Perguntas sem respostas

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Harry viu Severus sair da lareira poucos e minutos depois uma coruja chegar carregando um enorme livro. – Finalmente. – deu alguns petiscos para a coruja e depois sentou-se em seu tapete vendo as enormes letras que diziam: “Manual de regras do torneio tribuxo”. Estava na hora de trazer alguns justiça para Cedric.
Harry leu cuidadosamente cada linha das regras, anotou circunstancias especiais de cancelamento, então, com uma explosão em sua mente, percebeu que Dumbledore estaria muito ferrado. Precisava montar um caso, para isso precisaria de alguma consultoria.
Rapidamente convocou tinta e papel escrever duas cartas e foi até o corujal, que mais parecia um quarto de menina para Hedwirg e Beladona, a velha coruja de seu marido. Anexou em sua coruja uma carta para Ron que estava na Alemanha e outra carta em Beladona para Will Weasley na Inglaterra.
- Obrigada garotas. – Escovou ambas com os dedos e voltou a sala. Algumas folhas rabiscadas mais tarde, Harry tinha todas as coisas que Dumbledore poderia tem feito para Impedir a morte de Cedric.
Levou o material para seu escritório e o montou um quadro de cortiça com diversas colocando algumas datas e anotações.
- Dobby? – Chamou e seu amigo elfo apareceu animado como sempre. – Vá até a casa Digory, diga a eles que eu comecei e não deixarei pontas para permitir que ele escape.
Respirou fundo, era tudo o que podia fazer naquele momento. Olhou o relógio, era apenas duas da tarde. Ele tinha relatórios para ler, mas estava tão ansioso e tinha tantos coisas para ler, contudo sua magia coça a sua mão.
Caminhando pelos corredores de Prince Manor, entrou em uma das salas que tomou para si. Um enorme forno descansava em um dos cantos enquanto prateleiras com materiais de cerâmica tampavam as paredes, exceto uma, da qual a moldura de Linfred, seu antepassado jazia.
- Já tem um tempo que não vem treinar sua magia.
- Sinto muito. – Se desculpou parecendo culpado. – Tanta coisa ocorreu.
- Senti as proteções de partirem há alguns dias. – Disse sério. – Seu herdeiro partiu.
- Sim. – Disse simplesmente
- Por isso se deve estudar magia familiar, proteção do herdeiro começa em sua formação. – Apontou para o banquinho de trabalho de Harry. – Sente-se e trabalhe.
Harry sentou no banco e pegou o cordão que utilizava para recuperar parte de sua magia. O cordão deveria começar a funcionar a partir de 30 dias de concepção, mas Harry nunca chegou a esse ponto.
- Não force a magia, deixa que ela flua para que seja armazenada. – Harry deixou a voz calma de Linfred como um ruído de fundo e deixou sua magia rodear o cordão, fazendo com que a cerâmica vermelha começasse a ficar azul brilhante e então se transformasse em uma pedra transparente levemente azulada.
- PARA! - Harry levou um susto com Linfred gritando e o cordão, que flutuava levemente, cair. – Quer drenar toda sua energia?
- Drenar? – Harry se sentiu levemente tonto e então entendeu que talvez tenha deixado muito de sua magia ir. – Não percebi.
- Você mudou a forma do cordão! – Apontou e Harry viu que realmente o cordão não era mais de cerâmica e sim de um pedra transparente parecendo diamante com um brilho azul.
- Isso é ruim? – Perguntou analisando o colar e pensando em coloca-lo em uma corrente de ouro.
- Não, você armazenou bastante energia e isso é bom. – Lifred o observou olhar a pedra. – Se for coloca-lo em um cordão, sugiro prata.
- Prata?
- A prata não interfere na magia armazenada. Faça um locket e peça que seu marido deposite sangue. O sangue dele vai ajudar a espalhar a magia quando chegar a hora.
- Magia de sangue é proibido na Inglaterra. – disse Harry.
- O que o ministério não vê, o ministério não sente. Agora trabalhe seus dedos, a magia da nossa família sempre foi palpável, e protetora, você precisa dela como um escudo.
- Ok. – Harry pegou a argila e colocou na bancada giratória e começou a deixar seus dedos moldarem a massa enquanto sua mente viajava para o assunto que mais o atormentava: Dumbledore.
Qual o interesse do velho nele? Por que especificamente nele? Essa pergunta poderia ser aplicada a outra pessoa. Voldemort, por que ele? Sirius disse que seus pais estavam escondidos. Era por conta da profecia? Isso explicava um, mas não o outro. Haviam varias perguntas sem resposta e ele sabia por onde começar. Goldric Hallow’s, a casa em que seus pais foram atacados.
Harry franziu a testa. Quando estava repassando seus imóveis, não se lembrava de ver o nome da casa. Ela era sua? Se não, de quem era? Se fosse de Dumbledore, iriam surgir mais perguntas. Retirou sua pé do pedal que permitia a mesa se mexer vendo sua criação.
- Você tem o mesmo talento do meu neto. – Disse Linfred. – Ele tinha a capacidade de deixar suas mãos trabalharem enquanto sua mente estava em outro local.
Harry riu vendo que realmente fez um pequeno vazo para flores. – Eu embuti minha magia. - Disse vendo o vaso brilhar levemente.
- É isso que deixa as peças da nossa família valiosas. Elas sugam a magia do local onde estão, e se transformam, como seu cordão. – Harry assentiu.
- Sabe alguma coisa sobre Goldric Hollow? – Linfred ergeu uma sobrancelha. – Meus pais morreram lá. Estou repassando mentalmente todas as propriedades, não existe nem um documento que eu me lembre.
- Estranho. Até seu bisavô comprar a mansão Potter. A casa em Goldric Hallow sempre foi um lar ancestral Potter. Podemos não ter fundado a cidade, mas meu avô ajudou a ergue-la.
Harry se levantou. – Acho que vou até ela. Eu tenho um zilhão de perguntas, e tenho uma leve impressão de que devo começar por lá.
- Vá com alguém. Nunca se sabe o que vai encontrar... ou quem.
Harry assentiu já tendo um nome em mente e cerca de 20 minutos depois, ele caminhava lado a lado com Remus. – Tem lembranças daqui?
- Da casa nem tanto. Eu vinha sempre ao cemitério. Seus pais estão enterrados aqui.
- Eu vim um dia antes do meu casamento. – Disse sentindo-se pesado. – Não voltei depois disso? Ali só tem ossos, mas foi bom realmente dizer adeus.
- Eu entendo. – Disse Remus antes de parar e olhar pra frente com lagrimas nos olhos.
Harry olhou a casa e viu que o teto estava caído. Ervas daninhas e plantas cobriam toda a entrada e muitas das janelas estavam quebradas. Contudo, o que mais chamou sua atenção foi um púlpito de pedra ao lado de uma estatua de um homem abraçado a uma mulher que segurava uma criança.
- Remus, essa casa era dos meus pais?
Remus secou os olhos e confirmou. – Seu pai quis vir para cá quando seus avós morreram em Potter Manor.
- Essa casa é ancestral, não é?
- Sim. James uma vez disse que a casa estava na sua família desde a criação da cidade.
Harry assentiu e caminharam até a casa. Havia uma cerca de madeira para delimitar a área. Harry tocou no pequeno portão e sentiu um choque. Alguém colocou proteções na casa para impedir intrusos.
- Foi o ministério. Eles fizeram as placas e a proteção. Quer que eu tente quebrar?
- Não. É uma casa Potter, vou chamar a magia familiar.
- Sabe fazer isso?
- Um dos quadros dos meus ancestrais está me ajudando. – Harry deixou sua mão tocar na barreira feita pelo ministério e sentiu novamente um choque. Ignorou e deixou sua magia fluir pelo locar e sentiu a mesma flutuar de volta. A magia estrangeira estava lutando para permanecer, mas Harry rapidamente a desfez.
- Uou. – Disse Remus. – O show de luzes foi incrível.
- Luzes? – Deixou a cabeça cair e viu o leve brilhos as proteções. – Ah! – Disse e o barulho de aparatação se fez e vários aurores apareceram com varinhas apontadas.
- Se afaste da casa! – Um deles gritou e Harry o olhou tranquilamente.
- Por que está me ordenando que me afaste da minha residência?
O auror o reconheceu. – Harry Potter? Desculpa, achamos que foi um intruso. Muitos comensais da morte tentaram entrar na casa.
- Entendo. Agora podem ir.
- Na verdade... – Ele coçou a cabeça e olhou sem graça. – Não podemos deixar que entre.
Harry levantou uma sobrancelha. – Posso saber o por que?
- O ministério confiscou a casa, depois do incidente.
- Interessante, auror... – Harry olhou para o nome do auror em seu uniforme. – Jackson. Existe uma lei de herança que me diz que eu posso.
- Sinto, lorde Potter.  Se insistir, vou ter que prende-lo.
Harry o olhou por um instante antes de gargalhar. – Só tenta, e eu vou ter seu emprego. Venha, Remus! – Harry abriu o portão rapidamente entrando na casa com Remus logo atrás.
Os aurores tentaram segui-los mas foram impedidos pelas barreiras. Harry olhou aquilo com interesse e teve uma ideia. – Hey! Jackson! – O auror o olhou irritado. – Jogue um feitiço estuporante contra mim.
- O que? Por que? – O olhou confuso.
- Quero testar uma teoria. Se eu estiver certo, vai refletir. – O auror olhou para seus companheiros que deram de ombros e assim o fez. O feitiço bateu na barreira e voltou, fazendo o auror pular para o lado.
Harry olhou com interesse para aquilo. As barreiras o protegeram e impediram de entrar. Essa casa tinha mais de 500 anos de magia e sangue Potter, era seguro, mesmo assim alguém entrou. – Jackson, poderia chamar Amélia Bones?
- Eu não sou seu criado, Potter! – Disse um tanto revoltado.
- Bem, você pode fazer o que eu falei e participar da investigação de quem matou meus pais ou você pode não ir e garantirei que não chegue nem perto dos papéis.
- Quem matou seus pais? Seus pais foram mortos por Voldemort!
- Deixa eu te falar uma coisa, Jackson. Uma casa ancestral com mais de 500 anos, não seria invadida por alguém não convidado. Meu pais com toda a certeza não convidaram Voldemort para entrar. Agora, você vai chamar Amélia Bones?
- Isso é loucura, Potter! Voldemort sumiu na mesma noite que seus pais. A capa dele foi...
- Quem disse isso? Quem disse que Voldemort esteve aqui?
- Dumbledore!
- Jackson, eu acho que Dumbledore matou meus pais. Você pode por favor chamar Amélia enquanto os leitores comentam? - O auror assentiu e aparatou.

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