— Quem é Megara? — Perguntou.

— Esposa de Richards. Aqui era um cômodo vazio que ninguém ousava vir. Mas Megara quando se casou e se mudou pra cá achou uma bobagem. Segundo ela aqui encontrou a criatividade. Então reformou tudo e tornou o seu estúdio. Ela era estilista mas não encontrava criatividade em seu estúdio original, mas sim neste quarto. — Comecei a contar a história olhando para alguns manequins com vestidos produzidos por ela. — Porém quando ela descobriu seu cancêr terminal... Ela não aguentou e morreu. Depois disso Richards fechou este lugar como um cofre, querendo manter a alma alegre e ainda cheia de vida da esposa. Só que quando vim pra cá eu estava com medo, era uma casa enorme e muito luxuosa para uma garotinha que estava acostumada com trailers e orfanatos quebrados. Então um dia Richards me trouxe aqui e... Eu senti a criatividade que Megara tanto falava para todos. Aqui eu tenho tanta história, toda noite eu vinha pra cá. Tinha dias que eu passava o dia todo aqui tocando, lendo, pintando, ou apenas admirando esse céu. — Apontei para o céu que estava cheio de estrelas. — Nunca trouxe ninguém aqui... Nem mesmo meu ex noivo. — Falei olhando nos olhos de Rudy.

— É uma linda história Elle e eu consigo sentir isso que você falou. Aqui é muito inspirador e eu não sei o porque. É realmente inesplicável. E... — Rudy foi chegando mais perto e pegou na minha mão. — Fico feliz que eu seja o primeiro a vir aqui. — Sorriu. — Espera você toca bateria e guitarra também?

— E violão, piano, violino e esses dias eu estava tentando aprender gaita. — Respondi indo até a guitarra.

— Você realmente não gosta de ficar parada. — Rudy me seguiu se sentando no sofá ao meu lado. Peguei a guitarra e olhei para Rudy pensando no que eu poderia mostrar pra ele. 

— Smells like teen spirit, sabe tocar na bateria? — Perguntei e Rudy já foi se levantando.

— Claro! — Ele se sentou em frente a bateria e pegou as baquetas.

— 1,2,3 e... — Comecei o refrão com a guitarra e logo Rudy entrou com a bateria. Ficou incrível o nosso som e quando acabamos demos risada com o nosso mini show. 

— Sabe algo mais difícil? — Perguntou e cerrei o olhar.

— Isso é um desafio senhor Pankow? ! Perguntei e ele também cerrou os olhos.

— É o que parece senhorita Harper Blanderfool. — Respondeu no mesmo tom enigmático e segurei o riso.

— Então ai vai para você... — Comecei a tocar o solo mais difícil na guitarra pois tinha que dedilhar várias combinações rápidas e no mesmo tempo. Eu me orgulhava de saber fazer aquilo porque fiquei seis meses treinando todas as noites para ficar perfeito quando eu tinha treze anos.

— Puta merda, Jump start! — Rudy exclamou boquiaberto.

— Eu sei tocar Eruption também e...

— Não! Elle não machuca mais seus dedos. Só de você tocar isso já deve estar até com calo. — Rudy segurou minhas mãos e sorri pelo cuidado. — Quero tocar uma música pra você. Tipo uma serenata...

— Ah meu deus... — Comecei a rir. — Sério? — Ele concordou pegando o violão. — Ah meu deus você tá falando sério. — Parei de rir me ajeitando no sofá e só de ouvir os primeiro acordes eu já senti vontade de chorar.

— Look at the stars

Look how they shine for you

And everything you do

Yeah, they were all yellow 

(Olhe para as estrelas

Veja como elas brilham por você

𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐚𝐬 𝐎𝐧𝐝𝐚𝐬 - 𝐑𝐮𝐝𝐲 𝐏𝐚𝐧𝐤𝐨𝐰 Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin