Discussões

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— Dianna, eu estou falando sério. Acho que esses meninos têm algum tipo de doença contagiosa que contamina todo mundo que passa por lá. E eu não peguei esse vírus porque tomei a vacina.

— Sabe qual é o nome dessa doença? Rock n' roll! — Ela respondeu gargalhando infinitamente. Não estava achando graça.

— Por favor, para de rir! Isso é irritante.

— Desculpe, eu não consegui. — Ela foi parando de rir aos poucos, tomando fôlego. — Você está se preocupando com algo tão bobo...

— Bobo? Eu tive que sair daquela casa às pressas porque a minha melhor amiga simplesmente enlouqueceu! Estava dançando com os meninos umas músicas estrondosas... Ela nunca ouviu essas coisas.

— Débora, ela só está ouvindo rock pela primeira vez e gostando disso. Deixa a garota, é o gosto dela.

— Não devia ser o gosto dela. — Rebati, suspirando. Observava a rua deserta, pensativa. Eu e Dih estávamos sentadas na calçada em frente a sua casa. — Ela sempre me acompanhou nos concertos e tudo mais...

— Ela pode gostar de rock e continuar ouvindo músicas clássicas. — Dih respondeu, bebendo mais um gole de sua cerveja. Me ofereceu em seguida, mas eu recusei. — E... quer saber de uma coisa?

— O que? — Fitei-a.

— Você também devia deixar esses "vírus" te contaminar. — A morena riu um pouco, fazendo aspas com as mãos. — Tenho certeza que não vai se arrepender.

— Eu vou me arrepender. Já conversamos sobre isso, Dianna.

— Só estou dizendo. — Deu de ombros. — Facilitaria seu convívio naquela casa.

— Eu não quero facilitar nada, só não quero perder minha melhor amiga para aqueles garotos.

— Você não vai perder ninguém! — Rolou os olhos. — Para de ser dramática. E reclame menos. Você só sabe fazer isso.

— O que é isso, Dianna? Não vim até aqui para você ficar me dizendo essas asneiras. — Bufei, querendo me levantar.

— Eu só fui sincera. — Levantou os braços, como se estivesse pedindo desculpas.

ALICE POV ON

Ter uma conversa normal com Izzy estava sendo uma tarefa bem mais difícil do que eu imaginava. Desde que o vi beijando minha prima, as coisas têm sido bastante diferentes. Eu não consigo mais trata-lo como antes. Sinto que preciso dizer para ele meus verdadeiros sentimentos... Ou as coisas vão se complicar ainda mais.

— Você realmente devia abrir o jogo com ele. — Axl disse tirando-me dos meus pensamentos conturbados. Ele bebia uma garrafa de vodca, o qual eu peguei da mão dele para beber também.

— Eu tenho medo.

— Medo de quê?

— Dele se afastar de mim, Axl. Imagina só. — Bufei, entregando a garrafa para o ruivo. — Se ele não sentir o mesmo e não querer tentar, vai se distanciar de mim e vamos perder até a amizade.

— Ali, acontece que você nunca vai saber de porra nenhuma se não tentar. Você está aí toda aflita querendo que as coisas mudem, mas como isso vai acontecer se você não move um dedo? Izzy não vai adivinhar as coisas sozinho.

— Que merda! — Rolei os olhos, me levantando da cama de Axl. Eu sabia que ele estava certo. — Não tem muitas alternativas...

— Não mesmo. Na verdade, é muito simples. — Ele deu de ombros. — Vai lá dizer a verdade, se Izzy corresponder ótimo, se não, foda-se.

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