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CAPÍTULO OITENTA E SETE

EU NÃO FUMO, OBRIGADA.

“Minha pele transformou-se em porcelana, em marfim, em aço”

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“Minha pele
transformou-se
em porcelana,
em marfim, em aço”

Sansa Stark

*Saporra não está revisada,
Então se tiver erros...
não foi de propósito

- A ARTE DE DUELAR..- A PROFESSORA de cabelos dourados e olhos azuis como duas lascas de gelo iniciou- Quando eu era pequena, meu pai me levou até um deserto, as únicas coisas que meus olhos viam eram areia e o sol escaldante que derretia até o meu último pingo de esperança.

" Ele me deixou no meio do deserto com apenas as roupas e um cantil com água meio cheio...ele dizia que tinha sido gentil ao me deixar os sapatos também- Ela fez uma pausa e sorriu olhando para o chão- Todos sabiam que o deserto-azul era muito perigosos e era a passagem de muitas caravanas de escravos, mas meu pai, certamente, não se importou com esse pequeno detalhe. Quando ele saiu e disse que eu teria que voltar para casa sozinha, pensei que fosse uma brincadeira por parte dele, afinal, nós morávamos do outro lado do Egito- Levantou os olhos ferozes para os alunos e os encarou como se pudesse, de certa forma, olhar-lhes as almas- Mas não era uma brincadeira, eu tinha que voltar para a França sozinha. Olhei para o meu cantil meio cheio e para o extenso mar de areia e me pus a correr"

"Corri por cerca de um dia inteiro sem nem tocar no meu cantil, me adaptei ao clima árido e quente, já não havia nenhuma gotícula de água no meu corpo quando eu cheguei a dois quartos do deserto. A noite já tinha caído e o frio chegou me empurrando para uma camada dentro do meu corpo onde era encontrado apenas escuro e frio de congelar os ossos. Eu estava com uma blusa de malha e mang curta que não esquentava nada além de si mesma e calças jeans simples. Percebendo que estava esgotada demais para correr, deitei-me na areia e abracei meu próprio corpo e foi esse o meu erro"

Cada aluno na sala olhava para a mulher com um misto de fascínio e curiosidade. Ela andou em passos leves entre eles e colocou as mãos atrás das costas.

- Uma caravana com homens que vendiam escravos apareceu e não foi muito difícil para observar uma garota deitada no chão com os braços em volta de si mesma. Sabe o que eles fizeram?- Perguntou os olhando por baixo dos cílios loiros- Eles pegaram o meu cantil cheio pela metade e beberam na minha frente e depois riram da minha cara de assustada- Rose suspirou prestando atenção em cada palavra daquela mulher- E depois tentaram me estuprar, eu tinha apenas quatorze anos e minhas próprias mãos. Eram três homens e eu era apenas uma.

"Tentei me afastar das mãos calejadas e pegajosas deles, mas foi em vão, tentei arranhá-los mas não tinha unha suficiente, tentei chuta-los mas eles eram fortes demais- Rose já não sabia se estava respirando- Então usei o que eu tenho de mais brilhante em mim, meu cérebro. Eu não tinha minha varinha, mas eu tinha muito poder em minhas veias, coisa que aqueles homens podres nem sequer sonhavam. Quando senti as faíscas de poder saindo pelas longas de meus dedos, não hesitei em ataca-los. Matei um por um com minhas próprias mãos, cérebro e poder. Certo, que não houve duelo naquela situação, não fisicamente, mas eu duelei comigo mesma naquele momento"

𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑, 𝐚 𝐢𝐫𝐦𝐚 𝐧𝐚𝐨 𝐭𝐚𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora