Minha cabeça estava pesando mais do que o normal quando acordei. Acabei resmungando enquanto levantava da minha cama, já percebendo que o meu mal humor naquele dia estava estourando os limites. Depois de fazer minha higiene matinal e vestir uma roupa leve e confortável, eu desci para o primeiro andar, não sem antes olhar no relógio e notar que já eram duas da tarde.
Acho que dormi demais.
Para a minha completa surpresa, havia bastante gente na sala da minha casa. Paralisei no último degrau da escada, observando. Além de todos os meninos e Alice, estavam lá também Dianna, Shannon, Stela e mais alguns homens que eu desconhecia. Quando Dih notou a minha presença, veio até mim com um sorriso.
— Bom dia, Deb. Achei que não ia acordar nunca.
— É aniversário de alguém e eu não estou sabendo? — Rebati com a pergunta, indo até o lado dela com a sobrancelha arqueada.
— Oh, não. Só nos juntamos mesmo para beber um pouco. E também para despedir de Slash, ele vai viajar.
— Ah merda. É mesmo. — Bati na minha testa. Era hoje que o cabeludo ia se encontrar com minha melhor amiga e eles teriam uma viagem romântica para a Austrália.
Sem os pais dela saberem, claro.
— Bom dia, Débora! Você está bem? — Steven se aproximou com um sorriso que acabou contagiando o meu rosto também.
— Bom dia, Ste. Minha cabeça está doendo um pouco...
— É normal, você sabe. Vem, vamos pegar um remédio. — Ele chamou-me, indo até a cozinha. Eu segui-o, cumprimentando Shannon que acenou para mim e estranhando um pouco o sorriso que Alice tinha no rosto. Parecia exagerado demais.
Assim que cheguei no cômodo com o loiro, diminui os meus passos e engoli em seco quando vi Axl. Rapidamente, lembrei-me de todas as cenas de ontem e em como eu tinha me sentido com tudo aquilo. A melhor opção naquele momento pareceu ser a de ignora-lo eternamente.
Contudo, o ruivo não desviou o seu olhar penetrante de mim, enquanto bebia uma cerveja. Ele não disse nada, mas eu sabia que me dizia algo com o olhar, eu só não conseguia decifrar. E nem queria. Respirei fundo e peguei o comprimido que Steven ofereceu, tomando aquilo logo com a ajuda de um copo de água.
— Precisa de mais alguma coisa?
— Steven, não precisa agir como se tivesse a responsabilidade de cuidar de mim. — Rebati, rolando os olhos.
— Não é isso, eu só me preocupo com você. — Foi a vez dele rolar os olhos, bagunçando meus cabelos. Eu dei um tapa leve em seu braço e sorri fraco.
— Bom dia, prima. Já estava ligando pra funerária, achei que estivesse morta. — Alice disse, adentrando a cozinha. Envolveu um de seus braços ao redor do meu ombro e sorriu.
— Até parece que eu sou a única por aqui que perde a noção das horas. — Rolei meus olhos, um pouco incomodada com a sua aproximação exagerada. — E o que é isso? Que bom humor todo é esse?
— Ei, não é da sua conta! — Ela brincou, rindo, mas eu levei aquilo a sério.
— Você vem toda animada pra meu lado e eu não tenho o direito de perguntar o porquê? — Cruzei os braços, me distanciando da morena. Ela bufou.
— Eu estou brincando, Débora. Eu vou contar, mas tem que ser disfarçado.
— O que eu não posso saber? — Steven perguntou, arqueando as sobrancelhas. Só então eu percebi que ele estava ali, bem do meu lado.
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You Could Be Mine
RomanceEla era a típica patricinha de Nova York. Ele era o típico cara que vivia no padrão de sexo, drogas e rock n' roll. Eram mundos diferentes; manias, condições financeiras e realidades distintas. Assim que os pais de Débora Campbell morreram em um...