Capítulo 35:

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NI: Achei o problema! Eu estava usando uma tag indevida, ufa, que saudaaaaaaaaaade!

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And I've always lived like this, keeping a comfortable distance and up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness, because none of it was ever worth the risk.
E sempre vivi assim, mantendo uma distância confortável e até agora tinha jurado para mim mesma que estou feliz com a solidão, porque nada disso nunca valeu o risco. (The Only Exception – Paramore).

A mensagem de Cate logo pela manhã me espantou. Como todos, decidimos tirar folgas juntos, estávamos livres. Henrique fora liberado de seus serviços, mas como esperado hora ou outra recebia ligações de funcionários que não sabiam ao certo o que fazer, aceitar ou recusar. Eu me livrei dos demais projetos de festas a serem organizadas e decoradas e dediquei minha última semana aos últimos preparativos do casamento e da festa do casamento de Cate. Emily tirara alguns dias do curso profissionalizante para a área que estava planejando ingressar. Bruno guardou os papéis de seus filmes e photoshoots a serem feitos para se dedicar a... sabe-se lá o que. E Eliot se livrara do escritório junto com Cate, ambos simplesmente ganhando os dias de presentes dos donos do escritório de advocacia do centro de Barueri. O que fora um ótimo presente. Meus olhos estavam embaçados, passei os dedos por eles e li a mensagem novamente: Almoço com meu irmão, naquele restaurante de sempre, bj ;)

Eu odiei aquela carinha e a simplicidade com que ela disse tudo. É claro que Henrique iria. É claro que ambos se conheceriam. Ah, droga. Ótimo para se começar um dia de folga após uma noite surreal de sexo. As cobertas esquentavam meu corpo e já passava das oito, o que resultava que Júlia acabara de ir à escolinha com Tomas e que Tomas deixara algum segurança ao lado de fora, aguardando qualquer ocorrido. Me levantei relutantemente e joguei o robe sobre os ombros, caminhando determinada até onde sabia que Henrique estaria.

*

Henrique.

Antes mesmo de Agatha aparecer na porta entreaberta, sabia que ela viria. Rapidamente me livrei das últimas pesquisas e investigações referentes ao homem e minimizei o vídeo que estava aberto novamente, meus olhos ardiam pela tentativa fula de enxergar os números e letras da placa, me incomodava com a falha em uma busca tão simples, mas a leitura daquele borrão estava mesmo complicada e aquele era um dos melhores vídeos dentre os outros criados, minha solicitação quanto aos vídeos das câmeras de segurança próximas ainda estava sendo avaliada. Então só restava tentar por outros meios.

Ela atravessou o escritório sem dizer bom dia ou me cumprimentar, seu olhar parecia vazio. E como se olhasse o escritório pela primeira vez, fitou as fotos grandes que eu havia disposto pelo escritório. A foto de Agatha com Júlia em seu nascimento, uma foto nossa quando ela tinha cabelos negros e outra foto de nós três tirada por Cate em um momento de puro prazer em nos ver juntos. Ela sorriu e se voltou para mim, os olhos dela percorrendo minhas feições como se pudesse enxergar tudo por dentro, e por isso eu era tremendamente apaixonado por ela. Por ela ter essa capacidade que ninguém tinha.

- Venha cá. – Chamei, sem conseguir evitar o sorriso que surgiu em meu rosto.

Ela se sentou em meu colo delicadamente e cruzou as pernas, fazendo com que o tecido leve do robe escorresse para o lado, deixando sua carne branca a mostra, passei os braços ao redor dela, gostando do seu calor.

- Nem precisa falar nada. – Disse antes mesmo que ela abrisse os lábios. – Eu recebi uma mensagem de Eliot também, vamos todos a esse pequeno almoço. – Aguardei sua reação.

Como esperado, fora de alívio. Ela realmente respirou fundo e ajeitou os cabelos, empurrando alguns fios para trás das orelhas.

- Menos mal você me dar a notícia. – Ela murmurou, olhando-me de canto. – Mas estou pensando na Júlia agora. – Ela disse e mordeu o lábio inferior.

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