CAPÍTULO SESSENTA E TRÊS
BOA NOITE, PRINCIPESSA.
Música do cap: Wildest Dreams- Taylor Swift
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ROSE ESPEROU MUITO por esse momento, durante a estadia no orfanato contava todos os dias para poder ver Diana e agora ela está aqui a poucos metros. Um sentimento de dor e alívio chocou-se contra o peito dela, era um alívio a madrinha estar viva mas era doloroso saber que ela estava viva todo esse tempo e nem sequer foi salvar Rose. Respirando fundo ela quebrou o contato e voltou o olhar para o horizonte, suas mãos estavam suadas e tremendo, os olhos ardendo, implorando para que as lágrimas que ela segura caírem, mas ela não seria capaz de chorar na frente dos outros, isso demonstra vulnerabilidade.
Diana sentia-se em êxtase, um sentimento que a muito tempo estava escondido começou a aflorar no coração dela. Rose estava aqui, sã e salva, continuava com o mesmo cabelo escuro e ondulado, os olhos esverdeados brilhante, o rosto tinha amadurecido mas aquela ainda era sua Rose. O choque da realidade veio quando Rose desviou os olhos e focou-os no horizonte, um gosto amargos alastrou-se em sua boca, ela não queria vê-la, estava magoada e Diana não lhe tira esse direito, foi ela que a abandonou no orfanato e agora aparece aqui sem mais nem menos. Lembrou-se também que tinha que manter as aparências para não colocar Rose em perigo, ela era professora de feitiços em Durmstrang e nada a mais.
- Rose, você está bem?- Katy perguntou pegando na mão dela. Rose virou o rosto para ela e deu um sorriso de lado, ela estava sendo gentil e Rose não queria ser grossa com só porque tem problemas.
- Sim, sim foi só que…- Não podia contar sobre Diana, ela já tinha causado problemas demais para a família White- O vento frio me congelou o cérebro- Katy pareceu achar graça pois começou a rir. Não era difícil fazê-la rir, até sem intenção Rose consegue.
- Pelo menos ainda consegue falar- Demi se intrometeu dando um olhar minucioso a Rose, ela quase sempre sabia quando Rose mentia ou escondia algo.
- Vamos, temos que ir para o Salão Principal ou ficaremos em lugares horríveis- Daphne puxou Rose pelo braço que puxou Katy que puxou Demi e as quatro seguiram os outros alunos de Hogwarts.
Rose olhou em volta procurando um menino de cabelos castanhos e olhos cor de chocolate, mas não conseguiu diante da multidão. Ele estava em Hogwarts, ela sorriu sozinha enquanto era arrastada, ele estava tão bonito e charmoso como sempre. Rose nunca esperou que ele fosse um bruxo e ela tinha quase certeza que nem mesmo ele esperava que ela fosse uma. As garotas se dirigiram à mesa da sonserina e sentaram. Os alunos Beauxbatons passaram em frente a mesa da sonserina e seguiram para a da corvinal, Enzo que ficou ao final da fila quando viu Rose deu um belo sorriso e piscou um olho. Ela sorriu de volta e lutou para não começar a babar. As meninas olharam para ela e depois para Lorenzo e começaram a dar sorrisos maliciosos e olhares confusos.
- Quem é aquele bonitão?- Demi disse inclinando na mesa para chegar mais perto.
- Lorenzo- Rose respondeu ainda com um sorriso bobo.
- O Lorenzo?- Daph perguntou sorrindo e piscando os olhos desacreditada.
- O Lorenzo!- Rose exclamou olhando para os meninos de Durmstrang acomodando-se na mesa da Sonserina, onde Draco e os meninos já começaram a tagarelar e se mostrar para eles.
- Rose...ele é muito lindo, acho que é o menino mais bonito que eu já vi na vida- Katy disse séria e Rose começou a rir. Lorenzo era realmente bonito e quase todas as meninas olhavam para ele.
- Realmente- Rose deu uma olhada pelo salão a procura dele, mas a única pessoa que achou foi Diana conversando seriamente com Snape. Rose fez uma careta e olhou para a sua mesa cheia de meninos carrancudos e cheio de roupa de pele. tinham alguns bonitos mas a carranca estragava. Os alunos de Durmstrang estavam despindo os pesados casacos de peles e olhando para o teto escuro e estrelado com expressões de interesse; uns dois seguravam os pratos e taças de ouro e examinavam-nos, aparentemente impressionados.
Na mesa dos funcionários, Filch, o zelador, acrescentava cadeiras. Estava usando a velha casaca mofada em homenagem à ocasião. Rose ficou surpreso de ver que ele acrescentara duas cadeiras de cada lado de Dumbledore.
Depois que todos os estudantes tinham entrado no salão e sentado às mesas das Casas, vieram os professores, que se dirigiram à mesa principal e se sentaram. Os últimos da fila foram o Prof. Dumbledore, o Prof. Karkaroff, Diana e Madame Maxime. Quando a diretora apareceu, os alunos de Beauxbatons se levantaram imediatamente. Alguns alunos de Hogwarts riram. A delegação de Beauxbatons não pareceu se constranger nem um pouco e não tornou a se sentar até que Madame Maxime estivesse acomodada do lado esquerdo de Dumbledore. Este, porém, continuou em pé e o Salão Principal ficou silencioso.
- Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes - disse Dumbledore sorrindo para os alunos estrangeiros. - Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa.
Uma das garotas de Beauxbatons, ainda segurando o xale na cabeça, deu uma inconfundível risadinha de zombaria.
- Ninguém está obrigando você a ficar! - murmurou Katy, com raiva.
-O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete - disse Dumbledore. - Agora convido todos a comer, beber e se fazer em casa!
Ele se sentou, e Rose viu Karkaroff se curvar na mesma hora para a frente e iniciar uma conversa com o diretor. As travessas diante deles se encheram de comida como de costume. Os elfos domésticos na cozinha pareciam ter se excedido; havia uma variedade de pratos à mesa que Harry jamais vira, inclusive alguns decididamente estrangeiros.
-Que é isso? - disse Demi, apontando uma grande travessa com uma espécie de ensopado de frutos do mar ao lado de um grande pudim de carne e rins.
- Bouillabaisse - disse Rose.
- Para você também! - respondeu Demi.
- É francesa - explicou a garota- Comi uma vez quando morava na França, eu particularmente não gosto.
De alguma forma o Salão Principal parecia muito mais cheio do que de costume, ainda que só houvesse umas vinte pessoas a mais ali; talvez porque os uniformes de cores diferentes se destacassem tão claramente contra o preto das vestes de Hogwarts. Agora que tinham despido as peles, os alunos de Durmstrang deixavam ver que usavam vestes de um intenso vermelho sangue. Rose comia uma colherada de purê quando uma garota de Beauxbatons que rira durante a fala de Dumbledore. Finalmente retirara o xale. Uma longa cascata de cabelos louro-prateados caía quase até sua cintura. Tinha grandes olhos azul-profundos e dentes muito brancos e iguais, disse:
- Com licença, vocês von querrer a bouillabaisse?
- Non, merci (não, obrigada) - Fazia tempo em que ela não falava em Francês, durante o tempo em que estava em Londres, não tinha necessidade. Rose ama falar em francês é como comer mel.
- Quel plaisir de rencontrer quelqu'un qui parle français! est française? (Que prazer encontrar alguém que fala francês. é francesa?)- A bela moça disse animada e Rose não pôde evitar de sorrir.
- Non, je suis vraiment anglais. J'ai vécu longtemps en France. Ravi de vous rencontrer, Rose Potter.( Não, sou inglesa mesmo. Morei bastante tempo na França. Prazer, Rose Potter)- Rose estendeu a mão e a menina sorriu estendendo a sua também.
- Plaisir, Fleur Delacour- Se despediram e ela pegou a bandeja indo de volta a mesa da corvinal.
- Ela é linda- Demi disse com as bochechas coradas e olhos acompanhando Fleur até a mesa.
- Nem é tão bonita assim- Daphne disse emburrada- Aliás, sobre o que vocês estavam conversando, Rose?
- Nada demais, só nos apresentamos- Rose disse dando de ombros.
- Ela é metade veela- Katy afirmou amarrando os longos cachos negros. As três olhavam boquiabertas para ela- Não é difícil de notar, uma beleza surreal.
- Certamente- Os pensamentos de Rose foram diretamente em Lorenzo, será que ele é metade veela também?
As duas cadeiras que estavam vazias acabavam de ser ocupadas. Ludo Bagman sentou-se agora do outro lado do Prof. Karkaroff enquanto o Sr. Crouch, chefe de Percy, ficou ao lado de Madame Maxime. Depois que os pratos de ouro foram limpos, Dumbledore se levantou mais uma vez. Neste momento, uma agradável tensão pareceu invadir o salão. Rose sentiu um tremor de excitação só de imaginar o que viria a seguir.
- Chegou o momento - disse Dumbledore, sorrindo para o mar de rostos erguidos.-O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio... - ... apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente, gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia - houve vagos e educados aplausos -, e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. Houve uma rodada mais ruidosa de aplausos para Bagman do que para Crouch, talvez por sua fama de batedor ou simplesmente porque ele parecia muito mais simpático. Ele agradeceu com um aceno jovial. Bartolomeu Crouch não sorriu nem acenou quando seu nome foi anunciado.
Ao lembrarse dele vestido com um terno bem cortado na Copa Mundial de Quadribol, Rose achou que parecia estranho naquelas vestes de bruxo. Seu bigode à escovinha e a risca exata nos cabelos pareciam muito esquisitos ao lado dos longos cabelos e barbas de Dumbledore.
-Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na organização do Torneio Tribruxo - continuou Dumbledore - e se juntarão a mim, ao Prof. Karkaroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões. À menção da palavra “campeões”, a atenção dos estudantes que ouviam pareceu se aguçar. Talvez Dumbledore tivesse notado essa repentina imobilidade, porque ele sorriu e disse: - O escrínio, então, por favor, Sr. Filch. Filch, que andara rondando despercebido um extremo do salão, se aproximou então de Dumbledore, trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas. Tinha uma aparência extremamente antiga. Um murmúrio de interesse se elevou das mesas dos alunos;
- As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman - disse Dumbledore, enquanto Filch depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor -, e eles tomaram as providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.
A esta última palavra, o salão mergulhou num silêncio tão absoluto que ninguém parecia estar respirando.
- Como todos sabem, três campeões competem no torneio - continuou Dumbledore calmamente -, um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... o Cálice de Fogo.
Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio. A tampa se abriu lentamente com um rangido. O bruxo enfiou a mão nele e tirou um grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar. Dumbledore fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.
- Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice - disse Dumbledore. - Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, Festa das Bruxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.
“Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação”, continuou Dumbledore, “traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha. “E, finalmente, gostaria de incutir nos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de ideia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa-noite a todos.”
- Linha etária…- Rose murmurou olhando para Fred e George que conversavam entre si.
Rose se levantou e esticou os braços em um alongamento. O Professor Karkaroff vinha diretamente para a mesa da sonserina com Diana em seu encalço. Rose puxou as meninas pelo braço para se levantarem logo, a última coisa que ela queria era conversar com a madrinha.
- Para que a pressa?- Demi resmungou, mas já era tarde, os dois estavam na mesa.
- Voltamos ao navio, então - foi ele dizendo. - Vítor, como é que você está se sentindo? Comeu o suficiente? Devo mandar buscar um pouco de quentão na cozinha?
Rose viu Krum sacudir negativamente a cabeça e tornar a vestir as peles, Rose puxou as meninas e foram devagar até a porta.
- Professor, eu gostaria de beber um pouco de vinho - disse outro garoto de Durmstrang esperançoso.
- Eu não ofereci a você, Poliakoff - retorquiu Karkaroff, seu caloroso ar paternal desaparecendo instantaneamente. - Vejo que derramou comida nas vestes outra vez, moleque porcalhão...
Karkaroff lhe deu as costas e conduziu os alunos para fora, chegando à porta no mesmo momento que Rose e as meninas esbarraram em Harry, Rony e Hermione. Harry parou para deixá-lo passar primeiro.
- Obrigado - disse Karkaroff, olhando distraído para o garoto. E então o bruxo estacou. Tornou a virar a cabeça para Harry e encarou-o como se não pudesse acreditar no que via. Atrás do diretor, os alunos de Durmstrang pararam também. Os olhos de Karkaroff percorreram lentamente o rosto de Harry e se detiveram na cicatriz. Os alunos de Durmstrang miraram Harry cheios de curiosidade, também. Rose bufou frustrada e pelo canto do olho, a garota viu que alguns faziam cara de terem finalmente entendido. O garoto que sujara as vestes de comida cutucou uma colega ao seu lado e apontou abertamente para a testa de Harry.
- É, é o Harry Potter, sim - disse alguém com um rosnado às costas deles. O Prof. Karkaroff virou-se completamente. Olho-Tonto Moody se achava parado ali, apoiado pesadamente na bengala, o olho mágico encarando sem piscar o diretor de Durmstrang. A cor se esvaiu do rosto de Karkaroff enquanto Rose observava a cena. Uma expressão terrível, em que se misturavam a fúria e o medo, perpassou o rosto do homem.
- Você! - exclamou ele, encarando Moody como se duvidasse de que realmente o via.
- Eu - disse Moody sério. - E a não ser que tenha alguma coisa a dizer a Potter, Karkaroff, você talvez queira continuar andando. Está bloqueando a porta.
- Esse lugar está ficando mal frequentado- Rose murmurou para si mesma.
Quando enfim a porta foi liberada, ela e as meninas continuaram andando. Rose estava distraída e quase não notou um menino de vestes azuis claro encostado na parede, seu coração começou a errar as batidas e quase voou pela boca quando ele olhou sorrindo para ela. Rose pediu para as meninas seguirem o caminho e ela foi andando rapidamente até ele, não queria parecer desesperada mas claramente falhou. Ela parou de frente para ele e ficaram se olhando. Ele era uns dez centímetros mais alto que ela, os olhos castanhos a fitaram devagar, foi inevitável não deixar as bochechas coradas.
- Rose…- Ele sussurrou como se ela não fosse real e aí não aguentando mais tempo longe, ela correu e jogou os braços ao redor do pescoço. Enzo tinha um cheiro leve de sabonete e vento, era como se ele fosse um dia ensolarado. Rose inspirou fundo e apertou mais forte o braço ao redor dele. Era real.
- Enzo…- Disse em um sopro abafado e ele apertou mais forte os braços ao redor da cintura dela. Os dois saíram lentamente do abraço e se olharam com sorrisos de orelha a orelha.
- Senti sua falta- A voz dele era tão boa de escutar, Rose passaria a vida toda escutando. Era firme, um pouco rouca e com uma pitada de sensualidade. Era como a mais doce melodia.
- Eu também senti sua falta- Com muito esforço conseguiu dizer- Caramba, não passou pela minha cabeça que você era um bruxo- Ele riu de leve e inspirou fundo.
- Surpresa! Sou um bruxo- Abanou as mãos e uma covinha apareceu no canto da bochecha.
- Prazer, Rose Potter- Ela esticou a mão.
- Prazer, Lorenzo Herondale- Apertou a mão dela. O aperto era firme e ao mesmo tempo gentil como se ela fosse feita de vento. Tinha alguns calos e estava quente. Rose queria puxar a mão dele e tascar um beijo na boca esculpida. Afastou esses pensamentos impróprios- Eu não posso ficar muito tempo aqui, tenho que voltar para a carruagem. A manhã a tarde podemos nos encontrar?- Ele disse rápido.
- Claro, posso levá-lo para um tour por Hogwarts- Ele sorriu- Não, espera- Rose se lembrou das palavras que ele disse a ela quando se encontraram “Serei seu guia para minhas duas partes preferidas aqui, Principessa”- Serei sua guia guia para as minhas partes preferidas aqui, principe.
Lorenzo olhou para ela com seus olhos cor de chocolate e sorriu, lembrando-se de quando eles se encontraram na Itália.
- Não dá, estou ocupado- Disse a mesma coisa que a Rose da Itália havia dito.
- Não me parece.
- Você é bem insistente, não é? Vamos então- Os dois estavam muito perto agora, nem perceberam quando começaram a andar na direção um do outro.
- Lorenzo!- Um menino de cabelos loiros e vestes iguais as de Enzo gritou, faznedo-o bufar frustrado.
- Já vou Will- Gritou. Rose se afastou dele e colocou as mãos no bolso sorrindo de lado.
- Boa noite, Enzo.
- Boa noite, Principessa- Cantarolou indo em direção a porta de saída.
✯✯✯
Como o dia seguinte era sábado, normalmente a maioria dos estudantes teria tomado o café da manhã mais tarde. Rose, porém, não foi a única a se levantar muito mais cedo do que costumavam nos fins de semana. Quando desceu para o saguão, viu umas vinte pessoas andando por ali, alguns comendo torrada, todos examinando o Cálice de Fogo. A peça fora colocada no centro do saguão sobre o banquinho que era usado para o Chapéu Seletor. Uma fina linha dourada fora traçada no chão, formando um círculo de uns três metros de raio. Rose se aproximou de Harry, Rony e Hermione que estavam observando o cálice também.
- Bom dia- Harry tomou um susto e tropeçou no pé de Rony, só não caiu pois Rose o segurou pelos braços.
- Bom dia Rose!- Mione disse alegre.
- Dia- Harry disse se afastando dela.
- Alguém já depositou o nome? - perguntou Rony, ansioso, a uma aluna do terceiro ano.
- Todo o pessoal da Durmstrang - respondeu ela. - Mas ainda não vi ninguém de Hogwarts.
-Aposto como tem gente que depositou ontem à noite depois que fomos todos dormir - disse Harry.
- Eu teria feito isso se fosse eles... não iria querer ninguém me olhando. E se o cálice cuspisse o meu nome de volta na hora?
- Seria hilário- Rose disse dando um risinho só de imaginar.
Alguém riu às costas de Rose. Ao se virar, viu Fred, George e Lino Jordan correndo escada abaixo, os três parecendo excitadíssimos, passaram ao lado de Rose e fizeram High-Five como se fossem jogadores de basquete.
- Resolvido - disse Fred num cochicho vitorioso a Rose, Harry, Rony e Hermione. - Acabamos de tomá-la.
- Quê? - exclamou Rony.
- A Poção para Envelhecer, cabeça de bagre - disse Fred.
- Uma gota cada um - acrescentou Jorge, esfregando as mãos de alegria. - Só precisamos envelhecer alguns meses.
- Vamos dividir os mil galeões entre os quatro se um de nós vencer - disse Lino, com um largo sorriso.
- Quatro?- Rony disse olhando para os três que olhavam para Rose sorrindo.
- Ah, tinha que ter dedo da Rose no meio- Harry disse segurando para não sorrir.
- Não tenho muita certeza de que isso vai dar certo- disse Hermione em tom de aviso. - Tenho certeza de que Dumbledore terá pensado nessa possibilidade.
Fred, Jorge e Lino não lhe deram atenção.
- Pronto? - perguntou Fred aos outros dois, tremendo de excitação.- Vamos então, eu vou primeiro...
Rose observou, fascinado, quando Fred tirou do bolso um pedaço de pergaminho com as palavras “Fred Weasley – Hogwarts”. O garoto foi direto à linha e parou ali, balançando-se nas pontas dos pés como um mergulhador se preparando para um salto de quinze metros. Depois, acompanhado pelo olhar de todos que estavam no saguão, ele respirou fundo e atravessou a linha. Por uma fração de segundo, Rose achou que a coisa dera certo - George certamente pensara o mesmo, porque soltou um berro de triunfo e correu atrás de Fred -, mas no momento seguinte, ouviram um chiado forte e os gêmeos foram arremessados para fora do círculo dourado, como bolas de golfe.
Eles aterrissaram dolorosamente, a dez metros de distância no frio chão de pedra e, para piorar a situação, ouviram um forte estalo e brotaram nos dois longas barbas brancas e idênticas. O saguão de entrada ecoou de risadas. Até Fred e Jorge se riram depois de se levantarem e dar uma boa olhada nas barbas um do outro.
- Eu avisei a vocês - disse uma voz grave e risonha, ao que todos se viraram e deram com o Prof. Dumbledore saindo do Salão Principal. Ele examinou Fred e George, com os olhos cintilando. - Sugiro que os dois procurem Madame Pomfrey. Ela já está cuidando da Srta. Fawcett da Corvinal e do Sr. Summers da Lufa-Lufa, que também resolveram envelhecer um pouquinho. Embora eu deva dizer que as barbas deles não são tão bonitas quanto as suas.
Fred e George seguiram para a ala hospitalar acompanhados por Lino, que rolava de rir, e Rose ria tanto que quase fez xixi, Harry teve que ajudá-la a se equilibrar. Os quatro seguiram para o café da manhã.A decoração no Salão Principal estava mudada essa manhã. Como era o Dia das Bruxas, uma nuvem de morcegos vivos esvoaçava pelo teto encantado, enquanto centenas de abóboras esculpidas riam-se em cada canto.
-Corre um boato que Warrington se levantou cedo e depositou o nome no cálice - disse Dino a Harry e Rose. - Aquele grandalhão da Sonserina que parece uma preguiça.
- Não podemos ter um campeão da Sonserina!- Acrescentou Simas sem perceber que Rose estava lá.
- Fala isso de novo e eu meto um murro nesse seu bocão- Disse Furiosa e o garoto se encolheu.
-Escutem! - disse Hermione de repente. As pessoas estavam aplaudindo no saguão de entrada. Todos se viraram nas cadeiras e viram Angelina Johnson entrando no salão, sorrindo meio encabulada. Uma garota alta, que jogava como artilheira no time de quadribol da Grifinória, Angelina se aproximou dos colegas, sentou-se e disse:
- Bom, está feito! Depositei o meu nome!
- Você está brincando! - disse Rony, parecendo impressionado.
- Então você já fez dezessete? - perguntou Harry. Rose olhou para ele com careta “é óbvio que sim”.
- Claro que sim. Você está vendo alguma barba? - respondeu Rony.
- Fiz anos na semana passada - disse Angelina.
- Fico feliz que alguém da Grifinória esteja concorrendo - comentou Hermione. - Espero sinceramente que você seja escolhida, Angelina!
- É Angelina, espero que consiga- Rose disse sincera. Ela e Angelina não se deram bem no começo, Rose era do time da sonserina e sem querer já tinha metido o cabo da vassoura na costela dela, mas um dia encontrou a grifana chorando depois de um treino, elas conversaram sobre como é difícil ser uma jogadora em meio a tantos jogadores. Elas se entenderam mas jogo é jogo, se Rose tiver que acertar o cabo da vassoura na costela dela novamente, ela vai fazer.
- Obrigada, Rose- Disse com um meio sorriso e sem perceber colocou a mão em cima da costela.
- Ainda dói?- Disse olhando pra mão dela.
- Não seja convencida, você não é tão forte assim- Disse sorrindo e Rose forçou um sorriso de volta.
- Ah claro, tudo bem. A gente pode resolver isso no campo, só marcar a hora o lugar, não sou covarde...
- Não confio em sonserinos- Soltou o veneno e Rose apertou a mesa mais forte, deixando os dedos brancos. harry percebendo, pegou a mão dela.
- Rose…- Sussurrou e ela foi se acalmando. A relação dela com Angelina era assim, amor e ódio.
Rose terminou o café e foi em direção ao aglomerado dos alunos de Beauxbatons. Lorenzo estava em um canto da parede junto com o menino da noite passada. Eles pareciam conversar sobre algo interessante, já que eles estavam rindo. Rose queria dizer que não tinha se arrumado um pouco mais hoje apenas por conta do passeio com Enzo, mas estaria mentindo. Colocou uma saia rodada xadrez verde, ficava na metade das coxas, uma meia calça preta, blusa preta gola alta, a jaqueta preta e suas botas.
- Oi- Disse chegando na frente deles. Enzo ergueu os olhos rapidamente para ela e depois os abaixou olhando-a de cima a baixo.
- Bom dia- O amigo de Enzo disse sorrindo. Ele tinha cabelos loiros escuros, olhos azuis, quase violeta. Tinha pele pálida, lábios bem desenhados e avermelhados, maçãs do rosto marcadas, ele era muito bonito, ela tinha que admitir.
- É, bom dia- Lorenzo disse ainda olhando para Rose.
- Ah, Romeu. Quer um balde?- O amigo dele disse sorrindo de lado e Enzo deu um empurrão nele- Prazer, Will Havilliard- estendeu a mão para Rose.
- Rose Potter- Apertou a mão dele. Tinha calos iguais as de Enzo. O menino arregalou os olhos levemente ao escutar o sobrenome dela. Estava acostumada com as reações, então se adiantou- É, irmã de Harry Potter.
- Uau- Deu um assobio e Enzo olhou com cara feia para ele- Claro, estou de saída. Aproveitem o passeio pombinhos- Disse fazendo corações com as mãos.
- Vamos.
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Boa tarde!!!
Muito obrigada a todos vocês por acompanharem a fanfic, estamos com 150k de visualizações e eu nem acredito. Eu amo cada um de vocês, acompanho cada comentário e agradeço do fundo do coração por tudo isso. Nunca passou pela minha cabeça que a fanfic ia chegar a esse lugar. Vocês, como já disse antes, repito, são fodas!
Tem tanta coisa que vai acontecer, estou me corroendo de ansiedade gente 🤸
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Ass, Y.A.M