- Estou muito ansiosa para conhecer todos vocês, e tenho certeza de que seremos bons amigos!

Os estudantes se entreolharam ao ouvir isso; alguns mal conseguiram esconder os sorrisos, Rose era um deles, ela estava fascinada na vergonha que essa mulher se submetera. E mais uma vez ela se pegou questionando a maneira como Dumbledore escolhia os professores, pelos deuses, essa mulher não parecia que daria uma boa aula.

- Serei amiga dela desde que não tenha de pedir emprestado aquele casaquinho - sussurrou Daphne para Katy, e as duas desataram a rir em silêncio.

A Profa . Umbridge tornou a pigarrear (hem, hem), mas, quando continuou, um pouco do modo soprado de falar desaparecera de sua voz. Pareceu muito mais objetiva, e suas palavras tinham um tom monótono de discurso decorado.

-O ministro da Magia sempre considerou a educação dos jovens bruxos de vital importância. Os dons raros com que vocês nasceram talvez não frutifiquem se não forem nutridos e aprimorados por cuidadosa instrução. As habilidades antigas, um privilégio da comunidade bruxa, devem ser transmitidas às novas gerações ou se perderão para sempre. O tesouro oculto de conhecimentos mágicos acumulados pelos nossos antepassados deve ser preservado, suplementado e polido por aqueles que foram chamados à nobre missão de ensinar. A Prof a Umbridge fez uma pausa e uma reverência aos seus colegas, mas nenhum deles lhe retribuiu o cumprimento.

As sobrancelhas escuras da Profa McGonagall tinham se contraído de tal modo que ela decididamente parecia um falcão, e Rose a viu trocar um olhar significativo com a Profa Sprout quando Umbridge fez mais um hem, hem, e continuou o discurso: - Todo diretor e diretora de Hogwarts trouxe algo novo à pesada tarefa de dirigir esta escola histórica, e assim deve ser, pois sem progresso haverá estagnação e decadência. Por outro lado, o progresso pelo progresso não deve ser estimulado, pois as nossas tradições comprovadas raramente exigem remendos. Então um equilíbrio entre o velho e o novo, entre a permanência e a mudança, entre a tradição e a inovação...

- Por que me parece que ninguém aqui gosta daquela professora?- Dmitry sussurrou enquanto tentava segurar a cabeça para não dormir em cima da mesa.

- Ela nem se esforçou para nos agradar- Rose sussurrou de volta enquanto fingia que escutava a mulherzinha- Acho que todos que a conhecem têm esse efeito de não simpatizar com ela.

O garotinho esfregou os olhos e deu um leve bocejo.

- Você gosta dela?- Questionou encostando a cabeça no ombro de Rose.

- Não sei dizer, acho que ela se parece com o zangado de roupa rosa, talvez ela queira se expor mais para nos divertir- Disse rindo.

- Como você conhece o zangado? Existe no mundo bruxo também?- Ele perguntou sonolento. Rose franziu o cenho olhando para o cabelo castanho em seu ombro.

- Eu fiz parte do mundo não bruxo por muito tempo, sei muitas coisas de lá e você?

- Promete não contar para ninguém?- Disse inocente e a olhou com os dois olhos de duas cores como se esse fosse o maior segredo dele. Ela assentiu- Eu moro em um orfanato. O homem de barba grande foi me buscar lá e agora estou aqui.

- Odeio orfanatos- Rose disse afagando o cabelo do menino. De repente ela se sentiu simpatizada pelo menino e seu coração apertou ao lembrar o quão horríveis os orfanatos podem ser. Principalmente para quem é diferente.

- Eu também.

- ... porque algumas mudanças serão para melhor, enquanto outras virão, na plenitude do tempo, a ser reconhecidas como erros de julgamento. Entrementes, alguns velhos hábitos serão conservados, e muito acertadamente, enquanto outros, antigos e desgastados, precisarão ser abandonados. Vamos caminhar para a frente, então, para uma nova era de abertura, eficiência e responsabilidade, visando a preservar o que deve ser preservado, aperfeiçoando o que precisa ser aperfeiçoado e cortando, sempre que encontrarmos, práticas que devem ser proibidas.

𝐑𝐎𝐒𝐄 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑, 𝐚 𝐢𝐫𝐦𝐚 𝐧𝐚𝐨 𝐭𝐚𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐚 Where stories live. Discover now