Capítulo 21:

5.3K 375 18
                                    

I remember you said "don't leave me here alone", but all that's dead and gone and passed tonight.
Eu lembro de você dizer “não me deixe aqui sozinho”, mas tudo isso está morto e enterrado e hoje à noite passou. (Safe and Sound – Taylor Swift).

Quando acordei não estava mais entre os braços de Henrique, mas sentia um peso na beirada da cama, entretanto, de alguma forma, eu reconhecia que não era ele.

- Acorde docinho. – A voz rouca de Bruno pediu. Abri primeiro um olho, fugindo da claridade que tomava o quarto pela manhã e vendo-o sentado a beirada da cama apenas com uma boxer escura. – A Emily foi para casa, podemos conversar melhor agora. – Ele garantiu, com um sorriso de um milhão de dólares.

Como era bom tê-lo de volta. Me desenrolei das cobertas e me joguei contra seu peito, apertando-o contra mim com força, sentindo seus braços reconfortantes rodopiarem minha cintura da forma que só ele sabia fazer, puxando-me ainda mais para perto – se é que era possível.

- Ai, porra. Que saudade. – Eu disse, beijando seu ombro e seu rosto. – Eu tenho tanta coisa pra contar pra você, docinho. – Passei os dedos pelo seu rosto com barba por fazer.

- Eu também. Estou firme e forte com a Emily e sei dos segredos dela já. – Ele disse em tom de bronca. – Mas vamos deixar isso para depois. Como foi a viagem?

- Foi satisfatória. Consegui enxergar que era hora de contar. – Eu disse e mesmo sem lhe dizer nada, vi por seus olhos que ele sabia que tinha algo mais.

- Seus olhos estão vermelhos e o travesseiro de lá tá muito bagunçado. Quem dormiu aqui? – Ele indagou, erguendo uma sobrancelha escura, sério.

- Henrique surgiu do nada. – Eu suspirei. – Contei pra ele. Só a primeira parte de toda aquela história. – Eu disse e meus ombros despencaram com a falta de coragem que tive quando cheguei tão perto.

- Imaginei. – Bruno comentou, apertando os lábios. – E sinceramente, acho que fez certo. Deve ser chato pra você contar isso e ver aquilo. – Ele comentou, falando as coisas exatamente da maneira como eu me sentia. – Acho, que pelo o que ocorreu ontem, nada de Jimks por hoje, certo? – Ele indagou e sorriu quando acenei em positivo. – Ufa, pelo menos não estragou meus planos. – Ele disse sorrindo.

- Quais planos? – Indaguei, curiosa e animada, eu sempre gostava das surpresas que Bruno preparava.

- Surpresa, Gata. – Ele disse aquilo que eu imaginava com uma piscadela. – Agora, linda. Vá se arrumar e bote um lindo sorriso no seu rosto. Você vai à empresa de seu pai conversar com ele a respeito de Natan. E sei que Henrique estava aqui porque atendi ao telefone da sala e quando abri a porta, bingo! Vocês estavam agarradinhos. Depois, Cate te espera no centro de Alphaville, onde tem aquelas lojas que vocês amam. Rolex. Henrique Louboutin. Chanel. E todas aquelas parafernálias. Você está precisando. E também tem um evento de gala beneficente que precisamos ir. – Ele disse, dando tapinhas leves no meu ombro, me empurrando de leve e fazendo um sorriso um tanto quanto sincero aparecer em meu rosto, depois de muito tempo.

*

Depois de Bruno me vestir com uma saia longa branca e uma blusinha rosa de seda, ele mesmo me levou até a empresa de meu pai. Fomos conversando pelo caminho e as altas risadas de que senti falta foram dadas pelo trajeto. Até esqueci o porquê do passeio de porsche.

 Quando chegamos diante do Edifício Empresarial de meu pai, fiquei impressionada quando Bruno desceu do veículo junto comigo. Cumprimentando a todos no caminho. Fomos embalados pelo ar-condicionado refrescante e pela decoração escura do Edifício do meu pai. Ao chegarmos às proximidades do elevador, um segurança o acionou para gente e o senhor de dentro do elevador tocou a aba de seu quepe em cumprimento, apertando o botão da cobertura com letras gritantes nos informando ACESSO RESTRITO.

Apenas MeuWhere stories live. Discover now