Teoria do amor ao caos ✔️

By valeofdolls

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Camila ama o controle. Ama tanto que fez uma lista de todas as etapas que tem que passar até chegar na sua so... More

notas da autora
Um - A nova estrela (é um saco).
#2
Dois - Você é culpada
Três - Entre odaliscas e rivalidades
Quatro - A garota mais legal do mundo. Parte 1
Exposed #4 & #5
Cinco - A garota mais legal do mundo. Parte 2
exposed - #6
Sete - Dupla do caos
Exposed #8
Oito - Diet coke, batom e maconha
Exposed 9
Nove - Amordaçada e stalkeada (o que falta?)
Exposed #10
Dez - O ritual da tartaruguinha, dois beijos, e um banho.
#0 - Seja bem-vindo a Santa Clarita
Onze - A luta de classes e a vida de merda.
Doze - Ela não tem nome e você não tem segredos :D
Treze - Verdades e caronas não fazem mal a ninguém(né?)
Quatorze - Teorias, chantagens e bandas indie (tem tudo a ver)
Exposed #15
Quinze - Todo mundo tá planejando algo (menos eu).
Exposed #16
Dezesseis - Bandaid, gols e pedidos inesperados
Bônus - Te amar trouxe consequências
Planos, tapas merecidos e legos
Dezoito - As lições que eu aprendi com você.
Exposed 19&20
Dezenove - Calabaças, aqui estamos nós.
Dezenove - Calabaças, aqui estamos nós. Part 2
Vinte - Raios, faíscas e feromônio
Vinte e um - Eu sinto você
vinte e dois - Lições do papai
Vinte e três - Boias para nos salvar
vinte e quatro - eu te deixei (mas não vou te abandonar)
Exposed #25
Vinte e cinco - Lolo não sabe brincar
Vinte e seis - Pare de quebrar meu coração
Vinte e sete - Não faça isso comigo
Exposed #28
Vinte e oito - A bruxa está solta.
Vinte e nove - Quente e doce.
Trinta- Ação de (des)graça
Exposed #31
Trinta e um - Cinismo, luxuria e crueldades
Trinta e dois - Constelações, beatles e magnitude
Exposed #33
Trinta e três - Feliz Natal, felizmente.
Trinta e quatro - A Borboleta levanta vôo
Tudo que ficou no passado #1
Livro dois - Capitulo Um - Ponto de Ruptura
Livro dois - Protetora
Livro dois - Tudo por ela
Livro dois - Planos infalíveis são quentes.
Namorados novos são um saco.
Recuperando corações perdidos
#2 Tudo que ficou no passado.
Livro dois - Chegamos até você.
Livro 2 - Epitáfio
Livro dois - Consequências
EXPOSED - DOIS ANOS :O
Livro 3 - Seguindo em frente
Livro 3 - Nós
Final - Teorias do amor e ensaios sobre o caos
Epilogo

Seis - O novo casal (SQN)

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By valeofdolls

— Por favor?

— Camila, é abril, não vamos assistir o natal de Drake e Josh mais uma vez.

— Ué, e por que não? – A cubana levantou do sofá pronta pra brigar pela sua escolha de filme. – Nunca é cedo demais para o Natal e além do mais, assistimos o seu filme mês passado.

— Porque se assistirmos aquele filme mais uma vez alguém vai morrer, vou te dar uma dica começa com S e termina com E. – Sophie respondeu cansada de tentar debater com a amiga.

— Maratona de Harry Potter? – Nicholas Turner fingiu perguntar segurando nas mãos um box completo com todos os filmes e extras de Harry Potter.

— Mais uma vez? – Sophie levantou do sofá sem acreditar. – É a terceira vez que vamos maratonar, Harry Potter.

— É isso ou, o natal de Drake e Josh.

— Tudo bem, mas vamos começar do terceiro filme.

—Justo.

As noites de sexta-feira na casa dos gêmeos estavam sempre cheias de disputas bobas sobre quais filmes assistir e isso já tinha se tornado uma grande tradição entre os amigos. As maratonas de filmes aconteciam mês sim, mês não. Na verdade aquela era uma desculpa que os "delinquentes" encontraram para se aproximar mais de Camila quando Alejandro foi embora dois anos antes.

Camila não era a pessoa mais comunicativa do mundo quando se tratava dos seus sentimentos, mas eles sabiam que a falta do pai ainda era uma ferida aberta.

— Onde está, Dinah? – Nico perguntou sentando do lado da irmã com um saco de doritos na mão. De tão perto era ainda mais evidente que os gêmeos não tinham absolutamente nenhuma semelhança.

Checando o celular mais uma vez, Mila percebeu que a loira tinha parado de responder suas mensagens.

— Eu aposto que ela está colada na Normani igual um ímã. – Reclamou largando o celular no chão. – Vou checar. – Camila se ofereceu pulando do sofá com a altivez que lhe era peculiar.

— Se demorar começamos sem você! – Provocou Sophie tentando acertar a amiga com uma almofada.

— Sim, senhora.

Com um último sorriso travesso, Camila disparou porta afora. O bairro suburbano mantinha suas bonitas casas de telhado cinza muito bem cuidados e volta e meia podia se ouvir o som mais alto de uma criança chorando ou sorrindo aqui e ali.

Caminhando distraída pela calçada, a cubana não percebeu o enorme carro prata que estacionava na porta de Normani. Depois que o namoro começou parecia muito mais a casa de Dinah. Seus pés travaram no momento seguinte, quando Lauren Jauregui desceu do veículo e parecendo igualmente surpresa e enfiou as mãos no bolso da sua calça jeans de marca.

Ambas ficaram paradas alguns instantes como se algo precisasse ser dito. Camila abaixou os braços e suspirou baixo. A atacante se vestia toda de preto e os cabelos levemente úmidos exalavam um odor primordial. Santa Clarita, era uma pequena cidade costeira, mas aqueles encontros estavam começando a deixar Camila realmente se questionando se elas não viviam em uma cidade de uma rua só, ou talvez a tal Lauren conseguisse se multiplicar. Ela estava irritantemente em todos os lugares.

— Camila... – Arregalou os olhos verdes com uma expressão surpresa. – O que faz aqui?

A cubana ergueu uma das sobrancelhas em uma expressão de deboche.

— Eu moro aqui? 

— Bem... – Lauren começou, o doce som da sua voz rouca pairando. – Desculpe, isso é meio óbvio. – Sorriu.

O silêncio deixou uma lacuna a ser preenchida.

— Então... – Ambas falaram, com o mesmo gesto de colocar a mão no bolso de trás da calça.

Sorriram.

— Obrigada por ontem. Você realmente me livrou de um grande castigo. –Camila se esforçou pra dizer aquilo, contudo ela tinha decidido que Lauren merecia seu agradecimento.

— Não se preocupe com isso, a heroína foi você. Mike não para de enfatizar o quanto você foi legal, muito obrigada. Não sei o que teria acontecido se você não estivesse lá.

— Você chegaria a tempo.

— Não sabemos disso. Espero que Mulligan deixe vocês dois em paz.

Camila observou lentamente a maneira que Lauren não parava um segundo de olhar em seus olhos enquanto agradecia, movendo apenas os lábios com os olhos fixamente nos seus. Estava tentando lhe enfeitiçar, era isso.

— Bonito...

— O quê? – Lauren perguntou.

— O quê? – Camila rebateu.

— Você disse bonito, o que é bonito?

— Não eu não disse. – Negou a cubana cinicamente. Era só que faltava, sua boca agora estava tomando controle de todo seu corpo.– Você veio ver Normani, certo? – Jauregui apenas acenou com a cabeça que sim.

Com um gesto educado a jogadora deixou Camila caminhar na sua frente, encostando-se na proteção da escadinha já dentro do jardim. Paciente, esperou Camila bater à porta. Na quinta batida, a porta se abriu bruscamente.

— Mila! – Os olhos negros de Normani saltaram empolgados assim que reconheceram à amiga. – Lauren? – O tom de empolgação deu lugar à surpresa enquanto seu olhar corria entre a amiga e Lauren. – Oi?

— Nos encontramos na porta. – Camila fez questão de dizer. – Ela veio por você, e eu vim pela Dinah.

— Ok! – Ela exclamou, com um leve sorriso torto nos lábios. – Ai! – A maior reclamou do golpe sutil que a cubana lhe deu com as mãos.

Camila já podia ouvir as risadinhas das amigas no dia seguinte, debochando mais uma vez daquela sequencia de encontros bizarro e sugerindo que elas foram feitas uma pra outra. Ignorando, é claro, que se dependesse de Camila, Lauren Jauregui nunca chegaria nem perto disso. É claro.

— Aconteceu alguma coisa, cap?

Lauren desencostou do espaçamento da escada e mudou sua postura, parando do lado de Camila.

— Vim te entregar isso aqui. – Informou Lauren, deixando um papel nas mãos de Normani. – É sua inscrição para o torneio. Preciso que você assine e me entregue até amanhã.

— Mani, quem está na por- – Dinah travou na porta e balançou a cabeça olhando com igual surpresa pra Camila e Lauren. Estava usando uma longa camisa das Lobas e um nada discreto chupão no seu pescoço denunciou o que elas faziam momentos antes. – É sexta-feira, não é? Desculpe, Mila.

— Não acredito que vai me trocar por essa chata.

— Vamos fazer coisas interessantes, deveria fazer o mesmo. – Sua sobrancelha se ergueu sugestivamente e ela deu um demorado olhar em Lauren, que felizmente estava distraída checando suas mensagens.

— Eu vou te matar – Prometeu por entredentes.

Dinah sorriu sem se importar.

— Nos vemos amanhã, Mila.

— Vou me certificar de levar meu melhor corretivo. – Provocou a amiga e apontou para o pescoço enquanto o casal pulava de volta pra casa.

Lauren ainda estava parada no final da escada.

— Posso te dar um carona. – Ofereceu assim que Camila chegou perto o suficiente.

— Eu moro perto.

— Eu...uh... Tudo bem, até depois.

— Até

Camila observou a jogadora arrancar com o veículo, com um sorrisinho simpático nos lábios. Talvez, Lauren Jauregui não fosse tão ruim, assim. Não mesmo. 

Enfiou os dedos dentro do bolso do seu moletom e caminhou de volta a casa dos Turner.

Dali a algumas horas a tempestade iria derramar as primeiras gotas.

— Aquele blog idiota do colégio lançou uma matéria.

Era manhã de sexta feita. Cabello estava tomando seu café da manhã na cantina de Alexander Maximus, junto com Sophie e Nico, enquanto aguardavam Dinah chegar.

— Não acredito que você lê isso! É lixo em forma de bits.

— Gosto de saber as notícias da escola. – Se defendeu a ruiva.

— Não tem notícias ai, apenas fofoca.

Camila não conseguia acreditar que Sophie perdia tempo lendo o gato que ri, um blog de fofocas disfarçado de jornal, que só estava no ar graças influencia do pai da editora-chefe, Louise D'Champs.

— Oh, tem algo sobre você aqui? – Sophie comentou distraidamente, fazendo Nico e Camila pararem de mastigar imediatamente. Sua reação, no entanto, deixou Camila desconfiada. – Nada. – Riu forçadamente – Me confundi – Sophie colocou o celular dentro do bolso rapidamente. – Vamos pra aula?

— O que tem ai, Sophie? – Mila perguntou seria.

— Nada.

— Me entregue esse celular, Sophie Turner. – Avançou em direção a amiga, mas Sophie levantou rapidamente escapando das mãos da amiga. – Tudo bem, eu vou olhar no meu próprio celular.

Camila retirou o celular de cima da mesa, antes que a amiga tentasse impedir e ergueu as mãos triunfalmente, caminhando longe da ruiva pra conseguir ler.

— Meu primeiro encontro com a maior estrela do esporte da nossa humilde cidade – Rolou os olhos pra o início da matéria, lendo em voz alta. – [..] enquanto alçava um colega pelo colarinho ordenando que o rapaz ficasse longe de sua nova conquista, Camila Cabello[...] – Camila leu mais uma vez a matéria sem conseguir acreditar. – QUE PORRA É ESSA?

Sophie não sabia responder. Uma catástrofe, talvez...

A manhã de sexta-feira caiu em Lauren como uma bigorna metafórica. Era um destino terrível em comparação a noite maravilhosa que tivera com Lúcia. Eles riram e sorriram em silêncio ao longo da noite que passaram juntas ajudando Alycia com a arrumação da casa escolhida pra sua festa que aconteceria no sábado.

Porém, aquela manhã de sexta ainda teria algo de bom. Lauren estava esperando ouvir do seu treinador as instituições que ofereceram a ela bolsas de estudo. Então, ela teria um ano pra decidir qual faculdade iria.

Lauren queria a bolsa de estudos mais do que jamais quis nenhuma coisa em sua vida. Não era por motivos financeiros, sua família poderia dar-se ao luxo de enviá-la pra qualquer faculdade que ela quisesse. Mas a questão era que os pais de Lauren nunca deram atenção suficiente a ela, ou a Mike. Quem sabe conseguindo uma bolsa eles teria seu apreço, mesmo que separados por continentes, vastos oceanos de desculpas e chamadas mal programadas pelo Skype.

Conseguir isso significava que ela finalmente era boa o suficiente para eles, e que poderiam voltar para casa.

Se não por ela, então por Mike.

Lauren saiu do quarto quando ouviu Alycia gritar, impacientemente no andar de baixo.

— Jauregui, se você não trouxer essa bunda pra cá agora, Mike e eu estamos roubando seu carro!

Lauren rolou os olhos desdenhosamente para a ameaça, um riso de satisfação montando em seus lábios enquanto ela desceu ainda mais lentamente a escada apenas para irritar Mike e Alycia.

O caminho, embora relativamente curto, tornou incrivelmente longo, com Lauren atrás do volante, enquanto Alycia e Mike estavam discutindo sobre qual estação de rádio deveriam ouvir.

—Alycia. –  Mike gemeu, os olhos desesperados para fazer contato com os de Lauren. Era dela a palavra final.

Pena pra o garoto que os pensamentos de Lauren estavam irritantemente centrados em uma certa latina, e então de volta em Lucy, e depois em seus treinos. Ela era praticamente cega aos olhos suplicantes do irmão.

Ou nem tanto, a gritaria estava dando inicio em uma  enxaqueca. 

— Gente. – Lauren alertou, pressionando seus lábios em uma linha, mas eles não pareciam ouvi-la.

— Isso não é justo! – Mike reclamou, chutando as costas do assento de Alycia. O punho de Lauren apertou o volante com força, tentando não imaginar a marca que seu sapato tinha deixado no couro.

— Ok! Lauren explodiu, apertando o botão para as rádios predefinidas, e o carro explodiu tocando Rehab, relaxando Lauren quase que imediatamente. - Não vão ouvir mais nada!

Antes de Lauren ter estacionado o carro completamente em uma vaga, Mike já tinha aberto a porta e dado o fora do carro.

— Tchau! – Ele disse emburrado, jogando a mochila sobre seu ombro.

Lauren revirou os olhos, saindo lentamente para ir até o porta-malas, pendurando sua mochila no ombro logo depois. Ela então ouviu o sino tocar, e alargou seus olhos.

— Isso é o que acontece quando você fica pensando em cubanas no chuveiro, Lauren. Estamos ferradas!

— O quê?

Lauren corou, sabendo que Alycia estava forçando aquela conversa numa tentativa de fazê-la falar sobre Camila, ela estava assim desde que Lauren tinha tido a brilhante ideia de contar sobre o encontro na noite anterior. Em vez de ceder, ela empurrou a prima pelo ombro.

Alycia virou-se murmurando –Você tem muita sorte de ser talentosa, ou então eu arrancaria suas pernas.

Lauren começou a andar em direção o patio principal, parando quando sentiu uma mão sobre seu ombro. Olhou ao redor, até notar o rosto familiar de Tyrone Rodgers, o treinador do time de futebol e professor de matemática.

— Senhorita, Jauregui. – Ele limpou a garganta.

Alicya se virou para observar, e ao perceber quem era, sorriu, murmurando um rápido, – Vejo você depois, Laur.

— Pode me acompanhar até o meu escritório, por um momento? - Perguntou com os olhos verdes sem brilho em Lauren.

— Eu... tenho aula agora. – Ela disse. 

Tyrone acenou com a mão no ar indiferente ao que ela tinha dito.

— Só será um momento. Posso escrever um bilhete a sua professora.

Lauren assentiu lentamente, seguindo-o, olhando para o jeito que ele parecia ameaçador com suas tranças e um conjunto branco da Nike.

Lauren não tinha medo dele, como os outros alunos. Tyrone Rodgers a adorava. Ele achava que ela era a melhor jogadora que já havia pisado em Alexander Maximus, e obviamente queria ser ele a pessoa a agenciar a carreira promissora e mostrar suas habilidades ao país.

Subiram os degraus da frente do prédio administrativo, e Rodgers segurou uma das portas duplas, de modo que  Lauren passasse primeiro.

Lauren tinha ouvido boatos, principalmente provenientes de Alycia, que Rodgers havia coagido o diretor Simon para ele lhe dar o seu escritório. Jauregui nunca tinha visto aquele lado do treinador, mas sabia do que ele era capaz.

O homem acendeu as luzes com um suspiro, virando-se para uma enorme pilha de papéis em sua mesa. As paredes da sala haviam sido decoradas com fotos e placas de equipes do passado.

— Para você. – Ty murmurou, jogando um dos envelopes em Lauren. Ela pegou entre os dedos, olhando o endereço.

— Está aberto. – Ela respondeu cuidadosamente. – E é dirigido a você. Eu não entendo.

— É sobre você. – Tyrone, sorriu, uma visão rara. – Eu recebi um de quase todas as universidades em qualquer lugar do país com um liga de futebol decente... E há um em especial, esse veio da Europa. Espanha...

— O quê? – Ela ficou boquiaberta. – Estes são universidades?

— Este é o mais especial.  – Colocou o envelope de papel brilhante em suas mãos. 

— Não pode ser... – Ela arregalou os olhos reconhecendo o símbolo do clube que torcia desde pequena, que além de ser mais que um clube, era a casa do maior jogador que Lauren já havia visto jogar. – É do...Barcelona? – Seus olhos brilharam quando ela sussurrou aquele nome.

Tyrone assentiu.

— Eles estão espantados, Lauren. Caramba, até o jornal local quer fazer uma entrevista com você.

— Eu ainda nem joguei. – Ela falou, sua voz atordoada. – Quero dizer, na minha antiga escola, e pela seleção sub 17, sim, mas...

— Eu prometi. Se você me mostrasse resultados, eu faria as coisas aconteceram. E você fez. Então aqui estão as conexões, Lauren. – Tyrone apontou para as pilhas e pilhas de cartas. – Cada um é um olheiro. Para dias diferentes, jogos diferentes, tempos diferentes. Um ano Lauren... Um ano pra você se tornar a maior estrela que esse país já viu.

O coração de Lauren estava martelando em seu peito. Ela esperava um ou dois, mas isso? Certamente foi um erro. Ou um milagre. O Barcelona? Time de Messi, Ronaldinho Gaucho, Iniesta e Xavi. Eles queriam ela. Uau, isso era uau!

— Agora, espero que não deixe isso subir a sua cabeça. – Ty murmurou, acariciando seu queixo. – Eu quero que você jogue cada um desses jogos como uma final. Você tem um ano pra não dar motivos ao Barcelona para confiar em você. 

Lauren assentiu, tentando desesperadamente esconder seu sorriso animado. Ty a respeitava por sua seriedade, seu quase pragmatismo. Ela tinha que manter isso, mesmo que fosse uma fachada.

— Oh! – Rodgers se levantou, olhando para o relógio. – Devemos ir. Eu só queria te dar as notícias.

— Senhorita, Jauregui? – Ele começou quando eles saíram do escritório. – Como estão suas aulas. Há qualquer coisa que eu possa fazer pra facilitar sua transição?

A voz era profunda, promissora. Ele queria ter certeza de que Lauren não teria problemas na temporada.

— Na verdade... – Jauregui soltou um suspiro, e Rodgers parou em seco, olhando para ela. – Se não for te causar problemas eu soube que acabaram as vagas para o programa de artes.

Lauren freou um sorriso em seus lábios.

— Você deseja algo assim?

— Não é pra mim. Estou em dívida com uma pessoa que têm interesse nessa vaga.

Os olhos do homem se estreitaram.

— Vou ver o que posso fazer. – Sussurrou com os olhos verdes assumindo uma tonalidade escura. – Não se preocupe, foque em jogar bola e tudo que eu puder farei.

— Obrigada. Eu gostaria que isso ficasse me sigilo. 

—   Não se preocupe, será o nosso segredo.

Lauren sorriu para si mesma quando já estava sozinha rumando para a aula de inglês. Agora ela e Camila estavam quites. O seu dia estava se tornando um sucesso. Ou não...

Quando virou o corredor do terceiro andar Alycia surgiu em sua frente. Com um risinho de deboche.

— Então você estava escondendo o jogo todo esse tempo?

— Do que está falando? – Lauren estranhou a fala da prima.

— Você e a Camila, é só o que se fala entre os corredores.

Jauregui sentiu como se tivesse acabado de engolir uma enorme pedra de gelo. Alguma coisa não estava no lugar.

— Eu não sei do que está falando, o que aconteceu? – Antes de sua prima responder ela ouviu uma voz bem atrás dela.

— Lauren Jauregui!

Virou-se encontrando Lucy Vives, a colombiana segurava em suas mãos seu celular e parecia pronta pra atacar Lauren. A jogadora pensou em se esconder atrás de Alycia, mas a prima tratou de se afastar das duas imediatamente. Ela podia jurar que os curiosos a sua volta, iam gravar aquilo.

— Oi, babe. – Tentou parecer tranquila. 

— Não venha com essa de babe, que porra é essa?

Lucy praticamente enfiou a tela do seu celular na cara de Lauren que recuou tentando focar sua visão nas letras pequenas na tela. Ela precisou ler duas vezes seguidas pra acreditar. Reconheceu-se imediatamente na foto alçando, Dax Mulligan pelo pescoço.

— Vai negar o que está na foto? Você acha que eu sou idiota?

— Sim, quer dizer não. – Defendeu-se, atrapalhada. – Eu realmente ameacei Dax Mulligan, mas por outro motivo que tem a ver com Camila, mas não por esse motivo... Babe, eu sei que você está brava, mas Camila e eu, não temos absolutamente nada essa matéria é fake!

— Vá pra o inferno, Lauren! - Lucy empurrou a garota pelo ombro afastando-se com os olhos vermelhos de raiva e lágrimas.

Como uma manhã promissora tinha se tornado aquele caos? Lauren não sabia. Mas ela só tinha uma coisa na cabeça, encontraria Louise D'Champs e ia forçar a jornalista de araque a contar a verdade, antes que aquilo ficasse pior.

Talvez Lauren ainda não tinha visto, mas alguém já havia encontrado a D'Champs antes dela. Alguém que o sangue latino fervia no momento que Lauren chegou no corredor do segundo andar. 

— Eu te mato, sua jornalista de quinta.

Camila Cabello berrava, tentando a todo custo alcançar uma encolhida Louise D'Champs. A tal jornalista, tentava a todo custo se esconder detrás de Nico Turner, enquanto Camila empurrava a barreira que o garoto fez com o corpo para conseguir seu objetivo. 

— Você vai apagar essa merda agora! Eu não sei o que está tentando fazer, ou o que ela disse, mas não há nada entre nós duas. NADA!

— Eu sou completamente isenta de responsabilidade. – Louise se defendeu, se escondendo atrás de Nico novamente. – Se quer cobrar algo, cobre de Lauren Jauregui. Ela-ela me deu a notícia, eu apenas publiquei.

— O quê? - Lauren murmurou, sem acreditar na cara de pau da garota. 

A plateia em volta de Camila virou o rosto em direção a capitã que aquela altura estava perto o suficiente da zona. Os pés de Lauren travaram, como se fossem feitos de chumbo, no mesmo lugar. Nem Lucy conseguiu lhe dar tanto medo quanto a cara de homicida que Camila dignou exclusivamente para ela.

— O que eu faço, Alycia? – Perguntou com notas de desespero na voz.

Sua prima deu um passo assustado para trás, enquanto Camila avançava com um olhar mortal em sua direção e punhos travados.

— Corre! 

CARAMBA 1K de leituras. VOCES NÃO FAZEM IDEIA DO QUANTO ISSO É FODA. UAU, SÓ TENHO A AGRADECER GENTE, DE VERDADE, CES SÃO FODA DEMAIS. OBRIGADA A CADA UM, TA SENDO UM EXPERIENCIA A FANTÁSTICA. SIM EU TOU ESCREVENDO EM CAPS LOCK PQ EU TOU GRITANDO DE VERDADE. 

Esse foi de longe o capitulo mais divertido que eu já escrevi, pq eu morro de amores pelo jeito da Camila. Falando em Camila, oq será que ela vai fazer com pobre Lauren? Será que vai ser fácil assim pra Lauren ir jogar no Barcelona? E o Ty? é mesmo de confiança? Veremos. 

Obs 1: Gente antes que alguém pergunte(eu sei que vão), nos EUA é normal um professor exercer vários cargos, principalmente voltados ao esporte. Por isso, o Ty é professor de matemática e treinador do time de futebol. 

Obs 2: Volto apenas daqui a uma semana agr, tenho que manter o cronograma certinho até pq já estou preparando a proxima fic. :*

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