Desventuras De Maryanne

By Sra_Sabino

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A vida de Maryanne Campbell Navarro não é nada pacata mas extremamente turbulenta, como a vida de algumas out... More

Desventuras de Maryanne
Antes de tudo
Dezessete
Ele me deve explicações!
Já que ele quer desafiar...
Ela bebeu
Quem é essa?
Não acredito, é ele mesmo!🆗
O QUÊ?!
AI MEU BRAÇO! 🆗
Vamos às compras
Juro de dedinho
Preciso fugir desta casa! 🆗
A não ser que... 🆗
E agora? 🆗
Droga! 🆗
O beijo
Como?
O que eu fiz agora? 🆗
O último abraço 🆗
Baile...
Você não fez isso... 🆗
Ops! 🆗
Três semanas sem ela!🆗
Quem é aquela? 🆗
Namorados?
Vizinho🆗
O que ela está fazendo aqui? 🆗
Filho?
Cometa🆗
Wasabi 🆗
Quem serà?🆗
Melancolia
Pizza!
Não... Eles não! 🆗
Amo. Eu te amo, Austin...
O que está fazendo aqui? 🆗
Droga, o que eu faço?! 🆗
Incrédula...🆗
O que será?🆗
O que eles estão escondendo-me?🆗
Eu sabia! 🆗
Eu sabia! Part.2🆗
Não é verdade...🆗
Vocês vieram! 🆗
Mas como?🆗
V-Você!
Adeus...
Eu te amo
NÃO ME MATE, POR FAVOR!
Prazer, sou Dylan...
VOLTE AQUI, MARYANNE!
Boa Noite... 🆗
Vestido
Malas ?
Até mais, Dylan...🆗
Clark
Namora-me?
Eu não te amo... 🆗
Não cometa isso!🆗
Meu Fim
Meu Fim: Part.2
Não toquem em mim!
Já chega!
Meio-Irmão 🆗
É ela!
Preciso sair daqui agora!
Não, v-você não!
O que está acontecendo aqui?
Eu preciso de você
Eu amo o seu abraço
Você é da forma que te imaginei
Eu preciso de ajuda
Não, não, não!
C-Como, Violet?
Eu nunca tive culpa
Não posso perdê-lo...
Nós não podemos
Desculpe? Desculpe.
Cuidaremos de você
Querido melhor amigo
Até nunca mais, Austin.
Desculpe, Karla
Furacão
Vulnerável
Dizer-me o quê?
Eu amo vocês

Presos num supermercado🆗

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By Sra_Sabino

A luz do Sol bateu diretamente em meus olhos, fazendo-me acordar.

- O que eu estou fazendo em um banheiro? - Perguntei a mim mesma em um sussurro.
De repente, percebi que Austin estava ao meu lado, ainda dormindo.

- Austin... Acorda!- Cutuquei-o.

- Diga, Mary...- Sua voz saiu entre um bocejo.

- Por que estamos em um banheiro?

- Como?- Perguntou. Seus olhos estavam entreabertos.

- AUSTIN, ACORDA! - Gritei entredentes.

- Tudo bem, tudo bem... Estou acordado!- Levantou-se em um galope.

- Diga-me, por que estamos em um banheiro?

- Realmente não se recorda do que aconteceu?

- Não. - Murmurei - O que aconteceu? - Arqueei a sobrancelha.

- Quando íamos passar as mercadorias que havíamos comprado, você ousou em discutir com a filha do gerente.

- Sério? - Indaguei boquiaberta. Ele assentiu.- Quais palavras saíram de minha boca? De baixo calão? - Olhou-me. Entendi perfeitamente seu olhar. Passei os dedos entre meus fios de cabelo.- C-Como tudo isso teve início?

- Ela te empurrou, talvez, sem querer. Você xingou-a ao ponto de debaterem-se fisicamente. Tentei separá-la, mas era impossível. A garota acabou chamado o pai, que mandou os seguranças virem atrás de nós. Entre outras controvérsias ocorridas, nos escondemos neste banheiro.

- Mas por que não fomos pelo fundo?

- Você quis ousar. Queria brincar de fuga.- Riu.

- Maryanne, Maryanne... - Sussurrei.- Às vezes me arrependo de algumas atitudes. Entretanto, desde quando estamos aqui?

- Desde ás quatro da tarde de ontem até agora.

- E quantas horas são?

- Ainda está escuro... - Olhou pela grade que havia no banheiro.- Deve ser aproximadamente duas da manhã.- Respondeu.

- Então quer dizer que nós estamos presos no banheiro de um supermercado?

- É, realmente sim. Só podemos sair daqui quando estiver um pouco mais claro. Ou melhor, quando o supermercado abrir.

- AUSTIN, VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DA EMOÇÃO QUE EU ESTOU SENTINDO... - Gritei.- ESTOU REALIZANDO UM SONHO!  Agora entendo o porquê de estarmos aqui. Senti esta mesma emoção ontem!

- Porém, você não vai...- Olhou-me torto.- É errado o que está pensando, Maryanne.- Sorriu.

- Depois nós pagamos. Ou... Não. Agora vem!- Puxei-o.

- Mas e as câmeras junto aos vigias? - Perguntou acompanhando-me.

- Droga! - Disse entredentes.- Havia esquecido-me das câmeras. Entretanto, olhe pelo lado bom, não há vigias neste supermercado por ser pequeno.- Soltei seu pulso.

- Senão....- Seus olhos estavam fixados nos meus. - Caso encontrarmos a sala onde são controladas as câmeras, podemos desligà-las. Acredito que só verão a imagem amanhã de manhã.

- Isso! - Disse euforicamente.
Saímos do até que arrumadinho banheiro  e caminhamos por um longo corredor coberto por inúmeras portas.
Agora basta encontrar a porta correta.

***
- Conseguiu encontrar?- Eu perguntei.

- Bem... Acho que sim.- Sorriu.

- SÉRIO!

- S-Silêncio! - Sussurrou.

- Desculpe...- Disse entre os lábios.

Colocou as mãos sobre a maçaneta.

- Está fechada.- Sussurrou.

- E agora?

- Tem algo que dê para abri-la?

- Apenas esta presilha.- Entreguei-o.

- Deve servir.

***

- Austin, está dormindo?- Perguntei em um sussurro.
Estávamos novamente dentro do banheiro, deitados sobre o chão frio. Havíamos devorado alguns bombons do supermercado. Colocamos o dinheiro no caixa.

- Não. Meu sono perdeu-se nessas estradas escuras. Estou esperando-o, mas acho que hoje ele não vem. Mas e você, por que ainda está acordada?

- É uma coisa estranha, mas não consigo dormir em um lugar onde há outra pessoa. Neste caso, você.

- Caso eu dormisse em seu quarto, passaria toda a noite em claro?- Perguntou. Assentir timidamente.

- Talvez seja porque sempre dormir sozinha. - Sussurrei - Nunca tive alguém, ou melhor, amigas, para puxar o cobertor ou empurrar para fora da cama...

- Também nunca fui de ter muitos amigos... Dentre os poucos que tive, guardo três na memória. Locke, Deive e Abel. Deive era o mais velho. Tinha dezenove. Locke, dezessete e Abel, quase dezoito. Éramos feito irmãos. Vivíamos sempre juntos. Todos os dias nos encontravámos em frente a um Ypê amarelo para ir ao colégio. Durante o percurso, brincadeiras não faltavam. Discutíamos, ríamos... Porém, Abel retornou para casa dos avós, no interior. Desde então nunca mais nos falamos. No começo foi difícil. Demorou um bom tempo para lidarmos com sua ausência. Mas meu laço de amizade com Daive e Locke fortificou-se. Passou-se um ano. Com isso, depois de sair de seu trabalho, á noite, no retorno para casa, Deive acabou chocando-se com um veículo, ocasionando em sua morte.- Suspirou - Eu parecia ter morrido com ele. Foi uma perca repentina e doída. Lembro-me que na noite anterior tínhamos realizado sua festa surpresa. Ele havia conquistado uma vaga na universidade que tanto almejava. Em nossas saídas, só comentava a respeito disso. Eu estava tão feliz por ele... Tão orgulhoso. Ele sempre se esforçou. Queria ser psicólogo, mas seu sonho foi interrompido.

- E Locke? - Perguntei.

- Bem... depois da ida de Abel e a definitiva de Deive, nossa amizade enfraqueceu-se ao invés de tornar-se forte. Já não saíamos com muita frequência, não íamos ao colégio juntos. Quando nos víamos em uma calçada, não trocavámos palavras, até mesmo um simples "oi."
Até que o vi com outros garotos, esboçando sorrisos contagiantes. Concluir naquele momento que nossa amizade havia acabado, esfriado. Desde então, não tenho mais amigos ou não interessei-me em fazer ou não encontrei interessantes. Ás vezes não acredito que eles se foram... Ainda dói, mas aprendi a lidar com a dor, a domá-la, mas ás vezes fracasso, caio.

- Eu sinto muito... Mas devemos, mesmo não querendo, aceitar as regras que a vida nos impõe, escolhendo-nos para sermos os solitários. Aqueles oprimidos pela solidão, mas aramados e prontos para disponibilizar uma amizade genuína. Mas aí, a vida é seca demais, dura demais, cruel demais e força-nos a ficar trancados num quarto, porque somos incapacitados de fazer amigos. Devemos aceitar o fato de ficar sozinhos em uma sala de aula, em um refeitório, em um trabalho em grupo, em uma festa, em tudo...

- A vida não é gentil.

- Nunca foi com alguns. Nunca foi conosco.- Disse.

- Às vezes queria esganá-la.- Ele disse.

- Às vezes queria não tê-la.- Murmurei.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

- Austin....

- Hum?

- Posso perguntá-lo algo?

- Tudo bem, diga.

- Por que foi embora?
Poderia ter permanecido por aqui.

- Não havia escolhas. Ela estava doente.- Sussurrou.

- Ela quem?

- Minha irmã.

- Você tem uma irmã? - Olhei-o fixamente.

- Sim. Mas ela se foi aos quatro anos, por conta de uma Leucemia. Nunca toquei no assunto porque...porque dói. - Seus olhos marejaram-se.

- E-Eu não sabia. Desculpe.- Sussurrei.

- Mas digo. Para você eu digo. -Olhou-me. Mostrei meio sorriso.- Ela era a felicidade daquela casa. Seu sorriso doce contagiava qualquer um. Ela iria gostar de você, caso estivesse aqui. Seriam ótimas amigas. E para minha mãe não sentir-se tão sozinha, já que não tinha mais a presença de meu pai, pois este havia perdido a vida por conta da cirossse e não sentir o peso repentino da perca de minha irmã, mudei-me novamente para ficar ao seu lado. Para tentar cobrir uma parte de sua dor.
No primeiro instante foi ruim, minha vida já estava construída aqui, alguns parentes preferidos estavam ao meu lado, como Karla, mas no outro instante, percebi que foi a melhor escolha. Meu pai havia começado a desrespeitar ordens médicas, deixando a bebida tomar conta de sua vida depois da ida de minha irmã. Entregou-se de vez para para tentar aliviar a dor.
Ele sabia que não podia, mas teimava, porque para ele aquela era a melhor saída. Às vezes  xingava-me, dizia que eu era um erro, uma pedra em sua vida, impedindo-o de tudo, que era para eu ter ido, não minha irmã. Não tínhamos muita ligação, já que sair cedo de casa. Mas não dizia nada, não retrucava nada, mesmo sabendo que aquelas palavras eram de um homem bêbado, mas sempre soube que o ser humano é fraco demais e não consegue dizer o que sente sóbrio e se embebeda... Por conta disso, senti um pouco de genuinidade naquelas palavras. Mas perdoei-o, pois ele era e é meu pai.
Logo, não havia passado nem seis meses da ida de minha irmã, veio a notícia... - Respirou fundo - Meu pai também havia perdido a vida em bar, num canto sujo... - Sussurrou.- Não é e nunca será fácil lidar com a morte, ela desmonta qualquer guerreiro armado até os dentes.

- Eu sinto muito. É uma dor difícil. Nunca mais teremos tais pessoas novamente.

- Tudo bem.- Sussurrou - Já faz anos que isso aconteceu... Consegui superar, reconstruindo-me outra vez.- Encostei vagarosamente minha cabeça em seu peitoral. Seu coração palpitava aceleradamente.
Acariciou meus fios de cabelo.

- Apesar de não ter conhecido minha mãe, sinto muita falta dela. -Sussurrei.

- Como ela se foi?- Perguntou.

- No momento do parto, dizem. Era uma gravidez de risco.

- Como se chamava?

- Chamavam-se Grace.- Sorrir - Ainda culpo-me por ser o motivo da sua falência. Talvez, se eu não existisse, ela estaria viva hoje. Não quero perder mais alguém. Acho que mal saberei suportar.

- Culpar-se por isso é um mal que está fazendo a si mesma. A culpa maltrata. Pense como se ela estivesse olhando por você, Grace te deu a vida e não quer que fique sentido-de culpada. Como disse, era de risco, mas insistiu porque queria que você estivesse aqui.

- Eu tento conformar-me, mas parece que meus travesseiros pesam uma tonelada toda vez que lembro-me de sua morte.

- Vamos fazer um acordo... Não mais falaremos a respeito disso, por hoje. Desgasta.

- Está bem... - Sussurrei.

- Vejo que a exaustão parece te consumir... - Acolheu-me em meio a seus braços.- Faltam poucas horas para o supermercado abrir... Durma um pouco, irá te fazer bem.

- Mas e você? Seria injustiça deixá-lo acordado. Te coloquei nesta enrrascada, eu quem devo ficar acordada, além do mais, não estou tão cansada assim...

- Seus olhos estão fechando sem sua permissão.- Sorriu.- Durma, não se preocupe, ficarei bem.- Disse entre os lábios.

- Tem certeza? - Indaguei-o.

Austin é uma boa pessoa para abrir-se, mas sinto que nem tudo a respeito a mim, cabe a ele. Não sei a quem, ainda.

- Sim... - Tocou meu nariz. Encolhi-me em meu próprio corpo. Ele passou uma de suas mãos pelo meu pescoço. Passei assim, a ter ainda mais calor de seu corpo.
Percebi que ele olhava-me fixamente.
Espero seriamente que ele não sinta nada por mim.

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