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CAPÍTULO SETENTA

MAU PRESSENTIMENTO

Músicas do cap: How to save lives- The Fray/ Another love- Tom Odell/ IDK You Yet- Alexander 23/ Godspeed- Frank Ocean/ Moral of the story- Ashe

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Músicas do cap: How to save lives- The Fray/ Another love- Tom Odell/ IDK You Yet- Alexander 23/ Godspeed- Frank Ocean/ Moral of the story- Ashe.

*Pode conter gatilho

Respire fundo e usufrua desse capítulo especial, obrigada e boa leitura👐

NA FRANÇA, OS DIAS geralmente eram quase todos ensolarados e calmos, com um leve aroma doce pairando no ar. Por isso era comum observar pessoas saírem a passeios a luz do dia e a noite. Babás levavam crianças para dar um passeio e banhar sua pele no sol da manhã, em carrinhos; jovens apaixonados matavam aula para fazer piqueniques no parque; senhoras de idade sentando-se na porta de casa e fofocando com suas vizinhas sobre as novidades frescas...um clima delicioso, que geralmente Rose não usufruía. Apenas quando era encarregada de comprar os pães para o café da manhã, na padaria "La belle vie", do senhor John e de sua mulher, a senhora Katherine ou então quando ela fugia de manhãzinha pela portinha dos fundos e corria até a praça para desenhar as pessoas e conversar com o pipoqueiro ou qualquer um que trocasse palavra com a jovem.

Geralmente as jovens meninas do orfanato Saint-Omer não faziam passeios. Saíam para ir a igreja todos os domingos e algumas raras vezes para ajudar as irmãs da igreja, distribuindo sopa aos moradores de rua. Mas na manhã do dia 4 de maio, quando as pequenas ainda dormiam e os galos ainda não tinham cantando, Senhorita Violet entrou com violência dentro do quarto minúsculo. Ela estava com a aparência de quase todos os dias, vestido longo e cinza com uma gola indo até o pescoço, botas de salto com longos cadarços e o coque apertado. Rose não gostava de admitir, mas ela sentia muito medo dela.

- Acordem-as- Ordenou para as outras três irmãs que estavam logo atrás dela. As mulheres saíram com a cabeça baixa e a mesma face fechada até às grandes três janelas. Rose afirmava que eram a única parte bonita de todo mausoléu. As três puxaram às grandes e cinzentas cortinas e os raios da manhã atravessaram a vidraça indo diretamente para o rosto das garotas adormecidas.

Rose quase nunca conseguia dormir a noite toda e quando conseguia, tinha pesadelos. Ao longo do tempo ela começou a sentir medo de dormir, então passava a noite acordada perdida em pensamentos, sonhos e esperanças. Esperanças que um dia ela consiga sair daquele lugar e ser feliz, realmente feliz. Ter amigos, além dos donos da padaria, os pipoqueiros e as senhoras idosas que lhe davam doces. Talvez até ter uma família, não podia ser possível que ela fosse viver toda a vida ali. Não podia ser.

Com os raios claros lhe incomodando o sono, ela abriu os olhos verdes devagar. Suas pálpebras não estavam muito afim de levantar, não depois de passar a noite toda tentando lembrar de como eram os rostos de seus pais. Respirou fundo e se mexeu na cama de solteiro erguendo seu corpo para poder ver o porque de lhe acordarem tão cedo. Sua cabeça ainda não estava funcionando direito e nem seus olhos pelo visto, estava vendo apenas quatro longos borrões em frente a porta. Esfregou os olhos e pôde enxergar tudo com mais clareza.

𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑, 𝐚 𝐢𝐫𝐦𝐚 𝐧𝐚𝐨 𝐭𝐚𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora