Capítulo 3:

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You're gonna have to face it, you're addicted to love. You see the signs, but you can't read, you're runnin' at a different speed, you heart beats in double time.
Você terá que encarar isto, você está viciado no amor. Você vê os sinais, mas não consegue lê-los, está correndo numa velocidade diferente, seu coração bate em dose dupla. (Addicted to Love – Florence + The Machine).

- Que sanduíche nojento. – Henrique comentou sobre meu ombro, olhando diretamente para o mesmo com pasta-de-amendoim e chocolate em pó no meio.

- Concordo com você, Henrique. – Cate aquiesceu. – É muito nojento.

- Vocês nunca provaram. – Dei de ombros, mastigando e sentindo o gosto bom passar por minha língua.

- Isso é verdade. Vamos, me dê um pedaço. – Eliot pediu e estendeu a mão na minha direção.

- Ah, não. – Cate pareceu assustada. – Não faça isso. Nós dormimos no mesmo quarto! – Dei risada com a preocupação especulada de Cate.

Tirei um pedaço do meu sanduíche e entreguei-o ao Eliot. O mesmo estava ignorando os comentários maldosos de Cate. Ele colocou o pedaço na boca, depois jogou a cabeça de um lado para o outro, fazendo uma avaliação.

- Hum. – Murmurou, ainda mastigando. – É gostoso.

- Sinto admitir, mas é realmente gostoso. Ela me fez experimentar a um tempo. – Bruno murmurou. O mesmo estava ao meu lado, mastigando seu pão integral.

- Todos vocês não nojentos. – Cate disse apontando para nós. – Agora só falta Henrique querer experimentar essa coisa. – Ela revirou os olhos

- Sanduíche. – Corrigi. Ela me lançou um olhar raivoso.

- Realmente. – Henrique reapareceu diante de mim com a mochila em uma mão e o capacete na outra. – Vamos. Me dê um pedaço, visitante.

Arranquei um pedaço do sanduíche e estendi para ele.

Ele me olhou por alguns instantes. – Coloque na minha boca. Minhas estão ocupadas. – Disse com um sorriso de canto mostrando as duas mãos e agitando seus pertences.

Me ergui da banqueta e coloquei o pedaço arrancado entre seus lábios. Ele pegou o mesmo com os dentes, mordendo – nada acidentalmente – meus dedos.

- Ai! – Murmurei. Estiquei a mão e empurrei seu ombro. – E aí? É bom?

- Seus dedos? Sim, são maravilhosos. – Respondeu com um brilho travesso no olhar. Ergui as sobrancelhas e cruzei os braços. – Ah. O pão é gostoso. Mas prefiro meu cereal.

Henrique deu as costas para todos e saiu pela porta da sala, sem esperar resposta.

- O que foi isso? – Bruno perguntou com a testa enrugada.

- Ah não, Agatha. Não o deixe fazer isso com você. – Eliot pediu.

- Tenho que alertar ele. – Cate disse remexendo a cabeça de um lado para o outro.

- O que? O que foi? – Perguntei confusa, olhando de um para outro na cozinha.

- Ele quer comer você, Gata. – Bruno respondeu quando todos ficaram quietos. Ele sempre fora muito sincero, deu de ombros, como se fosse algo normal.

- Olha as palavras, cara. – Eliot pediu, cético.

- Mas é isso mesmo, docinho. Ele quer te comer. – Bruno deu de ombros, usando as mesmas palavras em um tom doce, ao menos a seu ver.

- Ah, minha melhor amiga? Não vai mesmo. – Cate esbravejou batendo as mãos no balcão.

- Eu falo com ele. – Eliot encerrou a conversa.

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