Teoria do amor ao caos ✔️

By valeofdolls

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Camila ama o controle. Ama tanto que fez uma lista de todas as etapas que tem que passar até chegar na sua so... More

notas da autora
Um - A nova estrela (é um saco).
#2
Dois - Você é culpada
Três - Entre odaliscas e rivalidades
Quatro - A garota mais legal do mundo. Parte 1
Exposed #4 & #5
Cinco - A garota mais legal do mundo. Parte 2
exposed - #6
Seis - O novo casal (SQN)
Sete - Dupla do caos
Exposed #8
Oito - Diet coke, batom e maconha
Exposed 9
Nove - Amordaçada e stalkeada (o que falta?)
Exposed #10
Dez - O ritual da tartaruguinha, dois beijos, e um banho.
#0 - Seja bem-vindo a Santa Clarita
Onze - A luta de classes e a vida de merda.
Doze - Ela não tem nome e você não tem segredos :D
Treze - Verdades e caronas não fazem mal a ninguém(né?)
Quatorze - Teorias, chantagens e bandas indie (tem tudo a ver)
Exposed #15
Quinze - Todo mundo tá planejando algo (menos eu).
Exposed #16
Dezesseis - Bandaid, gols e pedidos inesperados
Bônus - Te amar trouxe consequências
Dezoito - As lições que eu aprendi com você.
Exposed 19&20
Dezenove - Calabaças, aqui estamos nós.
Dezenove - Calabaças, aqui estamos nós. Part 2
Vinte - Raios, faíscas e feromônio
Vinte e um - Eu sinto você
vinte e dois - Lições do papai
Vinte e três - Boias para nos salvar
vinte e quatro - eu te deixei (mas não vou te abandonar)
Exposed #25
Vinte e cinco - Lolo não sabe brincar
Vinte e seis - Pare de quebrar meu coração
Vinte e sete - Não faça isso comigo
Exposed #28
Vinte e oito - A bruxa está solta.
Vinte e nove - Quente e doce.
Trinta- Ação de (des)graça
Exposed #31
Trinta e um - Cinismo, luxuria e crueldades
Trinta e dois - Constelações, beatles e magnitude
Exposed #33
Trinta e três - Feliz Natal, felizmente.
Trinta e quatro - A Borboleta levanta vôo
Tudo que ficou no passado #1
Livro dois - Capitulo Um - Ponto de Ruptura
Livro dois - Protetora
Livro dois - Tudo por ela
Livro dois - Planos infalíveis são quentes.
Namorados novos são um saco.
Recuperando corações perdidos
#2 Tudo que ficou no passado.
Livro dois - Chegamos até você.
Livro 2 - Epitáfio
Livro dois - Consequências
EXPOSED - DOIS ANOS :O
Livro 3 - Seguindo em frente
Livro 3 - Nós
Final - Teorias do amor e ensaios sobre o caos
Epilogo

Planos, tapas merecidos e legos

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By valeofdolls

- Que beijão, Mila.

Nicholas Turner berra e Mike nota que a cubana está de volta.

Mila deu um sorriso amuado, enquanto seus amigos zoavam pela décima vez a sua imagem beijando uma loira que atendia pelo nome de Brooke no telão do estadio. Ela estava envergonhada e tentando a todo o momento mudar o assunto. Ponderando Mike se deu conta que aquele beijo era um sinal que ele precisava definitivamente se apressar ou seu plano não daria certo.

O jogo já tinha acabado, mas a torcida permanecia em grande parte cantando e aplaudindo.

- Camila, eu acho que vou me juntar a minha irmã. - Disse antes que Lucy tomasse Lauren pra si e não soltasse mais. Ele queria parabenizar sua irmã.

- Oh, tudo bem. - Disse ela. A cubana voava mais que o comum naquele fim de tarde. - Desculpe por ter te deixado sozinho, eu não gosto muito de multidões.

- Tudo bem. - Ele tranquilizou-a. - Vejo você amanhã.

- Até.

Millie e Will tinham ido comprar algo pra comer e ele esperava encontrá-los na saída. Era a primeira vez que a amiga saia com eles, ainda que tenha sido escondido, mas supriu muito bem a sua vontade ansiosa de tê-la em qualquer programação que ele fosse fazer.

Antes de Mike notar ele estava atravessando a massa de expectadores, chegando o pequeno portão na saída até chegar aos vestiários. Era uma zona só lá dentro, cheio de gritos e sorriso. Ele passou apressadamente por Lucy e chegou até Lauren que o puxou para um abraço.

- Você foi ótima! - Mike gritou, ainda no meio da confusão, e Lauren bagunçou seu cabelo com carinho.

- Só porque eu sabia que você estava vendo, - ela beijou no rosto. - Você é meu amuleto de boa sorte.

Mike sorriu de volta para sua irmã e o momento foi interrompido pela chegada de Vives.

- E eu aqui pensando que era o seu amuleto da sorte, babe. - O garoto fez uma careta quando Lauren o soltou e abraçou sua namorada. Em vez de ficar vendo o momento entre as duas ele foi até Normani, que agora tinha Dinah presa em seus braços. A multiplicação dos casais.

- Hey, Mike, - Normani o acolheu com um sorriso caloroso. - gostou do jogo?

- É claro. - Disse Mike. - Vocês foram fantásticas como sempre. Foi muito divertido.

- Você já falou com a Lauren?

- Sim, - respondeu Mike, com um encolher de ombros azedo na direção da sua irmã, que ainda estava tentando fugir das garras de Lucy, - mas ela tinha outras coisas para se preocupar.

- Estou com você, pirralho. - Alycia disse, aparecendo atrás dele com um olhar semelhante no rosto. - Eu não gosto dela.

- Vocês não gostam de ninguém que Lauren namore, - Normani argumentou, dando outro beijo em Dinah.

- Eu só quero o melhor pra minha priminha. - Alycia sorriu irônica. - Essa garota não é o melhor pra ela.

- A Camila ia gostar de ouvir isso. - Dinah deixou escapar. Os olhos de Mike e Alycia brilharam em interesse.

- Conte-me mais...

- Baby... - Normani advertiu a namorada.

- Cale-se Kordei, eu quero saber.

- Nós vamos ali um minuto. - A garota negra puxou a namorada pela mão arrastando para longe dos primos.

- Que vadia.

- Poxa eu tinha quase certeza que elas iam ajudar com o meu plano.

- Que plano? - Perguntou Evans curiosa.

- Digamos que estou buscando uma opção melhor de namorada pra Lauren. - Respondeu Mike envergonhado. - Não conte nada a ela.

- Então você está armando para separar sua irmã da namorada? - Alycia sugeriu maldosa. - Interessante.

- Não. - O menino se apressou. - Eu estou querendo que minha irmã perceba que ela tem uma opção melhor.

- Qual opção seria essa?

Mike olhou para os dois lados antes de confidenciar baixinho:

- Camila Cabello.

O sorriso de Alycia se alargou rapidamente.

- Vou te ajudar.

- Sério? - Ele estava eufórico, o apoio de Alycia era muito mais do que ele esperava contar.

- Sim. Vamos juntar essas duas. Qualquer coisa pra eu não precisar aguentar essa garota.

Mike sorriu por dentro levando os olhos até Lucy, pegando muito rapidamente um olhar suspeito dela para a nova goleira das lobas, ele balançou a cabeça.

Isso ia ter que resolver.

Depois de mais alguns momentos, Lauren conseguiu fugir dos braços da namorada e foi até sua família, os dois olhando para ela com a expressão fechada.

- Honestamente, é só ele ver uma câmera que pula no seu pescoço.

Lauren rolou os olhos agudamente, encarando o irmão e depois notando que Dinah, Normani estava com os irmãos Turner, ela murmurou algo baixinho quando notou a ausência de certa cubana.

- Camila te deixou aqui?

- Foi - Mike mentiu. Não queria causar mais atrito entre elas.

Lauren fungou com desdém, fazendo um pequeno bico com os lábios.

- Com a namorada? - Alycia inclinou a cabeça em confusão.

BINGO! Malditas câmeras de TV. Lauren também tinha visto o beijo.

- Isso parece uma carinha triste de ciúmes.

- Foda-se - Lauren respondeu bruscamente, cerrando os olhos para prima. - Vamos pra casa, quero descansar.

Ele precisaria de toda ajuda definitivamente.

Lauren ainda estava eufórica com a sua primeira vitória da temporada. E os alunos de Alexander Maximus tinham levado isso a um nível acima de euforia. Depois de quase não conseguir sair do estacionamento, ela foi recebida com uma grande salva de palmas quando entrou na sala de aula de Anabeth Thompson, na manhã de segunda-feira, até mesmo ganhando um sorriso empolgado pra professora.

Lucy separou-se de Lauren com um rápido beijo na bochecha antes de ir para o seu lugar. Ela estava ainda mais feliz que a namorada com toda aquela bajulação.

Jauregui baixou a cabeça em um rápido agradecimento as palmas e se sentou ao lado de Camila, que tinha o rosto enfiado em sua cópia de Orgulho e Preconceito.

Sem querer evitar, ela deu uma analisada carrancuda em Camila. A cubana usava uma blusa branca da Stussy e jeans pretos, seus cabelos soltos exalavam um cheiro delicioso. Lauren sabia que ela era muito cheirosa, com raiva parecia que era ainda mais.

Estava chateada, a verdade dura e sincera era essa. Ela sabia que não tinha direito algum, mas estava, e esse ciúme cutucava seu estômago a cada vez que ela voltava involuntariamente a lembrança do beijo que Camila deu em Brooke. Aquela química e desejo eram algo que pensava ser exclusivamente seu e dela. O que na realidade era um pesamento muito ingênuo, ninguém se entrega igual a ninguém.

Mila continuou com o rosto enterrado no romance em sua mesa, indiferente a Lauren, parada do seu lado com a cabeça fervendo. Ambas com um tipo diverso de ciúme. Nenhuma das duas com coragem suficiente para admitir.

- Debatam entre si antes de começar seus relatórios. - As instruções de Anabeth animaram a classe, mas Lauren preferia que às atividades naquela manhã fossem individuais.

Jauregui franziu o cenho. Se inclinado para frente, a luz do seu relógio de ouro branco cintilou, antes de ela colocar a mão no ombro de Camila.

Seus olhos castanhos brilharam reconhecendo Lauren e, em seguida, outra emoção brincou em seus olhos.

Lauren afastou.

Aquele olhar enigmático de Camila Cabello era um mistério pra ela, sempre atraente, sempre mudando.

- Bom dia, Cabello. - Disse simples e diretamente.

- Oi Lauren. - Camila respondeu no mesmo tom, levando o olhar de volta às palavras impressas no livro.

Lauren acenou com raiva, agora escaparia de Camila e ia se concentrar em Elizabeth Bennet.

Embora elas tivessem estabelecido uma trégua, teriam que debater sobre o assunto do livro, e era exatamente aquele trabalho que tinha levado-as até ali. Ambas eram tão teimosas, e não iam recuar em seus pontos de vista. Se a escola entregasse prêmios para as pessoas mais pacíficas, Camila e Lauren não estariam nem no top 100.

- Camila, a primeira coisa que Darcy faz é insultar Elizabeth, essa não é uma maneira apropriada de se começar uma relação saudável.

- Bem, ele não sabia que ela estava ouvindo e, além do mais, as pessoas podem mudar e crescer e...

- Então você namoraria alguém que te chamou de feia na primeira vez que te conheceu?

- Ninguém faria isso. - A cubana devolveu provocando Lauren.

- Ah e eu sou a pessoa egocêntrica. - Jauregui rebateu no mesmo tom e completou com escárnio. - Sua namorada anda amaciando seu ego direitinho.

- Você não acha? - Diz ela com um sorriso demorado e Lauren se enraiva ainda mais por ela não negar que Brooke era sua namorada.

- Minha opinião sobre a sua beleza é irrelevante.

- Eu sei o que você viu. - Mila foi direta dessa vez. Talvez estivesse cansado dos joguinhos - Essa sua cobrança é tão bizarra que eu sinto vontade de rir. Lembre-se que a única pessoa em um relacionamento aqui você.

O pai de Lauren uma vez tinha dito a ela que o silêncio era um aliado poderoso quando não se sabe o que dizer. Quem a dera tivesse lembrando disso antes de proferir suas palavras seguintes:

- Você está jogando com nós duas, fazendo algum tipo de leilão com os seus sentimentos ou eu estou entendendo errado? Quem der mais é o vencedor ou algo assim?

Lauren se deu conta de como ela tinha ido longe demais, assim que fecha a boca. Camila dá um olhar demorado em Lauren, um olhar que não dá pra ela fugir. Dói em Lauren, uma dor que é mais amarga porque foi causada por ela própria.

Camila puxou a folha que escrevia efusivamente e arrancou com raiva do caderno. Ela cruzou a sala pisando duro até pegar a folha e colocar sobre a mesa da professora Thompson. - Eu terminei.

Lauren arrancou a página da sua atividade pela metade com um calor febril subindo na sua pele. Ela não podia deixar Camila ir embora pensando que tinha insinuado que era uma interesseira. Porra.

- Eu também acabei. - A jogadora lançou a mochila nas suas costas e correu pra fora.

Os corredores ainda estavam vazios, e não havia sinal algum de Camila por ali. Lauren foi andando em direção aos armários, desistindo de buscar Camila. Conversaria com ela e explicaria tudo em outro momento. Quando as duas não estivessem tão chateadas e com raiva.

A única coisa que jogadora não previu foi que Camila também esperava por ela. O sangue latino fervente e sua própria personalidade explosiva não levariam aquele desaforo para casa.

Camila atravessou todo o corredor com os punhos travados e o queixo cerrado.

Sua mente não processava nada, além das palavras de Lauren e em como doía.

Jauregui deu um passo a frente, meramente aliviada e quando abriu a boca pra falar, a próxima coisa que sentiu foi a mão de Camila se chocando contra a sua face. O estalo foi bem audível e os olhos de Lauren ficaram vermelhos com a dor.

Vermelhos no mesmo tom dos olhos de Camila. Ela tinha chorado

- Vá pra o inferno, Lauren. - Ela sibilou. - Faça a porra de um favor para nós duas e me deixe em paz.

Da mesma maneira que chegou foi embora, Lauren não podia imaginar onde doía mais.

Alycia não sabe se está dividida entre um mau humor do cão, e o desejo de cometer um homicídio. Aulas de química nunca foram boas contribuintes para o seu bom humor, e para piorar, Sophie definitivamente tinha tirado a manhã pra lhe irritar.

Involuntariamente, é claro.

Primeiro Alycia notou que Sophie usava uma camisa do time com o número sete nas costas. Sete de Normani. Elas eram muito amigas... mas ex-namoradas também merecem um pouco de crédito, não?

Segundo e mais importante, a ruiva estava muito animada em um papo com Paul Ruddy. Tão importante que mal se tocava que o professor observava o casal com uma cara nada boa.

- O meu filme favorito do Kubrick é obviamente... - Laranja mecânica, Alycia ouviu sua mente responder. Como aquele garoto babaca de cabelo ridículo não tinha notado os vários bottons com a temática do filme em sua mochila?

Alycia mordeu os lábios, ela estava ficando cada dia mais patético. Sentir ciúmes da ex-namorada é algo que Alycia Evans não podia fazer. Como em uma resposta desaforada aquilo, seus ouvidos voltaram a prestar atenção em Sophie.

- Eu posso te mostrar... - Paul anuncia pomposamente. - Eles servem o melhor camarão de toda Califórnia.

Óbvio que a resposta aquele convite seria não. Paul Ruddy nem fazia o tipo dela, Alycia tinha quase certeza que ele era gay. Se bem que a maneira que ele olhava para os peitos da moça dizia o contrário.

- Sim, eu adoraria. - Ouviu a voz doce de Sophie responder.

Ela bateu seu lápis com tanta força contra a mesa que o mesmo se partiu em dois pedaços com um bem audível crack.

Alguém me tire dessa sala agora! Onde está Lauren nesse momento?

Uma das franquezas de ter sempre tudo aos seus pés era a incapacidade de lidar com momentos como aquele.

Alycia sentia como se fosse surtar.

Eventualmente a aula acabou e Evans pulou da sua carteira, suspirando aliviada. Ela mal podia acreditar que deixaria aquela câmara do pavor.

Encostou-se na ponta da escada e exalou o ar dos seus pulmões de uma só vez.

- Oi?

Alycia virou-se bruscamente reconhecendo a voz rouca. Sentiu uma pontadinha de várias coisas quando notou Eliza Griffin parada na sua frente. Quando sua vida tinha se tornado aquele episódio de Jane The Virgin? O papel de romântica-histérica era de Lauren não seu. Sua prima era a canceriana da família.

- Você está bem?

- Eu... hum... ótima. - É claro que ela não estava considerando que beijar os lábios da loira tinha mudado todo seu chacra e agora uma nuvem negra de carma morava na sua vida.

Eliza piscou algumas vezes, como se buscasse a palavra mais correta pra usar. Apreensiva não se deu conta em como não tinha nada suspeito naquela conversa entre aluna e professora.

- Eu vi seu jogo, você foi brilhante. Eu fiquei surpresa.

- Oh, obrigada. - Alycia sorriu. Era bom saber que ela tinha visto seu jogo. Ela abriu a boca como se quisesse dizer mais alguma coisa.

- Eu- uh, na verdade queria me desculpar por ter deixado subentendido alguma coisa.

- Tudo bem, eu entendi seu ponto de vista. - deu de ombros.

Ergueu os olhos finalmente, olhando para a professora que recuou como se tivesse acabado de levar um pequeno choque. Parecia que o contato entre elas gerava eletricidade.

- Então, uh, eu vejo você na próxima aula?

- Sim, senhorita Griffin.

- Pode me chamar somente de Eliza... quando seus colegas não estiverem perto. - Completou rapidamente.

Alycia sorriu. Ela estava pensando se a mulher sugeria aquelas coisas a outros alunos.

- Na verdade, eu prefiro manter as coisas bem definidas. - Alycia sorriu - Com licença.

Encontrou Lauren parada do lado do seu carro no estacionamento. Com uma cara nada boa. Enfim uma coisa boa no meio daquele caos. Iam pra casa, livres de treinamentos. Enfim uma noite sem exercícios e sem precisar olhar na cara de Tyrone Rodgers.

- O que você tem? - Estranhou o comportamento de Lauren de levar uma garrafinha de água gelada a todo o momento no lado da sua face. - Por que está com essa cara?

Lauren franziu o cenho e apertou sua garrafa de água com tanta força que a garrafa se torceu em seus dedos.

- Isso não importa.

- Ok, né.

Sua prima suspirou umas três vezes parecendo um dragão a ponto de lançar chamas antes de responder sua pergunta:

- Camila me deu um tapa na cara. - Murmurou levemente envergonhada.

- Camila o quê?

- Camila me deu um tapa na cara!

- O que? - Riu. - Isso é sério? Por quê?

Lauren deu de ombros, parecendo levemente envergonhada.

- Bem, talvez eu tenha insinuado que ela estava fazendo leilão com os seus sentimentos.

- Eu acho que você mereceu muito esse tapa. - Disse a verdade. - Como você pode sugerir algo assim, Lauren?

- Eu não estava falando disso. Ela entendeu tudo errado, e você também.

- Então explique.

- Eu não quero falar disso. - Lauren fez uma careta. - Porra, ela bate muito forte, olhe pra minha cara.

De fato, uma pequena marca vermelha era bem visível logo abaixo dos olhos. Mãos pequenas, golpes fortes.

- Priminha, seja sincera. Quem você acha que está ganhando essa guerra? Brooke dá a Camila saidinhas românticas, pedidos de namoro, e o que você dá a ela? Beijos escondidos, acusações arrogantes e mal tem coragem de terminar com uma pessoa que você nem gosta. - Pontua olhando fixamente para Lauren. - O que você escolheria olhando as coisas sobre a perspectiva da Camila?

- Eu nã-

- O que você escolheria Lauren? - Insistiu.

A jogadora murmurou tão baixo que Alycia mal pode ouvir. Maldita, seja Alycia Evans e sua mania de ter razão quase sempre.

- Eu não entendi.

- Brooke Lauren! Não era isso que você queria ouvir?

- Você sabe o que quer, termine com Lucy e tente conquistar Camila. Do jeito que você quer fazer as coisas, vai perder essa disputa de lavada.

- Por que de uma hora pra outra você ficou tão sensata?

- Só estou vendo as coisas sob outra perspectiva.

- Uau, o que um fora não faz nas pessoas.

- Eu tenho boas notícias, Don Juan. - Ela exclama. - Sinuhe Cabello deixa o consultório às nove e meia. Você tem quase três horas pra ir em casa, tomar um banho e ir conversar com Camila.

- Como você fica sabendo dessas coisas?

- Conhecimento é poder, - Disse ela. - Camila já esteve na minha lista, eu precisava ter informações... Não faça essa cara. Dê o fora que vou me encontrar com o Mike.

Mike descia as escadas do estacionamento com os dois melhores amigos quando Alycia o encontrou.

- Onde está a Lauren?

- Mudança de planos, pirralho. - Alycia respondeu. - O plano camren está em ação.

- Eu já te disse que eu prefiro Laurmila? - Ele reclamou emburrado. - é meu plano eu tenho direito de nomeá-lo.

- Pena que ninguém se importa. - Alycia abraçou o ombro do primo. - Que tal uma pizza?

- Se você pagar eu vou... - Ele ficou um tempinho quieto até que: - Alycia?

- Hum...

- Você acha que elas vão ficar juntas?

- Se elas quiserem sim.

- E se elas não quiserem?

- Elas não têm escolha. - Finalizou Evans.

Os dois trocaram um olhar demorado e riram. Elas não tinham escolha mesmo.

Camila estava jogada no chão da sala ouvindo sua cópia de The 1975 nas alturas. É claro que ela tinha que viciar na banda que a maior babaca da Califórnia tinha lhe apresentado, e é claro que agora ela estava se sentindo ainda mais chateada pelas palavras da jogadora e muito mais por ter lhe respondido com um tapa na cara.

Foi uma atitude 100% emocional, no entanto, ela não podia acreditar que Lauren teve coragem de insinuar que pretendia leiloar seus sentimentos.

Lauren tinha passado do limite. Mas nem isso serviu pra que ela tomasse coragem pra dizer sim ou não a Brooke. Namorar a loira era o caminho mais seguro, aceitar seu pedido ajudaria a manter Lauren longe tempo suficiente pra Camila organizar seus sentimentos novamente. Porém, isso parecia absurdamente usar a loira, que só tinha melhores intenções com ela.

- Porra... O que eu faço cão? - O peixinho continuou buscando migalhas da ração na água indiferente as suas palavras. - Eu definitivamente cheguei ao fundo do poço, estou pedindo conselhos a um peixe...

Mila jogou-se na cama, erguendo alguns objetos largados ali. Entre eles, uma caixa que juntava tudo que a jogadora tinha lhe dado, inclusive o celular. Na terça ela levaria pra escola e ia entregar nas mãos de Lauren aquelas coisas. Ela que fizesse bom aproveito de tudo.

Alguma coisa bateu contra o vidro da sua janela rolando pra dentro do seu quarto atraindo sua atenção. Provavelmente os filhos pestinhas da vizinha, eram as duas crianças mais hiperativas que Camila já tinha cruzado, pra piorar os pais deles deram estilingues e os dois passavam o dia atirando pedras contra janelas.

- Ai! - Ela exclamou, quando uma pedra do lado de fora bateu na quina da janela e voou até sua cabeça.

Cabello aproximou-se da janela, pronta pra soltar os cachorros nas duas pestes quando, de repente, ficou sem palavras. Lauren Jauregui de pé sobre o gramado da sua casa. Era uma peste de qualquer maneira. Ainda mais parecendo um corvo, usando preto da cabeça aos pés.

- Me desculpe. - Pediu, com o rosto erguido olhando Camila.

- Vá embora. - Mila ralhou tentando não falar muito alto e toda sua vizinhança acabassem percebendo o que estava acontecendo. - Você bebeu?

- Eu não bebo.

- Fumou maconha? - Sugeriu ainda apoiada na janela.

- Não. Só preciso conversar com você.

- Você é surda? Eu não quero conversar com você.

- Por favor.

- Desgraçada. - Sussurrou, sumindo da janela um segundo e voltou-se logo depois para sussurrar/gritar - De jeito nenhum, já mandei ir embora.

- Eu não vou sair daqui até você me ouvir, sou bastante insistente.

- Por mim você pode dissolver na chuva, não temos mais nada pra conversar.

- Camila...

- Eu disse não, Jauregui!

- É? - Devolveu. - Passarei a noite toda aqui.

Afrontosamente ela atravessou o gramado da sua casa e sentou-se no capo do seu carro. Pequenas gotinhas de chuva batiam na sua face e escorriam pelo seu rosto. - O que vai dizer a sua mãe quando ela chegar do trabalho e me ver aqui?

- Que você é uma lunática que não sabe aceitar "nãos".

Mila fechou a janela com tudo e depois de uns instantes voltou a abrir, atirando a pedrinha que Lauren tinha usado para acertar sua janela contra ela. Se a jogadora não estivesse atenta, Camila tinha acertado o alvo.

- Da próxima vez eu acerto no seu carro... Cretina.

Fechou mais uma vez a janela, e ficou zanzando pelo quarto. Volta e meia ela dava uma olhadinha lá em baixo e Jauregui estava parada no mesmo lugar, sentada em seu carro. O chuvisco ia lentamente se tornando uma chuva mais forte e o cheiro de hidrogênio denunciava que uma tempestade cairia dali a poucos minutos.

- Cão... - Parou de frente do aquário. - Eu vou cometer um crime hoje à noite. - O peixinho dourado encostou-se ao vidro e depois se virou indiferente.

Mila desceu as escadas da casa resmungando em todos os idiomas que conhecia vestindo seu moletom amarelo e puxando a tranca da porta de uma vez.

- Deus, eu espero que tenha uma vaga no céu pra mim.

Ela sai de casa, Lauren arregala os olhos sem acreditar. As casas da vizinhança estão silenciosas. No entanto, Mila sabe que seus vizinhos ouviram a gritaria e sua briga com Lauren vai ser a pauta na manhã seguinte.

- Você está pensando que eu vou te buscar? - Gritou da parte de dentro. Ela que não ia se molhar.

Lauren se aproximou cautelosamente, como se esperasse que a cubana fosse lhe agredir mais uma vez.

- Entre logo! - Camila puxou-a pela mão. - Sua sorte é que tenho pena das pessoas.

Apontou em direção as escadas da sua casa. Teria aquela conversa no seu quarto, não queria correr o risco de a sua mãe chegar e vê-la matando Lauren Jauregui.

Subiram as escadas sem trocar uma única palavra. Ela abriu a porta do seu quarto e esperou a jogadora passar para entrar. Lauren estava pingando pela chuva que tinha tomado, e a água que escorria do seu corpo juntou uma pequena poça no piso do seu quarto.

- Você é uma praga! - Lauren começa a tirar seu moletom preto dos beatles.

- Eu não te autorizei ficar sem roupa. - Mila diz secamente. Ela para e fica com o moletom.

- Eu só precisava conversar ok. - Diz humildemente. - Fui idiota.

- Levou tanto tempo assim pra você descobrir isso?

- Você não consegue falar qualquer coisa que não seja ironia e escárnio?

- Não! Você começou isso primeiramente. Você me beijou primeiramente. - Mila acusou. - Você bagunçou a minha vida primeiramente.

- Não é uma competição, Deus do céu, Camila! Desculpe-me - Ela diz, finalmente, olhando nos olhos da cubana. - Eu sei que foram palavras pesadas, mas não é o que eu penso nem por um segundo. Eu só fiquei com ciúmes o bastante pra não controlar minha boca.

Lauren faz uma pausa, notando as expressões de Camila se suavizarem e prossegue.

- Sei que ciúmes não são justificativas. E sei que você não vai querer me ver nunca mais depois disso. Mas a questão é que eu... eu gosto de você. Não queria esperar até amanhã, até semana que vem, ou não sei. Se esse gostar quer dizer alguma coisa, ou se você gosta igual? Eu não sei. Mas o que eu sei, é que queria que você soubesse que eu sinto muito por ter sido idiota.

Camila não esboça nenhuma reação nem se sente capaz. Ela queria bater mais uma vez em Lauren, gritar com, ou colocá-la pra fora. Mas quando para pra pensar, ela estava muito mais preocupada em como os lábios dela eram convidativos. No fundo todos somos um pouquinho masoquista, é a dor que nos prende as pessoas.

Lauren recua sem entender as expressões de Camila e interpreta a sua maneira.

- Boa noite, Camila. - Diz tristemente. - Desculpe mais uma vez.

Quando Lauren dá o segundo passo em direção a porta, Mila lhe agarra pelo ombro com raiva. Com força e tomada pela surpresa, consegue girar a jogadora e as costas da maior batem contra a parede do quarto. Um gemido de dor escapa, mas ela não tem tempo de reclamar, porque seus lábios são atacados pelos de Camila, sugando sua boca com força, quase lhe causando dor.

Suas mãos afoitas puxam o moletom, retirando-o de uma só vez, tendo a ajuda de Lauren. Mas a noção do controle passa um segundo depois. Jauregui sobe suas mãos pelo corpo de Camila, tocando cada parte com ímpeto agarrando seus cabelos sem pudor algum. É tudo um véu dentro da cabeça e Camila, ela mal sabia seu nome, ou como se respirava de maneira correta.

Lauren ergue seu corpo minimamente, na confusão de mãos, se chocam contra o vaso de Camila.

- Você me deve um vaso de 100 dólares. - Mila sorrir entre um beijo e outro.

- Te pago mais dez... - Lauren também suspira, enquanto puxa o moletom amarelo da cubana deixando-o cair no chão.

-Isso só vai acontecer hoje... - Mila lembrou, sem conter mais um gemido. - Lembre-se que eu te odeio.

- Sim. - Lauren concorda mordendo seu queixo e sua mão livre aperta a sua bunda. - Eu te odeio mais.

- Sem compromisso.

- Sem sentimento. - Lauren completou, guiando-a até o tapete macio do quarto.

- Apenas sexo.

- Vire-se. - Ordenou, puxando seu corpo pequeno.

- Você não vai me colocar de quatro, sua cretina. - Mila empurra Lauren, mas é facilmente imobilizada. Lauren se inclina, pondo seus lábios de maneira sensual sobre os de Camila.

-Talvez não agora, mas vai me implorar, daqui a pouco.

Cabello nunca havia se sentindo daquela maneira antes. Uma gama de sensações queimando seu corpo como se ela estivesse dentro de uma panela fervente.

Jauregui desceu os dedos lentamente parando nos seios e os acariciando por cima da blusa.

Seu corpo ganha vida e se ergue sozinho, esperando que o incomodo no meio de suas pernas se intensifique.

- Aposto que você está vergonhosamente molhada - Lauren zombou.

- Aposto que você também está. - Devolveu mordendo seus lábios e soltando em seguida. - Aposto que sonha comigo. Posso notar o jeito que olha para mim.

- Você está sonhando. - Caçoou e mordeu seu pescoço. - Quando eu te olho estou pensando em maneiras de te matar. - Lauren apertou seu pescoço, deixando um gemido preso na garganta. - Em acabar com essa sua cara cínica.

- Mentirosa. - Mila gemeu vergonhosamente, Lauren apertou mais um pouco seu pescoço.

Lauren afastou as mãos dos seus seios, e com o corpo erguido beijou Camila. As mãos forma perdendo o ímpeto, ficando mais tranquilas. A chama ardia de uma maneira diferente.

- Que não haja dúvidas, - Camila parou o beijo e escorregou as mãos possessivamente para a linha do maxilar de Lauren - Eu ainda acho que você é uma idiota

- Claro que sim, princesa. - Camila inverteu as posições, deixando Lauren em baixo dela. Ela era ainda mais linda com aquele sorriso.

- Eu queria tanto de odiar de verdade. - Lauren disse em palavras, o que veio na sua cabeça.

- Sinto que...

- Shiii. Nada de premonições. - Puxou Camila pra mais perto. - Sem expectativas, sem consequências.

Mila terminou de tirar a blusa de Lauren, tocando os dedos pela barriga que diferente do que ela pensou não era cheia de músculos. Tinha uma barriguinha fofinha que ela cutucou pra provocar a jogadora. - É fofo...

- Fofo? - Lauren arrastou a voz. - Achei que ia dizer que era super sexy...

- Também é...

Um riso gutural deixa seus lábios. Voltaram a se beijar e Camila sabia que apesar dos beijos viciantes e da explosão inicial, elas não iam a frente por um motivo: Não era daquela maneira que sua noite deveria terminar. Não ainda.

Mila suspirou, e foi lentamente diminuindo o ritmo do beijo.

- Acho que estamos indo rápido demais. - Camila sorriu contra seus lábios - Você não acha?

- Não deixe isso em minhas mãos.

- Por quê? - Os lábios raspam um no outro.

- Porque eu não sou prudente como você, na verdade eu sou movida por desejo e paixão.

Mila deixou seu peso relaxar sobre Lauren. Era bom ouvir as batidas do seu coração daquele jeito e saber que ela tinha sido a culpada por seu corpo precisar de mais sangue circulando mais rápido.

- O que vamos fazer? - Sentiu a vibração gostosa do seu corpo sobre o de Lauren.

- Sexo? - A jogadora sugeriu rindo e Camila riu junto.

- Posso ser sincera? - Perguntou voltando mais rapidamente ao seu estado normal.

- Por favor.

- Eu não quero ser parte de um triângulo amoroso. - Seu dedo indicador delicadamente impediu Lauren de interrompê-la. - Já me senti assim, não é nada bom, mesmo eu achando Lucy tão legal quanto passas no arroz. Não quero mais participar disso, não dessa maneira.

Os olhos verdes acompanharam suas palavras, e Camila ficou apreensiva. Se Lauren quisesse fazer sexo, ela aceitaria. Mas no fundo aquela opção também traria a certeza que nunca passaria de uma grande diversão. Não era isso que ela queria.

Talvez Mila ainda fosse capaz de perceber, ainda, mas Lauren queria isso tanto quanto ela.

- Podemos ver as coisas sobre outra perspectiva? - Sugeriu Jauregui insegura. Os olhos da cubana brilharam e ela beijou mais uma vez seus lábios.

- Não me beije assim. - Lauren praticamente implorou. - Estou tentando ser racional... Beijos de língua não estão nessa categoria.

- Desculpe.

Jauregui ergue seu corpo trazendo Camila consigo, acabaram sentadas, com Mila sobre ela. Jauregui passa as mãos pelo corpo de Mila, escondendo seu rosto na curva do seu pescoço. Parecia tão errado, mas não tinham palavras pra descrever em como era bom.

- Amizade com benefícios?

Elas afastaram-se para se olhar. Camila sorriu, e deixou que o riso de Lauren soasse pela casa. Era bom de ouvir.

- O beneficio só virá se você ficar solteira.

Lauren assentiu e Mila mordeu os lábios, parecia uma ideia que provavelmente não daria certo em um primeiro momento, mas olhar as coisas sobre outra perspectiva, também parecia algo muito bom.

Estavam na mesma posição a alguns minutos, as pernas de Camila ardendo em câimbra, mas ela não queria sair dali.

Meio vestidas, meio excitadas, meio confusas. Metades de uma coisa inteira. Camila sentia-se como uma enorme peça de lego que depois de passar tanto tempo perdida encontra a sua parte que cabe.

- Acho que eu tenho que ir. - Lauren disse com a voz abafada pelos cabelos de Lauren, e Mila quase pediu pra ela ficar.

- Tudo bem.

Não foi fácil sair dali. Mas ambas sabiam que era escolha mais correta. Ainda assim, Camila teve que se segurar para não convidá-la para ficar.

Lauren virou-se pra ela antes de sair do quarto, terminando de vestir seu moletom.

- Acho que vou te pagar outro vaso... Um mais bonito.

- Eu ganhei na minha quinceañera* - Lauren ficou envergonhada. - Eu sempre o odiei. - Completou com um sorriso.

Desceram as escadas tranquilamente, um verdadeiro oposto de quando subiram. As coisas entre elas eram sempre assim, um elevador de sentimentos.

Quando Camila abriu a porta da frente, a chuva tinha ficado mais fraca do que antes. Ela e Lauren se encararam, e foi jogadora que tomou a rédea da situação, abraçando o corpo de Camila.

- Desculpe mais uma vez. - Mila abriu os olhos ainda sem se afastar do corpo de Lauren. Ela nem lembrava mais o motivo daquela briga.

Quando abriu a boca para lhe responder o que tinha pensando, uma luz alta de um veículo cegou as duas por um momento. À medida que a luz ia baixando, e duas silhuetas deixavam o veículo à garganta de Camila ficava mais seca.

O tempo ficou suspenso quando em um segundo ela reconheceu as feições do homem que deixou o carro.

Seu coração parou de bater um segundo.

Não era possível.

Não podia ser possível...

- Papa?

- Papa? - Lauren murmurou atrás dela.

Alejandro deu um sorriso solene, dando um passo a frente e olhando Lauren antes de olhar a filha. Mila engoliu em seco, aquilo parecia uma espécie insólita de sonho, mas não era só presença do seu pai ali que lhe causava estranhamento.

Mila e Lauren dedicavam o mesmo tipo de olhar para a pequena garotinha de olhos castanhos idênticos aos de Camila que brilhavam curiosos e com expectativa.

- Sofia? - Alejandro anunciou perdendo interesse momentaneamente em Lauren - Diga oi a sua irmã.

- Irmã?

Camila e vocês fazendo a mesma cara.

quinceañera - Aniversario de quinze anos, porém seguindo as tradições mexicanas.

BOOOM!!!!!!!!!! Ces acharam que a Sophia não ia aparecer ne? Será que essa amizade vai dá certo? E como a Camila vai reagir à novidade que tem uma irmã e a volta do seu pai?

KKKK olá babys, tudo bem com vocês? Aqui tá tudo mais ou menos. Por motivos de que QUASE ELEGEMOS UM FASCISTA... OBRIGADA NORDESTE POR ADIAR UMA CATÁSTROFE!!!

Enfim, isso é assunto pra outro momento, mas quero deixar uma coisa muito bem clara, estamos juntos nessa, mesmo que ele vença essa eleição, o ódio não vai vencer. Nunca mais seremos oprimidos e escondidos ou subjugados... Unidos ficamos de pé!

Agora vamos falar de duas coisas boas/maravilhosas:

ESSE É O PRIMEIRO CAP DE UMA MEGA MARATONA AAAAAA. Sei que vocês ficaram apreensivos com o último cap(bonus), alguns não leram, enfim. Vou dar uma boa adiantada os próximos cap são ultra legais.

Obs: Como já sabem, quando tem maratona eu n faço gráficos, pq são muitos cap pra revisar e tal. Cabou a maratona eles voltam ao normal.

CAMILA ESTÁ ENTRE NÓS. Para os sortudos que vão nos shows, lembrem de tratá-la muito bem, sem exageros, sem bagunça e o mais importante, demonstrem todo amor que puderem, afinal, ela vai levar um bom tempo para aparecer novamente.

Já assistiram o clip de consequences? Já seguiram a Lauren no spotify?

Me dei conta hoje vendo uns videos antigos delas duas, antigos MESMO, que depois de 6 anos que as 5 estão fazendo o que amam. Só tenho orgulho gente de verdade.

Vejo vocês mais tarde, porque tem att de the order, e voltamos amanhã com outro cap de TAC. E toda vez que temos maratona temos antecipação do próximo cap, então:

- Então você mentiu pra mim? - As lágrimas escorriam do seu rosto sem que Camila conseguisse impedir. - Mentiu durante todo esse tempo, me fez de boba, me enganou...

- Tudo que fiz foi pensando em você.

- Mentiras não protegem ninguém, vocês dois são iguais...

HMMMMMMM

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