10 - Ela Sim é Chave de Cadeia

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O taxista me obrigou a jogar o copo pela janela e eu tive que obedecer.
Mostrei-lhe o endereço com uma certa dificuldade de mexer no celular mas ele entendeu o motivo.
Fui deixado em uma rua vazia e nem sabia onde estava, por isso, acabei pagando o cara.
Ao descer do Uber permaneci imóvel esperando alguma coisa, mas reconheci o carro de vidro fumê. Andei até o mesmo e antes que eu pudesse socar o vidro, a porta se abriu.

- Aehhhh, delegada... Festa-car. - fui puxado com cerca arrogância pra dentro. Só estávamos nós dois no banco de trás e no carro.

- Eu não acredito que tenho um adolescente bêbado no meu carro. - sussurrou enquanto cobria a cara de vergonha.

- Uau! - abri a boca bem grande. - Você está sem a farda. Sem o distintivo e sem todas aquelas coisas que te fazem parecer malvadinha. - acabei rindo de mim mesmo e a primeira coisa que notei foi a falta do cordão em seu pescoço.

- Não tem jeito de falar com você assim!

- Então não vamos falar... - ela negou com a cabeça, pareceu estar de saco cheio.

- Eu não acredito que vou me atrasar pro aniversário da minha filha! - murmurou entre os dentes.
Fiquei encarando sua boca.
Eu já era vidrado naquela mulher, imagina agora meio alterado!
Ela logo percebeu e me encarou com cara de brava.
- Eu vou deixar você no pé do morro!

Pulou pro banco da frente mas pude ver a cor da sua calcinha, foi inevitável ficar de pau duro.
Estiquei o corpo antes que ela pudesse girar a chave. Peguei a mesma e resmunguei algo parecido com "não quero ir pra casa", enfiei as chaves dentro da calça jeans. Voltei a escorar as costas no banco confortável.

- O que você pensa que tá fazendo?! - seu olhar era de ódio. Ela mexeu no porta-luvas e retirou uma algema.
Voltou para o banco de trás e prendeu uma de minhas mãos na porta. - Ok! Então não vamos à lugar nenhum.

- Ah que droga! Você tem a chave disso? - eu realmente estava preocupado.

- Anda, Felipe... Quero as chaves. - meu pau estava latejando, eu ainda estava pensando na sua calcinha branca.

- Vai ter que pegar. - eu pareci um completo babaca. Isso iria funcionar com a Natacha, Rafaela e Alê mas não com aquela mulher.

- Tá legal! Se você prefere assim... - deu de ombros.
Enfiou as mãos dentro da calça larga. As chaves tinham sido colocadas por fora da cueca e já tinham escorregado até meu pé, de tanto que me mexi tentando me livrar daquelas algemas há uns segundos atrás.
Ela acabou tocando e apalpando meu saco na busca da chave.
- Você colocou por dentro da cueca? - neguei com a cabeça. - Mentiroso!

Voltou a enfiar a mãos, só que dessa vez por dentro da cueca. Quando notou minha excitação ela ficou imóvel e eu pude sentir com delicadeza sua mão. Arrepiei.
Encostei a cabeça pra trás e fechei os olhos, como se aquele toque tivesse sido um grande feito.
Ela pode perceber minha reação e imediatamente retirou sua mão, me fazendo voltar à realidade.
Eu ainda tinha a mão direita livre e tratei de segurar sua mão antes que saísse completamente das minhas calças. Ela me olhou confusa.

- Que isso? Tá doido? - franziu a testa e mediu força comigo.

- Você não tem noção do quanto eu queria essa mão aqui! - meus olhos estavam pesados igual a voz. Ouvi o som de sua risada em deboche, puxou a mão com força.

- Eu não tenho mais idade pra essa merda, Felipe! - bufou de raiva. - Eu tenho trinta e sete anos e um aniversario da minha filha pra ir.

- Qual foi, Sandra... - ri desajeitado. - Vai dizer que não quer experimentar? Não posso estar sentindo nada sozinho...

EU VIM DA RUA - MC Kevin (Kevin Bueno)Where stories live. Discover now