CAPÍTULO CINQUENTA E CINCO
FIM DO TERCEIRO ANO
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O MINISTÉRIO NÃO PERMITIU que a imprensa postasse que Sirius Black era inocente e que Pedro estava vivo, isso causou uma enorme fúria em Rose, mas o pior foi quando Dumbledore disse que alguém no ministério ajudou ele fugir de Azkaban e agora o verdadeiro comensal estava a solta. Rose foi na sala do diretor e saiu de lá muito feliz, ele fez muitos elogios e disse que a presença dela no futuro era de extrema importância, ela não entendeu direito mas levou como elogio. Hagrid continuava triste pelo bicuço e Rose se sentiu muito egoísta por um momento, estava tão absorta com os próprios problemas que esqueceu de bicuço. O estopim de toda situação, foi quando Snape entrou na comunal dizendo para todos que Lupin era um lobisomem.
- Filho da mãe- Disse Jogando o livro que lia em cima de Daph e levantou do sofá.
- Por que o estresse? ele era um lobisomem, poderia nos machucar a qualquer momento- A Greengrass disse aliviada.
- Eu não vou perder meu tempo explicando o básico da cidadania a você- Correu até a porta com tanta raiva que ninguém ousava entrar no caminho.
Os corredores estavam mais cheios e animados, afinal estavam no final do ano. Rose estava começando a acreditar que a lenda que diziam sobre o cargo de DCAT era verdade, pois todo ano mudavam de professores, pensa que agora que tiveram um decente, ele vai se mudar também. Entrou sem nem bater na porta, a sala estava vazia e havia uma pequena mala dele no canto, com poucas roupas. Ele estava lá, calmo e sereno como sempre, tão calmo que fez a fúria dela se dissolver, apoiava um livro em cima do outro com cuidado. Rose queria ter descoberto antes que ele era seu padrinho, poderia ter passado mais tempo com ele e aproveitado para enchê-lo de perguntas. Colocou as mãos no bolso da capa e deu um muxoxo desanimado.
- Srta. Potter- Cumprimentou e ela fez careta.
- Já estamos bem íntimos, pode me chamar de Rose- Se aproximou da escrivaninha dele e começou a mexer nas coisas da mesa- Não deveria ir embora.
- Na verdade, deveria- Rose revirou os olhos- Lobisomens não são bem vindos na sociedade, ainda mais em trabalhar em uma escola cheia de crianças.
- Isso é ridiculamente preconceituoso. Você foi o melhor professor de DCAT que tivemos e um ótimo padrinho, não tão ótimo pois não me ensinou a fazer um patrono e nem me contou antes sobre ser meu padrinho- Ele soltou um risinho e fechou a mala, olhando agora para Rose.
- Pode ter certeza que eu me arrependo muito por ter sido covarde e não ter lhe contado sobre ser seu padrinho. Tinha medo, mesmo sendo um dos meus sonhos vê-la e Harry. Foram ótimos os dias que passei aqui e muito obrigado por salvar Sirius, ele já sofreu demais- Rose sorriu e deu um abraço nele, inalando todo cheiro de chocolate que ele tinha- Estou orgulhoso.
Os resultados finais tinham saído e Rose passou em todas matérias, se surpreendeu por não ter ficado em adivinhação. Fred e George riram e disseram que tinham passado raspando nos N.O.M.s e ela não pode evitar de rir da desgraça deles também. Nathe veio conversar com ela apenas uma vez, já que ela pediu um tempo entre eles. Depois da pequena discussão com Daph, ela contou sobre Lupin ser o padrinho dela e as meninas se desculparam. Como a Grifinória havia ganhado de novo, o salão para a festa final, ficou decorado nas cores vermelho e dourado. Rose ficou desapontada por terem perdido de novo, mas não deixou isso abala-lá, comeu e riu com todos na mesa, todos legais é claro. Na manhã seguinte, arrumaram as malas e foram para o expresso que já os esperava.
Esse ano foi além de ter sido extremamente cansativo, foi também divertido. Foi a Hogsmeade pela primeira vez, bebeu whisky de fogo com os gêmeos, Deixaram o cabelo de todo mundo verde, ela conheceu seu padrinho e salvou um inocente. Olhou mais uma vez para o castelo que já estava distante e entrou sorrindo no expresso. Todas as vezes ele ficava cheio, por isso ela implorava para as meninas andarem mais rápido e economizar tempo para colocarem as malas sem ter que se apertar. Depositaram as malas na parte superior e as meninas entraram na cabine, antes de Rose entrar, alguém a puxou pela cintura, ela se debateu mas a pessoa era mais forte.
- Shiu Potter, sou eu- Draco a virou de frente para ele e ela suspirou aliviada.
- Não pode simplesmente chegar aqui e me agarrar pela cintura!- Disse brava e ele só continuou sorrindo preguiçosamente.
- Vem- Ele a puxou pelo braço e sorte que as pessoas estavam tão ocupadas que nem notaram neles. Draco a puxou para dentro de uma cabine vazia e fechou a cortina.
- Mas o que- Nem terminou, pois ele a puxou e beijou sem nem aviso prévio. Era ridículo o quanto aqueles lábios macios com gosto de menta faziam Rose ir ao inferno e voltar. As duas mãos dele estavam pousadas no quadril dela e as dela no rosto e cabelo macio. A cada toque da língua dele, era um suspiro de prazer. Sorrindo entre o beijo, Rose o empurrou para sentar no banco e depois sentou no colo dele. Se olharam por um tempo, Draco às vezes não entendia como ela podia ser tão bonita, ainda mais naquele momento, a boca inchada e avermelhada, os cabelos castanhos meio bagunçados, os olhos esverdeados dilatados, ela era menina mais bonita que já viu na vida, e no futuro diria isso com toda certeza. Sem perder mais tempo, voltaram a se beijar com um pouco mais de velocidade e fogo. As mãos dele desceram pelas costas dela devagar até chegar no quadril e depois um pouco mais para baixo até elas subirem aos pouquinhos na barra da saia, os dedos foram traçando círculos até elas estarem nas coxas. Rose sentia um arrepio a cada centímetro que a mão dele cobria, ela adorava o jeito que ele fazia as coisas com confiança. Barulhos vindos de fora da cabine, fez ela parar o beijo rapidamente.
- Que?- Draco falou e ela colocou o dedo indicador nos lábios dele.
- Shiu- Olhou para a porta e apurou os ouvidos, podia sentir o hálito quente dele no pescoço e isso fez com que ela arrepiasse novamente. As conversas e passos se distanciaram da cabine deles e ela suspirou aliviada. Draco colocou o rosto na dobra do pescoço dela e inspirou todo o perfume dela.
Rose levantou rapidamente e arrumou a saia que estava amassada. Draco ficou olhando para ela se arrumando e ele colocou aquele sorrisinho de lado que fazia ela querer socar a cara dele de tão bonito que ficava. Já estava indo para a porta quando ele a abraçou por trás.
- Estava com saudades- Disse no ouvido dela- Tenho um presente para você- Girou ela para ficar de frente e colocou as mãos no bolso, tirando um colar de prata com um pingente roxo, ela sabia que devia ser uma pedra preciosa, vindo dele...- Estou te dando agora, pois não vou poder enviar carta, nem nada nessas férias, meus pais estão no meu pé...
- Você tem que parar de me dar presente sem avisar, nunca tenho nada para você- Rose disse colocando uma mecha atrás da orelha- E também não vou poder enviar nada, seria lindo se seus pais descobrissem que uma Potter está falando com o filhinho deles- Terminou rindo e ele continuava a encarando, como se quisesse decorar cada parte dela.
- Você já me presenteou- Deu um beijo lento e depois foi descendo até o pescoço dela, dando leves mordidinhas e beijos.
- Tenho que ir- Murmurou e ele parou dando um selinho nela- Boas férias, Malfoy.
- Boas férias, Potter.
Rose colocou a cabeça para fora da cabine e certificou que não tinha ninguém no corredor. Saiu como se não tivesse se agarrado com Draco agora mesmo e foi até a cabine onde Harry estaria e sem querer esbarrou com um alguém muito conhecido.
- Rose! Como vai?- Nathe disse olhando para ela.
- De trem mesmo e você?- Disse rindo e ele tentou não rir mas foi impossível.
- Sempre com as piadas em dia...
- Eu estou ótima e você?- Rose não queria prolongar essa conversa.
- Bem- Os dois ficaram em silêncio apenas olhando um para a cara do outro. Nathe sentia saudade dela, e se sentia um rolo por tê-la deixado sair da sua vida tão facilmente. Deveria ter prestado mais atenção e não ter deixado ela de lado.
- Ótimo, tem que ir. Boas férias- Saiu de lado em passos rápidos até uma das últimas cabines, onde o trio de ouro estava.
Nathe balançou a cabeça aos poucos e seguiu cabisbaixo até a cabine que ele e outros corvinos ficavam.
-Fui ver a Prof a McGonagall hoje de manhã, pouco antes do café. Resolvi abandonar Estudos dos Trouxas- Hermione disse e Rose sorriu sentando ao lado dela.
- Não sei por que você fazia, você é uma Trouxa- Disse e Harry deu um chute nela a repreendendo- Eu também sou quase uma trouxa e o Harry? Esse aí é quase mais trouxa que eu.
Harry sorriu e revirou os olhos.
-Mas você passou na prova com trezentos e vinte por cento! - exclamou Rony.
- Eu sei - suspirou Hermione -, mas não vou poder viver outro ano igual a este. Aquele vira-tempo estava me levando à loucura. Eu o devolvi. Sem Estudos dos Trouxas e Adivinhação, vou poder ter um horário normal outra vez.
- Que vira tempo?- Rose disse indignada e Mione respirou fundo.
- Professora Minerva havia me dado um vira-tempo, para que eu pudesse assistir a varias aulas ao mesmo tempo. Acabou que eu fiquei exausta e devolvi.
- Caramba! Por que não me disse antes? Poderíamos ter feito maravilhas- Pensou em várias peças que poderia pregar no pessoal e ela revirou os olhos.
- Não usaria o vira-tempo para isso, Ro.
-Ainda não consigo acreditar que você não tenha nos contado. Pensávamos que éramos seus amigos- Rony disse.
-Prometi que não contaria a ninguém- disse Hermione com severidade. Ela se virou para olhar para Harry, que observava Hogwarts desaparecer de vista por trás de um morro. Dois meses inteiros até poder revê-la...
- Tá com essa cara por que?- Rose questionou dando um chute na canela dele.
-Estou só pensando nas férias- Devolveu o chute.
- É, eu também tenho pensado nelas - disse Rony. - Harry você tem que vir ficar conosco. Vou combinar com mamãe e papai, depois te ligo. Agora já sei usar um feletone...
-Um telefone, Rony - corrigiu-o Hermione.
- Feletone é bem melhor- Rose disse rindo e ele corou envergonhado.
-Sinceramente, você é quem devia fazer Estudos dos Trouxas no ano que vem...
Rony fingiu que não tinha ouvido o comentário.
-Vai haver a Copa Mundial de Quadribol agora no verão! Que é que você acha, Harry? Vem ficar com a gente e aí podemos assistir aos jogos! Papai geralmente arranja entradas no ministério.
- Nem tinha ouvido falar nisso, que maximo- Rose disse animada e Harry se animou também.
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A neve caia com força e tornava tudo pela extensão, branco. Geralmente no norte da Noruega ou fazia frio ou fazia frio, não havia outra opção. Uma mulher loira e alta andava de um lado para o outro apertando o casaco de pele sobre si. Estava muito apreensiva, não sabia se deveria mandar essa carta.
Fazia muito tempo que ela não vai Rose, conseguia criar uma pequena imagem de como ela estaria hoje em dia, em sua mente, mas estava mais para um borrão. Sentia tanta saudade que seu coração parecia parar as vezes. Se tinha uma coisa que ela se arrependia com toda força, era de ter deixado ela naquele orfanato ao invés de enfrentar tudo cara a cara, havia outra coisa que ela se arrependia também, mas vocês só irão descobrir mais para frente. Sentou na poltrona e releu a carta várias vezes, a caligrafia estava correta e as frases conexas, mas o que realmente lhe incomodava era a reação de Rose. Se tinha uma coisa que ela se lembrava, era dos traços de personalidade da menina. Desde pequena tinha uma personalidade forte, tinha medo que ela não a perdoasse.
Respirou fundo e reorganizou os pensamentos, lacrou a carta novamente, assinando como Diana, não como Di ou madrinha. Abriu a grande porta de Carvalho e foi até o corujal. Sabia que ela havia sido adotada pelos Blake's e que morava em Londres, tinha olhos por toda parte. As corujas se juntavam uma nas outras para não passar frio. Pegou a coruja branca como a neve e depositou a carta na para dela, rezando para que a entrega seja feita com sucesso.
Com um peso a menos nas costas, Diana saiu do corujal e para sua tristeza esbarrou com Igor Karkaroff, que tinha aquela cara sombria e ranzinza como sempre.
- Deveria estar na sala, White- Disse grosseiramente e a mulher arrumou a postura erguendo o queixo.
- Não precisa me lembrar do que eu tenho que fazer ou ser, Karkaroff. Passar bem- Passou direto por ele e foi até sua sala.
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Rose passou tanto tempo em Hogwarts que quase não lembrava mais como era a sua casa. Noah e Mel foram como sempre buscá-la na estação. Tagarelaram sobre como o ministério tinha ficado ocupado com a fuga de Black, ela não disse nada só de o assunto dele, não queria levar uma bronca hoje. Contou sobre o quadribol e eles ficaram bem mais aliviados em ver que ela estava dar volta, alegre e animada.
Rose jogou a mala em qualquer canto do quarto e caiu de cara na cama, estava exausta.
TOC
Olhou para a janela e viu uma linda coruja, toda branca como a neve, olhos grandes e pratas. Levantou da cama e abriu a janela devagar. A coruja não quis entrar e nem aceitou o petisco que ela deu.
- Que coruja fresca, em- Disse sorrindo e pegou a carta que vinha na perna dela- Tchau- A coruja sem esperar nada, levantou vôo e foi em direção ao norte. Rose tinha a impressão que essa coruja não era daqui.
Fechou a janela e virou a carta para ver de quem era. Quase caiu ali no chão mesmo, era de Diana, a madrinha dela. Rose esperou por muito tempo que ela voltasse e a buscasse no orfanato, podendo ter talvez uma vida normal com a madrinha, mas ela nunca voltou e agora aparece uma carta com o nome dela? Sentou-se na cama e respirou fundo olhando para a carta. Suas mãos terminam e a respiração estava irregular.
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Oiii, boa tarde!
Esse capítulo ficou pequeno por conta de ser um complemento dos outros e o final do terceiro ano, que não pude colocar no anterior. Espero que tenham gostado e não esqueçam de votar e comentar por favor ✨
Queria a opinião de vocês, eu no início imaginei a Rose como a Megan Fox, tanto que é ela que está na capa, mas depois de um tempo eu comecei a ver a Rose como a Barbara Palvin. Queria saber qual das duas que você acham melhor, para ser a Rose.
A playlist da fanfic está disponível na minha bio 🐍
Ass, Y.A.M