidade, e ia em direção às masmorras. Severus, não mais Snape, e ele conversavam sobre várias coisas, mas as vezes apenas ficavam trabalhando em silêncio. Assim, algumas semanas haviam se passado e a última joia estava sendo entregue.
- Ao que parece, é uma pulseira masculina. – Severus disse quando viu o seu olhar a última joia. – Ela é dada aos portadores e mulheres. - A pulseira em si era simples. Apenas uma corrente de prata porém a mesma tinha várias correntinhas pendurada em cada elo da corrente principal. – As correntes são para pendurar pingente de viagens, de representação da casa a qual você estará entrando e até mesmo dos filhos. – Severus lhe entregou quatro pingentes. Um representava a casa Prince, outro da casa Potter, outra da casa Black, a última era o de seu signo, que ele sinceramente não fazia ideia de qual era.
- Qual a ocasião para usar?
- Narcisa disse que é para o dia a dia, mas geralmente quando tem um encontro com amigos.
- Acho que já a vi usando quando Ia sair com suas amigas. – Harry disse lembrando-se da de Narcisa, que era um pouco diferente, mas o mesmo modelo.
- Está nervoso?
Harry que ainda estava observando a pulseira em seu braço levantou os olhos e olhou o professor. – Não sei. Acho que tive essas semanas pra me acostumar. – Disse Harry. – Mas não é como se tivesse opção.
- Entrei em contato com o advogado. – Disse mudando de assunto na tentativa de deixar a ambos calmo.
- E?
- Ele me disse que se Dumbledore for até o ministério e me denunciar por ser um comensal no início, ele vai ser preso por conspirar e mentir em testemunho no tribunal.
- Interessante. – Harry coçou seu queixo. Sua barba estava bem rala, mas ainda estava lá. – Enviei uma carta para a avó de Neville, vou me encontrar com ela daqui a duas semanas.
- Hum. – Disse e Harry o olhou percebendo que Severus estava tão sem graça quanto ele. Se enchendo de coragem que ele não tinha, perguntou.
- É... vo-você quer... é quertentarmebeijar. – Perguntou incompreensível até para si mesmo. Severus piscou fazendo Harry se contorcer incomodado.
- Você sabe que eu não entendi nada, não é? – Harry se levantou rápido.
- Acho que melhor eu ir e... – Severus o puxou e o segurou. – Você disse que não tinha entendido. – Grunhiu.
- Eu entendi o “beijar”. – Disse e então suas bocas estavam juntas. Era simples foi só um encostar de lábios a princípio. Severus segurou seu cabelo para mantê-lo próximo, sua língua traçou os lábios de Harry o forçando a abrir. Foi estranho. Muito. Eles tinham se beijando antes, mas como a magia os estava forçando, não prestou atenção do que sentia. Fora isso, somente tinha beijado Cho e aquilo foi diferente. Cho era macia, Severus tinha músculo duros por de trás daquelas roupas pesadas. Cho esperava que ele tomasse a atitude, Severus os estava guiando. Cho era pequena, Severus era muito alto e era como se ele engolisse Harry em seus braços o que definitivamente era uma sensação boa. Além disso tinha o cheiro. Severus cheirava bem, seu hálito quente o fazia nunca querer parar. Por fim, se afastaram e Harry ficou tonto. – O que achou? – Questionou o homem o olhando.
- Eu não sei. – Disse enquanto suas bochechas esquentavam. – Eu só beijei uma pessoa na vida. É diferente.
- Não ruim? – Questionou.
Harry deu de ombros enquanto olhava para seus sapatos. – Eu nunca pensei em homens desse jeito. – Disse. – Só é diferente. – Severus se aproximou e Harry se viu beijando novamente seu professor/noivo, e de alguma forma, sentia que aquilo era natural, como se devessem sempre ter feito isso ao invés de tentaremse afastar.
Ele não sabia dizer como, mas de alguma forma, acabou sentado no colo de Severus com as pernas de cada lado de seu quadril. Eles continuaram se beijando. Severus se afastava as vezes, para lhe dar oportunidade de respirar, mas sua boca nunca saia de Harry. Pela pressão em seu pescoço, sabia que iria ter uma marca, mas no momento, tudo o que importava era a boca do homem que estava em cima dele.
Cedo de mais, ou tarde dependendo da perspectiva, Severus se afastou e Harry se viu sem a parte de cima de seu pijama deitado no sofá. Uma de suas pernas estava atrás de Severus, que estava sentado, e a outra em seu colo. O professor endireitou suas pernas e as colocou no colo. Harry não falou nada, apenas ficou tentando recuperar o fôlego enquanto Severus parecia totalmente composto, o que era muito injusto.
Os dedos finos do mestre em poções traçaram uma cicatriz fina em seu peito. – O que foi isso?
- Dudley achou divertido me empurrar em cacos de vidro. – Disse.
- Por que não processa eles? – Harry respirou fundo.
- Pensei nisso. Mas depois vi que não valeria a pena. – Sorriu de forma maldosa. – Existe outra forma de acabar com eles sem me expor.
Severus ergueu uma sobrancelha. – Posso saber?
- Duda estava metido com drogas. Ele não vendia, apenas usava as vezes. Bem, a polícia não vai acreditar quando acharem os dois quilos de cocaína e algumas outras drogas ilegais, em seu assoalho.
- Isso foi vingativo.
- Assim como foi vingativo deles me tratarem mal por uma coisa que eu não tinha controle. Isso vai acabar com a reputação dos Durleys na cidade. Então eles vão se mudar. Afinal, uma cidade tão perto de Londres é difícil de sustentar estando desempregado, com processo de fraude e tendo que pagar aluguel.
- Como? A casa não é própria?
- Tio Valter gostava muito de dinheiro. Os patrões dele o convenceram a fraudar alguns documentos de forma que essa fraude não ficaria no nome deles. Apenas no dele. Eu estava investigando a empresa como um investidor em potencial e descobri que algumas coisas não batiam. Apenas fiz meu papel de cidadão e enviei minhas suspeitas as autoridades.
- O que vai fazer com sua tia?
- Já fiz, infelizmente ela ainda não sabe. Meus avós tinha uma casa que foi vendida pela minha tia. Como o dinheiro deveria ser dividido igualmente entre as irmãs, minha tia tinha minha guarda na época, e ela deveria ter me dado aproximadamente 75 mil Libras, esse dinheiro nunca foi depositado em nenhuma conta em meu nome. Minha tia não pode alegar que gastou comigo, por que sempre estudei em colégios públicos, meus registros médicos indicam que ela gastou cerca de 100 libras em três vacinas das mais de dez.
- O que ela fez com o dinheiro?
- A casa em que ela mora estava sendo financiada, no entanto, na mesma época o financiamento foi pago inteiramente. O valor restante era de aproximadamente 113 mil libras, o que comeria não só a parte dela em seu lado da Herança, como parte do meu. O investigador que contratei descobriu que ainda existem 10 mil Libras e que a casa vale 200 mil atualmente. Ela terá que vender e me entregar não só 75 mil, como cerca de 10 mil em multas e juros por não ter feito o depósito conforme indicou o juiz que selecionou a partilha. Ah, ainda vou processa-la abandono médico. Eles vai ter que pagar os custos do processo e isso tudo deve deixar ela com uns 70 mil.
- Ela mereceu. – Severus olhou para sua barriga e viu outras cicatrizes que enfeitavam seu peito e braços e as traçou com o dedo. – Existem poções para apagar as pequenas. Você quer? – Harry pensou e confirmou. – Farei para você.
O alarme que colocavam toda vez que estava na hora de Harry ir, tocou. Severus se debruçou sobre ele o beijando novamente antes de se afastar e jogar a camisa do seu pijama em seu peito.
Harry voltou para torre e correu para seu quarto. Todos os meninos estavam lá, mas como ele estava debaixo da capa, ninguém percebeu que não estava na sua cama quando a mesma tinha as cortinas fechadas. Harry precisou escolher entre Ron e Neville para se mostrar, afinal, precisaria abrir um pedaço da cortina.
Harry escolheu Neville, pois o menino era ótimo em guardar segredos. Neville ergue a sobrancelha quando viu a cortina se mexendo, mas continuou lendo seu livro.

O contratoWhere stories live. Discover now