Capítulo 23

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Duas semanas depois....🍃

— Titia olha o que eu sei fazer. — Mel chamou minha atenção e automaticamente a de Rudy.

Nós olhavamos ela para Mathew tentar consertar as coisas com Olívia mas sabiamos que só por um milagre ela cederia a vida de casada. Não deve ser tão ruim assim tendo uma filha adoravél e um marido que à ama.

— Ai meu deus, Mel! — Fui arrancada dos meus pensamentos quando Rudy exclamou aquilo como se ela estivesse se machucando.

— Rudy — Comecei a rir. — É só um espacate, Mel faz balé lembra? — Acho que depois disso Rudy acabou se lembrando. — Que graça Mel! — Me dirigi a ela com um sorriso.

— Titia você disse que já fez balé mas... Dúvido que saiba fazer isso. — Me desafiou e sorri para a garotinha com olhos brilhantes e pele extremamente bronzeada.

— Não sei se vou me sair bem como você mas... — Espero que não quebre as pernas. — Vamos lá. — Fiz um coque frouxo no cabelo e desci devagar no espacate, já que eu não o treinava faz tempo.

— Que lindo titia Elli! — Mel aplaudia junto de Rudy com um olhar radiante. — Agora você titio Udy! — Mel apontou para ele que fez uma careta de dor só de imaginar mas para manter o sorriso no rosto da pequena ele se pôs ao meio da sala e tentou abrir as pernas ao máximo mas já demonstrava dor.

— Pelo amor de deus, Rudy, pare! — Fui rindo até ele. — Desse jeito nunca teremos filhos. — Sussurrei no seu ouvido e ele riu da piada.

Depois, Mel colocou Claire De Lune do Claude DeBussy uma música de um compositor francês de músicas clássicas. A garotinha era tão pequena mas seu repertório sempre fora clássico. Lembro que enquanto Olívia estava grávida, ela e Matt ainda estavam namorando e decidiram colocar músicas clássicas para Mel ouvir dentro da barriga. O que resultou nela nascer amante de Joe Hisaishi, Einauldi, Claude DeBussy, Beethoven, Mozart, Josepeh Haydn e entre outros milhões de compositores que nem mesmo eu aos vinte e dois anos, amante de arte conhecia. Ela era amante de arte também. De quadros, pintura, músicas, desenhos, artesanatos, dança... Tudo!  Ao contrário de seus pais que só conhecem esse mundo porque a filha de cinco anos é bem culturista.

Eu realmente me interessei nas músicas que ela havia feito sua mãe colocar numa playlist em seu tablet, mas Rudy... Bom seu estilo não era aquele mas ele estava apreciando porque sabia que eu gostava, assim como a garota. Tenho certeza que se Mel não for bailarina será atriz. Mas, de teatro que esqueci de mencionar que ela adorava ir as apresentações. Ela puxou mais para o pai do que a mãe em questão de gostos.

Deixei Rudy ser atacado pelas pequenas mãozinhas de Mel, que atrevidas, decidiram maquia-lo e fui atender meu telefone que tocava incessantemente  pelo quarto.

— Alô?

— Elle! Ah meu deus que bom que atendeu... Escute eu tenho pouco tempo e...

— Jaden! — O interrompi. — Calma você parece muito estressado querido, preocupado pra ser mais exata.

— E estou. Preciso que me escute, por favor Elle? — Pediu com doçura na voz e me rendi a escuta-lo.

— Tudo bem.

— Rush veio até mim no começo dessa semana. — Engoli em seco e me sentei na cama. — Ele me contou que havia suspeitas contra meu pai. Eu na hora desacreditei, por que eu desconfiaria do meu pai? Ele tem seu jeito frio e seco mas achava que era apenas seu modo de ser. Estava errado. 

— Sabe que nem a Elsa conseguiria fazer algo tão gélido quanto o coração de seu pai. — Ri de minha própria piada e até mesmo ele nesse momento riu.

𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐚𝐬 𝐎𝐧𝐝𝐚𝐬 - 𝐑𝐮𝐝𝐲 𝐏𝐚𝐧𝐤𝐨𝐰 Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt