You Could Be Mine

Oh no!

KIMBERLY POV ON

A apresentação de ópera havia sido simplesmente maravilhosa. Eu havia até me emocionado em algumas partes.

Diferentemente de Slash.

Quando ele disse que provavelmente dormiria no meio da apresentação, não estava brincando. Peguei-o cochilando umas três vezes, onde eu tive que bater em seu braço para acorda-lo, já que seu ronco incomodava algumas idosas ao seu lado que nos olhavam feio.

Depois de algumas horas de performance, Slash puxou-me para fora do local, passando a mão pelo rosto. Eu tive que rir.

— Tá legal, acho que já podemos fazer outra coisa. — Eu disse.

— Mas é claro que podemos! Estamos há dias nesse lugar!

— Quanto exagero! Foram apenas algumas horinhas...

— Para mim faz uma eternidade. Vamos em um lugar de verdade. — Ele rodou os olhos por toda a rua movimentada. — Será que tem algum show esta noite?

— Show? — Franzi o cenho. — Pensei que iríamos para algum bar.

— Bom, pode ser também. Mas eu não faço ideia de nenhum.

— Certo. Vamos pedir informações. — Disse, começando a andar, porém, o moreno não me acompanhou.

— Pedir informações para quem? Não podemos parar qualquer um na rua para perguntar.

— Aqui perto tem um hotel, eles devem saber de algo. Venha. — Chamei-o, que veio em minha direção. Adentramos em um hotel cinco estrelas que ficava bem do lado da casa da Ópera de Sydney.

— Boa noite, gostaria de uma informação. — Sorri cordialmente para o recepcionista, que retribuiu o gesto. — Poderia nos recomendar algum bar por aqui?

— Oh, são turistas? — Ele perguntou e nós dois assentimos. — Espero que estejam gostando da cidade. De onde são?

— Estados Unidos.

— Claro. Bom, existe uma variedade de bares incríveis por aqui. Temos o 360 Bar And Dining, Miss Peaches, Hard Rock Café...

— Hard Rock Café? — Slash interrompeu, prestando atenção no homem.

— Sim, não fica muito longe.

— É para lá que nós vamos. — Ele murmurou para mim e eu apenas assenti, dando de ombros. Era a vez dele mesmo de escolher nosso destino.

— Poderia nos informar o nome da rua?

— Claro. — O recepcionista pegou um pedaço de papel e anotou. Agradeci e sai do hotel, tentando achar algum táxi. Não demorou muito para que encontrássemos um e já estivéssemos em direção ao bar.

Quando chegamos, eu fiquei simplesmente maravilhada. Era enorme e muito bem movimentado. A música era boa e o cheiro da comida era ótimo. Havia muita bebida cara e pessoas estilosas. Eu me senti no lugar certo.

Se eu havia ficado admirada, Slash havia ficado trezentas vezes mais. Eram muitas luzes e decorações impressionantes para comtemplar. Acabamos ficando alguns minutos boquiaberta observando a paisagem, e quando finalmente percebemos que estávamos ali parados igual dois idiotas, acabamos escolhendo uma mesa para sentar. O estofado era macio.

— Puta merda. — Slash murmurou, mordendo os lábios. — E você querendo continuar ouvindo ópera.

— Ei! — Eu ri. — Não venha reclamar disso.