Capítulo 117 - Kyungsoo

553 79 27
                                    

"Imagino um lugar onde só coisas agradáveis,

ninguém realmente está sozinho e frio, como eu aqui.

Todo mundo tem alguém para se apoiar, menos eu.

Todo mundo tem alguém para comemorar junto, menos eu.

E então, eu penso em você, mas me sinto sozinho outra vez"

Alone Again, Big Baby Drive.

Alone Again, Big Baby Drive

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Fonte: JL.




Depois de ver como todo o meu dinheiro ia direto para o hospital, para os remédios, para a fórmula de leite especial e para as fraldas de Asher, me dei conta de que eu precisava ganhar muito melhor; portanto, eu tive que arranjar um segundo emprego.

Das sete da manhã às três da tarde, eu trabalhava numa construção do centro comercial, e a partir das cinco, eu era guarda de segurança em uma joalheria até às dez da noite. Era exaustivo, mas eu tinha que aguentar durante um tempo, pelo menos até que a saúde do meu filho melhorasse.

Chegar em casa não significava exatamente um alívio. Na primeira noite depois do segundo emprego, encontrei Asher chorando a gritos porque eu estava demorando a voltar; ele estava acostumado a ter minha presença desde muito mais cedo, e minha ausência lhe causou ansiedade. Na segunda noite, o encontrei adormecido, ele nem sequer percebeu quando eu deitei ao seu lado, beijei sua cabeça. Eu queria que ele estivesse acordado para que me contasse como foi seu dia... Na terceira noite, ele estava novamente chorando.

— Pega — me disse Hye Sung ao mesmo tempo em que jogou o pijama do menino no meu ombro. — Ele disse que não quer usar pijama hoje, resolva você. — Mandou antes de se trancar em seu quarto. Pelo modo como Asher chorava, eu podia assegurar que meu padrasto estaria com uma forte dor de cabeça. O menino estava de short, escondido atrás do sofá.

— Asher, você quer que eu te leve ao hospital de novo?

Nhãão! — se queixou.

— Então saia daí e me deixe vestir seu pijama.

Ele saiu resmungando durante todo o caminho enquanto eu o vestia, e em seguida, se agarrou ao meu pescoço até que finalmente dormiu. A rotina era desse jeito e só se alterava quando eu tinha que levá-lo ao hospital, o que, às vezes, me fazia chegar tarde ao trabalho e levar uma bronca do meu chefe. Em geral, eu mordia a língua para não mandá-lo à merda; eu sabia que tinha que aguentar certas exibições de autoridade pelo bem estar do Chocolatinho. Eu já tinha ouvido sobre os sacrifícios que os pais fazem por um filho, e agora eu o vivia neste nível e tinha que enfiar o orgulho na bunda a fim de sustentar bem o meu parasita.

Projeto Haema Hippocampus [Tradução PT-BR]Where stories live. Discover now