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By Spacegirltt

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❝ π‘πŽπ’π„ ππŽπ“π“π„π‘| desde pequena passando por maus bocados. Para todo mundo bruxo ela morreu naquela te... More

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𝐂𝐀𝐒𝐓
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URGENTE!!

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By Spacegirltt

CAPÍTULO OITENTA E DOIS

"Ela tinha a beleza de
Afrodite e a sabedoria
de Atena, mas lutava uma
guerra dentro de si que nem
Áries podia controlar"

REAL BOY- Lola Blanc
YOUNG AND BEAUTIFUL-
Lana Del Rey

-DEUSES, VOCÊ está sendo mais irritante do que o normal- Rose disse dando um empurrão no menino.

Ele deu de ombros e continuou sorrindo- Essa é a minha humilde intenção.

- Não há uma gota de humildade em você- Disse olhando para a frente, mas um pontinho rosa chamou a atenção dela pelo canto dos olhos- Quem é a princesinha de rosa?

Os estudantes que estavam próximos olharam para a mulher sentada ao lado de Dumbledore.

- Deve ser uma professora- Theo disse espremendo os olhos para enxergar melhor.

- Óbvio, já que ela está na mesa dos professores- Daphne disse irônica mas o menino não pareceu se abalar com o coice.

- Ou ela pode ser a nova diretora- Rose disse com um sorriso conspiratório. De certo que ela não seria a nova diretora, provavelmente Dumbledore ia comandar a escola até que a nova geração de Potter's surgir-se e que a geração depois da nova também surgir-se...Terminou de comer a comida e olhou para toda a extensão da mesa, procurando uma sobremesa digna de encerrar a noite. Haviam pudins, bolos com glacê, tortinhas de abóbora, morangos picados e açúcar, mas o melhor cheiro de todos emanava de uma grande torta de caramelo. Abrindo um sorriso de satisfação, ela cutucou o novato ao lado.

- Hm- Ele murmurou com as bochechas cheias, ele não parecia com os outros sonserinos da mesa, ele comia o que queria com a mão e não se importava. Parecia estranhamente com Rose e isso fez ela sorrir.

- Tem como me passar um pedaço de torta de caramelo, por favor- O menino tinha cabelo castanho claro, quase beirando o loiro e o corte era parecido com o do Harry quando chegou em Hogwarts; A pele era castanha beijada pelo sol e quando se virou para olhá-la, ele tinha um olho azul e o outro castanho.

- A-ah, claro- Ele tentou limpar as mãos no guardanapo e foi se atrapalhando até a torta. Quase derrubou quando entregou para Rose.

- Sou a Rose e você?- Disse enquanto enfiava uma colher da deliciosa torta na boca. O gosto de caramelo e baunilha inundaram todos os sentidos dela. Rose nunca tinha conhecido alguém que tivesse olhos de cores diferentes, ela achou fascinante. Era como olhar para um gramado esverdeado durante a primavera e depois olhar para um castanho outonal.

- Dmitry, mas pode me chamar de Dimi- Disse desviando dos olhos de Rose, ele parecia incomodado com a atenção.

- Seus olhos são lindos- Elogiou tomando um gole de suco. Ele não parecia receber muitos elogios, pois fez uma careta.

Dmitry soltou uma risada sarcástica- Não precisa mentir- Disse enquanto repousava os dois braços na mesa. Rose deu de ombros colocando a taça na mesa.

- Pode ter total certeza de que eu não estou mentindo, pequena cobrinha- Deu uma piscadela- Você está na sonserina agora, não pode deixar que as pessoas pensem que a cor dos seus olhos é um problema para você, se não eles saberão sua fraqueza- Deu um tapinha no ombro dele e um pequeno sorriso se espalhou pelo pequeno rosto.

Quando todos os alunos terminaram de comer e o nível de barulho no salão recomeçou a aumentar, Dumbledore tornou a se levantar. As conversas morreram imediatamente e todos se viraram para o diretor. Rose estava se sentindo agradavelmente sonolenta agora. Sua cama de dossel o esperava em algum lugar lá em cima, maravilhosamente quente e macia...

- Bem, agora que estamos todos digerindo mais um magnífico banquete, peço alguns minutos de sua atenção para os habituais avisos de início de trimestre - anunciou Dumbledore. - Os alunos do primeiro ano precisam saber que o acesso à floresta em nossa propriedade é proibido aos estudantes... e a esta altura alguns dos nossos antigos estudantes já devem ter aprendido isso também.

- E como...- Rose sussurrou rindo sozinha.

"O Sr. Filch, o zelador, me pediu, segundo ele pela quadricentésima sexagésima segunda vez, para lembrar a todos que não é permitido praticar magia nos corredores durante os intervalos das aulas, nem fazer outras tantas coisas, que podem ser lidas na extensa lista afixada à porta da sala dele.

"Houve duas mudanças em nosso corpo docente este ano. Temos o grande prazer de dar as boas vindas à Prof a Grubbly-Plank, que retomará a direção das aulas de Trato das Criaturas Mágicas; estamos também encantados em apresentar a Prof a Umbridge, nossa nova responsável pela Defesa Contra as Artes das Trevas."

Houve uma rodada de aplausos educados, mas pouco entusiásticos; Dumbledore não dissera por quanto tempo Grubbly-Plank iria ensinar.

O diretor continuou: - Os testes para entrar para os times de quadribol das casas serão realizados...

Ele interrompeu o que ia dizendo, com um olhar indagador à Prof a Umbridge. Como ela não era muito mais alta em pé do que sentada, por um momento ninguém entendeu por que Dumbledore parara de falar, mas então a professora pigarreou:

- Hem, hem. - E ficou claro que se levantara e pretendia falar.

Rose olhou para Katy e Daphne surrando: Olha a petulância da dama...

As três soltaram um riso. Dumbledore pareceu surpreso apenas por um instante, então, sentou-se com elegância e olhou atento para a Prof a Umbridge, como se ouvi-la fosse a coisa que mais desejava na vida. Os outros membros do corpo docente não foram tão competentes em esconder sua surpresa. As sobrancelhas da Profa Sprout chegaram a desaparecer por baixo dos cabelos rebeldes, e Rose nunca vira a boca da Profa McGonagall mais fina. Nenhum professor novo jamais interrompera Dumbledore antes. Muitos estudantes sorriam abobados; era óbvio que essa mulher não conhecia os hábitos de Hogwarts.

- Obrigada, diretor - disse a professora, sorrindo afetadamente -, pelas bondosas palavras de boas-vindas.

Sua voz era aguda, soprada e meio infantil, e, mais uma vez, Rose achou a pequena mulher uma criatura interessante, desde a voz tola ao casaquinho peludo corde-rosa. Ela tossiu mais uma vez para clarear a voz (hem, hem), e continuou:

-Bem, devo dizer que é um prazer voltar a Hogwarts! - Ela sorriu, revelando dentes muito pontiagudos. - E ver rostinhos tão felizes voltados para mim!

Rose olhou para os lados. Nenhum dos rostinhos que viu pareciam felizes. Pelo contrário, todos pareciam meio chocados ao ouvir alguém se dirigir a eles como se tivessem cinco anos.

- Estou muito ansiosa para conhecer todos vocês, e tenho certeza de que seremos bons amigos!

Os estudantes se entreolharam ao ouvir isso; alguns mal conseguiram esconder os sorrisos, Rose era um deles, ela estava fascinada na vergonha que essa mulher se submetera. E mais uma vez ela se pegou questionando a maneira como Dumbledore escolhia os professores, pelos deuses, essa mulher não parecia que daria uma boa aula.

- Serei amiga dela desde que não tenha de pedir emprestado aquele casaquinho - sussurrou Daphne para Katy, e as duas desataram a rir em silêncio.

A Profa . Umbridge tornou a pigarrear (hem, hem), mas, quando continuou, um pouco do modo soprado de falar desaparecera de sua voz. Pareceu muito mais objetiva, e suas palavras tinham um tom monótono de discurso decorado.

-O ministro da Magia sempre considerou a educação dos jovens bruxos de vital importância. Os dons raros com que vocês nasceram talvez não frutifiquem se não forem nutridos e aprimorados por cuidadosa instrução. As habilidades antigas, um privilégio da comunidade bruxa, devem ser transmitidas às novas gerações ou se perderão para sempre. O tesouro oculto de conhecimentos mágicos acumulados pelos nossos antepassados deve ser preservado, suplementado e polido por aqueles que foram chamados à nobre missão de ensinar. A Prof a Umbridge fez uma pausa e uma reverência aos seus colegas, mas nenhum deles lhe retribuiu o cumprimento.

As sobrancelhas escuras da Profa McGonagall tinham se contraído de tal modo que ela decididamente parecia um falcão, e Rose a viu trocar um olhar significativo com a Profa Sprout quando Umbridge fez mais um hem, hem, e continuou o discurso: - Todo diretor e diretora de Hogwarts trouxe algo novo à pesada tarefa de dirigir esta escola histórica, e assim deve ser, pois sem progresso haverá estagnação e decadência. Por outro lado, o progresso pelo progresso não deve ser estimulado, pois as nossas tradições comprovadas raramente exigem remendos. Então um equilíbrio entre o velho e o novo, entre a permanência e a mudança, entre a tradição e a inovação...

- Por que me parece que ninguém aqui gosta daquela professora?- Dmitry sussurrou enquanto tentava segurar a cabeça para não dormir em cima da mesa.

- Ela nem se esforçou para nos agradar- Rose sussurrou de volta enquanto fingia que escutava a mulherzinha- Acho que todos que a conhecem têm esse efeito de não simpatizar com ela.

O garotinho esfregou os olhos e deu um leve bocejo.

- Você gosta dela?- Questionou encostando a cabeça no ombro de Rose.

- Não sei dizer, acho que ela se parece com o zangado de roupa rosa, talvez ela queira se expor mais para nos divertir- Disse rindo.

- Como você conhece o zangado? Existe no mundo bruxo também?- Ele perguntou sonolento. Rose franziu o cenho olhando para o cabelo castanho em seu ombro.

- Eu fiz parte do mundo não bruxo por muito tempo, sei muitas coisas de lá e você?

- Promete não contar para ninguém?- Disse inocente e a olhou com os dois olhos de duas cores como se esse fosse o maior segredo dele. Ela assentiu- Eu moro em um orfanato. O homem de barba grande foi me buscar lá e agora estou aqui.

- Odeio orfanatos- Rose disse afagando o cabelo do menino. De repente ela se sentiu simpatizada pelo menino e seu coração apertou ao lembrar o quão horríveis os orfanatos podem ser. Principalmente para quem é diferente.

- Eu também.

- ... porque algumas mudanças serão para melhor, enquanto outras virão, na plenitude do tempo, a ser reconhecidas como erros de julgamento. Entrementes, alguns velhos hábitos serão conservados, e muito acertadamente, enquanto outros, antigos e desgastados, precisarão ser abandonados. Vamos caminhar para a frente, então, para uma nova era de abertura, eficiência e responsabilidade, visando a preservar o que deve ser preservado, aperfeiçoando o que precisa ser aperfeiçoado e cortando, sempre que encontrarmos, práticas que devem ser proibidas.

A bruxa se sentou. Dumbledore aplaudiu. O corpo docente acompanhou a sua deixa, embora Rose reparasse que vários professores bateram as mãos apenas uma ou duas vezes antes de parar. Alguns alunos secundaram os aplausos, mas a maioria foi apanhada de surpresa pelo fim do discurso, porque não ouvira mais do que umas poucas palavras do todo, e antes que eles pudessem começar a aplaudir devidamente, Dumbledore tornou a se erguer.

- Muito obrigado, Prof a Umbridge, foi um discurso muito esclarecedor - disse, curvando-se para a bruxa. - Agora, como eu ia dizendo, os testes de quadribol serão realizados...

- Certamente que foi esclarecedor - disse Draco em voz baixa e ergueu as sobrancelhas olhando para o menino que estava apoiado em Rose.

- Faça um resuminho básico.

- O ministério vai interferir em Hogwarts- Disse enquanto passava as mãos entre o cabelo loiro.

- Que agradável...

Houve um grande estardalhaço ao redor deles; obviamente Dumbledore dispensara a escola, porque todos estavam se levantando, prontos para abandonar o salão. Draco se levantou e deu um olhar preguiçoso para os alunos do primeiro ano.

- Levantem- Ordenou com um sorriso arrogante. Rose revirou os olhos e começou a se levantar.

- Vamos Dimi- Disse dando um tapinha no rosto dele.

- Por favor, nos acompanhe- Rose disse ao lado de Draco e ele fez uma careta resmungando.

- Eu disse a mesma coisa- Ela revirou os olhos e seguiu o caminho com a mão apoiada no ombro de Dmitry. Eles eram todos baixos, com olhares assustados, mas ainda tentavam manter a sua arrogância e orgulho. Não é atoa que estavam na sonserina.

- Sim, querido. Você disse com tanta graça quanto um Trasgo- Rose respondeu quando percebeu que ele estava ao seu lado.

Organizaram os novatos em uma fila, claro que Draco não foi a favor. Ele disse para chamar apenas uma vez, se os outros não escutassem, que eles lutassem para chegar às masmorras, um doce como sempre. Passaram pela mesa da Corvinal e Rose riu ao ver Nate tentando organizar a fila de alunos corvinos, a menina que ela conhecera rapidamente no trem, fazia tanto esforço para ajudar o colega quanto fez para conversar com Rose. Saíram do Salão Principal e foram na direção oposta aos outros alunos. Com os pezinhos batendo atrás de Rose, ela começou a virar os corredores, a cada espaço novo que eles colocavam os olhos, eram exclamações e faces fascinadas.

- Mas os quadros, eles...- Dimi Sussurrou olhando para o quadro de uma moça de cabelos castanhos e olhos vermelhos, ela se balançava em um balanço de madeira com cordas ásperas.

- Se mexem, eu sei, chocante!- Rose Exclamou dando um tapinha na cabeça dele.

Chegaram em frente a um arco no meio da parede. Com Rose parando abruptamente, todas crianças atrás esbarram umas nas outras, por pouco não caindo em um efeito dominó.

- Faça as honras- Disse para Draco. Ele continuou com um olhar preguiçoso enquanto começava a descer os espirais em forma de escada. Tochas se estendiam pelas paredes de pedras. Tanto o teto quanto as paredes eram de pedra rústica.

Com o loiro na frente, Rose começou a descer as escadas.

- Você é Rose Potter, certo?- Uma vozinha fina disse no fundo da fila. Rose se virou para ver quem disse. Era uma pequena garota de cabelos cacheados e uma pele linda da cor de uma pedra Ônix.

- Dizem que sim- Respondeu voltando a andar pelas escadas estreitas.

- É verdade que você que o seu irmão tentou te matar e depois matou o menino lufano?- Disse levemente, como se estivesse conversando sobre algo verdadeiro na percepção dela. Rose arregalou os olhos.

- Oh, querido Deus. De fato essa foi a coisa mais criativa que ouvi- Disse rindo- Não é verdade.

- Não é o que dizem- Disse outra voz atrás deles. Agora era um menino, ele parecia com o Draco da cabeça aos pés, menos pelos cabelos pretos- Bem que meus pais disseram que alguns da escória vieram sujar a sonserina. Não sei como você é a monitora.

Rose parou de andar e eles também, Draco que já estava alguns passos na frente arregalou os olhos. Ela andou entre os alunos e parou em frente ao menino arrogante.

- Não se esqueça que eu sou a monitora e posso muito bem te dar tantas detenções que você ficará mais tempo limpando essa escadaria quanto fora da comunal- Disse calmamente- Portanto, acho melhor você não falar porcarias na minha frente.

Virou as costas antes de ver as bochechas dele corarem de raiva. Draco a olhou com um sorriso preguiçoso e ela passou por ele esbarrando com as crianças pisando no pé dele para acompanha-la. Pararam em frente a enorme porta de madeira.

- A senha é Thunderbird- Draco disse em uma voz clara e em bom som. A porta se abriu e logo depois acrescentou- E eu direi apenas uma vez, caso se esqueçam, ficarei de coração partido por ter que vê-los dormindo aqui fora no frio.

Rose ergueu as sombrancelhas e olhou para as caras assustadas.

- Vamos- Entrou na comunal. Um calafrio se estendeu pela sua pele. Ela estava feliz por ter voltado para o seu ninho de cobras-Nosso emblema é uma serpente, a mais sábia das criaturas; nossas cores são o verde esmeralda e o prata e nossa sala comunal fica localizada atrás de uma porta oculta nas masmorras. Como vocês vão ver, suas janelas dão vista para as profundezas do Lago Negro. Frequentemente podemos ver lulas gigantes - e às vezes criaturas mais interessantes - passando pelas vidraças. Gostamos de sentir que nossa comunal possui uma aura semelhante a um misterioso naufrágio subaquático- Disse enquanto caminhava até o meio da sala.

- Os dormitórios femininos ficam ao meu lado esquerdo- Draco disse apontando para sua esquerda- Não é permitido que os meninos entrem, lá. Caso ocorra, será severamente punido- Rose riu da seriedade que ele disse isso, como se nunca tivesse entrado no quarto dela- E a minha direita, são os dormitórios masculinos.

Um menino ergueu as mãos. Ele tinha várias sardas no rosto e cabelos vermelhos. Draco acenou para ele falar.

- E as meninas podem entrar nos nossos? O senhor não disse nada sobre isso- Rose não sabia se ria da petulância dele ou por ele ter chamado Draco de "senhor".

- Você é idiota?- Draco disse revirando os olhos e Rose de uma cotovelada nele- Só por pensar nisso, ganhou uma detenção- O menino arregalou os olhos castanhos.

- Mas eu só...

- Duas detenções- Draco disse sorrindo e com as mãos nos bolsos.

- Cruel, cruel, que Draco cruel- Rose cantarolou- Mais alguma pergunta?

Ninguém disse nada, provavelmente com medo de levar uma detenção. Dmitry abriu a boca para falar algo mas logo fechou.

- Ótimo, os horários serão distribuídos amanhã e sumam da minha frente- Draco disse dando as costas para os novatos.

- Bem Vindos a Sonserina, pequenas cobrinhas- Rose falou com um sorriso e foi atrás do colega.

A sala comunal estava começando a se encher mais ainda. Katy e Daphne provavelmente já tinham subido para os dormitórios.

- Você não pode dar uma detenção para o menino somente por que ele foi esperto- Disse ao lado dele, observando o vidro no qual do outro lado estava o lago. A água estava calma, apesar da cor escura transmitir uma sensação de terror.

Ele deu de ombros- Eu posso- Rose não respondeu e os dois continuaram calados por um tempo, até ele voltar a falar- Já ficou sabendo do banheiro dos monitores? Disseram que tem uma banheira espaçosa- Sussurrou tirando os cabelos escuros dos ombros dela e passou a mão pela clavícula desnuda.

- Noite, Draco- Deu meia volta e subiu para os dormitórios.

✯✯✯

A manhã seguinte foi um luta para Rose acordar. Ela teve um sono incrível, coisa que raramente acontecia, mas por sorte ou erro do destino, foi diferente na noite passada. Abriu os olhos devagar e aos poucos foram se acostumando a pouca luz que invadia o dormitório. Apurou os ouvidos para ouvir a barulheira das colegas de quarto, mas na veio, o que fez com que ela erguesse o corpo rapidamente.

- Merda- Xingou tateando o criado mudo e derrubou o alarme sem querer- Merda, merda...

Saiu da cama e gemeu quando os pés sentiram o piso de pedra gelado. Afastou a cortina da cama e se agachou para pegar o pequeno despertador em formato de coelho que Mel comprou em uma feira trouxa.

Eram oito e quarenta.

Apertou os olhos com força e quase tacou o pobre despertador na parede. Respirou fundo e saiu correndo para o banheiro, mas antes parou no baú pegando o uniforme. Escovou os dentes rapidamente e enquanto tinha uma porção de água na boca para enxaguar, tirou a camisola de seda e pegou a blusa branca, começou a abotoar direito mas logo desistiu e deixou muitos botões soltou. Quase se esqueceu da água na boca, quando se lembrou, cuspiu na pia e começou a colocar a saia enfiando a blusa dentro. Jogou uma água no rosto rapidamente e depois beliscou as bochechas. Correu de volta ao baú e pegou a capa colocando sob os ombros, depois pegou a gravata jogando em volta do pescoço sem amarrar. Olhou em volta procurando a bota, mas não encontrou e acabou batendo o dedinho na cama.

- Inferno...- Disse se abaixando para olhar o pobre dedinho esmagado. Uma coisa vermelho escuro brilhava em baixo dos cobertores caídos no chão. De repente a dor no pé nem era tão interessante. Foi até as cobertas e as empurrou criando espaço para ver o que era a coisa.

Uma rosa. Era uma linda rosa vermelho sangue, as pétalas estavam firmes e apenas uma caiu. Estendeu a mão para a flor e abriu um sorriso. Era a rosa mais linda que ela já tinha visto, com a ponta dos dedos começou a serpentear as pétalas de bordas roxo escuro. Havia um bilhete pendurado no caule da planta. Rose abriu o papel dourado e leu:

Quanto mais espinhos tem uma rosa, mais linda ela é.

Alguém já lhe disse que sua beleza poderia matar alguém? Acho que se olhasse demais para seus olhos esmeralda ou seus lábios avermelhados, talvez eu morreria. Tão bela, mas tão perigosa é minha Rose, assim como uma rosa.

Ass,

Rose deixou a rosa cair quando uma dor repentina se fez presente. Olhou para o dedo indicador e encontrou um ponto de sangue rubi saindo, ela franziu o cenho e apertou o dedo e mais sangue saiu. O despertador de coelho começou a berrar e ela pode jurar que seu coração parou de bater.

- Fils de pute...- Disse colocando o dedo na boca e sentindo o gosto de ferro. Olhou uma última vez para a rosa caída e o bilhete que não havia nome. A pessoa que fez isso...quem que mandou?

Se abaixou e pegou o par de all star gastos ao lado da cama e saiu com ele nas mãos enquanto ia para a aula. Só poderia ter sido alguém da sonserina e principalmente do dormitório feminino, ou Draco. Saiu da comunal às pressas, enquanto colocava as meias no pé e corria, pensava no delicioso café da manhã que perdeu, croaissants de chocolate, bolo de morango, frutas cristalizadas...

- Oi- Disse uma voz atrás de Rose. Ela se virou colocando um all star no pé.

- Oi- Respondeu amarrando os cadarços. Ergueu os olhos rapidamente e deu de cara com uma criança da sonserina, pele oliva e cabelos cor de milho- Pois não?

Se levantou depois de ter colocado os dois tênis. Ele carregava um bolinho, provavelmente com geleia de mirtilo. Rose pegou o bolinho da mão dele e deu uma grande mordida.

- Ei, era meu!- Disse indignado.

- Ótimo, ainda bem que você disse "era"- Deu as costas e voltou a andar pelo corredor. A primeira aula era de história da magia.

- Eu não sei onde é a minha aula- O menino disse desesperado seguindo ela.

- Que pena, eu sei onde é a minha- Respondeu enquanto mastigava o doce bolinho.

- Eu acordei atrasado e não recebi meu horário, você é a monitora da minha casa!- Estava indignado e ela se virou para ele.

- Caramba, eu tinha esquecido completamente- Arregalou os olhos e terminou de engolir o bolinho- Draco não distribuiu?

O menino deu de ombros- Já disse que eu acordei atrasado.

- Eu não tenho os horários e eu estou atrasada igual a você- Parou em frente a porta de História da Magia- Suponho que você tenha que esperar seus colegas saírem da aula, quaisquer que sejam ou esperar eu pegar seus horários com Draco- Deu um sorriso displicente e o menino começou a pensar nas opções que tinha- Como você acordou atrasado no seu primeiro dia?!

Ele deu de ombros novamente e inclinou a cabeça- Você também acordou- Deu um sorriso sarcástico e ela ficou séria- Ok, eu espero meus colegas.

Ela assentiu e bateu na porta, aguardando ansiosamente o professor. Dizem que ele morreu e não tinha percebido que virou fantasma então começou a dar aula como se estivesse tudo normal. Icônico, memorável e atemporal. O professor Binns abriu a porta com seu mesmo olhar de tédio e levantou uma sombrancelha.

- Bom dia, Professor! Como vai?- Rose disse com seu melhor sorriso- Óculos novos?

O professor virou os olhos para o relógio e voltou a encara-la- Está quinze minutos atrasada, Srta. Potter.

Rose assentiu e se esforçou muito para não dizer "Sério, nem percebi"- Meu alarme não tocou.

O homem ponderou com a cabeça e com um olhar de desgosto deixou ela entrar. A História da Magia era, por consenso, a disciplina mais chata que a bruxidade inventara. Binns, o professor fantasma, tinha uma voz asmática e monótona que era quase uma garantia de provocar grave sonolência em dez minutos, cinco em tempo de calor. Ele jamais variava a maneira de dar
aulas, falava sem fazer uma única pausa, enquanto a turma anotava suas palavras, ou melhor, mirava sonolentamente o vazio.

Rose olhou ao redor procurando as amigas e as encontrou em uma mesa no canto da sala, ao lado da janela. Rose estava furiosa por não elas não terem a acordado, queria jogar o livro de história da magia na cara delas. Passou pelas fileiras de mesas sem focar em ninguém e se sentou ao lado delas. Katy abriu um sorriso que dizia: bom dia, não chute minha bunda, obrigada. E Daphne abriu outro que dizia: Não corte meu cabelo ele é mais valioso que minha vida.

- Por que não me acordaram?!- Acusou.

- Disseram que hoje tinha pão doce, sabe, aquele com creme em cima e açúcar com canela no meio- Katy respondeu baixinho e o estômago de Rose roncou.

- Claro que eu sei, amo esse pão. Só não entendi ainda, por que não me acordaram- Respondeu pegando as anotações de Daph e dando uma olhada.

- Saímos mais cedo para comer o pão e guardar um pedaço para você. Pensávamos que você iria acordar a tempo...- Daphne respondeu mexendo distraidamente na bainha da saia.

- E onde está o meu pedaço?- Rose questionou devolvendo as anotações e as duas deram um risinho sem graça.

- Essa é a parte engraçada, nós... nós- Katy tentou formular a frase mas não saiam as últimas palavras. Rose revirou os olhos.

- Esqueceram. Que maravilha, me atraso e ainda perco o pain sucré- Resmungou e virou para frente quando o professor chamou a atenção delas.

Apoiou o braço na mesa e a cabeça na mão. Ela nunca conseguia prestar atenção na aula de história, apesar de que talvez a matéria seja interessante, ela nunca conseguia. Olhou para o lado e Draco estava com a cabeça apoiada na mão do mesmo jeito, mas ele ouvia o que o professor dizia e copiava no pergaminho. Ela colocou as mãos no bolso da capa e tocou em um papel.

- Recebi uma rosa- Sussurrou para as amigas, as duas se juntaram para escutar melhor- Estava na minha cama e veio com um bilhete junto.

Entregou o bilhete para elas. Katy e Daphne começaram a ler juntas e depois olharam para a amiga com os olhos estreitos.

- Que coisa estranhamente fascinante para alguém escrever em um bilhete- Katy disse devolvendo o papel dourado.

- A pessoa que mandou, parece gostar bastante de você, Ro- Daphne apoiou o rosto entre as duas mãos e deu um sorriso- Queria que alguém escrevesse isso sobre mim.

- Vocês não percebem o quão estranho é isso? A pessoa deixou na minha cama enquanto eu dormia- Disse com os olhos arregalados e as duas balançaram a cabeça pensando por esse lado.

- É, não fomos nós. Apesar de eu te achar uma belezinha, não nutro sentimentos secretos por você- Katy disse tirando um cacho soltou dos olhos.

- Nem sei se eu teria lembrado de fazer um bilhete e colocar em uma rosa- Daphne admitiu rindo.

Rose olhou para o bilhete novamente- Não parece uma caligrafia de menina- As duas concordaram.

- O que você pensa em fazer? Pedir para toda a escola escrever o nome em uma papel e ver com qual se parece?- Katy disse sorrindo.

Rose deu de ombros e guardou o papel no bolso- Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes, já dizia o memorável Shakespeare.

- E o que isso tem haver?- Daphne perguntou com o cenho franzido.

- Que você é uma demente- Disse rindo e recebeu uma bola de papel no meio da cara- A Katy também, relaxa.

- E você também, mademoiselle- Katy cantarolou.

Passaram o resto da aula jogando forca enquanto o professor falava a todos pulmões sobre a guerra dos gigantes. Por sorte, Draco anotava tudo o que o velho fantasma dizia, Rose iria pedir as anotações emprestado e com sorte ele as cederia sem pedir nada em troca.

- Como você acha que seu admirador é?- Katy disse sonhadora enquanto saiam da sala para o intervalo.

Caía uma leve chuva no pátio, o que deixava as pessoas com um tom borrado.

- Não sei, pode ser uma menina ou um menino...- Disse enquanto desviava de um corvino roliço.

- Acho que é um menino de cabelos escuros e belos olhos- Daphne disse com um tom sonhador igual a Katy, parece que as duas ficaram animadas com a história do admirador enquanto Rose estava assustada.

- Que admirador?- Draco disse enquanto era seguido por Crabbe e Goyle.

- Rose ganhou uma rosa com um lindo bilhete de amor- Katy disse fazendo questão de exagerar nas palavras. O grupo escolheu um canto isolado sob uma sacada que pingava abundantemente, virando para cima as golas das vestes para se protegerem do ar gelado de setembro. Draco a encarou com as sombrancelhas erguidas.

- Um admirador...- Disse com um sorriso preguiçoso e Rose o encarou procurando um qualquer indício de que talvez fosse ele e esse mistério acabasse- Que coisa interessante...

- Queria saber se você distribuiu os horários- Disse mudando de assunto, a última coisa que queria era Draco enchendo o saco.

- Sim, eu faço meu trabalho e acima de tudo não acordo atrasado- Ergueu o canto dos lábios e ela bufou- E Flint elegeu um novo capitão, já que ele se formou.

- E quem ele escolheu?- Rose disse com interesse. O time não ia muito bem com o anterior, ele tinha uma leve inclinação a roubar em todas as partidas.

- Montague- Respondeu. Rose não esperava que Flint a escolhe-se, o garoto tinha tanta afinidade com Rose quanto com um rato de rua. Ela também não queria ser a capitã, já era difícil demais fazer tudo que tinha no dia a dia, mas não pode deixar de imaginar ela mandando em todos aqueles sonserinos...

- Pelo menos não é Flint...- Disse meu alegre. Pena que essa alegria não duraria até o reino...

Estavam todos do time no gramado verde de Hogwarts. A chuva caía de leve sob o solo e o vento tinha cheiro de terra molhada. Não havia um único raio de sol sob as cabeças deles, apenas um frio que doía no âmago dos ossos de Rose. Deuses, como ela odiava Montague nesse momento.

- Vamos!- Exclamou ele enquanto rodeava o time que fazia flexões- Até a minha vó faria isso melhor que vocês, e com os braços amarrados.

Rose bufou e já tinha perdido as contas de quantas flexões tinha feito.

- Nunca te odiei tanto- Disse colocando toda a força nos braços para erguer o corpo e olhou de soslaio Theodore cair de cara na grama.

- Seu ódio só me deixa mais motivado, Potter- Respondeu erguendo Theo pela blusa- Você é o elo mais fraco do grupo, como se sente Nott?

- Acho que vou morrer, não sinto meus braços...- Ele resmungou de olhos fechados.

- Eu já perdi uns três dedos no início, não sei se tem como eu sentir alguma coisa- Blásio choramingou na frente de Rose.

- Para o primeiro dia, vocês saíram piores do que eu esperava. Podem parar- Disse com um sorriso de desgosto.

Rose soltou um leve gemido de alívio quando pode se jogar no chão sem ter o pé do capitão nas costas. A grana estava molhada e ela sorriu imaginando o estado lastimável em que se encontrava. Se virou de barriga para cima e olhou para o céu cinzento, gotas e mais gotas caíam nós olhos esverdeados os deixando embaraçados. Desviou o olhar do céu e foi até o menino que estava com as mãos na cintura e uma cara arrogante. Graham Montague tinha pele pálida, quase transparente, parecia que alguém jogava farinha na cara dele constantemente; olhos castanhos escuro e o cabelo da mesma cor. Ele era considerado bonito pelas meninas, mas Rose nunca o achou mais horrível do que nesse momento.

- Vamos precisar de treinar mais três horas por semana, para no mínimo chegar a um melhor patamar- Começou a falar quando percebeu que tinha a atenção de todo. Rose revirou os olhos e se sentou com as mãos nos joelhos.

- E da próxima vez você vai treinar?- Questionou com um sorriso sarcástico. Theo e Blásio arregalaram os olhos.

- Já que a senhorita Potter se acha mais esperta, talvez ela queira dar dez voltas em volta do campo- Disse com a cabeça de lado. Rose fechou o sorriso e resmungou um palavrão em francês.

- Não quero- Respondeu olhando-o nos olhos.

- Mas vai- Disse por fim- Continuando, a grifinoria está sem o Olívio e suponho que isso será uma grande perda para eles- Rose riu levemente ao perceber o capitão tentando não dizer claramente que Olívio era um bom goleiro- por isso eles estão em débito, perdemos Flint mas conseguiremos sair na frente deles. Meu capitão caso eu não possa estar presente, será o Draco.

Rose olhou para o menino que estava ainda deitado de costas. A blusa verde estava colada no abdômen e deixava ele mais definido, percebendo que estava encarando ela desviou o olhar e tentou focar em Theodore vomitando a alma e Blásio fazendo careta. Graham tinha exagerado no treino, ninguém estava preparado para algo tão intenso. O pior era o fato dele ficar sempre perguntando se Rose queria parar e tomar uma água, e falava que o treino era demais para o seu gênero. Que ele queime no inferno.

- Ótimo, todos para a ducha- Bateu as mãos e todos se levantaram com esforço, de longe pareciam um grupo de zumbis. Apontou o dedo indicador para Rose e abriu um sorriso- Menos você. Dez voltas!

Rose discutiu internamente se mandava o dedo do meio para ele ou se dava um tapa na cara dele ou se sorria que nem o gato de Alice no país das maravilhas. Optou por sorrir alegremente só para mostrar que estava profundamente infeliz de ter que fazer isso. Blásio e Theo passaram por ela dando batidinhas no ombro e as condolências. Draco deu um sorriso e colocou a mão na testa saudando a garota. Saudando.

A primeira volta foi até que encorajadora. O campo tinha no mínimo uns 80 metros de comprimento, com as altas arquibancadas se erguendo. A segunda volta ela foi até a metade cantando "killer Queen", já na outra metade foi torcendo para que os anjos a carregassem desse inferno. As outras voltas foram borrões de cores e a perna dela coçava de tanto pelo sangue que se remexia no corpo. Quando deu a última volta, ela pensou que Graham nem estava olhando e ela podia muito bem ter feito só três que ele nem percebia e se odiou por ter obedecido tão bem o capitão, Rose já fora mais esperta...

Arrastou os pés até o vestiário feminino, que tinha a metade do tamanho do dos meninos. Era da cor verde como a maioria dos aposentos da sonserina, o piso era de pedra cinza e tinha um banco no meio. Rose não tinha colegas para compartilhar o vestiário, e ela pensava em mudar isso nos testes desse ano. Estava tão cansada que nem percebeu um garoto deitado no banco de madeira. Começou a tirar as botas marrons que iam até o joelho, foi extremamente satisfatório tocar o pé no chão frio. Depois de tirar as duas botas, puxou a blusa simples verde que tinha o escrito o nome e o número. Sentiu que alguém a estava observando e olhou para trás rapidamente.

Draco estava deitado com a cabeça apoiada no braço e a observando com um sorriso.

- Pensei que não fosse perceber- Disse rindo e ela sentiu as bochechas ficarem vermelhas de raiva.

- O que você está fazendo aqui?!- Exclamou furiosa e ele riu mais ainda- Para de rir!

- Você fica engraçada, brava- Admitiu mantendo o sorriso no rosto e ela revirou os olhos.

- Tem como você sair para eu me trocar, no vestiário feminino?- Questionou ironicamente e caminhou para ficar na frente dele.

- Não- Respondeu simples e rapidamente se sentou na cadeira, ainda com o sorriso preguiçoso no rosto.

- Draco, eu tive um dia infernal e eu não quero te arrastar daqui- Disse quase choramingando e ele pousou as duas mãos nos quadris dela.

- Diga para mim, Montague foi maldoso com você, minha flor?- Disse com um bico e elas revirou os olhos tirando as mãos dele dos quadris, mas ele voltou a pousa-las lá.

- Não estou com tempo para gracinhas- Disse encarando ele. Parecia que tinha acabado de tomar banho, o cabelo loiro estava bagunçado sob a testa e ele tinha cheiro de sabonete e menta.

- Ainda bem que eu não estou com tempo para fazer gracinhas- Tombou a cabeça de lado e puxou ela para fica em cima dele, montada.

- Draco...

- Hoje o dia foi cansativo, não?- Sussurrou enquanto acariciava as costas doloridas dela- Sabe, eu te admiro, e espero que isso não seja surpresa para você. Enquanto você estava lá, linda fazendo mil flexões, eu estava quase vomitando meus órgãos.

Rose soltou uma risada e colocou as mãos entre os cabelos macios dele.

- Eu estava com tanto ódio de Graham que era a única coisa que me segurava lá- Respondeu cheirando o cabelo úmido.

- Além do seu orgulho- Ele emendou apertando a cintura de Rose.

- Certamente- Se levantou rapidamente se dando conta que precisava tomar banho. Draco resmungou alguma coisa, mas ela não deu a mínima. A banheira de pedra já estava cheia e com água quente, mais uma das maravilhas que o mundo bruxo proporcionava- Você vai sair ou não?

Ele passou as mãos pelos cabelos e voltou a se deitar no banco acomodando a cabeça na mão. Claro que não ia. Rose deu de ombros e começou a tirar a blusa de maga longa preta pela cabeça, ficou apenas com o sutiã de renda branco. Cantarolando, desabotoou a calça bege e a desceu lentamente pelas pernas, assim como os olhos cinzas de Draco. Jogou a roupa no canto da casa de banho e olhou para o menino que estava boquiaberto, tentando olhar para todo o corpo dela. Quando ele ergueu os olhos para o rosto dela, Rose sorriu maliciosamente e começou a desfazer a longa trança, soltando os cabelos escuros pelos ombros.

- Rose...- Draco sussurrou com a voz grossa e ela continuou sorrindo e mantendo contato visual enquanto colocava o pé na banheira repleta de água quente e espuma.

- Algum problema?- Questionou inocente e foi entrando devagar na água, quando sobrou apenas os ombros de fora, desabotoou o sutiã e jogou devagar na beirada da banheira. Draco seguiu o olhar e Rose o viu engolindo em seco. Depois passou o tecido debaixo pelas pernas e o jogou ao lado do sutiã.

- Você é um perigo- Draco disse a encarando sem piscar- Um perigo que tem belos seios.

- É, eles são lindos- Ela disse se levantando um pouco na água, se não fosse pela espuma, ele podia ter visto algo a mais.

- E belos olhos, como esmeraldas egípcias- Disse se levantando e indo em passos devagar até a banheira de pedra. Rose mergulhou a cabeça na água e voltou com o cabelos molhados e os olhos mirados nos dele, que ardiam com luxúria.

- E um beijo de tirar o fôlego- Sussurrou baixinho enquanto tocava a palma da mão no rosto dele. Draco gemeu baixinho e ela deu um beijo no maxilar dele- Aquele beijo que suga todo o seu fôlego quando eu passo minha língua pelos seus lábios...- Disse no ouvido dele.

Draco estava usando toda sua força para não agarrar a boca dela entre os dentes e beijar até que ele se canse.

- Quando eu beijo seu pescoço, quando eu morisco ele de leve...- Draco segurou o pescoço dela e aproximou os lábios, estavam tão próximos que podiam sentir ambas respirações ofegantes. Rose abriu um sorriso e colocou o dedo indicador entre os lábios- Não, não, meu amor. Você não vai me ter, agora saia.

Tirou a mão dele do pescoço e foi para o meio da água deixando Draco com cara de bobo para trás.

- Que inferno- Ele xingou saindo em passos duros até a porta. Era um jogo divertido.

Pegou o frasco de Shampoo e passou pelos cabelos massageando. Colocou a cabeça na água para retirar o produto e quando voltou para a superfície, encontrou uma rosa ao lado, em cima da pedra. Prendeu o fôlego e olhou em volta procurando alguém.

✯✯✯

Era para eu estar tocando a sua pele nua. Para eu estar cheirando seu cabelo com aroma de cereja e baunilha. Era para eu estar beijando sua pele desnuda do pescoço.

Aquele sorriso lindo era para mim.

Me pergunto se ela ao menos tem noção do quão poderosa ela é. Suas ações são naturais, mas mesmo assim tem o efeito que ela quer.

Me aproximo mais da banheira, enquanto ela está com a cabeça de baixo da água e admiro sua silhueta. É a obra mais perfeita que já existiu. Cada traço.

Coloco a rosa na borda da banheira e saio com o vento, minha bela dama nem perceberá.

Ela é o mais doce inferno já criado na terra. Pode queimar os que se aproximam, porém, os corajosos que se acostumam com seu fogo ardente, logo provam de sua doçura.

Eu suponho que seus lábios tenham o gosto de mel e pimenta.

Algum dia ainda provarei.

Boa madrugada! Como vocês estão? Caras, eu estou indo...

Espero que tenham gostado do capítulo e se puder deixar um votinho para yo, agradeço.

Eu não estou com o mesmo pique que eu tinha antes, para escrever. Estou realmente desanimada gente e peço mil perdões se eu não conseguir postar.

A playlist está no meu perfil 🐍

Até a próxima doce viagem.

Ass, Y.A.M





















































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