Teoria do amor ao caos ✔️

Por valeofdolls

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Camila ama o controle. Ama tanto que fez uma lista de todas as etapas que tem que passar até chegar na sua so... Más

notas da autora
Um - A nova estrela (é um saco).
#2
Dois - Você é culpada
Três - Entre odaliscas e rivalidades
Quatro - A garota mais legal do mundo. Parte 1
Exposed #4 & #5
Cinco - A garota mais legal do mundo. Parte 2
exposed - #6
Seis - O novo casal (SQN)
Sete - Dupla do caos
Exposed #8
Oito - Diet coke, batom e maconha
Exposed 9
Nove - Amordaçada e stalkeada (o que falta?)
Exposed #10
Dez - O ritual da tartaruguinha, dois beijos, e um banho.
#0 - Seja bem-vindo a Santa Clarita
Onze - A luta de classes e a vida de merda.
Doze - Ela não tem nome e você não tem segredos :D
Treze - Verdades e caronas não fazem mal a ninguém(né?)
Quatorze - Teorias, chantagens e bandas indie (tem tudo a ver)
Exposed #15
Quinze - Todo mundo tá planejando algo (menos eu).
Exposed #16
Dezesseis - Bandaid, gols e pedidos inesperados
Bônus - Te amar trouxe consequências
Planos, tapas merecidos e legos
Dezoito - As lições que eu aprendi com você.
Exposed 19&20
Dezenove - Calabaças, aqui estamos nós.
Dezenove - Calabaças, aqui estamos nós. Part 2
Vinte - Raios, faíscas e feromônio
Vinte e um - Eu sinto você
vinte e dois - Lições do papai
Vinte e três - Boias para nos salvar
vinte e quatro - eu te deixei (mas não vou te abandonar)
Exposed #25
Vinte e cinco - Lolo não sabe brincar
Vinte e seis - Pare de quebrar meu coração
Vinte e sete - Não faça isso comigo
Exposed #28
Vinte e oito - A bruxa está solta.
Vinte e nove - Quente e doce.
Trinta- Ação de (des)graça
Exposed #31
Trinta e dois - Constelações, beatles e magnitude
Exposed #33
Trinta e três - Feliz Natal, felizmente.
Trinta e quatro - A Borboleta levanta vôo
Tudo que ficou no passado #1
Livro dois - Capitulo Um - Ponto de Ruptura
Livro dois - Protetora
Livro dois - Tudo por ela
Livro dois - Planos infalíveis são quentes.
Namorados novos são um saco.
Recuperando corações perdidos
#2 Tudo que ficou no passado.
Livro dois - Chegamos até você.
Livro 2 - Epitáfio
Livro dois - Consequências
EXPOSED - DOIS ANOS :O
Livro 3 - Seguindo em frente
Livro 3 - Nós
Final - Teorias do amor e ensaios sobre o caos
Epilogo

Trinta e um - Cinismo, luxuria e crueldades

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Por valeofdolls


— Eu te vejo amanhã, né?

Millie sorriu quando Mike, soltou sua mão algumas quadras antes da sua casa. Os dois tinham saído cedo, aproveitando que o pai da garota havia ficado em um turno noturno e que Lauren e Alycia, tinha viajado em uma missão secreta, para curtir um dia inteiro fazendo coisas legais.

— Ele ainda não chegou. – A menina se espichou para olhar a garagem, parecendo aliviada em seguida.

— Como ele tem te tratado?

— Calmo. Eu falo sempre as piores coisas de você, o tempo todo. Acho que ele está começando a acreditar que eu realmente odeio o cabeça de cotonete.

Mike franziu o cenho, e não pode evitar rir do apelido.

— Cabeça de cotonete? Por favor, nunca deixe Alycia ouvir isso.

— Não posso prometer nada. – Riram. Era tão simples estar perto dela que Mike, não podia imaginar como seria, não estar perto dela.

— Foi uma tarde legal.

— Foi mesmo.

Ele não tinha coragem suficiente habitando dentro de si para dizer a ela que a melhor parte daquele passeio tinha sido quando a roda gigante chegou no topo e parou e enquanto ele se divertia olhando a cidade ela segurou sua mão, como se ele fosse um herói que a salvaria do monstro invisível do medo.

Millie tinha hora marcada para ir embora, afundando Mike naquele mundo imenso de quando a gente é criança, onde tudo parece ser maior do que realmente é. Millie voltar pra casa naquela tarde era como se ela estivesse indo morar no polo sul, em distância e em saudade imediata.

— Te vejo então, cabeça de cotonete? – A garota o provocou, riu e foi embora, mas voltou puxando o garoto para um abraço rápido que terminou com olhos unidos.

— Então, te vejo segunda? – Atrapalhou-se ele. Era irmão de sua irmã, mas não tão parecido. Principalmente quando se precisava agradar a "crush". – Segunda que é amanhã, no caso. Você sabe, né?

As frases do menino foram interrompidas por um profundo colar de lábios, que fizeram brasas subirem seu pescoço e sua orelha em uma constelação do tamanho da Rússia e tão lotada quanto a China.

— Segunda. – Ela sorriu e deu a ele outro abraço. – Que é amanhã.

Millie se afastou ainda sorrindo, e então correu na direção da sua casa. Mike sentiu os ombros caírem, perdendo um suspiro dos lábios. Depois do beijo, ele sentia como se segunda feira fosse dali a vinte e cinco anos.

Mais relaxado, Michael caminhou pela calçada com os fones de ouvido tocando sua playlist favorita, assobiando distraidamente para si mesmo. O sol ainda estava alto no céu e seus olhos traçou as linhas de sua sombra, mãos enfiadas nos bolsos enquanto seguia a calçada.

O bairro de Millie era uma vila suburbana conhecida por ter muitas casas de games, onde jovens se revesavam em disputas acirradas de jogos antigos. Will e ele, frequentavam aquele lugar várias vezes na semana, sem Lauren ou Alycia saberem, é claro. Sua irmã odiava que ele se arriscasse sozinho por Santa Clarita e a prima endossava as regras.

Para sua sorte, elas estavam a milhas de distância, e seu bom humor propiciava a vontade jogar videogames. Mike escolhe o segundo imoveis a esquerda, na parede uma foto de Mario Bros estava descascando.

Quando ele coloca a mão no puxador rosado de espuma, a porta da casa de jogos se abre, e então Mike recua para trás. Reconhecendo os rostos familiares de Dax Mulligan e seus dois companheiros, Paul e Myles.

— Mulligan. – Ele cumprimentou, tentando o seu melhor para parecer calmo. O garoto ficava bem longe quando ele estava com Camila, Lauren ou Alycia. Mas elas não estavam na cidade.

— Ora, ora quem temos aqui. – O menino muito maior tinha um sorriso maligno plantado em seu rosto quando percebeu que Mike estava sozinho. – Fiquem de olho se a entrometida da Camila não vai aparecer.

— Quem dos dois? – Perguntou Paul, em uma retórica idiota.

— Ambos, não importa, apenas certifique-se que não serei interrompido, – Ele voltou a se referir a Mike. – soube que sua irmã está comendo ela. – Riu com nojo na sua face. – Está explicado porque ela faz tanta questão de te defender, bichinha.

Mike queria muito poder defender a honra de Camila, mas fez a única coisa sensata que ele poderia pensar. Ele correu.

Seus pés o levaram rapidamente para a saída da rua, e ele entrou em uma espécie de quadra de esportes vazias. Olhando em volta freneticamente procurando algum lugar para se esconder. Mas naquele momento as ruas estavam puras e não havia uma alma sequer ali.

— Dessa vez você não vai fugir. – Riu Dax. – Aquela vadia chicana não está aqui para salvá-lo.

Fiel à sua palavra, não demorou muito para Dax pegá-lo. Independente do quanto que Mike corresse, suas pernas eram muito mais curtas que as de Dax. Ele se encolheu quando as mãos ásperas agarraram seu pescoço.

Em instantes, Mike se viu mais uma vez suspenso no ar, com o rosto próximo com o rosto desprezível de Dax, que mantinha suas costas pressionadas contra a grade.

— Você é nojento, sabia? – Dax grunhiu. – Subindo e descendo com aquele garoto e sua buceta robô.

Demorou um momento para Mike localizar na sua mente de quem Dax falava.

— Tris? Tecnicamente, Tris é uma mulher.

— Ela é um cara como você e eu seu psicopata.

O garoto não conseguiu responder, porque Dax deu um golpe forte em seu abdomem, e ele gritou de dor, caindo no chão. Ele se mexeu no chão enquanto tentava se levantar, mas um chute rápido ao lado do seu rosto parou seus esforços, Mike bateu a cabeça contra o metal da grade que sacolejou acima da sua cabeça, e então para se proteger de mais danos o menino se curvou em posição fetal, cobrindo a cabeça. Não funcionou.

— Eu disse a sua irmã que me vingaria dela. – Chutou a barriga de Mike. – Tem mais pra ela e pra a vagabunda da Cabello. Isso é um aviso, seu viadinho.

Dax continuou descarregando sua fúria enquanto Mike se concentrava em tentar respirar e não chorar. Poderia ter sido segundos ou horas que Dax o espancou narrando cada coisa que ele faria com Lauren e Camila, sobre o corpo pequeno e mole na frente dele, e tudo o que Mike sentia era dor e uma vontade incontrolável de chorar.

Até que, de repente, os punhos de Dax pararam de se chocar contra sua face e ele se curvou sobre o corpo do garoto.

— Isso é só um aviso, se sua irmã cruzar meu caminho ou vou quebrar as pernas dela. – Ele enfiou a mão no bolso da calça de Mike arrancando sua carteira de couro. – Setenta e cinco dólares? Vocês riquinhos têm bastante grana pra gastar. – Mike sentiu a carteira, provavelmente vazia bater contra seu rosto. – Obrigado, pelo troco, bichinha.

E simplesmente foi embora, rindo. Mike tentou levantar duas vezes, mas seu corpo estava muito dolorido para isso. Então ele ficou lá de olhos fechados, respirando lentamente.

— Ei, garoto? – Uma voz surgiu, e Mike não sabia se tinha desmaiado, mas tudo a sua volta estava girando. – Mike abriu um único olho castanho, para encontrar Verônica Iglesias, a goleira das lobas, elevando-se. Os olhos se arregalaram em reconhecimento. – Jauregui? Meu Deus, eu vou ligar pra Lauren.

— Não. – Mike arfou de dor. – Não diga nada pra Lauren, – Ele suspirou. – Não diga nada pra Alycia.

Mike temia pelas duas, Dax Mulligan era alguém mal, alguém muito mal e ele podia suportar aquilo, mas não saberia viver se acontecesse coisa parecida com elas.

— Ok, então eu vou ligar para Camila... – Mike balançou a cabeça, ainda mais alarmado com o que Dax prometeu fazer com ela.

— Não. – Repetiu veementemente. – não conte a ninguém.

Vero olhou para ele com um olhar um tanto desnorteado, antes de suspirar.

— Você foi agredido, garoto. Sua irmã precisa ficar sabendo.

— Só me coloque em um táxi. – Pediu, e Vero o ajudou a ficar sentado.

— Eu não vou te deixar ir sozinho pra casa, você deu muita sorte por eu gostar de correr aqui no fim da tarde.

Cuidadosamente, para não tornar mais grave os ferimentos de Mike, ela ajudou o menino, a apoiar seu peso para os dois poderem cambalear até sua casa que era praticamente duas ruas depois da casa de Millie. Era um pequeno apertamento de um cômodo, com um sofá bem grande, um enorme TV de plasma com videogame e alguns pratos para lavar na pia.

Mike sentiu cheiro de tinta fresca ao longe, era um apartamento novo.

— Seja bem-vindo a minha nova casa. – A garota brincou.

— Obrigado. – Ele murmurou um pouco amuado e Vero passou a mão em seu cabelo escuro. – É uma casa legal.

E era mesmo, na parede haviam vários quadros de personalidades do futebol, troféus de Vero e mais uma quantidade incrível de medalhas.

— Camila que desenhou aquele quadro pra mim. – Ela apontou para um quadro um pouco a esquerda da parede com o retrato bem bonito de Manuel Neur em aquarela.

Mike piscou os olhos e tentou sorrir, mas até seu queixo doía. Vero suspirou ajeitando ele no sofá, enquanto continuava a falar.

— Eu fui espancada uma vez, no primeiro ano.

Surpreendido, Mike levantou os olhos. Ela era tão grande e tão bonita, parecia se encaixar em uma escala de privilégios que te deixa longe de porradas. Ou, pelo menos, era o que ele pensava.

— Por quê?

— Eu era uma coisinha bagunçada e encrenqueira, provavelmente ainda menor do que você. – Vero riu. – Além disso, ser abertamente lésbica não facilitou as coisas para mim, então você e eu temos algo incomum.

— Eu não sou gay. – Mike respondeu. – Pelo menos até hoje eu nunca me atrair por nenhum cara.

— Crescendo ao lado de Lauren e Lexa isso é uma surpresa. – Ela sorriu e ele deu de ombros.

A interação foi interrompida pelos dois quando uma terceira figura saiu do quarto ao lado para total surpresa de Mike. Alguém que ele conhecia muito bem, bem até demais.

— Vero, o que você- Michael?

Lucy Vives travou reconhecendo de imediato o irmão da ex-namorada. A garota estava usando uma camisa larga que provavelmente pertencia a Vero, e estava muito mais leve do que ele poderia se lembrar.

O garoto vê sentimento na troca de olhares entre elas, algo que ele nunca viu quando ela estava com Lauren, então é muito fácil pra ele sorrir e esquecer a dor. Estava feliz por Lucy. Estava de fato muito feliz.

— Acho que vamos trocar segredos, Vero.

A garota sorriu pra ele, assentindo.

Lauren olha para fora do carro, notando que o céu de Nashvile está começando a desbotar. A cor está dando boas vindas ao inverno, ela tem certeza que vai nevar aquela noite. Os termômetros indicam -2 e o aquecedor do carro não parece suficiente para barrar o ar frio que queima seus pulmões.

Camila abaixa o vidro e nota as pessoas na rua.

— Camila tenha dó, abaixe isso antes que eu vire um picolé. – Alycia reclamou imediatamente e os olhos brilharam com uma lembrança trivial. – Será que vamos topar com a Taylor Swift? Ela tem uma casa nessa cidade.

— Ela está em Londres. – Disse Camila.

— Nossa, a best friend da Taylor Swift. – Zombou Alycia e Camila atirou uma garrafa de suco vazia contra ela. – Magoei foi?

— Eu sigo ela no instagram, ok? – Cabello se defendeu orgulhosamente.

— Você e cem milhões de pessoas.

— Deixe ela em paz. – Lauren aproveitou a parada no semáforo para dar um tranco na prima, mas recebeu um peteleco na orelha de Sophie.

— Deixe meu neném em paz. – Simulou voz de neném, que foi recebido com riso de gozação de Lauren e Camila. Mas as duas nem ligaram.

— Você fica tão sexy me defendendo desse jeito. – Alycia puxou Sophie para um beijo no fundo dos carros e Lauren notou Camila rolando os olhos. Ela não ia mentir que sentia um pouco de inveja dessa liberdade que casais tinham.

Ela estava sempre passeando na rota do medo de avançar demais nas coisas com Camila.

Mas também, ela não podia dizer que as coisas não caminhavam a uma velocidade confortável entre elas. Viviam juntas, se falavam a todo momento, e claro trocavam muitos beijos nesse meio tempo. Não estava preocupada com rótulos, ainda que soubesse que eles eram o que dava tom de seriedade a relacionamentos. O nome. Mesmo que isso não passasse de uma bobagem. Era uma bobagem que ela queria.

A voz do GPS trouxe Lauren de volta para o que elas estavam fazendo ali.

— Estamos chegando. – Avisou diminuindo a velocidade do veículo até parar o carro de frente a alguns condomínios pequenos.

Desceram do veículo e deram uma boa olhada. Estavam em uma área suburbana da cidade, mas bem cuidada e de certa forma acolhedora. Alguns garotos brincam jogando a neve que derreteu e virou lama um no outro do outro lado da rua e algumas senhoras observaram o grupo todo vestido de preto, como se fossem agentes do FBI.

Lauren rola os olhos pra essa infeliz coincidência. Tudo que queria era não deixar a moça desconfortável.

— Pelo que tem escrito aqui, seu nome é Allyson Brooke Hernandez. – Alycia leu as informações na tela do seu celular. – Ela mora a algumas quadras daqui. Vinte e dois anos, casada... Pelas fotos do insta é mãe de um bebe fofo. Frequentou por cinco anos o time da escola primaria da escola pública de Yomming. Uau, ela foi uma excelente atacante, Lauren. 46 gols em um ano.

Lauren surpreendeu-se. Eram de fato números excelentes.

— Como disse que era o nome do seu informante?

— Eu não disse, é segredo. – Alycia dá de ombros.

— É melhor irmos de uma vez. – Jauregui decidiu. – Esse frio está me matando e a ansiedade também.

Subiram as escadas de acesso ao lugar, em uma fila indiana e então chegaram a um corredor estreito, com a cor amarela descascando. De dentro dos imoveis elas podia ouvir choros de bebes, e sons dos mais diversos. Allyson morava no apartamento número 7.

Lauren deu um passo a frente tocando a campainha da cada, não foi preciso um segundo toque para a porta abrir e uma garota loira segurando o pequeno bebe no colo surgir. Ela era baixinha, loira, usava um vestido florido e pareceu assustada com a quantidade de pessoas em sua porta.

—  Allyson Brooke?

— Eu mesma. – Ela assentiu. – Em que posso ajudar?

— Me chamo, Lauren Jauregui. – Os olhos de Brooke arregalaram.

— Ohhh, Lauren Jauregui? Troye, corre aqui! Lauren Jauregui está na nossa porta! – Ela gritou, imediatamente virando para trás. – Ally parecia sinceramente feliz em ver Lauren. – Acompanhei todos seu jogos no campeonato intercontinental ano passado, como está o braço? Meus Deus, eu nem acredito que você está aqui. Entrem por favor... Não reparem a casa pequena.

Lauren trocou olhares assustados com Camila, sem entender direito como as coisas tinham subido aquele nível, mas entrou na casa mesmo assim.

Era um pequeno cômodo com cozinha americana e sala. Apesar de pequeno era muito organizado. Lauren não deixou de assim que entrou, as medalhas e troféus expostos em uma mesa. Podia sentir em como aquilo era importante pra Ally

Sentou-se do lado de Camila e acenou educadamente para o marido de Ally quando ele entrou na sala segurando várias xícaras de café em um bandeja. Oferecendo uma a cada, na maior simpatia do mundo. Ela esperava que as coisas se manteassem naquele tom amistoso quando chegasse a hora de conversar sobre o que importava.

—  Troye é garçom. – Ally disse orgulhosamente. – Ele pediu pra trocar o turno quando soube que um jornal viria me entrevistar.

Lauren não escondeu a confusão em sua face, muito menos Sophie e Camila. A única pessoa que parecia tranquila era Alycia e Lauren sabia porquê.

— Não somos de nenhum jornal, Ally. – A garota parou de sorrir.

— Não? Então o que vieram fazer aqui? O que aconteceu.

— Queremos que você testemunhe contra Tyrone Rodgers.

A feição da garota mudou imediatamente. Ela deu um sorriso nervoso e mordeu os lábios.

— Eu recebi uma ligação falando sobre um jornal que pretendia saber sobre futebol. – Rosnou, levantando da cadeira com o bebe no colo. A mulher parecia nervosa e o comportamento amigável, mudou para algo agressivo. – Eu não tenho nada pra falar sobre esse homem. Peço que se retirem da minha casa.

— Ally, pelo menos ouça-as. – O marido tentou convencê-la, mas foi em vão.

— Eu não vou dar uma palavra sobre isso com vocês. Saiam da minha casa!

— Allyson. – Lauren disse tentando manter o ânimos calmos. – Eu sei que isso é difícil, mas nos precisamos de provas concretas, para evitar que ele repita o que fez com você com outras p-

— CALE A BOCA! – O bebe em seu colo se assustou com o grito e começou a chorar muito alto. – Saiam da minha casa, você não me ouviu?

— Laur, vamos. – Camila puxou-a pela camisa. – Ela não quer falar, vamos de uma vez.

Lauren tentou conversar, mas o choro da criança se tornou mais alto e ela não queria causar mais danos. Quando chegaram do lado de fora do imóvel, a voz de Alycia tirou-a do sério.

— Ela surtou. – Disse ela abalada. – Eu nunca imaginei que isso seria assim.

Lauren virou-se para a prima explodindo sua frustração contra ela.

— Não imaginou? – Lauren berrou – Deus, você é idiota? Não acha suficiente o que ela passou, ainda achou interessante inventar que eramos de um jornal? Vá se foder.

— Desculpe, mas eu- foi a única forma que achei tá bom.

— Mentir? Você viu a cara de horror dessa garota? Tenha bom senso porra!

— Fale baixo comigo, você não é a porra da minha mãe.

— Se acalmem vocês duas, ok? – Camila passou na frente de Lauren, interrompendo os gritos delas antes que aquilo ficasse mais sério. – Chega! Vocês não estão em casa, parem de berrar. Vamos embora.

— Lauren?

As quatro viraram automaticamente, reagindo a voz masculina atrás delas. Troye estava parado segurando nos ferros da escada, passeando um olhar chateado e envergonhado.

— Eu posso falar com você um minuto?

— Claro. – Respondeu ela tentando mostrar tranquilidade, mas sentiu as mãos de Camila segurando seu cachecol.

— Você tem certeza?

— Sim, Camz. – Tentou tranquilizá-la. – Pode ir com elas, eu já encontro vocês.

— Mas-

—Por favor, sim?

Assim que os dois estão sozinhos, ele se sente confortável para falar.

— Desculpe pela reação da minha mulher, eu entendo suas boas intenções – Ele diz com sinceridade. – Eu precisava falar com você... – Pela maneira que seu corpo trava toda vez que ele tenta começar a falar, aquele não é um assunto confortável para a jovem família.

— Não se preocupe é totalmente cabível, eu que devo me desculpar. Não deveríamos ter mentido para alimentar nossa sede de justiça.

Troye assentiu.

— Esse é um assunto delicado pra Ally. – Por um instante, Lauren ousa entendê-la. Mas então em um lampejo de tristeza tem quase certeza que ela não chega minimamente a entender.

— Você não precisa contar se não quiser, Troye.

— O problema é que eu quero. – Desviando o olhar para o piso ele começa a falar. – Eu não aguento mais viver com esse enorme elefante rosa na minha sala. Ele tá deixando Ally a cada dia mais deprimida. Ela não consegue lidar bem com isso, você entende? Eu pensei que quando nosso filho nascesse algo mudaria, mas só piora. A carreira dela foi destruída, tudo que ela mais almejou, caiu como pó. A verdade é que esse velho filho da puta estraga tudo que coloca os tentáculos. Ele destruiu o futuro da minha mulher, ele destruiu sua reputação e a sombra dele está destruindo nossa vida.

— O que ele fez?

Troye volta a abaixar os olhos dessa vez sem coragem de vocalizar o que de fato tinha acontecido e Lauren, nota que o tempo todo ela já sabia. Ela sabia exatamente o que Tyrone Rodgers havia feito.

— Ele fez isso? Aquele filho da puta, fez isso? – Vociferou com a respiração entrecortada. – Meu Deus, isso é doentio.

— A verdade é mais cruel do que parece Lauren... – Confessou ele. – Ele tem grandes amigos na cidade, amigos importantes. A questão é, ele foi embora sem carregar nada nas costas, o caso foi arquivado por falta de provas. Pelo que sei existem outras garotas que passaram o mesmo, mas temem ter suas carreiras derrubadas por algo assim. Me parece que as mulheres que sofrem isso são punidas duas vezes.

— Pode ter certeza que elas são.

Lauren sabe que aquele assunto agora é seu. É sua obrigação saber mais.

— Você tem o contato delas? Ou alguma pista?

— Eu não tenho, mas posso tentar conseguir e ajudar como eu puder. – Ofereceu, um tantinho mais esperançoso. – Sei que Ally ainda não está pronta para encarar isso de frente, existem marcas que não se apagam sozinhas, mas eu juro pra você que entrarei em contato assim que ela estiver pronta para expor o que aquele desgraçado fez.

— Eu agradeço, Troye. – Saudou o rapaz com um aperto de mão sincero e deu a ele seu número onde aguardaria notícias. No entanto, antes de ir tinha que oferecer: – Se eu puder fazer algo para lhe ajudar, psicólogos ou qualquer coisa do tipo...

— Eu agradeço- só quero... – O rapaz passou a mão no cabelo loiro com uma espécie mal controlada de raiva. – Não desista de colocar ele atrás das grades. Só quero que tudo fique bem. Que Ally fique bem.

Lauren concorda com a cabeça. Se tem uma coisa nessa vida que se deve aprender breve, é isso: Todos nós queremos que tudo fique bem. Na maior parte do tempo não queremos coisas fantásticas, maravilhosas ou extraordinárias. Com o tempo aprendemos que estar bem é o suficiente.

Lauren queria muito que Ally e todas as garotas que Tyrone causou mal, ficassem bem.

Camila é a primeira que fica de pé quando vê ela saindo de dentro do apartamento com os ombros derrotados. Em seus olhos mais do que ela podia dizer com palavras.

Lauren passou direto por elas e entrou no carro alugado horas antes, batendo a porta com força.

Alycia Evans escondeu o rosto no pescoço da namorada. Ela também sabia do que se tratava, era uma nuvem tão pesada que não precisava de adivinhações pra saber o que Tyrone fez, o que ele provavelmente tinha feito com Vero e sabe Deus, com quantas garotas mais.

Camila abriu a porta do veículo, sentando no banco do passageiro. Ela repetiu o gesto de Lauren e encostou a cabeça no banco. Ficaram em silêncio por pouco tempo. Camila ergue sua mão e coloca de leve em seu braço. É só apoio, é só sua forma de dizer que está ali.

— Olhe pra mim. – Ela pediu. – Você não responsável por nada o que aconteceu. Olhe nos meus olhos, Lauren.

Lauren leva seus olhos até ela.

Está perto o suficiente para saber que ninguém nunca vai enxergar Lauren como ela enxerga. Não em outras vidas, não naquela vida. Independente do espaço-tempo, destino ou a quantidade de pessoas que habitem aquele corpo.

— Ele... – A frase trava na sua garganta. – Camila ele...

Lauren soca o volante do carro, expurgando de uma só vez tudo que a oprime. Há de se pensar que nada daquilo era responsabilidade de Lauren, existiram em um tempo que ela sequer imaginava, mas quem com sensibilidade suficiente não teria reação parecida?

— Lauren, não precisa falar se não quiser. Eu vou ficar aqui, e não vou sair daqui. – Disse ela escorregando seus dedos para os lábios de Lauren. – Vamos dar justiça a essas pessoas, vamos fazer a dor delas varrer a reputação de Tyrone Rodgers e colocá-lo atrás das grades.

Camila bucolicamente  nota a chuva que caia do céu molhando as ruas de Nashvile que ainda assim não paravam de se movimentar e gerar sons e barulhos de cidade viva. Para uma garota cubana/californiana dias frios eram antíteses de sua essência. Mas ela estava agradecida pela chuva. Estava lavando o clima ruim que perturbou a tarde delas depois que em silêncio voltaram para o hotel.

Lauren está com o celular na mão, ela esfrega a testa com impaciência  e coça o cabelo soltando fios presos em um coque. Camila sabe que ela ainda está triste sobre Allyson Brooke, então, não trocaram muitas palavras desde que voltaram ao hotel.

Ela tinha imaginado mil situações entre Lauren e ela naquela cidade que cheira romantismo, mas nada se cumpriu.

Camila retira sua blusa de frio e joga no chão deitando do lado de Lauren, na enorme e confortável cama de casal.

Lauren suspirou profundamente desligando a tela e engatinhou sentando-se ao seu lado na cama.

— O que houve? – Perguntou, rolando para ficar de barriga pra cima notando o ar preocupado em no rosto de Lauren.

— Mike parecia distante, me deu respostas curtas e pouca informação sobre seu dia. – Disse ela com o cenho franzindo. – Me sinto culpada toda vez que tenho que deixá-lo sozinho.

— Ele vai ficar bem, amanhã estaremos de volta e você vai poder cuidar dele. O que eu posso fazer pra você retirar esse biquinho dos lábios?

— Muitas coisas. Poderia começar me acompanhando em um vinho.

— Me parece uma ótima ideia, deixa só eu me vestir. – Camila tenta levantar da cama, mas Lauren empurra em em direção ao colchão com suavidade.

— Vamos beber aqui mesmo.

Uma hora depois estão sentadas no tapete do quarto, dividindo uma garrafa de vinho pela metade e cantarolando a música que sai dos alto-falantes do quarto. A playlist é de Camila, e se chama party.

— Você quer sair pela cidade? – Lauren faz que não com a cabeça.

— Não troco essa garrafa de vinho e esse quarto quente, por nenhuma balada no mundo. – Riu.

— Você foge totalmente o esterótipo de jogadora de futebol. Nada de festas, nada de atitudes narcisistas. – Camila faz uma careta. – Se bem que não consegue fugir do esterótipo de ter várias mulheres no histórico.

Lauren balança a cabeça.

— Não tantas. Eu não curto conexões aleatórias. – Ela diz. – Eu sou romântica demais pra isso.

— Keana Marie discorda disso, e todas aquelas garotas que transitaram pelo seu quarto durante uma semana.

— Eu estava precisando curar uma dor de cotovelo causada por você.

— Pior ainda, estava usando sentimentos de outras pessoas para o seu beneficio.

— Todas elas sabiam o que teriam de mim. – Seu tom foi de irônico para levemente venenoso. – Já você, não pode dizer o mesmo, ou devo te lembrar de Brooke Lauren?

— Vá se foder.

— Não precisa ficar bravinha, Camz. Não é minha culpa você ser totalmente cínica para o amor.

— Cínica? – Lauren leva sua taça aos lábios e pisca pra Camila. – Eu já amei alguém, paixão é algo que não me atrai. Por esse motivo eu sou cínica, ou realista?

— Você é convencida de que o amor é movido por interesses próprios, desconfia da sinceridade e trata tudo acerca disso como se fosse natural do ser humano. – Quando Camila olha os olhos de Lauren novamente, neles ela enxerga um brilho intenso. – As vezes acho que você teme a paixão. E todo mundo merece esse tipo de sentimento uma vez na vida. Suas músicas são a prova disso, elas vão onde você não tem coragem de ir. Você precisa de uma paixão virulento que seja como nicotina, heroína e morfina. Reconhece? É sua música. Fala bem de paixão para quem nunca se apaixonou.

Camila trava por alguns segundos e perde a fala. Não tem certeza se deve fazer um comentário sarcástico ou simplesmente ignorar, ou se deve beijar seus lábios e tirar sua roupa. O álcool nubla sua mente, ela desvia o olhar e força um sorriso, sentindo uma coceira na garganta.

Lauren sorri pra sua reação e Camila nota um coração vermelho desenhado no bolso esquerdo da sua camisa de botão preta, dentro do coração está escrito "love me".

Lauren estava certa em tudo, menos na parte de que ela precisava de uma paixão avassaladora. Ela não precisava do que já tinha dentro daqueles olhos maravilhosos.

Ela bebeu todo conteúdo na sua taça e põe ao lado da cama. Ela nem pede permissão ou licença, apenas joga seu corpo sobre Lauren atacando seus lábios, sugando para sua boca, e geme quando Lauren aperta sua bunda, sem nenhum tipo de carinho. Sem preliminares.

— Você está bêbada? – Camila interrompe o beijo para perguntar.

— Na verdade não. Você está?

— Não.

Só por você.

— Foda-se. – Lauren também não podia mais se controlar.

— Foda-me.

Lauren não sabe se tem algo mais bonito no mundo do que Camila pedindo para ela fodê-la.

— Camila...

Camila abre os olhos novamente com o som do seu nome nos lábios de Lauren. Jauregui olha a cubana com atenção e então dá um pequeno sorriso perverso, antes de deslizar a mão pela sua barriga lentamente, indo ainda mais em baixo, só para sentir o calor entre suas pernas.

A cubana estica os dedos, um segundo antes de Lauren retirar sua blusa, mudando para a playlist de "party" para "sexo". Então, Don't Blame me, começa a tocar e tudo faz sentido.

— Preciso saber qual gosto você tem.

Sua boca bate ligeiramente e de forma desajeitada nos lábios de Camila, enquanto suas mãos escorregam a calça de moletom por suas pernas. Seus dedos tremem alguns segundos, porque Camila morde seus lábios vorazmente, a deixando momentaneamente distraída até conseguir puxar a calça para baixo, até que Camila esteja usando apenas sua calcinha.

— Uau. – Lauren faz uma pausa por apenas um momento para admirar a beleza que é o corpo de Camila, cheio de curvas nos lugares certos. Ela nunca se perdoou por ter feito sexo com Camila dentro de uma caverna e ainda assim, desconhecer os detalhes mais íntimos do seu corpo.

Lauren cai de joelhos e não perde tempo acariciando seu rosto na frente da calcinha de Camila.

Camila arfa um pouco enquanto Lauren pressiona beijos quentes contra a sua calcinha, inalando o cheiro da excitação. Ela corre sua língua ao longo da peça de renda. Sem parar o que ela está fazendo, Lauren desliza as mãos delicadamente arrastando a calcinha por suas pernas.

Ela leva sua boca de volta a Camila em segundos, erguendo sua perna, colocando-a sobre seu ombro para abrir Camila ainda mais, e, por fim, correr a língua languidamente sobre o seu sexo agora todo aberto. O gosto de Camila é delicioso, e Lauren perde muito tempo lambendo cada pedacinho daquela pele, soltando um gemido baixo ao ouvir o que Camila ecoar acima dela quando a ponta da sua língua roça em seu clítoris.

— Lauren, por favor. – Camila ofegou.

Lauren decide provocá-la, ela quer tirar mais suspiros e gemidos de prazer da garota acima, ela quer Camila implorando para gozar. Então envolve seus lábios no clitóris de Camila sugando suavemente a carne inchada.

Lauren volta subindo, beijando seu corpo enquanto Camila reclama da falta de contato lá em baixo. Ela dá um beijo demorado na sua boca, e então escorrega a boca até seu ouvido.

— Eu quero que você sobre mim. – Camila geme em resposta, aquela voz rouca pedindo com tanto tesão. Nem que ela quisesse poderia dizer não. Então, ela empurra Lauren contra o piso.

Há um baque quando o corpo bate no chão, mas Lauren nem tem tempo de se preocupar com isso. Camila se ergue sobre ela como uma deusa do sexo. Lauren agarra suas cochas e beija a pele macia ali.

— Isso... – Geme baixinho com o sotaque rouco, enquanto afasta as mechas de cabelo castanho caindo no rosto.

Lauren não perde tempo, e abocanha seu clítoris mais uma vez. Camila geme mais alto dessa vez, o gemido mais alto do que todos que vieram antes e que certamente pode ser ouvido fora do quarto. Nenhum das duas está se importando. Sua mão prende os fios do cabelo de Lauren, agarrando o cabelo escuros em torno de seus dedos.

— Mais, Lauren. – Ela implora. – Por favor, mais...

Lauren não faz imediatamente o que ela pediu. Ela primeiro desenha com sua língua círculos lentos, gradualmente movendo-se mais baixo fazendo a ponta da sua língua começar trabalhar dentro e fora da entrada de Camila. Uma vez que Camila está suficientemente envolvida, ela traz uma de suas mãos para cima e lentamente substitui sua língua pelo dedo indicador até que esteja completamente dentro de Camila

— Porra... Eu vou- Lauren...

Suas palavras incoerentes são interrompidas por um gemido gutural que parece triplicar a própria excitação de Lauren. A mão de Camila solta seus fios lentamente, ainda gemendo, cedendo aos espasmos do seu corpo. Lauren deixa que ela tenha seu momento de glória sozinha, escorregando seus dedos para fora apenas usando a língua pronta para capturar cada gota do seu orgasmo.

Camila cede em seus braços, caindo sobre Lauren um segundo depois. Os fios do cabelo quase tapando seu rosto.

Lauren rapidamente prende os dedos atrás das costas, erguendo minimamente para retirar o sutiã. Camila ofega um pouco surpresa, antes de morder o seu queixo. Ela acompanha com um sorriso enquanto a jogadora se contorce para fica nua. Reprimindo um gemido, quando os corpos úmidos e nus se tocam.

Camila beija a boca de Lauren. Já estava pronta para mais. Sentia como se estivesse sempre pronta pra ela.

As bochechas de Lauren estão vermelhas e sua respiração está irregular quando ela se afasta por um momento, correndo as mãos sobre os quadris, entre as pernas, provocando Camila, que estremece sob seu torque.

— Laur... – Lauren morde o lábio.

— O que você quer, Camila?

Sem dar chance de Camila responder, ela escorrega a boca ao redor do mamilo, sugando suavemente.

— O que você quer, Camila? – Repetiu.

Sua mente não é capaz de formar pensamentos coerentes, mas Camila se força a olhar para ela.

— Você, você dentro de mim... Novamente... Com força.

Lauren desliza os dedos entre suas pernas e Camila engole um gemido, quando beija seus lábios profundamente, deslizando os dedos em círculos, antes de enfiá-los sem qualquer tipo de carinho dessa vez.

— Você é tão gostosa. – Lauren murmura em seu ouvido enquanto ela lentamente começa a se mover, obrigando a respiração de Camila morrer em sua garganta.

— Você fode tão gostoso.

Os dedos de Camila apertam uns contra os outros. Seus pulmões queimam a cada golpe de seus dedos em sua boceta. Camila quer ela toda dentro. O tempo todo.

— Lauren- você é... es tan... Te quiero tanto... Ah!

O corpo inteiro da cubana se tenciona e seus quadris se levantam involuntariamente quando Lauren começa a aumentar o ritmo. Nada parece ser suficiente. Ela beija seus lábios, sua mandíbula, seu pescoço, seus seios

— Não vai gozar agora – Lauren sussurra, diminuindo o ritmo só para lhe provocar.

Camila respondeu esticando Lauren mais pra cima dela, puxando seus quadris até que estivessem sobre sua coxa. Lauren geme e Camila fecha os olhos sentindo ela molhar sua perna com sua excitação. Então Camila segura nos punhos de Lauren obrigando ela a roçar contra seu corpo.

Um pouco confusa ela olha para a cubana que diz a única coisa que tem em mente.

— Eu preciso ver você gozar sobre mim.

Lauren dá um sorriso perverso, passando a mão pelo cabelo, e então ela começa a se mexer. Roçando em Camila, gemendo enquanto se movimenta ali.

— Sim. – Camila geme. – Assim, Lauren.

Cabello cobre os seios com as mãos e seus movimentos imediatamente se tornam mais confusos, mais fortes, mais desesperado.

— Camila. – Ela murmurou, pressionando mais ainda na perna.

Ela se inclina e empurra a mão para trás entre as pernas da cubana, ainda se movendo em sua perna. Empurrando com mais força, e Camila sente seu corpo queimar contra o toque dela.

—Eu quero que você goze comigo. – Pede prendendo o cabelo contra os dedos com um tesão mal controlado.

— Tudo o que quiser, mi sexy reina, goza sobre mi...

— Repete... – Lauren implora, ouvindo aquela voz rouca e quente falar obscenidades em sua língua nativa era delicioso.

—  Mi sexy reina, goza s-

Lauren não deixa Camila terminar a frase, puxando-a para beijar com força, deslizando para o centro, unindo seus sexos, começando a se esfregar com mais ímpeto. A sensação de sentir o corpo de Camila deslizar e tremer sobre o seu é inenarrável.

— Lauren... não-não pare...

— Porra, eu vou...

A respiração de Lauren falha, mas ela mesmo assim não para. O calor cresce em todos os lugares, os músculos tensionam, e as paredes pulsam em busca de alívio para aquela dor.

Camila a beija com força, assim que seu corpo cai em orgasmo. Ofegando quando Lauren goza em seguida. Tudo entre elas é arrepio e calor. Camila nunca vai esquecer de sentir Lauren beijando seus lábios, gozando sobre ela.

Ela treme e geme enquanto ondas de orgasmos continuam correndo através de dela, através das duas.

Lauren cai sobre o corpo de Camila, e ela sente como se nunca mais precisasse estar em outro lugar. Por algum tempo as duas ficam na mesma posição, respirando com dificuldade, deixando a camada de suor secar em sua pele.

Camila beija o pescoço de Lauren, antes de ter força suficiente para murmurar.

— Isso foi... 

— Eu sei. – A voz rouca responde.

Ela se ergue e beija aqueles lábios bonitos brevemente antes de afastar os olhos verdes. Camila sente como se nunca mais pudesse viver sem sentir aquilo outra vez. Lauren dá pra ela um de seus sorrisos suaves, enquanto esconde em sua orelha uma mecha de cabelo.

— Você é a mulher mais linda do mundo, Camila.

Cabello responde corando fortemente, mordendo o lábio tentando não fugir do seu olhar. Seu rosto está perto o bastante para ela poder ver a cicatriz translúcida sobre seu nariz, perdida entre suas sardas. Ela escorrega os dedos para cima e acaricia a pele levemente.

Lauren estremece um pouco.

A voz de Camila é suave e um pouco rouca quando ela expira.

— Eu amo ver todos seus detalhes de perto. Você parece Vênus de Milo. Parece que cada detalhe seu foi feito por um pintor diferente. Os olhos são de Maquiavel, os lábios, provavelmente inspirados nos lábios da Monalisa. Você é a coisa mais linda que meus olhos viram, Lauren. Você faz as pinturas parecerem meras tintas desconexas.

Lauren se inclina e a beija. Estão quentes, e são macios e familiares e Camila sente isso queimar em seu peito. Lauren puxa seu quadril até que cada centímetro esteja nivelado, erguendo-se por pouco com os braços.

Camila acaricia suas costas, desenhando artes imaginarias como em uma tela.

— Qual à distância de Barcelona para Nova York? – Murmura nos ouvidos de Lauren.

A jogadora puxa para mais e mais e mais perto, as pernas emaranhadas com as delas, os dedos entrelaçados. Parece que são uma pessoa só.

Maior hot da história das minhas fics KKKKKKK

Capitulizinho cheio de amor, sexo e revelações pesadas.

Uma leve curiosidade: Cínico tem sentindo literal e o sentido filosófico. Lauren se referia ao sentido filosófico que foi fundado por Antístenes, discípulo de Sócrates. Para os cínicos, o propósito da vida era viver na virtude, de acordo com a natureza, sem sucumbir a sensações mundanas, o amor é algo mundano e deve ser visto como tal.

Antes de vocês passarem para o próximo, quero salientar uma coisa. O Ty Dolla da vida real nunca foi acusado desse tipo de violência que é horrenda, esse comportamento predatório e doente é do personagem que só existe na ficção. Por que to explicando isso? Porque eu não quero é passar a imagem errada que todo homem negro é bandido ou comete crimes dessa natureza.

Dito isso, eu havia dito que esse capítulo seria duplo, e seria, mas ces já notaram o tamanho dele? É imenso e eu notei que se cortasse teria que dividir o hot em dois. Então organizei direitinho e ficou bom assim.

Desculpe mais uma vez pelo atraso, eu tento manter as atualizações sem muita demora, mas estou as vésperas de voltar as aulas e tenho que organizar tudo sozinha, pela primeira vez na minha vida sem ajuda de minha mãe. O mal de ter 20 anos, é que toda responsabilidade é sua! huhehuehheheheuheuhuehu

Ah, mais uma coisa, tem uma fic nova no meu perfil. Pra quem curte fics gip e com histórias cheias de drama :D

Pra quem le profanos, hoje ainda(provavelmente de madrugada) eu atualizo. Tenho que corrigir e talssss.

Vejo vocês em breve, obrigada pelas mensagens de intimação pra uma att kkkkk, elas me motivaram e me deixaram com medo :O

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