Capítulo 11:

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NI: O capítulo tá gigante, mas juro que vale a pena! Postando à pedido da Fê, espero q vcs curtam e comentem nos seus trechos prediletos! E, ah, ouçam essa linda música desse filme maravilhoso <3

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Please, don't close your eyes, don't know where to look without them.
Por favor, não feche seus olhos, Eu não sei pra onde olhar sem eles. (I Know you Care – Ellie Goulding).

A caixa chegou pela manhã, logo depois que acordei e andava pelo apartamento vazio de camiseta e mini short, um copo de suco de laranja pendia em minha mão.

Abri a porta e algum funcionário do edifício me passou a caixa, avisando-me que já havia assinado o termo de entrega. Agradeci, estarrecida pelo tamanho da caixa.

Abri e encontrei as peças para o almoço e um cartão dourado com a caligrafia de Cate.

 “Um presentinho básico.” Era o que dizia.

Sorri e retirei as peças de tecido brilhoso, mas apropriado para o almoço da tarde de hoje. Tentaria me arrumar sozinha e conforme Henrique me avisou rapidamente, ele mesmo viria me buscar com um de seus carros.

Fechei a caixa novamente e a levei até o quarto que compartilhava com Bruno, deixei-a sobre a cama. Notei que a hora tinha corrido e que se não começasse a realmente me ajeitar, ficaria atrasada.

*

Após tomar um banho relaxante e secar meus cabelos, vesti minhas roupas íntimas e coloquei a camiseta branca. Puxando da caixa o blazer e passando-o pelos ombros, o tom azul-bebê entrava em contraste com meus olhos verdes e fios negros. Vesti a saia levemente rodada, parando com seu cumprimento na altura da metade das coxas, e deixando-a em cintura alta.

Coloquei os scarpins brancos e baixos, e passei pouca maquiagem. Dando mais valor a cílios e lábios. Nunca me senti tão confortável em uma roupa como me senti naquela. Seu tecido acariciando minha pele. Um sorriso transbordando de meus lábios pelo evento em que iria com Henrique, tudo era tão bom. Ter sua amizade de volta, como sempre fora e devera ser. A porta se abriu abruptamente e Bruno me pegou no flagra, enquanto eu sorria abertamente. As maçãs do rosto erguidas e os olhos repuxados. Me virei e tentei guardar o sorriso, mas ele já tinha notado e sorriu de volta.

Bruno revirou os olhos de maneira brincalhona.

- Meu Deus, é tarde demais. – Sorriu olhando-me nos olhos. – Você já vai conhecer a família dele.

- Para com isso. – Eu tentava controlar o sorriso e o rubor no rosto, mas não conseguia. Não sabia explicar o que estava ocorrendo comigo. Era como se as coisas tivessem voltado aos eixos.

Seus olhos desceram por meu corpo e subiram para os meus olhos. Ele engoliu em seco e uma coloração vermelha se aprofundou em seu olhar.

- Posso te contar uma coisa? – Ele indagou, sua voz não estava embargada, mas escutei a mesma oscilando ao final da frase. Meneei com a cabeça, inerte por sua reação repentina. – Ele mudou muito você. Eu queria te afastar dele no início e pensei que conseguiria, mas não consegui... Graças a Deus. – Ele engoliu em seco e prensou os olhos. – Ele melhorou com você e te melhorou de todas as formas possíveis.

Acenei com a cabeça, segurando o choro. Nós sabíamos minha síndrome. Meu passado nebuloso. Meus medos. Meus segredos. Minhas paranoias e sabíamos que eu não me abriria facilmente para uma pessoa que surgisse repentinamente em minha vida e ele também sabia, que se isso ocorresse um dia, ele e Cate seriam os primeiros a saber.

Antes que eu pudesse responder, meu celular começou a tocar sobre a cama e a típica foto de Henrique surgiu para colocar um sorriso em meus lábios.

Apenas MeuWhere stories live. Discover now