𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐚𝐬 𝐎𝐧𝐝𝐚𝐬 - 𝐑𝐮𝐝𝐲 𝐏𝐚𝐧𝐤𝐨𝐰

15. Noah e Sky

Sky era inteligente. Usou o piso velho no chão para esconder uma chave.

Pego ela bem rápido e corro de volta para a porta, encaixando a pequena chave dourada no tranco com a maior calma do mundo para não fazer barulho, rezando para os céus para que na hora que eu abrisse, essa porra não rangesse alto.

E os céus me escutaram. A porta nem sequer fez barulho e eu já estava dentro da casa, me escondendo atrás da escada que dividia a cozinha e a sala de jantar.

— Você é uma vagabunda. Uma vagabunda igual sua mãe era, igual aquela doente da sua irmã. — O homem grita e fervilho por dentro.

— Não fale delas. — Sky tenta dizer com a voz parecendo dolorida e aquilo aperta meu coração.

— CALE A BOCA! — O homem velho chuta Sky e é como se tivesse chutado meu estômago.

Por Deus, ele tem uma arma apontada para a minha garota e isso está em jogo... Respiro fundo e caminho devagar e silenciosamente até o homem para ele não sentir minha presença.

Sky é a primeira que me vê, mas sou rápido em colocar o dedo indicador em frente a boca num gesto que ela entendeu que era para disfarçar, mas lágrimas começaram a escorrer pelas suas bochechas.

Ela estava tão machucada... Eu vou matar esse cara. Não ligo se for preso por isso, Sky não pode sofrer assim.

— Protege tanto aquelas vagabundas, que estou pensando seriamente em juntar as três no mesmo plano. — Ele ri e chego mais perto. — Como pude ter uma putinha como sobrinha.

Espera!

Esse filho de uma puta é o tio de Sky.

Olho para o lado e vejo uma faca de cortar peças de carne. Meu coração acelera pensando que esse monstro usou a faca em minha Sky, mas a faca está limpa o que é um bom sinal. Pego ela e deixo até de respirar.

Chego ainda mais perto e Sky olha para mim soltando um suspiro desesperado o que faz seu tio se virar bruscamente. Então seguro forte seus braços empurrando o homem para a pia. Mas pelo susto o homem aperta o gatilho.

— NOAH!

Escuto Sky gritar no momento em que sinto a bala quente passar pela minha perna. Para a minha sorte o tiro foi de raspão o que doeu pra caralho, mas não me importei e tentei lutar contra o homem. Porém por essa distração, ele me acertou um soco em meu maxilar e jogou algo em Sky.

Minha Sky estava tão machucada que aquele golpe a fez deixar seu corpo cair e a vejo desmaiar. Eu vou matar esse cara.

Soco seu maxilar também e dou uma joelhada em sua virlha aproveitando na hora que ele se curvou para socar seu estômago e empurrar sua cabeça para trás segurando forte seu pescoço como um mata leão. Por sorte a arma cai no chão e a empurro para longe.

— Você vai pagar por tudo o que fez com minha Sky seu cretino. — Sussurro com raiva.

— Ela é uma vadia, merece a morte seu idiota.

Só por ele ter dito isso, enfio a faca sem pensar na lateral de sua barriga, ouvindo seu grito de dor e a porta se arrombar.

Logo vejo Matteo e Alan e bem atrás deles quatro políciais.

— Largue a faca garoto. — O policial ruivo pede e largo a faca no chão, empurrando o cretino para as mãos da polícia.

— Cara você está bem? — Matteo pergunta apontando para a minha perna que sangrava e faço que sim.

— Que filho da puta. — Escuto Alan dizer ao se ajoelhar ao lado de Sky. — Ei, garota ce vai ficar bem. — Ele sussurra passando a mão pelos cabelos de Sky.