You Could Be Mine

18 years

— Débora, volte para a cama... — Escutei Axl murmurar com a cara no travesseiro e tudo que eu fiz foi bufar, calçando rapidamente minha pantufa roxa e caminhando em passos pesados para fora do quarto. Não me surpreenderia se alguém dissesse que saía fumaça da minha cabeça enquanto eu parava na frente da porta do quarto de Izzy e esmurrava a madeira com fúria.

— Porra, tem gente querendo dormir, são três da manhã! — Berrei, ouvindo a cama parar de bater na parede.

— Vai se ferrar Débora, não acredito que você está estragando a minha transa! — Escutei Alice gritar de dentro do quarto, tão nervosa quanto eu.

— Vai se ferrar você, sejam mais silenciosos, eu não quero ficar com olheiras por causa de vocês!

— Você é tão problemática. — A porta foi aberta, revelando minha prima com a cara vermelha de raiva e um robe preto no corpo. Estava tudo escuro e eu não tinha visão do quarto, graças a Deus. — Por que não aproveita que meu pai dormiu fora e vai aproveitar também? Talvez seja falta de sexo esse seu mal humor idiota.

— Oh, pode ter certeza que não é isso. Mas diferente de você, eu sei respeitar as outras pessoas que moram nessa casa!

— Mentirosa do caralho! Eu já ouvi você e Axl várias vezes!

— Dessa forma escandalosa que você está fazendo? Jamais! Além disso, é de madrugada e eu tenho bom senso para saber que as pessoas precisam dormir!

— O que está acontecendo? — Steven apareceu no corredor depois de sair de seu quarto com o rosto amassado e os olhos sonolentos. Bufei, percebendo que agora a casa inteira tinha acordado.

— Ai, olha, quer saber? Perdi o tesão. — Alice bufou e me empurrou, saindo do quarto e caminhando para descer as escadas.

— Débora, meu anjo, por que você está gritando no corredor? — Duff apareceu do meu lado tragando um cigarro depois de um tempo.

— Vim mandar Alice ser mais silenciosa, não estava conseguindo dormir. — Virei-me para ele. — Você não ouviu?

— Bom, ouvir eu ouvi, mas não atrapalhou o meu sono. Já estou acostumado com essas coisas.

— Hm. — Bufei, voltando pro meu quarto e batendo a porta com força. Axl fitou-me e gargalhou, se divertindo com a minha cara emburrada.

— Eu te falei que ia dar merda.

— Não deu merda nenhuma. Agora ela parou e eu posso voltar a dormir.

— Mas a casa inteira acordou. — Ele rebateu, me puxando para o seu peitoral quando eu me enfiei debaixo das cobertas. — Além de que não é legal parar a transa das pessoas no meio.

— Eu não teria problemas com isso se eles fossem mais discretos.

— Você não costuma ser tão discreta.

— Axl! — Repreendi-o, olhando para cima e encarando o seu sorrisinho. — Mas eu nunca atrapalhei ninguém da casa com isso, ok? Eu respeito que as pessoas precisam dormir.

— Ok, ok... — Rose deu de ombros, me abraçando. Eu suspirei, fechando meus olhos que estavam pesados de sono. — O que acha de darmos o troco? Você geme mais alto que ela.

— Axl! — Grunhi em repreensão e ele riu alto. Eu não me aguentei e comecei a rir junto, e nós gargalhamos por minutos, apenas nos divertindo com nada e não conseguindo parar de rir. Foi escutando provocações idiotas do meu amor que eu dormi novamente.

[...]

Após o episódio da madrugada, acabei acordando antes das 8 horas da manhã, tamanha era a minha ansiedade. A casa inteira continuou silenciosa porque os outros estavam ferrados no sono, exceto por Slash. Esse havia passado a noite inteira em claro, fumando.