A albina abusada

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– Ela está bêbada novamente não é? – Naomi perguntou a Shizune, que suspirou e assentiu. A menina tinha acabado de entrar na hospedaria naquela noite e ouviu um barulho alto no quarto de Tsunade, provavelmente derrubara algo com seus passos trôpegos – Volto quando ela estiver dormindo.

– Naomi – Chan! – Shizune a gritou quando a menina saiu, mas ela tinha corrido e a única coisa que Shizune viu foi o cabelo branco, que a garota insistia dizer que era loiro platinado, sumindo no corredor.

Naomi saiu da hospedagem e resolveu andar pela vila em que elas estavam daquela vez. Elas nunca paravam muito tempo no mesmo local por causa das dividas de jogo de Tsunade e suas bebedeiras, era incrível o belo exemplo que Naomi tivera a vida inteira. Uma mulher bêbada e uma outra fugida da própria vila pra acompanhar uma outra crescida e mais irresponsável ainda. Bela dupla eram Shizune e Tsunade.

Seus cabelos brancos presos num rabo de cavalo alto, com uma franja solta no rosto, balançavam enquanto andava e a menina de 13 anos atraia muitos olhares por parecer muito mais velha do que de fato era. Seus olhos registravam todos rapidamente, era uma vila distante perto de montanhas e o mais perto que já chegou da vila natal em toda a vida. Tinha esperanças de encontrar ninjas de lá algum dia em um de seus diversos passeios, mas até agora não ocorrera.

Tsunade nunca chegava perto demais de Konoha para a frustração de Naomi. Aquele era o mais perto que já tinha feito e mesmo assim eram pelo menos duas horas de viagem até a vila da folha.

– Yo, Loirinha! – Uma voz irritante e claramente bêbada gritou sobressaltando Naomi levemente, não percebera que tinha passado em frente a um bar. Ela parou e encarou o homem que gritara, agora ele ria estupidamente com dois amigos. Ela resmungou sobre idiotas bêbados e continuou andando. – Yo! Não vai me deixar falando sozinho, menina!

– Como bem disse... Menina. E o senhor é um velho bêbado e perturbado que não sabe diferenciar uma garota menor de idade quando vê uma. – Naomi retrucou com voz cortante alto o suficiente para que o homem a escutasse.

Ela fora rude? Com certeza. Todavia se havia algo que ela odiava eram bêbados, e apenas uma coisa mais, tarados. E juntando os dois, bêbados tarados, eram o fim da picada para ela.

Os amigos do homem riram e Naomi prosseguiu. Vez ou outra ela arriscava um olhar de canto para trás, estava sendo seguida por três homens bêbados que achavam que estavam sendo discretos. O que faria? Bem ela acabaria com eles. Não seria ela mesma se não o fizesse.

Ela fingiu que andava até uma parte escura da cidade de propósito, aquela área da cidade não era longe das montanhas e ali seria ainda mais fácil dar um fim a aqueles três idiotas que sequer imaginavam que ela era treinada como uma ninja, apesar de não ser uma oficialmente.

– Sabe, devia ter sido mais educada, loirinha! – O homem que mexera com ela gritou. Ela se virou, estava supostamente encurralada, um local deserto, três homens enormes a perseguindo, supostamente era uma donzela indefesa.

– Eu não vejo o motivo. Não passam de velhos babões, provavelmente frustrados em seus casamentos que bebem de noite e oportunam jovens solteiras e mais bonitas do que qualquer uma que já tenham ficado quando eram jovens. – Tsunade e Shizune sempre disseram que ela tinha uma língua afiada demais pra seu próprio bem.

De fato tinha, mas se orgulhava disso. Era um pouco arrogante e absurdamente prepotente, mas amava sua personalidade e era bem segura de si mesma.

Os homens não pareciam gostar de sua língua afiada como ela gostava.

– Ora sua pirralha maldita! Vamos dar um jeito de calar a boca dela... De um jeito bem prazeroso. – O homem disse com raiva e maldade na voz. – Prazeroso pra nós, é claro.

Laços eternosOnde histórias criam vida. Descubra agora