NI: Vcs leram o capítulo 26?????????? Pensei que teria mais "vivas" do que silêncio kkkkkk
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I don't why I can't keep my eyes off of you.
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você. (You and Me – Lifehouse).Melissa teve um enterro vazio e triste, com direito a garoa insistente. Eu fui até lá, não como despedida ou para prestar homenagens. Eu não tinha explicação. Também não era uma compaixão. E muito menos vangloriava aquele momento. Henrique também foi, todo frio e elegante em um terno escuro. Durante a cerimonia, ele não levou flores até o tumulo da esposa, mas na sua vez de colocar algo sobre o caixão, ele tirou sua aliança e a depositou lá.
Depois daquele momento tempestuoso – e depois de avisar Bruno – eu andei por Barueri. Como fazia quando estava desesperada e ela conseguiu me recuperar o ar, como sempre fez. A tranquilidade para as tempestades que viriam. Eu ainda tinha muitos demônios internos e externos para exterminar.
Bati a porta com o cansaço tomando conta de mim e interrompi meus passos com a cena que vislumbrei no sofá da minha sala. Henrique estava jogado com Júlia deitada sobre seu peito, ambos dormindo. Como se lá fosse o refúgio certo do desespero. Não que eu ficasse lisonjeada com aquilo, mas não podia ignorar a felicidade que senti ao encontrá-los.
Bruno chegou alguns segundos depois, falando alto demais com Emily e apoiei o dedo nos lábios para que ambos ficassem quietos. Ambos obedeceram assim que viram a cena que presenciei e andaram calmos até o quarto de Bruno.
A primeira coisa que fiz foi pegar Júlia com extremo cuidado nos meus braços. Ela se remexeu um pouco desconfortável, mas se agarrou a mim quando reconheceu quem era, fechando seus olhos e voltando ao estado de sono. Eu a levei até meu quarto, e a cobri até o queixo, ativando o efeito fumê dos vidros para que nenhuma luz perturbasse o sono de um anjo. Sorrindo, eu fechei a porta do cômodo. E meu coração bateu forte quando esbarrei com Henrique fitando a cena.
- Ai, porra! – Sussurrei, empurrando-o e caminhando para longe, exatamente para manter distância.
- Você é ótima com ela. Eu não. – Se lamentou me olhando dos pés a cabeça.
Ignorei o comentário e o olhar. – O que está fazendo aqui?
Eu sabia a responsabilidade que carregava. Conforme o CT, nós tínhamos algum tempo para assinar os papéis, mas precisávamos decidir com agilidade, caso contrário Júlia iria para um orfanato e esperaria para ser adotada.
- Ela não é minha filha. Nem sua. Não podemos ficar com ela. – Disse ele, se sentando no chão e parecendo completamente a beira do desespero. Eu me sentei de frente para ele, para mostrar que me sentia do mesmo jeito. Insegura.
- Não podemos deixá-la num lar pra adoção, Rick. Não podemos. – Acenei em negativo com a cabeça, sentindo as lágrimas rolarem sem dó nem pena pelo meu rosto em chamas. – Ela não merece isso. Não tem culpa do pai que teve. Se isso dói em você. Machuca você e perfura. Imagine para mim que... – Eu parei, quase revelando as coisas da maneira e no momento errado.
Ele esperou, procurando a resposta pela minha postura, mas eu não revelei a ele. E nem podia. Nem conseguiria.
- Eu não vou abandonar ela. E como a moça do CT disse, ou somos nós dois juntos, ou ela vai direto pro orfanato. Pensa nisso. Pelo amor de Deus. Só assina a droga do papel. Eu cuido do resto.
- Eu não quero a responsabilidade pelo ato cometido por aquele porco. Eu quero um filho com você. Eu sempre quis um filho com você. Ver sua barriga crescendo e sentir os chutes dele aí dentro. – Instantaneamente, as lágrimas rolaram por todo o meu rosto.
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Apenas Meu
RomanceAPENAS MEU - SÉRIE APENAS - LIVRO 1 Agatha Salazzar é incomum e carrega segredos em sua mala mental. Ela bebe e fala palavrão. Suas roupas parecem-se com as de garotos. Agatha imagina que seu passado sombrio não retornará, mas quando decide ir m...